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  • Quantas vezes veio Jesus ao mundo ?
    Iniciado por Seth
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Este tópico pode parecer um tanto... sectarista, mas não é o caso ou o mote com que o trago.
Na verdade, apenas pretendo adicionar, um conjunto de factos históricos, com o objectivo de elucidar através do debate.  ;D

Voltando ao nome do tópico, considerem estes exemplos:


Krishna
Nos anos de 3.500 a.C., (ou seja há cinco mil anos trás) na Índia, nasceu de uma virgem, conforme dizia a profecia Vedanta, o menino Krishna, concebido pelo "espírito divino". Foi chamado Khrisna Jazeu ou nascido da fé. Pastores foram adorar o recém-nascido. Ele era o Salvador e deveria reinar sobre o mundo. Um rajá com medo de perder sua posição mandou matar todos os nascituros daquele ano na esperança de acabar com a vida do pequeno herdeiro.

Escapando sempre de seus inimigos, Krishna ressuscitou mortos e curou doentes. O próprio Krishna ressuscitou depois de morrer "num madeiro" supliciado por seus inimigos. O "filho de Mahadeva" deve morrer "para que o mundo creia em sua palavra":

Khrisna, Avatar de Vishnu, pessoa da trindade indiana, o Filho do Pai, o filho de Brahma, o Mahadeva. As semelhanças com a história de Jesus, o Cristo judeu, é evidente. Krishna não o único. Ao longo da história humana conhecida contemporaneamente, entre mitos e registros, muitos outros personagens se destacaram significativamente como "Salvadores do Mundo". 


Buda
O Buda Sakyamuni nasceu de modo sobrenatural, concebido sem o recurso de relação sexual. Nascido príncipe, Sidarta Gautama do Clã Sakyamuni, sua missão de salvador do mundo foi profetizada quando ele era um bebé. Foi uma criança prodigiosa que suplantou os mestres da escola no primeiro dia de aula.

Abandonou a vida nos palácios depois do 30 anos. Jejuou e meditou durante quarenta dias e quarenta noites durante os quais foi impiedosamente tentado pelas forças do mal; depois de resistir a todas as tentações recebeu a iluminação de saber o caminho que resgata o homem de todo o sofrimento da vida terrena: o desapego que despreza todos os desejos da carne. Seu sermão mais famoso é o "Sermão da Montanha". Falou por meio de parábolas: comparou a fé a um grão de ~porcaria~ e caminhou sobre as águas.

Krishna e Buda não são os únicos a apresentar esse espantoso "parentesco biográfico" com Jesus. Hórus (Egipto), Mitra (Pérsia), Baco e Adónis (Grécia), Buda Sakyamuni (Índia), Átis, na Frígia; Balenho, entre os celtas; Joel, entre os germanos; Fo, entre os chineses; Quetzocoalt, entre os pré-colombianos (Olmecas, Maias), todos nasceram de virgens, morreram sacrificados, seu sangue "purifica" e abençoa, eles ressuscitaram, e sua herança é o amor incondicional ao Criador de todas as coisas; amor que se manifesta amando as criaturas.



HORUS

Hórus foi o Deus solar e o redentor do egípcios.
Hórus nasceu de uma virgem.
O nascimento de Hórus era festejado em 25 de Dezembro.
Hórus também era considerado a luz, o bom pastor.
Hórus realizava feitos milagrosos.
Hórus teria 12 discípulos (uma alusão aos 12 signos de Zodíaco governados pelo sol).
Hórus ressuscitou um homem de nome Elazarus (Cristo ressuscitou Lázaro).
Um dos títulos de Hórus é "Krst" (Cristo?). (BERNACHI)

MITRA
Era o intermediário entre Ormuzd (Deus-Pai) e o homem. Era chamado de Senhor e nasceu em uma gruta, no dia 25 de Dezembro. Sua mãe também era virgem antes e depois do parto. Uma estrela teria surgido no Oriente, anunciando seu nascimento. Vieram os magos com presentes de incenso, ouro e mirra, e adoraram-no. Teria vivido e morrido como Jesus. Após a morte, a ressurreição em seguida.

