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  • Diversos aspectos e curiosidades sobre o Exorcismo
    Iniciado por Etcetra
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Exorcismo. Liturg. No sentido etimológico, do grego exorkismós (juramento), significa "adjuração" ou "esconjuro". É um rito sagrado destinado a expulsar o demônio dos possessos ou a subtrair pessoas ou coisas às influências demoníacas executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demónios) de outra pessoa que acredite estar num estado de possessão demoníaca. A prática é bastante antiga e faz parte do sistema de crença de muitas culturas e religiões.

O exorcismo segundo a Biblia foi praticado por Cristo, que por sua vez, conferiu aos apóstolos o poder de expulsar os demônios

Mateus, 8,28. E, tendo chegado à província dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho. 29. E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo? 30. E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos. 31 Os demônios rogaram-lhe: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos. 32. Ele lhes disse: Ide. E eles se introduziram na manada dos porcos; e toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.

http://www.youtube.com/watch?v=lJmq5VnPN-c#

Apolônio de Tyana (4d.C.-97) era contemporâneo de Jesus. Estava um dia instruindo o povo, quando de repente é interrompido com os risos de um jovem, tão fortes e broncos, que eclipsavam a voz de Apolônio. O célebre pregador, encarando o jovem, disse: "Não és tu quem perpetra este insulto, senão o daímon que te conduz sem que tu o percebas". O historiador Filóstrato apresenta os motivos porque o jovem era considerado possesso: "E de fato o jovem estava, sem sabê-lo, preso por daímones, porque ria de coisas de que ninguém ria e logo se punha a chorar sem nenhuma razão e falava e cantava sem objetivo..."

Isto é, a loucura, a histeria, a conduta incompreensível poderiam ser atribuídas "ao jeito desrespeitoso da juventude que o induzia a tais excessos"; ou a "que estava incorrendo na alegria de um bêbado". Afirma-o expressamente Filóstrato. Mas era considerado possesso: "Na realidade era porta-voz de um daímon".

Como possesso foi tratado o jovem: "Quando Apolônio o fitou, o fantasma que havia nele o levou a lançar gritos de medo e de raiva, como os que emitem as pessoas que estão sendo maceradas ou despedaçadas. O daímon jurou que abandonaria o jovem e nunca mais voltaria a fazer possessão de nenhum homem. Apolônio por sua parte, enérgico, dirigiu-se a ele (...) e ordenou ao demônio que abandonasse o jovem".


A palavra demônio não implica na idéia de espírito mau senão na sua significação moderna, porque a palavra grega daimôn, da qual se origina, significa gênio, inteligência, e se emprega para designar os seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção

Cassos de possessão

Clara  Germana Cele, nascida na África do Sul em 1890. quando o país era  uma colônia da Inglaterra, foi ainda bebê num orfanato católico da cidade de Natal. Quando pequena foi batizada pelos religiosos que cuidavam do lugar,   levando uma vida normal até os 16 anos. Aí a  coisa degringolou.

Acontecimentos inexplicáveis começaram a afetar garota e as pessoas que conviviam com ela. Mais tarde, ela declararia a seu confessor, o padre Hömer Eramus, que tinha feito um pacto com Satanás (por motivos que até hoje não estão claros) e que esse teria sido a causa de seu tormento.

Segundo as freiras do orfanato, Clara tornou-se incontrolável e passou a demonstrar força descomunal. Era capaz de agarrar as religiosas e jogá-las longe ou então dava surras terríveis nelas. Seus gritos assustadores pareciam o de um bando de animais selvagens, de acordo com as freiras.

Mesmo com pouca edução formal, Clara desenvolveu a estranha capacidade de entender várias línguas, como o francês e polonês. Também teria  demonstrado clarividência, sabendo segredos e pecados de pessoas com as quais nunca tinha tido contato.     Há relatos até de que teria levitado.

O ritual de exorcismo foi conduzido pelo padre Erasmus e pelo diretor espiritual do orfanato. Conta-se que, ao receber a água            benta, a moça recobrava a consciência momentaneamente. Clara chegou a tentar estrangular um dos sacerdotes com a estola que ele usava. Após dias de "trabalho" os padres conseguiram  esconjurar a entidade.

