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  • Como é que ele pode voltar a sentir o que sentia?
    Iniciado por Iris
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O meu ex namorado (E.) é médium e contou-me que sentia espíritos, entre eles o seu avô. Ele sentia pesos no peito e dores, eles magoavam-no. Ele disse-me que tinha medo quando isso acontecia e que se escondia debaixo dos lençóis à espera que passasse.
Disse-lhe sempre que não achava piada a isso porque não sei podiam manifestar-se de outras formas sem actuarem dessa forma sobre ele e sem ele ter que passar o que passava.
Ele não concordava comigo. Dizia que se ele sentia isto desta forma é porque era assim que tinha que ser...

Eu nunca senti espíritos, nunca vi nem ouvi nada mas houve um dia que estava mesmo triste pelo E. por uma coisa que ele lhe aconteceu e quando desliguei o telefone chorei imenso e pensei  que o que o E. não merecia sentir o que sentia da forma que sentia e eu não me lembro bem do que pensei porque entrei em descontrolo mas só queria que ele não sofresse tanto quando sentia espíritos. Cheguei mesmo a dirigir o meu pensamento ao avô dele. Não sabia se ele sequer ia ouvir mas estava mesmo revoltada...

Quando a nossa relação terminou ele ficou chateado comigo. Disse-me que já não sentia nada, nem espíritos, nem dores nem nada...e culpou-me por isso ter acontecido.
Eu era a única pessoa que sabia o que acontecia com ele e não concordava com isso.

Como já referi anteriormente neste fórum o que eu digo ou penso acontece. por vezes nem sequer preciso de o pensar conscientemente basta querê-lo inconscientemente.

O que é certo é que eu pensei efectivamente que não queria que ele sofresse mais. Mas não queria que ele "perdesse" o que sentia, só queria que ele o sentisse de outra forma menos dolorosa.
Não tenho a certeza se fui eu ou não mas ele acredita nisso vivamente. Já me pediu para eu voltar a pôr tudo como estava. O problema é que já tentei inverter e não consigo  :(

Ele sempre teve medo de mim e que eu lhe fizesse mal e agora diz que já não vai voltar a contar-me nada sobre ele  :(

Alguém sabe alguma forma de me ajudar?



Inominado
#1
Em primeiro lugar, e independentemente que o teu ex-namorado diga, tu não és culpada dele ter perdido a capacidade mediúnica.

Na minha opinião podemos estar perante um de 3 cenários:

1- Da mesma forma que a mediunidade aparece, esta pode desaparecer de forma espontânea. Isto acontece essencialmente quando o médium não usa a sua mediunidade com responsabilidade, com rigor e com um fim útil.

2- A mediunidade pode estar associada a um fenómeno de influência espiritual negativa. Neste caso, quando a influência espiritual negativa deixa de se fazer sentir, a mediunidade regride.

3- Tu podes ser aquilo que se chama médium excitador, isto é, apesar de tu não seres directamente médium, a tua presença é que possibilitava que o teu ex-namorado tivesse capacidade mediúnica.

O cenário mais provável, na minha perspectiva, é o cenário 1.

Sobre o tema da perda da mediunidade aconselho a leitura do CAPÍTULO XVII do Livro dos Médiuns de Allan Kardec.

Espero que a culpa não seja mesmo minha...eu pensei que queria que ele já não sentisse...
A terceira é impossível porque ele já sentia essas coisas antes.
Também concordo que possa ser a primeira. Apesar de não perceber muito acerca do assunto também lhe disse que podia não ter sido eu. Disse-lhe que o avô dele já podia ter seguido o seu caminho, que agora as manifestações podiam ser de outra natureza e por isso ele não se apercebia..
Há alguma maneira de ele voltara ater o que tinha?

Inominado
No futuro o teu ex-namorado pode voltar a ter mediunidade, a questão é dar tempo ao tempo e ver o que vai acontecendo.

