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  • Espiritismo uma ciência?
    Iniciado por akasha867
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Estava eu a tomar o pequeno almoço e mudei para a SIC, onde uma senhora estava aflita com não sei o que, que não apanhei a história e ne é importante de momento, mas a senhora que estava em representação penso de centros espíritas, disse que o espiritismo é uma ciência, e eu fiquei de boca aberta... meia zonza... é que isto induz as pessoas que estão a ver em erro... penso eu.

"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

UAU, com essa é que e não contava lololololol
Para mim espiritismo nada tem a ver com ciência. Será que alguém sabe explicar em que medida o espiritismo pode ser uma ciência?
Isto é mesmo caótico, ainda bem que abriste o tópico akasha  :)

themiguelest
O espiritidmo já curou a pessoas, elevou a sua auto-estima, Espiritismo é sim uma ciencia á qual ainda não foi investigada porque hoje em dia as pessoas pessam sempre mal dessa ciencia.

Olá

Quanto mais seja uma crença.
Só depois de Kardec, é que o espiritismo foi ligado cristianismo,e foi muito popular no sec  XIX.

Mas a invocação de espiritos é tão antiga como o alvorer do HomoSapiens.
Com a consciencialização da morte,o que provam certas representaçoes nas cavernas,e alguns tumulos com oferendas,surgiu a interrogação.O que se passa depois da morte?
Aqui nasce  a invoçação,os ritos,e a "comunicação" através do Psicopompo,do shamã,servindo como intermediario dos dois mundos.

Mas isto,quando a intenção é rasoavel e isenta de charlatanismo,é apenas crença,não ciencia
...E não sabendo que era impossivel foi lá...e fez

Citação de: themiguelest em 01 dezembro, 2011, 13:36
O espiritidmo já curou a pessoas, elevou a sua auto-estima, Espiritismo é sim uma ciencia á qual ainda não foi investigada porque hoje em dia as pessoas pessam sempre mal dessa ciencia.

Andas equivocado com o termo ciência...
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

Ciência- "Conjunto de conhecimentos fundados sobre princípios certos."

Não creio que o espiritismo possa ser incluído nessa definição...

Olá

A palavra "espiritismo" foi mencionada pela primeira vez no Livro dos Espíritos de Allan Kardec. As manifestações dos espiritos são tão antigas aqui na Terra como a humanidade terrestre, óbviamente.

Kardec viveu na segunda metade do séc. XIX e era um académico.

Na época estavam na moda as reuniões mediúnicas, que eram uma galhofa. Era uma brincadeira. As questões que as pessoas colocavam aos espiritos eram fúteis e pedidos de advinhação. Umas sessões teriam médiuns adequados para isso, outras não.

Kardec nunca ligou às reuniões, até que um dia, um amigo, em quem ele confiava, o alertou para factos que envolviam manifestações inteligentes. Até aí kardec imaginava que se tratava de ilusionismo ou de algum fenómeno físico que a ciência ainda não tinha estudado, mas que ía estudar e explicar fácilmente. Quando lhe falaram em manifestações inteligentes, ele resolveu desmentir aquilo, porque já ía longe demais.

Ao estudar o assunto, Allan kardec, em vez de desmentir os factos, confirmou-os. Foi andando até encontrar um conjunto de pessoas e de médiuns que lhe permitiram fazer estudos sérios. Foram os espiritos que se apresentaram como tal.

Allan Kardec. como académico que era, usou um método o mais cientifico possível, atendendo à natureza do fenómeno. Daí ele dizer que o espiritismo tinha uma componente de ciência. Não porque se tratava de um ramo da ciência material, convencional, mas porque o método que tinha usado era próximo do método cientifico. A ciência espirita é um conjunto de conhecimentos observados e registados, confirmados por via de muitos médiuns. Os próprios espiritos definiram Jesus como o espírito mais elevado alguma vez encarnado na Terra. As palavras de Jesus, que qualquer um de nós pode ler nos Evangelhos, e não o que as religiões dizem de Jesus, que é muito diferente, fazem parte da obra de Kardec e são explicadas, de uma forma mais directa, pelos espiritos.

A seguir a Allan kardec a componente cientifica do espiritismo práticamente morreu. Sobretudo quando surgiram no Brasil uns médiuns que produziam livros uns a seguir aos outros, que foram publicados sem qualquer critério próximo de ciência, que eu conheça. São centenas de livros, que, para mim, não fazem parte da doutrina espirita, até que alguém pegue neles e seja capaz de distinguir o trigo do joio, nos mesmos.

Quando o espiritismo chegou a Portugal, nos fins do séc. XIX, princípios do séc. XX, foi aceite por um conjunto de intelectuais da época. Mas a ditadura de Salazar resolveu proibir as associações espíritas. Daí que a doutrina espirita, em Portugal, tenha continuado no silêncio da clandestinidade.

