Como Rezar

Rezar é uma técnica antiquíssima utilizada para promover a evolução espiritual individual e para «pedir» a ajuda de entidades espirituais. No entanto, rezar implica alguns conhecimentos básicos de ocultismo. Para quem nada sabe de magia, rezar pode ser uma operação mágica simples e com resultados não raras vezes surpreendentes. Todos nós ouvimos falar anualmente de curas milagrosas de doenças incuuráveis. O céptico poderá afirmar que a ciência ainda não tem resposta para tais curas, mas quem procura a Verdade nunca poderá pôr de parte o conhecimento milenar de diversas civilizações.

Como recomenda Eliphas Levi, a reza não deverá ser feita em casa, mas sim num local de culto. Recomenda-se por isso a deslocação a um santuário antigo, como Santiago de Compostela, Sé de Braga, Mosteiro de Leça do Balio, Notre-Dame de Paris, etc. Há razões profundas para citar estes locais, mas fiquemos por aqui.

Estando no local, convém fazer a oração pela manhã, terminando ao meio-dia solar. Recomenda-se também que se faça a operação entre o 1.º dia do ciclo lunar e o dia de Lua Cheia. É mister também, para quem dispõe desse conhecimento, atender ao dia da semana. Por exemplo, no dia de Vénus, fazer pedidos relacionados com relações amorosas.

Enquanto se reza quem ora deve-se concentrar no que deseja, e visualizar mentalmente o que pretende. Atenção aos movimentos respiratórios, deverão ser profundos e controlados. Não se deve expirar nem inspirar pela boca. Antes da operação o corpo deve ser purificado. O cabelo penteado, a barba aparada ou removida, a pele limpa. Deve-se vestir também roupa lavada. Convém ir em jejum ao local.

Não interessa se somos  pagãos, islâmicos, católicos ou judeus. Quando rezamos à Virgem estamos na realidade a invocar o arquétipo feminino, a Deusa-mãe. Quando rezamos ao Deus supremo invocamos o criador, quando rezamos a um santo invocamos um homem ou mulher que devido à evolução espiritual alcançada mudou de esfera.

Importa também referir que os deuses, anjos ou santos não são omnipresentes. Imaginem que ligamos para um número e a linha está ocupada. Voltamos a ligar outro dia e a linha está de novo ocupada. E assim sucessivamente, até que um dia conseguimos encontrá-la disponível. Quando rezamos e invocamos uma entidade, por vezes nada sucede. Digamos que a linha estava ocupada. Por isso temos de insistir, repetir a operação várias vezes até conseguirmos uma resposta.

O segredo é a alma do negócio. A operação não deve ser revelada a ninguém. Também é importante não mentir. Deve-se apenas aprimorar a arte de ocultar. E as graças obtidas não devem ser reveladas. Não se esqueçam, Cristo também pedia a quem curava para não revelar os milagres... e mais uma vez, há profundas razões para isso, que escapam ao âmbito deste verbete.

Convém salientar que por vezes os deuses optam por não nos ajudar. Isto porque há lições que temos de aprender no mundo físico para podermos progredir espiritualmente. Neste caso, a única solução é acelarar a nossa progressão espiritual, corrigindo defeitos, ajudando o próximo, compensando faltas do passado. Certamente que as entidades espirituais terão isso em conta e perdoarão «carmas» passados quando demonstrarmos que merecemos tal graça.

Na minha modesta opinião rezar é uma acção muito subjectiva.
Digo isto porque existem certas partes das orações, em que não acredito, por exemplo na Virgem Maria ou em Jesus (cada um com a sua fé), daí que retiro essa parte e profiro aquilo em que acredito. Não sei se poderá influenciar em alguma coisa, acho que acima de tudo a oração tem que ser sincera e verdadeira. No meu caso normalmente a oração tem um efeito terapêutico, serve como um momento de meditação, uma pausa, uma calma conversa com nós mesmos.