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Em 1973, foi produzido um filme adaptado do livro de William P. Bletty, de 1971, cujo o qual fala de um padre que exorcisou um demônio que possuiu uma garota, o fime ganhou cinco sequencias ao longo dos anos, seu título é O Exorcista.

O que pucos sabem é que o filme O Exorcista foi baseado em fatos reais!

O Exorcista foi inspirado em um caso real, não envolvendo uma garotinha de 12 anos, mas um menino de 13, conhecido por R.

Seu comportamento estranho começou em 1949, após a morte de uma tia. Ele começou a ouvir arranhões na parede e objetos voavam pela casa. Cadeiras e camas se moviam quando o garoto estava nelas.

A família desesperada pede ajuda a igreja católica. A primeira tentativa de exorcismo acabou em desastre. Ele rasgou o padre do ombro ao pulso com uma mola da cama. Foram necessários mais de 100 pontos o local. Palavras começaram a surgir em seu corpo e uma delas, Louis, fez a família mudar de volta para Saint Louis, acreditando haver algo lá.

Entre em cena um estudioso jesuíta que na época tinha 27 anos, Walter Halloran. Ele estudou na Universidade de Saint Louis e tratou de R.

Narrando o caso, ele diz que "o garoto cuspia com precisão e acertava seu corpo a 1,5 metros... Certa vez ví uma marca em seu ombro e parecia a caricatura do demônio. Eu podia ver suas mãos e não era ele que fazia... Ouvimos a voz e ela falou que não ia embora até que uma certa palavra fosse dita.". Na páscoa, uma outra voz tomou o garoto e disse a palavra Dominus (dominus =senhor). Neste momento ouviu-se um tiro e o garoto ficou curado.

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O cinema já apresentou varios filmes com o  tema do   exorcismo vejamos alguns deles

Madre Joana dos Anjos (um dos primeiros filmes a abordar o tema, este clássico polonês de 1961 é poderoso até hoje. trata de um padre enviado a um convento, no século 17, para exorcizar freiras possuídas pelo demônio, depois do padre local ter sido queimado por abusar sexualmente delas).

Possuído pelo Demônio ( é sobre o último exorcismo registrado pela igreja católica nos Estados Unidos, o mesmo caso que inspirou 'O Exorcista'. depois de tentar com protestantes, uma família apela para a igreja católica para exorcizar seu filho adolescente, que além de agir estranhamente, faz com que objetos se movam sozinhos, por onde passa).

O Ritual narra a história do cético seminarista Michael Kovak (Colin O'Donoghue) que, relutantemente, frequenta uma escola de exorcismo no Vaticano. Sua vida muda quando ele encontra o ortodoxo Padre Lucas (Anthony Hopkins), que lhe apresenta o lado mais obscuro de sua fé. Inspirado em fatos reais.

O Exorcismo de Emily Rose (uma jovem morre após ser submetida a um exorcismo por um padre, que sugere aos pais que suspendam sua medicação para epilepsia, por seus problemas seriam de ordem sobrenatural. o padre acaba sendo processado por homicídio. baseado num caso real ocorrido na Alemanha em 1976).

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Anneliese Michel serviu como base para o longa O Exorcismo de Emily Rose. Mas a história sofreu várias adptações. Enquanto na ficção, a protagonista era americana, Annelies nasceu em 1952 em Leiblfing, na Baviera, região mais católica da Alemanha.

Na adolescência, Annelies começou a ter fortes convulsões. Em 1968, foi diagnosticada como epiléptica. Segundo  os médicos, ela sofria de uma forma da doença    capaz de afetar a atividade elétrica de todo o cérebro. Ela passou a sofrer de depressão profunda e ter alucinações enquanto resava.

