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  • Médiuns e mediunidade - Parte II - Requisitos para educar a mediunidade
    Iniciado por sandrapechorro
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Médiuns e mediunidade


(Parte II)


Requisitos para educar a mediunidade



Divaldo Pereira Franco


Para educar a mediunidade há requisitos inamovíveis, sem os quais ninguém consegue
desdobrar essas percepções.
O primeiro deles, estudá-la, conhecer as suas possibilidades e as demais. Conhecer o
Espiritismo, que é a ciência que explica a mediunidade. Sem esse conhecimento a pessoa não
passa do estado de superstição e de aventura, ainda mais, por causa do grande escolho à
mediunidade, do grande perigo, que é a obsessão. (Fonte para estudo, O Livro dos Médiuns,
cap. XXIII).

Sendo os Espíritos as almas dos homens que viveram na Terra, eles são exatamente os mesmos
desvestidos do corpo físico. Bons ou maus, nobres ou indignos, honestos ou injuriosos e,
estando a pessoa no desabrochar da mediunidade, em uma faixa de incerteza e de instabilidade
emocional, sintoniza primeiro com os Espíritos levianos, que se lhe aproveitam da ignorância
para prometer-lhe missões, funções especiais, posições de relevo, e mentindo, dizerem tudo
aquilo que agrada à vaidade da criatura humana. (Fonte de estudo, O Livro dos Médiuns, cap.
XVII, ítem 211 e O Livro dos Espíritos, pergunta 919)
— Qual o meio mais eficaz para sem melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal?
— Um sábio da aantiguidade disse: "Conhecer-te a ti mesmo."
"O conhecimento de si mesmo é, pois, a chave do melhoramento individual..." (Santo
Agostinho)

Portanto, cumpre ao médium o dever de vigiar-se, para ter certeza de que é uma criatura
humana falível, como uma outra qualquer. Portadora apenas de uma faculdade a mais que lhe
pode ser instrumento de felicidade, como de ruína, de acordo com a finalidade que lhe dê.
A mediunidade não é boa nem má; o uso que se lhe dê tornar-lhe-á uma bênção ou uma
desdita para o seu usuário.

A segunda função é o exercício. A mediunidade não é para um breve período como muita gente
que treina uma semana e na seguinte abre um Centro Espírita, para atender à sua e à vaidade
das pessoas que lhe são afins. Acreditando que o fato de abrir um Centro Espírita a mais, é um
grande serviço que presta à Humanidade, pois que, não estando a pessoa convenientemente
equipada, o que pode transmitir? Como conduzir, se ainda não sabe conduzir-se? Incidindo
naquela prescrição de Jesus: "Cego que conduz cego, caem todos no mesmo abismo". (S.
Mateus, cap. XV, vv 1 a 20)
Portanto, é um exercício para toda a vida. Porque, a pessoa que possui inteligência, não pode
dizer amanhã: — "A partir de agora vou deixar de ser inteligente". A pssoa que aprende a ler e
escrever não pode afirmar: — "De agora em diante não leio mais." Porque, onde quer que
incidam as suas vistas, o que estiver grafado em seu idioma, ela o lerá, queira ou não, uma vez
que é uma qualidade inerente à sua realidade humana.
A mediunidade, portanto, exige uma educação permanente e, à medida quem o médium vai
educando as suas possibilidades psíquicas, mais amplas estas se lhe fazem, exigindo-lhe maior
campo de ação e de vigilância.
"Educar-se incessantemente é dever a que o médium deve comprometer intimamente, a fim de
não estacionar e, aprimorando-se, lograr as relevantes finalidades que a Doutrina Espírita
propõe para a mediunidade com Jesus." (Joanna de Ângelis, no livro no Limiar do Infinito)
O terceiro requisito é a consciência de que é médium, para que lhe serve a mediunidade e o que
dela vai fazer. Daí, a vigilância é a necessidade mais imediata e mais comum.
"É necessário vigiar as entradas do coração e permanecer no posto da prece." (Joanna de
Ângelis, no livro Convites da Vida)

