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  • dejavus
    Iniciado por libra29
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libra29
olá, vez em outra tenho sonhos de coisas variadas e depois de meses eles ocorrem.
Quando não é desta forma é como se eles fossem uma metáfora do que realmente vai acontecer.
O meu problema é q não consigo interpretá-los corretamente antes de acontecerem, desta forma gostaria de saber como interpratá-los melhor.

Déjavus...
já tive e tenho bastantes vezes isso :-/
É a sensação de que o que está a acontecer nesse preciso momento, é como se já tivesse acontecido.
Ou seja, o que estou a viver naquele momento, é como se já tivesse acontecido no passado.
Que já aconteceu 2 vezes a mesma coisa :-/
É estranho, pois é uma sensação esquisita.

não se consegue saber antecipadamente se é premonição, só se sabe quando acontece
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Penso que encontrei uma explicação interessante que passo a transcrever:
Deja Vu são sensações fortíssimas de que já passamos por uma determinada experiência. Há várias explicações, mas muitos casos desafiam a lógica cartesiana.

EXPLICAÇÂO PSICANALÍTICA:

Em termos freudianos, poderiamos estar sendo atraídos, via inconsciente, por situações onde repetimos padrões, ou talvez fazermos uma leitura particularmente intensa de situações bem cotidianas, quando elas nos evocam padrões inconscientes. Assim, dentre milhôes de imagens cotidianas, números vistos, pessoas, assimiladas e deletadas sem maior significado aparente, o inconsciente escolheria justamente aquelas com as quais fizesse associações, dando uma falsa impressão de coincidência - quando o que pode estar sendo repetido é, no máximo, um padrão do observador.

EXPLICAÇÂO JUNGUIANA:

Mas há casos cuja complexidade desafia esta visão mais racional, ou pelo
menos nos faz especular sobre uma natureza muito mais "transpessoal" para
esse elemento quase externo (à consciência, é claro) que chamamos de
"inconsciente".

Carl G Jung, sucessor e dissidente de Freud, possui uma abordagem melhor.
Para junguianos, os deja-vu estão intimamente ligados às sincronicidades
(coincidências significativas), e ambos implicam em não termos pleno
conhecimento da realidade.

Deja-vus, sincronicidades, significados simbólicos e pequenas previsões em sonhos são acontecimentos notados e relatados empiricamente por milhões. Porém, segundo Jung, não são adequadamente tratados por nossa ciência já que a mesma se baseia sempre em experimentos causais (reproduzíveis), enquanto deja-vus e sincronicidades são "acontecimentos que se relacionam não por relação causal, mas por relação de significado".

SOMBRAS DA CAVERNA

Fatos assim nos levam a questionar o tempo/espaço, e/ou a natureza coletiva do inconsciente. Para Platão, a "realidade" que percebemos são como as sombras em uma caverna, que nos dão idéias do movimento, mas não nos permitem compreendermos a verdadeira natureza e dimensão do que é observado. Para os quânticos, o tempo pode ser relativo, e a matéria também. Para os hindus, vivemos em "Maya", uma ilusão sensorial, e sequer o tema é o que parecer. Vem daí o fundamento de filmes como Matrix.

VISÃO ESPIRITUALISTA:

Em uma abordagem transpessoal, não entramos na discussão da natureza do que chamamos de inconsciente. Se para os fenômenos freudianos sua origem pode se situar nos domínios neurológicos, e em Jung este parece pelo menos envolver um sentido coletivo, podemos extender este conceito para abranger (ou pelo menos não descartar) as possíveis causas espirituais, paranormais ou teológicas que muitos apontam, uma vez que ao chamarmos de "inconsciente" admitimos não termos consciência de sua natureza. Assim, as "sombras" de Platão podem, pelo menos em parte, ser oriundas do que relatam como "mundo espiritual", e em havendo inteligências extra-físicas e/ou coletivas, não podemos descartar sua influência nas escolhas e percepções que psicanaliticamente classificamos como "inconsciente".

MINHA VISÃO

A minha visão particular possui embasamento pós-junguiano, transpessoal, com conhecimento psicanalítico, quântico, espiritualista - e, principalmente,
grande massa de observação empírica e profunda de sonhos, próprios, de
pacientes e de membros de comunidades que possuo com mais de 50.000 pessoas relatando os seus.