Logo, as alucinações se tornaram auditivas: as vozes diziam que ela ia "apodrecer no inferno". Frustada, Anneliese se revoltou contra os médicos e os remédios, já que, aparentemente, não faziam  efeito. Passou, então, a atribuir a doença à ação do diabo e a  mostrar forte aversão   a símbolos religiosos.

Após sete anos de sofrimento, ela conheceu o vigário Ernest Alt durante uma peregrinação por santuários alemães. Ele acreditou na jovem e convenceu o bispo Joseph Strangl a   autorizar o exorcismo. Alt e outro padre iniciaram os exorcismos: foram 67  sessões de até quatro horas durante dez meses.

Em algum ponto  do processo, garota parou de tomar seus remédios e passou a comer cada vez menos. Ela morreu em julho de 1976, dormindo, com apenas 30 kg. A Justiça alemã condenou os pais e os padres por homicídio culposo. A pena foi de seis meses de prisão, mas depois acabou sendo suspensa.          

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O Exorcismo de Albaycin

No bairro do Albaicín, na casa de famílias de guarda e garantir que follow Fajardo paranormal.  O motivo, eles acreditavam que os envolvidos, a morte de um membro da família a leucemia, como era logo depois, quando tais fenômenos.  Eles pensaram que o próprio diabo tinha dono da casa e, em particular, Encarnacion, um dos inquilinos, também um membro da família.  Não ocorreu a ela que Encarnacion não poderia ser a causa da fenomenologia alegada desde tinha oito anos na França e era recém-chegado em Granada, este parece mais com Mariano Vallejo, "o padeiro" que foram usados ​​para transportar realizar um exorcismo, senti algo Encarnação e recusando-lo às suas exigências, ele concordou em usar os seus bem conhecidos "talentos" como um curandeiro.



Não é permitida a colocação de mensagens seguidas no mesmo tópico, em vez disso deve editar-se a anterior. Ver também Regras Gerais do Fórum, alínea 20. Obrigado.


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O exorcismo na antiguidade

A obsessão e a possessão não são invenções modernas. Fala-se delas e das doenças que causam desde a mais remota antiguidade. Velhos textos religiosos da Babilônia citavam por nome os demônios  que provocavam estes males.  Akhazu era o demônio do fígado e Labartu atacava as mulheres durante o parto e seus bebês... Todos os demônios eram expulsos por meio de encantações, entre elas esta, atiquissima, (da dinastia de Akhad, entre 2800 – 2600 a.C.) foi encontrada num cilindro nos alicerces de um templo:
Longe de meu corpo. Vá para longe./ Para dentro do meu corpo não   retorne./Perto de meu corpo não se aproxime./ Em meu corpo não habite. / Sobre meu corpo não permacerá./ Por Shamash, o Poderoso, será expulso.

Pela sua forma presume-se que o próprio paciente ajudava acompanhando o exorcista-feiticeiro na encantação. Mas para fazer o exorcismo os feiticeiros não empregavam somente as palavras.  Usavam objetos simbólicos, lançando tâmaras, cebolas, flocos de lã,      pele de cabra, sementes etc., no fo GO. Também faziam ruídos ensurdecedores e até hoje os birmaneses, na cura dos possessos, batem em portas,  bandejas de metal, latas, panelas, címbalos, sinos etc. Empregam, enfim, qualquer objeto que faça percussão. Além do      exorcismo pelo ruído, os possessos eram surrados e, em muitas ocasiões, os feiticeiros esfregavam cebolas e outras  substâncias  cáusticas e irritantes em seus olhos ou em partes sensíveis do corpo do paciente. O raciocínio   era simples: sendo o causador da doença o demônio, quando este se retirava não deixava efeitos secundários no corpo do doente. Aliás, lemos em jornais deste século e  neste Brasil cristão, sobre pessoas surradas, algumas até a morte, por macumbeiros e feiticeiros que pensavam, assim, livrar o doente dos males que sofre...