Eu sou adepto do espiritismo, ou seja, das ideias que estão escritas nos Livros de Allan Kardec. O espiritismo não é uma religião, nem mais uma seita, é um conjunto de ideias, uma filosofia de vida, que crê que o homem é um espírito eterno, provisoriamente agarrado a um corpo de carne (encarnado).

Não considero o espiritismo uma ciência, na medida em que a componente de ciência, deixou de ser credível nos dias de hoje, para aqueles que estão afastados dos trabalhos mediúnicos das associações espíritas, uma vez que pouco progrediu, desde Kardec. Há estudos e cientistas interessados, mas não são capazes de convencer a maioria da comunidade cientifica mundial. Não têm aparecido investidores interessados em financiar pesquisas sérias, com meios a sério. Pelo menos para fazer o mesmo que Kardec fez, mas com a tecnologia do séc. XXI.

Os fundamentos dos ditos estudiosos da dita ciência espirita actual baseiam-se em obras mediunicas ditadas por praticamente um só médium e poucos espiritos, através do mesmo médium: Francisco Cândido Xavier. Ele era uma figura respeitável e sábia, mas mal de uma ciência que depende da credibilidade pessoal de um cientista. Basear-se na credibilidade de um médium ainda é pior, pois o médium é apenas um intermediário, nem sequer é o autor dos trabalhos.      

É preciso entender que os espiritos é que comandam as suas próprias manifestações. Não se trata de um estudo em que apenas a vontade do investigador está em jogo. Não é fácil. O advento da Internet foi o meio que o Espiritismo necessitava para se expandir, pois, por razões de credibilidade, procura-se separar o interesse material pessoal das práticas das associações espíritas. As associações são independentes. Há federações, mas não há uma hierarquia (por enquanto...).

bem hajam

Se espiritismo for ciência é explicado e consolidado por leis feitas pelo Homem e pode ser comprovadas por estas leis, logo se espiritismo for ciência ele não é algo do além, então é fraude. Então não pode ser ciência.  ;D
Antes de Julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende. Eclesiástico cap 18 verc 19

Olá Bachor

As leis da natureza não são leis feitas pelo homem, são descobertas pelo homem, o que é muito diferente. O espiritismo faz parte das leis da natureza. Já foi descoberto por muitos homens, mas ainda não foi descoberto pela maioria da comunidade cientifica mundial. As leis da física, da química, etc. tb são leis da natureza. É a mesma coisa.

As construções e as leis humanas, são desenvolvimentos que aproveitam e/ou imitam as leis da natureza.

A causa primeira das leis da natureza, para os espíritas, faz parte da definição espirita de Deus (que é: Deus é a Inteligência Suprema, Causa Primeira de todas as coisas).

bem haja   

Ligeia
Só para clarificar algumas noções (neste caso de ciência):a ciência constrói-se a partir da observação sistemática (através de instrumentos e factos passíveis de ser traduzidos numa linguagem matemática/universal), da experimentação (testa todos os factos e tenta comprová-los - ou falsificá-los, se formos popperianos); é, por isso, objectiva (assenta em factos e é reversível), analítica e racional, mensurável e o seu método é o hipotético-dedutivo (cujas fases são: observação de um facto; formulação de um problema;proposta de uma hipótese; realização de uma experiência controlada, para testar a validade da hipótese; análise dos resultados e conclusões) ou, para a linha popperiana, o método indutivo (a sua aplicação baseia-se no princípio de que os casos ainda não observados serão semelhantes aos que já foram observados: as regularidades observadas são projectadas no futuro e o grau de confirmação de uma hipótese depende do número de casos observados que estão de acordo com ela).

Se o espiritismo encaixa neste conceito? No lo creo...

Citação de: Ligeia em 09 dezembro, 2011, 15:46
Só para clarificar algumas noções (neste caso de ciência):a ciência constrói-se a partir da observação sistemática (através de instrumentos e factos passíveis de ser traduzidos numa linguagem matemática/universal), da experimentação (testa todos os factos e tenta comprová-los - ou falsificá-los, se formos popperianos); é, por isso, objectiva (assenta em factos e é reversível), analítica e racional, mensurável e o seu método é o hipotético-dedutivo (cujas fases são: observação de um facto; formulação de um problema;proposta de uma hipótese; realização de uma experiência controlada, para testar a validade da hipótese; análise dos resultados e conclusões) ou, para a linha popperiana, o método indutivo (a sua aplicação baseia-se no princípio de que os casos ainda não observados serão semelhantes aos que já foram observados: as regularidades observadas são projectadas no futuro e o grau de confirmação de uma hipótese depende do número de casos observados que estão de acordo com ela).

Se o espiritismo encaixa neste conceito? No lo creo...

Concordo em genero número e grau.
Antes de Julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende. Eclesiástico cap 18 verc 19