A vigilância lhe deve constituir um paradigma a fim de que tenha o critério de analisar as
comunicações de que é objeto, não se impressionando com nomes pomposos nem com
entidades que trazem uma alta dose de pieguismo.
Na cultura brasileira, remanescente do africanismo, há uma postura muito pieguista, que é a do
preto velho. E muitas pessoas acham que é sintoma de boa mediunidade ser instrumento de
preto velho. Quando lhes explicamos que não há pretos velhos, nem brancos velhos, que todos
são Espíritos, ficam muito magoadas, dizendo que nós, espíritas, não gostamos de pretos
velhos. E lhes explicamos que não é o gostar ou não gostar. Se tivessem lido em O Livro dos
Médiuns, O Laboratório do Mundo Espiritual, saberiam que se a entidade mantém determinadas
características do mundo físico, é porque se trata de um ser atrasado. Imagine o Espírito que
manquejava na Terra, porque teve uma perna amputada, ter de aparecer somente com a perna
amputada.
Ele pode aparecer conforme queira, para fazer-se identificar, não que seja o seu estado
espiritual. Quando, ao retornar à Pátria da Verdade, com os conhecimentos das suas múltiplas
reencarnações anteriores, pode apresentar-se conforme lhe aprouver.
Então, a questão do preto velho é uma fenômeno de natureza animista africanista, de natureza
piegas. Porque nós achamos que o fato de ter sido preto e velho, tem que ser Espírito bom, e
não é. Pois houve muito preto velho escravo que era mau, tão cruel quanto o branco, insidioso e
venal. E também houve e há muito branco velho que é venal, é indigno e corrompido. O fato de
ter sido branco ou preto não quer dizer que seja um Espírito bom.
Cabe ao médium ter cuidade com esses atavismos, e quando esses Espíritos vierem falando
errado, ou mantendo os cacoetes característicos das reencarnações passadas, aclarar-lhes
quanto à desnecessidade disso. Porque se em verdade, o preto velho quer falar em nagô, que
fale em nagô, mas que não fale um enrolado que não é coisa nenhuma. Ou, se a entidade foi
alemã na Terra e não logre falar o idioma do médium, que fale alemão, mas que não fale um
falso alemão para impressionar. O médium só poderá falar o idioma no qual ele já reencarnou
em alguma experiência passada.

Desde que não há milagres nem sobrenatural, o médium é um instrumento. Sendo a
mediunidade um fenômeno orgânico, o Espírito desencarnado vai utilizar o que encontre
arquivado no psiquismo do médium, para que isto venha à baila. (Fonte para estudo, O Livro
dos Médiuns, cap. XIX, ítem 15)
Don´t be afraid

fabiana
sandra adorei poder ler algumas parte do livro dos mediuns ainda não tenho o livro mais adoro...a gente aprende a cada dia mais com esses ensinamento eu tenho o livro dos espiritos de allan kardek também e maravilhoso gostei de sabe sobre o preto velho. :)

Boa tarde,

Muito bom post, eu diria que uma entidade só poderá dar o que o medium tem... Se o medium não é evoluido espiritualmente, nunca uma entidade evoluida se poderá aproximar desse médium: haveria um choque energético.

Bem haja
"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

#3
Citação de: Salomé em 17 janeiro, 2012, 15:19
Boa tarde,

Muito bom post, eu diria que uma entidade só poderá dar o que o medium tem... Se o medium não é evoluido espiritualmente, nunca uma entidade evoluida se poderá aproximar desse médium: haveria um choque energético.

Bem haja


verdade, porque esse medium não teria energia suficiente para esse espirito se mostrar........







Autor: Divaldo Pereira Franco

(pdf)
Don´t be afraid

PJ
o interessante é que o medium deve educar-se e orientar-se toda a vida mas não há ninguém que o ajude a orientar-se. Apenas nos dizem para ler os livros de Kardec. E na prática, não ajuda.