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  • As minhas experiências paranormais começaram quando tinha 12 anos
    Iniciado por taviroquai
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Olá a todos.

Antes de mais quero dar os meus parabéns ao forum por proporcionar um ambiente familiar sobre a paranormalidade. Vivemos tão emergidos nas responsabilidades do quotidiado (trabalho, familia, despesas, diversão tecnologica, etc...) que não nos conseguimos focar no que é realmente importante: a espiritualidade.

Cada um de nós tem algo para contar... eu deixo aqui os meus relatos...

As minhas experiências paranormais começaram quando tinha 12 anos, após a morte da minha avó materna. Não me lembro de ter experiências paranormais antes deste evento... talvez porque não houve manifestações paranormais significantes antes...

Segundo relatos dos meus pais, fui uma criança normal antes destes eventos, à excepção de ter estado constantemente com anginas, e de não comer... Tudo está relacionado, tudo tem uma explicação lógica, ainda que paranormal.

Os médicos, estavam sempre a receitar vitaminas e outros medicamentos para abrir o apetite. Quando mudei de médico de família, soube que no meu arquivo, estava lá diagnosticado o meu problema como uma variante de anorexia. Certo era que não comia, não sentia fome e a carne de porco ou vaca ainda era mais dificil de engolir...

A minha avó vivia conosco. Eramos 6 lá em casa: eu (sou o do meio), o meu irmão mais velho, a minha irmã mais nova, os meus pais e a minha avó, mãe da minha mãe. A minha avó sofria da Diabetes e era uma pessoa obesa, quando andava arrastava os pés. Andava pouco, do quarto para a sala de jantar e da sala de jantar para o quarto. Na sala sentava-se sempre na mesma cadeira. Era a cadeira dela, que fazia som peculiar... estes detalhes são importantes para confirmar mais tarde no relato...

Após a morte da minha avó, passado uns 2 meses... adoeci com anginas. O meu corpo estava debilitado, sem defesas, sem forças. Foi aí que comecei a sentir MEDO. Medo do escuro. Medo ao me sentir observado. Medo ao ouvir sons sem explicação. Não via nada, nada que explicasse os sons. Em casa, na escola, sentia medo. Em casa ligava o radio alto, para apenas ouvir musica, com medo de ouvir coisas sem explicação!

O medo culminou, num dia em que fiquei sozinho em casa... estou-me a arrepiar de contar isto... estava na sala a fazer aviões de papel e a pintar... ouvi tossir no quarto da minha mãe... levantei-me rápido e afastei-me... contornei a mesa da sala... nisto começo a ouvir os passos... sem ver nada... aqueles passos arrastados da minha falecida avó, a vir na minha direcção! Comecei a gritar! Entrei em pânico! Estava em pijama e sai a correr para a rua! Era inconcebível na minha cabeça que alguem estivesse a andar sem ver nada. Fiquei no parque infantil a chorar até a minha mãe chegar a casa... tive medo de voltar a entrar em casa e chorava. Demorei bastante até entrar de novo em casa... mas o medo estava sempre lá, presente, á minha espera...

Depois, um outro episódio, passaram-se duas semanas e ainda estava doente. Estavam todos a dormir. Eram 8 da manha, num sábado. Levantei-me, fui para a sala, olhei para cima, para o topo da estante dos livros... parecia hipnotisado... tinha consciencia do que se passava, mão não tinha controlo sobre o meu corpo. Voltei para o quarto, o meu irmao estava dormir no beliche na cama de cima. Eu começo aos gritos! Sem nenhuma explicação aparente. Fazia sons de gato! Trepei ao topo da estante como se fosse um gato, derrubei tudo o que estava no topo! Aos gritos, parecia um animal. Não me conseguia controlar! Toda a gente se levanta. A minha mãe tentou tira-me lá de cima mas ainda gritava mais. Depois veio o meu pai. Agarrou-me como nunca me tinha agarrado. Como se me vestisse uma camisa de forças. Passado uns segundos acalmei, mas a chorar... tomei controlo do meu corpo. Estava tudo horrorizado com aquela situação. Ninguém sabia explicar o sucedido.

