Problemas que podem surgir

Problemas que podem surgir


Uma voz vive dentro do ser comum e incomum. Essa voz grita, mas muitas vezes não a ouve quando a desatenção de si próprio o domina.

Não se ouve, pois tal condicionamento havia sido estabelecido por uma hierarquia de valores sejam eles de carácter educacional ou cultural entre outros. Tal condicionamento, também deve as suas raízes a uma sociedade imperialmente castradora do "eu" mágico, sociedade essa que é dominante para muitos.

Contudo por alguns momentos, por breves instantes, pode acontecer que ela adquira força suficiente para se fazer sentir e para se impor perante o ser desatento aproveitando as chamadas lacunas impostas dentro do próprio ser ou da sociedade castradora.

Será que, mesmo assim a sua mensagem passa para o receptor sem qualquer espécie de ruído estando o canal á partida deteriorado?

Não. O receptor permanece com a sua taça vazia.

Tudo o que essa mensagem poderia gerar, é uma ainda maior indiferença no ser desatento, no ser fechado.

Esse ser não sabe, mas vive com a mente fragmentada. Como irá ele reunir todos os pedaços, que espalhou ao longo dos tempos perdidos em memórias espelho?

Qual a cura para tal enfermidade da mente que pode afectar a alma, ressoando em todos os planos da sua existência?

Qual a cura de uma sociedade fechada que voltou costas a si mesma e se nega a olhar, a observar, a sentir, a ser e a estar?

Eu pergunto-me, se existirá tal cura milagrosa para uma enfermidade do ser... quanto mais uma enfermidade colectiva.

Existem sim, estratégias que podem auxiliar tais mentes desgarradas.

Essas estratégias, passam por estabelecer um ponto de partida e começar aos poucos a delinear um plano de evolução.

É lógico, que tal plano só fará sentido, para aqueles que ao longo dos tempos se aperceberem que a enfermidade da sua mente baleou e trespassou a alma, deixando-lhe buracos que dificilmente serão fechados.

Contudo, para os tais que se reconhecem e se voltam para um pedido de auxilio, e depois persistem em avançar, tal esperança pode surgir num horizonte mesmo que o mesmo se mostre longínquo numa fase inicial

Com o nível de empreendimento certo e de motivação (se a mesma estiver gravada no coração do "desgarrado") os degraus irão aos poucos aproximando de uma porta.

Mas não se pode deixar de referir, como ponto fulcral e vital, que o iniciado num novo caminho totalmente díspar do anterior, deverá aceitar a Verdade e renegar tudo aquilo que outrora era frustrante e lhe havia toldado o espírito.
Por este meio, quero dizer que todos os seres que decidirem ouvir a sua voz renegando o mundo comum dos distratores, deverão enveredar por uma longa jornada de auto-conhecimento, que não será de todo fácil.

A mesma implica também, lidar com medos que outrora foram tornados inconscientes muitas vezes devido ao profundo impacto emocional que causaram, e refiro-me também a medos vividos em vidas passadas.

Nesse sentido, um grande trabalho meditativo é requerido. Assim, após o lidar e o ultrapassar de eventos geradores de frustrações, o ser estará pronto para se conectar ao seu "eu". Estabelecidas todas as conexões sejam elas morosas ou não, o individuo deverá também compreender que tanto no seu microcosmo como no macrocosmo está presente aquilo que se chama de dualidade. O lado negro e o lado branco de todas as coisas, até á mais pequena partícula invisível.

Esta jornada, deve como já referi e é aconselhado (sobretudo nas fases iniciais)a presença de um guia ou mágico experiente, que possa auxiliar na quebra das barreiras mas que por si só não seja ele o agente da cura. Digo isto, pois tal força deve partir do ser ou jamais tal jornada irá ser conquistada e levada a sério. Tal acontecimento impede o atingir do Apogeu.

Passadas as vicissitudes e alguns paradoxos, poderá o ser enveredar pelo caminho mágico.


Por mim, baseado nos ensinamentos de D.F.

Bom texto.

Por mim, baseado nos ensinamentos de D.F.

Dion Fortune?

Sim