Fírmico descreveu como era a cerimónia dos sacerdotes persas, carregando a imagem de Mitra em um andor pelas ruas, exteriorizando profunda dor por sua morte. Por outro lado, festejavam alegremente a ressurreição, acendendo os círios pascais e ungindo a imagem com perfumes. O Sumo Sacerdote gritava para os crentes que Mitra ressuscitara, indo para o céu para proteger a humanidade.
(LA SAGESSE)

O MITRAÍSMO era praticado em grutas e locais subterrâneos e o cristianismo primitivo [o dos Essénios] também. Nos ritos mitraícos havia ritos com pão e vinho. ...As refeições comunais, a destinação (dia do sol) para descansar também faziam parte de ritos do Mitraísmo que foram sincretizados pelos Cristãos. As vestimentas dos sacerdotes católicos são cópias das roupas ritualísticas dos sacerdotes de Mitra. (BERNACHI)

QUETZALCOALT
Diz-se que foi engendrado no preciso momento que sua virgem mãe engoliu uma pedra preciosa (símbolo da perfeição e da Luz); outras versões ainda mais remotas afirmam que veio de Vénus. Sua inocência e pureza eram tão grandes que os demónios (almas primitivas) não toleravam sua presença e continuamente o submetiam à tentações. Quetzalcoat introduziu uma religião que apregoava paz para todos os homens. Ele era totalmente puro, inocente e bom. Nenhuma tarefa era humilde para ele. Ele até varria os caminhos para os deuses da chuva, para que eles pudessem chegar e fazer chover .
[In LENDAS DO LOBO DO CERRADO]

Como o divino jovem não tinha ainda percebido seu corpo, puseram-no à frente de um espelho e, ao ver tal imagem, seu coração encheu-se de amargura e tristeza, pois considerava esse corpo feio, imperfeito e carente de harmonia. Os tentadores, aproveitando seu desconsolo, ofereceram-lhe uma bebida embriagante, e do espelho fizeram surgir uma imagem feminina. O jovem asceta perdeu sua virginal pureza, caindo no mundo vulgar.
Quando o efeito do álcool já se estava diluindo, achou-se fora do palácio; entrou num sarcófago de madeiro, e ali permaneceu 4 dias. Ao fim destes levantou-se, dirigiu-se, ao mar, fez uma fogueira e queimou-se nela. Então surgiram no horizonte aves que levaram suas cinzas até o céu em forma de pirâmide e a alma, de Quetzalcoatl volta à sua pátria, Vénus.

BACO
O Deus do vinho, [nascido da virgem Sêmele que foi fecundada por Zeus, que entrou em seus aposentos em forma de fogo], Baco também foi um Deus salvador. Teria feito muitos milagres, inclusive a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes. Em criança, também quiseram matá-lo. (LA SAGESSE)



OUTROS MITOS

Adonis era festejado durante oito dias, sendo quatro de dor e quatro de alegria; As mulheres faziam as lamentações, como as carpideiras pagas de Portugal. O rito do Santo Sepulcro foi copiado do de Adonis. Apagavam todos os círios, ficando apenas um aceso, o qual representava a esperança da ressurreição. O círio aceso ficava semi escondido, só reaparecendo totalmente no momento da ressurreição, quando então o pranto das mulheres era substituído por uma grande alegria. Também os fenícios, muitos milénios antes, já tinham o rito da paixão, do qual copiaram o rito da paixão de Cristo. Todos os deuses redentores passaram pelo inferno, durante os três dias entre a morte e a ressurreição. Isto é o que teria acontecido com Baco, Osíris, Krishna, Mitra e Adonis. (BERNACHI)


A ideia de um único salvador do mundo não é compatível com a realidade espaço-temporal do homem e também não combina com a concepção de um Deus-Criador-de-Todas-as-Coisas infalivelmente justo e bom. Seria arrogante supor que apenas um povo, uma nação, um reino, teria "direito" à "mensagem que salva" em uma época determinada da tão longa história humana.