Na Sibéria, o exorcismo é praticado pelos shamans (sacerdotes tribais), que além de possuírem outras faculdades paranormais pronunciadas, têm o dom da cura. Como seus dons (ou a falta deles) podem ter consequências sérias para os membros da comunidade, os candidatos são selecionados com cautela e preparados por verdadeiros gurus. Os escolhidos são enviados à floresta para um longo período de solidão, jejum, meditação e oração. Após este período, preparaatório, voltam ao povoado e são cuidadosamente examinados e submetidos a duras provas. Uma das mais rigorosas e perigosas é a da água. No terrível inverno, um buraco é aberto no rio congelado e o candidato é empurrado para dentro. Se for um dos escolhidos, conseguirá nadar e encontrar outro buraco pelo qual sairá do rio. Se não for digno encontrará a morte por afogamento ou congelamento. Era crença geral que só as pessoas com dons paranormais sobreviveriam a uma prova tão rigorosa. Pelo que se sabe, o tão discutido Rasputin teria sido um shaman...

Os shamans também empregavam vegetais alucinógenos e Andrija Puharich, em seu livro O Cogumelo Sagrado fala de seus efeitos.

A dança e os sons rítmicos são usados para provocar o transe e, ao compasso de tambores, os shamans sapateiam, rodopiam e dança freneticamente até caírem inconscientes.  Deste transe são acordados por cânticos e      o novo soar de tambores. Recomeçam os rodopios, as danças se tornando cada vez mais furiosas, até chegarem ao apogeu, quando os shamans caem novamente em transe. É então que praticam seu sacerdócio e fazem curas.



Exorcismo no circo

Não são só as pessoas que precisam de exorcismo para livrá-las da obsessão ou  da  possessão. Lendo um livro escrito por um ministro da Igreja anglicana ( a Igreja oficial da Inglaterra), apresentado pelo bispo de Portsmouth, vemos que o exorcismo também é usado no picadeiro dos circos.

Diz o autor, o  rev. Donald Omand, que tem  sido chamado para praticar esta cerimônia em membros da "troupe"e nos animais do circo. A este respeito fala de um caso estranho que se deu com o "homem forte" – Gustavo – uma criatura meiga e boa apesar de seu grande porte e enorme força. Gustavo era profundamente religioso. Certo dia, logo após a chegada do circo a uma cidade, saiu para rezar. Ao subir as escadarias da igreja, notou  um grupo de pessoas mal vestidas, sentadas nos degraus. Não deu importância ao caso e entrou no templo.  Mas não consegui orar e sentia-se indisposto sem saber por quê.

Resolveu voltar ao circo e ao sair topou novamente com o  grupo. Olhando para o homem no centro das pessoas, notou que ele fazia certos gestos que se assemelhavam aos de uma pessoa rezando a missa, porém de trás para frente – uma missa negra!

Naquele momento, o homem que estava rezando olhou para cima e reparou que estava sendo observado. Cravou um olhar profundamente maléfico em Gustavo que sentiu um arrepio de horror. Correndo, voltou ao circo e contou o que havia acontecido, mas deste dia em diante sua personalidade sofreu uma profunda transformação – parecia outra pessoa. Tornou-se nervoso, mal-humorado, insolente e acabou isolado de seus amigos, que não o procuravam mais.

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Exorcismo nas estradas

Certo dia no circo esta prestes a iniciar um "show" com  as feras que, dentro da sua jaula, aguardavam o sinal para começar. Gustavo repentinamente apareceu e, contra todos os preceitos do picadeiro, encostou-se às grades. Foi o bastante. Os leões enfurecidos lançaram-se contra o domador e antes que a equipe pudesse tentar o salvamento, ele estava no chão. Gustavo havia desmaiado ao lado da jaula. Quando tiraram o domador  da jaula, ele já estava morto. Mas os leões, sem razão aparente, continuavam  enfurecidos.  Foi    então que pediram ao autor do livro (rev. Donald Omand) para fazer o exorcismo nas feras.  

A cerimônia foi feita   e assim que o sacerdote terminou, os animais voltaram à normalidade.  E Gustavo, quando voltou a si, também voltou a normalidade, tornando  a ser o homem bom e meigo de antigamente. O demônio havia se retirado....