Eu não conheço nenhum método 100% eficaz de se obter a mediunidade perdida...

Bem, vou expressar uma opinião e experiência pessoal.

Comigo, enquanto criança (começou por volta dos 4 ou 5 anos de idade, acho) até meus 11 ou doze anos, muitas "coisas estranhas" aconteceram. Ouvir vozes, sentir arrepios, ver objetos balançando, etc. Tudo isso indicando-me uma comunicação com espíritos - e acontecia com muita frequência. Inclusive nessa época tive algumas experiências pequenas, bastante pontuais, de telepatia (tipo, conseguir acordar minha irmã sem falar ou encostar nela). E muitos problemas quanto aos sonhos (diria inclusive que os sonhos abrem portas para universos totalmente desconhecidos por nós).

Mas até então muitos diziam que era loucura minha (apesar de um primo meu ter vivenciado alguns daqueles acontecimentos estranhos) e passei a concordar com eles. Mais tarde, por volta dos meus 17 ou 18 anos, comecei a me interessar por estudar ocultismo, magia e o "poder da mente". Com isso, gradualmente, comecei a ter e sentir aquelas "experiências pouco normais". Novamente passei por cenas não muito agradáveis (como ouvir vozes e algumas gargalhadas) e talvez visões (talvez, porque vultos eram percebidos muito de relance, o que deixa alguma dúvida). Nessa época, graças aos meus estudos, consegui realizar algumas viagens astrais, voltei a ter sonhos lúcidos, houve um caso de doppleganger e outras coisas. Enfim, essa nova fase "acabou" quando, em 2006, fui morar em outra cidade (a trabalho) e dediquei meu tempo muito mais profissionalmente do que aos estudos esotéricos.

O que tiro como lição? Que tais capacidades mediúnicas podem às vezes despontar sem motivos reais (como durante a minha infância) e parar de acontecer quando não há mais estímulos (o que ocorreu tanto ao fim da "primeira e da segunda fases"). Entretanto, se ele desejar, ele pode estimular o retorno de suas capacidades mediúnicas por meio de estudo e observação séria de seus próprios atos (foi assim que retomei minhas capacidades em minha "segunda fase").

Talvez você esteja curiosa para saber porque ainda não voltei aos estudos e "reacendi" minhas capacidades. Acontece que hoje sou casado, tenho um filho de quatro anos e minha esposa ODEIA que eu fale qualquer coisa sobre paranormalidade ou sobrenatural. Qual você acha que seria a reação dela caso ela percebesse algum objeto movendo-se pela casa ou me visse repentinamente aflito com algo que ela não vê (ou você acha que eu não tomo susto e corro para debaixo dos lençóis sempre que um espírito dá uma "gargalhada suspeita" para mim?)?

Em minha segunda fase eu diria que tudo foi mais brando e muito mais equilibrado (eu morria de medo quando criança, afinal de contas, não é todo dia que vemos um armário balançar e gargalhar alto enquanto repete tudo o que falamos, não é mesmo?), mas mesmo assim, tenho medo que isso possa de certa forma influenciar mediunicamente meu filho - e isso é muito assustador para uma criança, eu sei porque foi a partir daí que eu não mais dormia sozinho ou no escuro, sério. :(

Dê esse conselho ao seu ex: que ele busque estudar e praticar, aos poucos voltará e poderá até mesmo ser melhor, quero dizer, ele poderá controlar suas capacidades e talvez não sinta aquelas dores.

rafael99
Citação de: Inominado em 01 setembro, 2012, 15:11
No futuro o teu ex-namorado pode voltar a ter mediunidade, a questão é dar tempo ao tempo e ver o que vai acontecendo.

Eu não conheço nenhum método 100% eficaz de se obter a mediunidade perdida...
Mas conhece algum método, eu via espíritos quando era mais novo e a minha mãe foi a "bruxa" fez o que ela disse e eu parei, há alguma  maneira de voltar a ver?