Depois disso, a minha mãe procurou ajuda espiritual e conheceu uma médium que tratava das pessoas. Decidiram fechar o meu cofre.
Durante exactamente 9 semanas, fiz um tratamento espiritual. A médium incorporava o falecido Dr. Sousa Martins e as sesssões eram sempre à quarta-feira durante 45 minutos. Começavam com passes magneticos. Depois colocava a cabeça no colo da médium e a medium rezava bastante, em conjunto com passes magneticos na minha cabeça. Já não me lembro de mais detalhes...
No final das 9 semanas, melhorei. Deixei de ouvir os sons. Deixei de ficar doente com tanta frequencia. Deixei de sentir medo. Tinha o cofre fechado.

Naquela altura foi a solução. Mas desde então, nunca parei de ler sobre o lado espiritual. Alan Kardec, Pietro Ubaldi, Espiritismmo, Apometria, teorias científicas sobre o mundo espiritual...

Recentemente tentei uma Regressão mas sem sucesso. Nunca mais consegui nenhum sinal, à excepção dos arrepios, mas isso toda a gente sente...

Agora tenho 33 anos e desde que conheci este forum a minha vontade de voltar a ter faculdades mediunicas aumentou... sinto-me bem a ler este forum... acredito que posso voltar a ser medium, mas sei que preciso trabalhar muito e de forma muito disciplinada (uma coisa que não tenho).

E pronto... moro em Tavira... se alguma alma por perto me quiser ajudar a desenvolver a mediunidade, de forma muito controlada, mande-me pm.

Vamos partilhando informação sobre o mundo espiritual  :) Desculpem a seca  ;D
[b]Ressonância[/b]: "...Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois [b]o sistema armazena energia vibracional[/b]."

Gostei imenso do teu relato..mas nao será demasiado para ti tentares voltar aos tempos que tinhas antigamente? digo isto porque pelo que percebi eras um "medium sofredor".. :-\
*YnÈz*


Olá ynes... Julgo que sofria por 2 razoes: 1ª porque talvez estivesse o corpo demasiado "receptivo" a actividade dos espíritos sofredores. 2º porque quando me deparava com os sons, por exemplo a minha avo a tossir, sem vê-la, era totalmente incompreensível como era possível haver alguém a tossir sem estar ninguém presente! Daí o medo constante, e sofrimento.

Penso que agora, depois de ler bastante sobre o mundo espiritual, já entendo melhor como as coisas funcionam. Penso também que se desenvolver a mediunidade, de forma controlada, pouco a pouco, não será perigoso voltar a ser médium...

Mas fala-me tudo o que sabes sobre as diferenças de um médium normal e de um médium sofredor.

[b]Ressonância[/b]: "...Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois [b]o sistema armazena energia vibracional[/b]."

Mephisto
Olá. Adorei ler o teu relato, fartei-me de rir! Não interpretes mal porque o rir foi pela forma como descreveste a tua experiência. Dei por mim a imaginar todo o cenário. Isso é bom. Escreves bem.
Relativamente ao sucedido, após a morte da tua avó, é perfeitamente normal aquilo que viveste tal como essa súbita e intempestiva manifestação ocorrida seguidamente.
Primeiramente aquilo que ouviste foi bem real com certeza e, como em cima afirmei, perfeitamente normal e recorrente em inúmeros casos diferentes.
A questão do gato já me leva mais para uma reacção de pânico. Estavas afectado pela morte da tua avó, ouviste os passos dela em casa, eras uma simples criança etc. As crianças são mais propensas a ouvir e ver pois não reprimem racionalmente essas manifestações, no entanto isto não faz de ti um Médium na forma generalizada da palavra até porque, se estudas essa linha de pensamento Kardeciano, tens de aceitar que todos o somos uns mais evoluídos que outros. Respeito muito essa doutrina, confesso que fui "seguidor" dessa linha de raciocínio mas a dada altura da minha vida achei que havia muito mais além do que aquilo que se evidência nesse legado.
Infelizmente não me enganei e vivi episódios francamente perturbadores que deitaram por terra tudo aquilo que eu me achava seguro. Ninguém conseguiu ajudar a pessoa que personifica essa minha vivência. Nem centro espirita, nem padre nem Médium, nem médicos, nem Psiquiatras nem nada que devolvessem essa pessoa. As coisas chegaram quando quiseram, fizeram o que queriam e partiram quando lhes apeteceu, porque é assim que funciona quando o patamar de manifestações se eleva acima da nossa pobre capacidade de compreensão. Há coisas bem superiores em poder do que aquela a que estamos habituados a lidar. Não vêem por acaso, não agem por acaso mas perturba sobremaneira toda a tua estrutura física e intelectual.
Bom, posto isto, é natural que todo esse ritual tão típico de centros espíritas, passes magnéticos e afins tem o seu efeito placebo. Melhoraste que é algo muito importante, o mais importante!