A oração não tem necessariamente de ser um ritual, muito menos para pedir o que quer que seja (embora a wikipedia assim o defina). Compreendo a necessidade de concentração durante o processo, senão diluir-se-á no meio dos outro pensamentos e será tão válida como pensar "apetece-me salada, se calhar tenho de comprar alface". Poderá ainda ser esvaziada de conteúdo, a partir do momento em que se toma o ritual como um objectivo. É como ir à missa e passar o tempo inteiro aborrecido e a bocejar. O ritual está lá e assisti a tudo, mas serviu de alguma coisa? Não!
A  ritualização só faz sentido enquanto meio de concentração, de resto, não está lá a fazer nada. Se vamos a Fátima ou à igreja da nossa terra, o resultado será idêntico, no entanto acreditamos que em Fátima as orações serão melhor atendidas porque a Virgem esteve lá.
A ritualização é, na verdade, um placebo para desbloquear uma cura que sempre existiu dentro de nós. A partir do momento em que temos consciência disso, deixa de ser necessária.

A oração não tem necessariamente de ser um ritual, muito menos para pedir o que quer que seja (embora a wikipedia assim o defina). Compreendo a necessidade de concentração durante o processo, senão diluir-se-á no meio dos outro pensamentos e será tão válida como pensar "apetece-me salada, se calhar tenho de comprar alface". Poderá ainda ser esvaziada de conteúdo, a partir do momento em que se toma o ritual como um objectivo. É como ir à missa e passar o tempo inteiro aborrecido e a bocejar. O ritual está lá e assisti a tudo, mas serviu de alguma coisa? Não!
A  ritualização só faz sentido enquanto meio de concentração, de resto, não está lá a fazer nada. Se vamos a Fátima ou à igreja da nossa terra, o resultado será idêntico, no entanto acreditamos que em Fátima as orações serão melhor atendidas porque a Virgem esteve lá.
A ritualização é, na verdade, um placebo para desbloquear uma cura que sempre existiu dentro de nós. A partir do momento em que temos consciência disso, deixa de ser necessária.

Bem explicado, plenamente de acordo 

 

A ritualização é, na verdade, um placebo para desbloquear uma cura que sempre existiu dentro de nós. A partir do momento em que temos consciência disso, deixa de ser necessária.

Se todos nós temos capacidade de curar, então porque só alguns conseguem? Qual é o segredo?

Se todos nós temos capacidade de curar, então porque só alguns conseguem? Qual é o segredo?

Boas intenções, fé, e vontade divina. Nem todo o mal pode ser curado.

Boas intenções, fé, e vontade divina. Nem todo o mal pode ser curado.

Pois, sem vontade divina nada feito.

A ideia que tenho é que quando há oração verdadeira as pessoas não só se sentem mais em paz como renovam a sua fé.
Ou seja, não quer dizer que isso por si só salve ou cure, mas ajuda e influencia muito. Uma pessoa tranquila e que acredita que se pode curar tem mais confiança, convicção e disposição para seguir tratamentos e fazer tudo o que está ao alcance à risca para melhorar, o que pode influenciar muito o processo de regeneração.

A ideia que tenho é que quando há oração verdadeira as pessoas não só se sentem mais em paz como renovam a sua fé.
Ou seja, não quer dizer que isso por si só salve ou cure, mas ajuda e influencia muito. Uma pessoa tranquila e que acredita que se pode curar tem mais confiança, convicção e disposição para seguir tratamentos e fazer tudo o que está ao alcance à risca para melhorar, o que pode influenciar muito o processo de regeneração.

Creio que o princípio é esse, há coisa que acontecem (em ser a morte, claro), algumas bastante graves, que olhando para trás serviram para nos fortalecer, para mudar de rumo, para valorizar algo que até então desprezáva-mos (isto parece um chavão de um qualquer livro de auto-ajuda  ). Claro que podiamos bem passar sem sofrimento, mas não existindo, dificilmente deixáva-mos uma perspectiva centrada no nosso umbigo. Quer isto tudo dizer, que por via de um bem maior, certas coisas não se curam, mas sabendo aceitá-las como parte da vida, podem ser minoradas e são hipóteses de crescimento. São estas coisas que a oração não tem capacidade de mudar, ma ajuda a suportar.
Se, pelo contrário, a oração consegue mudar, acontece aquilo a que chamamos milagre.