Um Messias que vem ao mundo muitas vezes, atendendo a diferentes momentos históricos e às necessidades de diferentes culturas, é um Messias que fala a linguagem adequada a cada meio que o recebe. Na Índia, usando signos que comunicam mais facilmente com os hindus; na Palestina, "falando aramaico" com o espaldar das escrituras judaicas e assim por diante.
É uma estratégia inteligente para fazer uma ideia alcançar, passo a passo, todos os quadrantes da Terra; e a inteligência, com toda certeza, deve ser um dos atributos do verdadeiro Deus.





FONTES:
BERNACHI, Alfredo. Jesus Cristo não existiu. In NOVA ERA: acessado em 23/12/2006

LA SAGESSE. Jesus Cristo nunca existiu. In ATEUS.NET: acessado em 23/12/2006

MOUFARRIGE, Emilio. QUETZALCOATL: A Lei do Centro. Revista Thot - Número 6 Julho/Agosto de 1976 In Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick - acessado em 23/12/2006.

SCHURÉ, Édouard. Khrisna. [Trad. Domingos Guimarães. São Paulo: Martin Claret, 2003.

Edição: Dezembro, 2011
ligiacabus

Causa Debet Praecedere Effectum -  ( Não há efeito sem causa )

De Nihilo Nihil - ( Nada vem do nada )

chacalnegro

A ideia com que fico é que a igreja foi buscar um bocado em cada religião e compôs a história de Jesus Cristo.
Existem tantos pontos comuns que é impossível ser coincidência.

chacalnegro
Citação de: romi em 28 janeiro, 2012, 23:50
A ideia com que fico é que a igreja foi buscar um bocado em cada religião e compôs a história de Jesus Cristo.
Existem tantos pontos comuns que é impossível ser coincidência.
Esta história foi "composta" antes de haver Igreja ou Cristianismo estruturado. A partir do séc. II há numerosos grupos cristãos, cada um com a sua própria versão da vida de Jesus. Se tivermos em conta que alguns apóstolos são de origem grega e as primeiras "igrejas" fora da Palestina foram criadas na Ásia Menor, é natural que o culto cristão tenha assumido um aspecto sincrético com os mitos do mundo helenístico. Quando a ortodoxia da Igreja é definida, após o concílio de Niceia, já há muito que estes conceitos estavam enraizadas no Cristianismo. No fundo, a ideia de um Salvador que morre e ressuscita é um arquétipo comum a todas as culturas, por mais afastadas que estejam, porque corresponde à necessidade de garantir não só a vida no Além, como a recompensa pelos sofrimentos da vida terrena.

Citação de: chacalnegro em 29 janeiro, 2012, 00:21
Esta história foi "composta" antes de haver Igreja ou Cristianismo estruturado. A partir do séc. II há numerosos grupos cristãos, cada um com a sua própria versão da vida de Jesus. Se tivermos em conta que alguns apóstolos são de origem grega e as primeiras "igrejas" fora da Palestina foram criadas na Ásia Menor, é natural que o culto cristão tenha assumido um aspecto sincrético com os mitos do mundo helenístico. Quando a ortodoxia da Igreja é definida, após o concílio de Niceia, já há muito que estes conceitos estavam enraizadas no Cristianismo. No fundo, a ideia de um Salvador que morre e ressuscita é um arquétipo comum a todas as culturas, por mais afastadas que estejam, porque corresponde à necessidade de garantir não só a vida no Além, como a recompensa pelos sofrimentos da vida terrena.