Essa parte de tentares conquistar-desenvolver faculdades mediúnicas é que me perturba. Todo o Ritual que envolve o fecho do dito "cofre", tratamentos posteriores etc pressupõe a tua vontade em renegar aquilo a que chamamos um dom. Tudo bem, eras criança, possivelmente fizeram-te isso e nem sabias o que significava! Provavelmente nem terias nada por ai além, ouviste a tua avó, os passos. Normalíssimo após um infeliz evento desses.
Perturba-me porque a maioria das pessoas que conheço, talvez todas até, com faculdades mediúnicas, algumas francamente fascinantes davam tudo para não o terem.
Qual a razão que te leva a desejar isso? Porque se o tens de facto ( e atenção que em ponto algum duvido que isso seja impossível, até porque é algo que acho normalíssimo) podes através do teu desejo atrair alguém a ti com uma vontade de se manifestar tão forte e imediata que a tua vida dará uma volta que possivelmente não estarás preparado.
Tens consciência disso?

Abraço

#4
Citação de: Mephisto em 13 novembro, 2011, 14:35
A questão do gato já me leva mais para uma reacção de pânico. Estavas afectado pela morte da tua avó, ouviste os passos dela em casa, eras uma simples criança etc. As crianças são mais propensas a ouvir e ver pois não reprimem racionalmente essas manifestações, no entanto isto não faz de ti um Médium na forma generalizada da palavra até porque, se estudas essa linha de pensamento Kardeciano, tens de aceitar que todos o somos uns mais evoluídos que outros.

Tal como relatei, aquele comportamento que o meu corpo teve não foi por vontade minha... estava consciente do que se passava mas não tinha controlo sobre mim. Dei a ideia de um "gato" porque não sei explicar de outra forma. Aquele comportamento que parecia mais animal do que humano... se existe incorporação de um espirito humano, porque não existe incorporação de um espirito animal? É uma pergunta sem resposta...

Aceito perfeitamente que todos somos uns mais evoluídos do que outros  :) Embora evolução seja também a nível das capacidades mediúnicas, que são independentes do conhecimento sobre a área.

Citação de: Mephisto em 13 novembro, 2011, 14:35
Infelizmente não me enganei e vivi episódios francamente perturbadores que deitaram por terra tudo aquilo que eu me achava seguro. Ninguém conseguiu ajudar a pessoa que personifica essa minha vivência. Nem centro espirita, nem padre nem Médium, nem médicos, nem Psiquiatras nem nada que devolvessem essa pessoa. As coisas chegaram quando quiseram, fizeram o que queriam e partiram quando lhes apeteceu, porque é assim que funciona quando o patamar de manifestações se eleva acima da nossa pobre capacidade de compreensão. Há coisas bem superiores em poder do que aquela a que estamos habituados a lidar. Não vêem por acaso, não agem por acaso mas perturba sobremaneira toda a tua estrutura física e intelectual.

Interessante... estás a dizer que os a percepção de fenómenos paranormais existe na mesma medida tanto para uma pessoa normal, como para uma pessoa com maiores capacidades meniúnicas? Não é isso que se tem verificado...  :) O que quero dizer é que um médium possui capacidades que facilitam a experiencia de fenômenos paranormais.