Se, pelo contrário, a oração consegue mudar, acontece aquilo a que chamamos milagre.

Esta última frase é que já não estou de acordo: não acredito muito em milagres, nem que as pessoas estejam à espera que tal aconteça. Acreditar em milagres poderia trazer a revolta perante a entidade espiritual, poderia-se começar a cobrar porque faz a uns que até nem merecem e não a outros que são boas pessoas, entraríamos na parte porque não salvou aquelas pessoas da catátrofe, da revolta. A parte do milagre/desgraça acontecer porque "é por vontade ou porque Deus assim quis" nunca me convenceu mesmo nada...

Pois, não tinha visto as coisas dessa forma e és capaz de ter razão.

Os milagres acontecem e estão devidamente comprovados pelos médicos (pelo menos é que dizem no Vaticano quando querem comprovar que determinado beato fez esse milagre). O que me causa espanto é isso acontecer só a alguns. Poderíamos falar em "escolhidos"? Segundo o que li em vários sítios, as tais pessoas que tiveram essa graça viveram vidas absolutamente normais, casaram e tiveram filhos, outras dedicaram-se á vida religiosa (talvez como forma de agradecimento pela cura). O certo é que não conheço nenhuma pessoa que tivesse sido curada miraculosamente mas adoraria nem que fosse para perguntar qual é o segredo. 

Os milagres acontecem e estão devidamente comprovados pelos médicos (pelo menos é que dizem no Vaticano quando querem comprovar que determinado beato fez esse milagre). O que me causa espanto é isso acontecer só a alguns. Poderíamos falar em "escolhidos"? Segundo o que li em vários sítios, as tais pessoas que tiveram essa graça viveram vidas absolutamente normais, casaram e tiveram filhos, outras dedicaram-se á vida religiosa (talvez como forma de agradecimento pela cura). O certo é que não conheço nenhuma pessoa que tivesse sido curada miraculosamente mas adoraria nem que fosse para perguntar qual é o segredo. 

Vê a coisa de outra maneira, talvez os milagres não sejam aleatórios no sentido de fazermos algo específico para que aconteçam, talvez estejam relacionados, em grande medida com aquilo que aquela pessoa já tinha reservada para si, não no sentido de destino pré-configurado, mas por uma questão de reposição de um equilíbrio correlacionável e extensível a algo muito mais vasto dentro das leis da criação. No fundo uma espécie de teoria do caos, sendo que a oração dê um empurrão para que esse milagre aconteça. Em princípio uma correcta sintonia com a espiritualidade abrirá as portas a uma vida mais feliz, talvez com "milagres" mais diluídos no quotidiano e menos notáveis em escala. (Acho que ito foi um tanto confuso...)

Vê a coisa de outra maneira, talvez os milagres não sejam aleatórios no sentido de fazermos algo específico para que aconteçam, talvez estejam relacionados, em grande medida com aquilo que aquela pessoa já tinha reservada para si, não no sentido de destino pré-configurado, mas por uma questão de reposição de um equilíbrio correlacionável e extensível a algo muito mais vasto dentro das leis da criação. No fundo uma espécie de teoria do caos, sendo que a oração dê um empurrão para que esse milagre aconteça. Em princípio uma correcta sintonia com a espiritualidade abrirá as portas a uma vida mais feliz, talvez com "milagres" mais diluídos no quotidiano e menos notáveis em escala. (Acho que ito foi um tanto confuso...)

Acho que entendi. no fundo existe muito mais entre o céu e a terra do que possamos imaginar. As coisas só acontecem como e quando têm de acontecer.