Dentre outros motivos, tenho certeza que em mim a principal causa de deja vus são sonhos esquecidos, quase premonitórios.

Como anoto os sonhos, que são depois esquecidos, tenho certeza de que muita coisa dos sonhos aparece, ainda que figuradamente, nos dias ou meses
seguintes.

Ao contrário da maioria dos espiritualistas e/ou místicos, no meu caso não
creio (com base no que observo) que isso ocorra para profecia ou previsão,
nem tampouco que seja algo de "paranormais".

Ao contrário, a observação me sugere que estas "futuras coincidências" são utilizadas no sonhos de hoje como se o inconsciente (seja lá o que ou quem for isso) criasse metáforas psicanalíticas com eventos menores futuros - do mesmíssimo modo que sabidamente as cria com fatos do dia anterior, com complexos da infância ou mesmo (junguianamente demonstrando) com símbolos e mitos do inconsciente coletivo.

Quando enfim ocorre o fato previamente sonhado e anotado, tenho um "deja vu". Quanto mais forte a lembrança do sonho, mais se parece com uma sincronicidade, dando uma estranha (e lúcida) percepção da "realidade" (seja
lá o que isso for).

Como anoto muito os sonhos, faço muitas leituras psicanalíticas e simbólicas do cotidiano, e estou atento a esta possibilidade de questionamento do tempo-espaço-realidade, parece que percebo vários deles, em volume maior que a média. Falo disso bastante nos cursos, chegando a conclusões no mínimo assustadoras, capazes de mudar a vida das pessoas, já que parecem (na prática) envolver futuro e co-criação.

Já em outros casos como esse, esqueço do sonho, que se vai na memória de curto prazo - mas fica para sempre nas anotações. Passadas semanas ou meses, tenho um "deja vu", e só depois leio no caderno que havia sonhado com aquilo, figuradamente ou não, há mais tempo atrás.


Lázaro Freire
Terapeuta Transpessoal, com abordagem Junguiana / Psicanalítica / Espiritualista

Pra mim deja vu é uma falha no tecido do tempo espaço, na minha linha de raciocínio acontece quando todas algumas das linhas do tempo ressoam em conjunto gerando uma memória coletiva de uma ação que um ou vários de você fizeram em outra linha temporal. Outra teoria minha é que vivemos em um loop infinito imperceptível, tudo já aconteceu, ja vivemos tudo que deveríamos e reiniciamos no ciclo que já está traçado (destino), mas por alguma falha lembramos de já ter vivivo tal momento apenas porque realmente vivemos; mas esta teoria já não me é coerente porque dispensa o livre arbítrio ao dizer que seguimos um ciclo infinito com uma única possibilidade de escolha, sempre constante.

Tive um dejávu à alguns anos que me deixou confusa, pois até então pensava que aconteciam em situações idênticas às que já tivéssemos vivido, que eram como que uma memória que despertava por momentos, mas neste foi diferente, estava com a minha filha bebé ao colo, numa casa nova, acabada de construir, apanhei um balão do chão e senti que aquilo já tinha acontecido, achei que podia saber o que ia acontecer a seguir e continuava a sentir que o meu próprio pensamento já tinha acontecido, foi muito intenso e desde então quando vejo a palavra dejávu vou ver se algo faz sentido, o que até agora encontrei que me deixou mais sossegada, talvez porque explica melhor este tipo de situação em que era impossível já ter acontecido, pelo menos nesta vida (eu não tinha tido uma filha ainda, nem aquela casa existia). Penso ter lido no livro "O poder da mente" de Uri Gueller, ele fala em sinais, dá o exemplo de uma imagem que brilha e lhe chama a atenção, explica que antes de encarnar estava combinado que a determinado momento receberia como sinal o brilho de um objecto, ou seja, pelo que entendi, ao longo da nossa vida são-nos enviados sinais pré-definidos entre nós e os nossos guias que nos indicam que o caminho que estamos a percorrer está correcto, como que uma orientação, nessa altura e por fracção de segundos sentimos que o que está a acontecer era suposto acontecer, de tal forma que sentimos já ter vivido esse momento antes.

Não faço ideia se é assim, parece meio descabido, mas para quem acredita em reuniões com guias antes da nossa vinda parece encaixar-se na perfeição.
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.