Citação de: Mephisto em 13 novembro, 2011, 14:35
Bom, posto isto, é natural que todo esse ritual tão típico de centros espíritas, passes magnéticos e afins tem o seu efeito placebo. Melhoraste que é algo muito importante, o mais importante!
Se foi apenas efeito placebo optimo! Então será mais fácil desenvolver a mediunidade, se não depender se aspectos bio-quimicos do meu corpo :)

Citação de: Mephisto em 13 novembro, 2011, 14:35
Essa parte de tentares conquistar-desenvolver faculdades mediúnicas é que me perturba. Todo o Ritual que envolve o fecho do dito "cofre", tratamentos posteriores etc pressupõe a tua vontade em renegar aquilo a que chamamos um dom. Tudo bem, eras criança, possivelmente fizeram-te isso e nem sabias o que significava!

Eu não sabia naquela altura, o que me estavam fazendo, nem sabia se queria ou não queria... mas não me parece que seja exemplo para ninguém... Se continuarmos a "abafar" os fenômenos paranormais, em vez de tentar-mos viver com eles, vamos continuar na ignorância... e eu busco conhecimento!

Citação de: Mephisto em 13 novembro, 2011, 14:35
Perturba-me porque a maioria das pessoas que conheço, talvez todas até, com faculdades mediúnicas, algumas francamente fascinantes davam tudo para não o terem.
Qual a razão que te leva a desejar isso? Porque se o tens de facto ( e atenção que em ponto algum duvido que isso seja impossível, até porque é algo que acho normalíssimo) podes através do teu desejo atrair alguém a ti com uma vontade de se manifestar tão forte e imediata que a tua vida dará uma volta que possivelmente não estarás preparado.
Tens consciência disso?

Tenho em certa medida. É claro que não quero acordar amanhã e de repente, sentir todas as presenças e influencias do espíritos... Já li bastante que certos espíritos são muito poderosos, ao ponto até, de destruírem a vida de uma pessoa... ainda mais, quando essa pessoa é muito receptiva a influencias espirituais...

Já que numa certa altura da minha vida, tive capacidade para experiencias manifestações de espíritos, gostava de voltar a ter esta capacidade... Foi como se me cortassem uma mão... (sinto) que tanta falta me faz agora... não sei explicar porquê...

Obrigado pela reflexão sobre isto mephisto :)
[b]Ressonância[/b]: "...Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois [b]o sistema armazena energia vibracional[/b]."

O menphisto tem o mesmo pensamento que eu..muitas pessoas que tem o dom, muitas vezes pedem para não o ter, é uma "carga" muito pesada.
Quanto a tua pergunta nao tenho grande conhecimento nesse sentido, tive uma pessoa de familia que foi aquilo que eu e muitos chamamos de medium sofredor, e tudo aquilo que o vi a passar, o sofrimento e o desespero como se tudo lhe atingisse,a fragilidade fisica e mental para lutar, foi muito angustiante.

Tu tiveste a sorte de ser tratado quando eras pequeno e essa pessoa não,por isso acho que devias falar com alguem experiente, porque no final qualquer tipo de medium sofre e podes nao ter a resistencia necessaria para isso, apenas tenho receio por ti.
cumps
*YnÈz*


Resta-me dizer que a minha mãe também é médium... constantemente falo com ela e ela sofre e queixa-se muito... talvez seja por isso que intuitivamente eu sinta necessidade de ajudar a minha mãe a carregar esse fardo...  :( Das poucas vezes que lhe disse que queria voltar a ter essas capacidades ela me disse "nem penses nisso! Tu não vês o que se passa comigo?!?"  :-\
[b]Ressonância[/b]: "...Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois [b]o sistema armazena energia vibracional[/b]."

Mephisto
E quem melhor que a tua própria mãe para te desencorajar. Ela sabe o que diz  ;)


Isso é verdade mephisto... a palavra da minha mãe vale ouro!

Mas eu sempre fui uma pessoa teimosa e "cabeçuda"... tento enfrentar os meus medos... sinto que vale a pena "armar-me em herói"... alias, sinto que é uma missão minha nesta vida.  ;D
[b]Ressonância[/b]: "...Nessas frequências, até mesmo forças periódicas pequenas podem produzir vibrações de grande amplitude, pois [b]o sistema armazena energia vibracional[/b]."

Mephisto