Este mesmo clérico diz que as estradas também precisam de limpeza psíquica pois existem locais que, sem razão aparente, tornam-se o  palco de contínuos desastres.  São os chamados pontos negros. Existem em todas as rodovias – boas ou más --, nas  curvas e nas retas, nas lombadas e nos planos,  e a respeito ele conta um caso curioso. Em três ocasiões diferentes três motoristas que não se conheciam e que vieram de outros lugares, viram no mesmo ponto da estrada o   corpo nu e ensanguentado de  uma moça.  Cada um parou o carro para socorrer a vítima, mas não havia vítima. O corpo havia desaparecido! Cada um, por sua vez, registrou a ocorrência com a Polícia Rodoviária que, afinal, resolveu investigar. Descobriram que, há muito tempo, uma moça havia sido     violentada e jogada naquele local, aonde veio a falecer. A cooperação do exorcista foi solicitada e o  problema resolvido. Nenhuma outra queixa foi registrada!

Em virtude de a possessão e obsessão continuarem   a preocupar a humanidade,  estudemos as duas formas mais procuradas e usadas para debelar este flagelo – o exorcismo e a desobsessão.

Como o exorcismo é comentando desde os tempos mais remotos e nele são empregados certos rituais, nomes e substancias usadas na magia,é lógico supor que nela tenha sua raízes.

Os ocultitas dizem que nem as encantações, nem as exortações e nem as rezas --  com  ou sem os rituais e elementos – conseguem expulsar os demônios se o exorcista não souber   transferir seu pensamento e seu desejo ao ritual e aos  gestos que emprega. Os católicos concordam com isto. A hipótese   parece, pois , aceitável...  

O ritual do exorcismo

Segundo     o Rituale Romanum, o exorcismo é dividido em etapas: preparação com prece e leitura de salmo 53  súplica; leitura do Evangelho (João, Marcos 16, 15:18; Lucas 10:17 --  20; Lucas 11: 14:22). Aspersão cm água benta, golpes com a ponta   da estola roxa e o sinal da cruz sobre o possesso. Três esconjurações (Eu te exorciso, espírito imundo et. em nome de Jesus Cristo).  O Padre-Nosso, a Ave-Maria, o "Magnificat", O "Glória", o "Benedictus" e o Credo de Santo Atanásio, acompanhado pelo paciente, se possível; salmos 67, 69, 53, 117, 34, 30, 21, 3, 10, 12. A   cerimônia termina com a Oration per liberatinem. O exorcista citado no princípio deste artigo diz que repetiu o exorcismo 20 vezes. O demônio deve ter-se  rendido pelo cansaço, desanimado com a inflexível e louvável determinação do sacerdote, de repetir o longo exorcismo quantas vezes fosse preciso para   desalojá-lo!

A desobsessão é um alívio

Com este  nome os espíritos designam a assistência, que prestam ao enorme número de angustiados que os procuram  para  alívio de sua obsessão. As sessões são privativas e empregam técnicas especializadas e testadas, pois mal dirigidas podem intensificar o grau de domínio do obsessor sobre sua vítima. O obsesso precisa, antes de mais nada, de  auxílio discreto.

As sessões de desobsessão são de caráter mediúnico e os médiuns que tomam parte são: 1 – de incorporação (os que recebem os obsessores); 2 – os que aplicam passes para acalmar o obsesso e neutralizar a ação do espírito sobre o paciente; 3 – os que têm a tarefa de dialogar e esclarecer o espírito obsessor. Estes últimos precisam não só de força moral, mas de paciência, discernimento e psicologia para convencer o obsessor a se desligar de sua vitima. Os espíritas aceitam que o móvel, o objeto de toda obsessão é a vingança que um espírito tenta contra determinada pessoa (o obsesso). Assim, jamais expulsam o obsessor. Tentam sua recuperação pois acreditam que é só através do esclarecimento que a cura se torna permanente. Através da evangelização abrem o sinal verde do reequilíbrio.... Como disse Carlyle:

Infinito é o auxílio que o homem prestar ao homem...

Fonte:  Revista Planeta de julho de 1974