Li o último livro do José Rodrigues dos Santos « O último segredo», que nos fala sobre esta fase do início do cristianismo, uma das coisas que achei mais interessante no livro foi dizerem que "Jesus era um judeu que vivia segundo os costumes judaicos, acreditava no Deus judaico e ensinava a lei judaica. Não se desviou do judaísmo nem um milímetro. Ou seja, o fundador do cristianismo pertencia a outra religião.
É  natural que existam muitas versões sobre a vida de Jesus, uma vez que foram escritas muito depois de ele ter morrido, primeiro transmitidas oralmente e depois escritas.

chacalnegro
Citação de: romi em 29 janeiro, 2012, 21:26
Li o último livro do José Rodrigues dos Santos « O último segredo», que nos fala sobre esta fase do início do cristianismo, uma das coisas que achei mais interessante no livro foi dizerem que "Jesus era um judeu que vivia segundo os costumes judaicos, acreditava no Deus judaico e ensinava a lei judaica. Não se desviou do judaísmo nem um milímetro. Ou seja, o fundador do cristianismo pertencia a outra religião.
É  natural que existam muitas versões sobre a vida de Jesus, uma vez que foram escritas muito depois de ele ter morrido, primeiro transmitidas oralmente e depois escritas.
Sim, o que diz é verdade, ele na verdade não fundou nenhuma religião nova e acho que nunca foi a sua intenção. Creio que ele só queria mesmo cortar com o imobilismo e proselitismo da religião judaica, baseando-se em valores humanistas, os quais terá absorvido do mundo greco-egípcio. Não nos esqueçamos que a sua infância e juventude foram passados em Alexandria, principal foco de saber do Mediterrâneo. Há outro dado importante a ter em conta, nesta mesma cidade existia uma florescente comunidade judaica desde o séc. IV a.C.. No seio desta comunidade são revistos e compilados grande parte dos textos sagrados judaicos, incluindo a bíblia, que é traduzida para grego. Esta versão da bíblia judaica, conhecida por Septuaginta, vai ser a principal fonte do Velho Testamento para os primeiros cristãos a quem era mais fácil entender o grego (língua franca do Mediterrâneo) que o hebraico original. Voltando ao Cristianismo, quem o fundou como religião foram os discípulos de Jesus e não o próprio. Não conhecemos uma única história dos Evangelhos que tenha sido escrita ou ditada por Jesus. Todos os relatos chegam em segunda, terceira ou quarta mão aos "escribas". Foram estes "escribas" quem na realidade construiu e difundiu a palavra do seu mestre em forma de "nova" religião.

Citação de: chacalnegro em 29 janeiro, 2012, 22:06
Todos os relatos chegam em segunda, terceira ou quarta mão aos "escribas". Foram estes "escribas" quem na realidade construiu e difundiu a palavra do seu mestre em forma de "nova" religião.

Exacto ... sem contar que a maioria ronda segundo li, à volta de 100 anos depois da sua morte ...
Causa Debet Praecedere Effectum -  ( Não há efeito sem causa )

De Nihilo Nihil - ( Nada vem do nada )

chacalnegro
Citação de: Seth em 31 janeiro, 2012, 07:15
Exacto ... sem contar que a maioria ronda segundo li, à volta de 100 anos depois da sua morte ...

Sim, 100 anos na melhor das hipóteses... Alguns escritos passam já para os sécs. III - IV

Citação de: chacalnegro em 31 janeiro, 2012, 11:23
Sim, 100 anos na melhor das hipóteses... Alguns escritos passam já para os sécs. III - IV

Além disso, as traduções nem sempre foram fidedignas.

Citação de: romi em 31 janeiro, 2012, 22:53
Além disso, as traduções nem sempre foram fidedignas.

Como diz o ditado ... " Quem conta um conto, acrescenta um ponto " ...  ;D
Causa Debet Praecedere Effectum -  ( Não há efeito sem causa )

De Nihilo Nihil - ( Nada vem do nada )

chacalnegro
Citação de: Seth em 31 janeiro, 2012, 23:05
Como diz o ditado ... " Quem conta um conto, acrescenta um ponto " ...  ;D
Exactamente!!