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  • O amor é mais forte
    Iniciado por Jé
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Não tenho muito jeito para a coisa mas cá vai:

Lá vem ele. E agora, o que faço? Digo-lhe olá ou passo para o outro lado da rua?
Já está demasiado perto para prolongar o pensamento. Olho-o mas não tenho coragem de dizer nada. Engulo em seco. Ele pára. Gelo.
- Olá. Então, por aqui?
- É, parece que sim. – respondo com vergonha.
- Precisamos de falar, não é?
- É... Sim.
- Que tal um café ou algo do género?
- Pode ser.
- Tens alguma coisa combinada para amanhã à tarde?
- Aaaaa...
- Ainda bem. Fica então combinado para amanhã naquele café perto da tua casa.
- Pois.
- Bem, até amanhã que eu tenho de ir andando.
- Até amanhã.
Desta é que já não me livro. Nem sei o que vestir.
Já em casa, tiro toda a roupa possível das gavetas. Não sei o que vou vestir amanhã mas tem de ser algo bonito, obviamente.
Finalmente, ao fim de sensivelmente uma hora a experimentar roupa lá me decido. Uma camisa azul clara e umas jeans.
Estou ansiosa. Não sei o que vai acontecer mas... calma!
(No dia seguinte)
Está a chegar a hora. Estou cada vez mais nervosa.
Chego ao café e escolho uma mesa na esplanada e espero, espero e espero. Os cinco minutos que já estou à espera parecem uma eternidade. O tempo não passa.
Por um lado, sinto uma enorme vontade de sair dali e dizer-lhe que tive um imprevisto e que não posso ir. Mas por outro sei que ele tem razão e que precisamos mesmo de falar.
- Olá – Diz-me ele enquanto me põe a mão no ombro. Dou um salto com o susto.
- Olá.
Esperamos pelo empregado.
- Sumo de ananás.
- Para mim também. – Diz ele.
Ficamos em silêncio. Fita-me os olhos e decide falar:
- Tu sabes porque é que eu quero falar contigo por isso não me vou por com rodeios. Porque fizeste aquilo?
- Aquilo? Tu não irias compreender. – Desvio o olhar.
- Experimenta e logo saberás.
- Queres mesmo saber?
- Já te disse que sim. – Responde-me
- A Teresa. A razão de tudo isto foi a Teresa.
- A Teresa? O que tem ela a ver com o fim de tudo?
- Não consegues chegar lá? Ela gosta de ti.
- E?
- E que eu não estava confortável com toda aquela situação. Ela é a minha melhor amiga e pelos visto começou a gostar de ti na altura em que eu também comecei a gostar mas não me disse nada porque eu já lhe tinha dito que estava a começar a sentir algo mais forte por ti do que uma simples amizade.
- E nós? E nós como ficamos, Ema? – Pergunta-me num tom mais elevado.
- Fala mais baixo, sim? Ficamos assim. É melhor.
- Manténs a tua resposta?
Calo-me e por fim digo:
- Sim. É melhor, já te disse.
- Tudo bem. Tu é que sabes. É pena tudo acabar assim porque eu acho que ainda tínhamos muito para viver juntos.
Baixo a cabeça e caem-me as lágrimas. Limpo-as enquanto o vejo seguir e de seguida sigo para a minha casa e fico a chorar o resto da tarde enquanto me arrependo pelo que disse. Mas antes uma amizade de anos estável do que um amor que começou à meia dúzia de meses e que não sei quanto tempo vai durar.
Penso, repenso e volto a pensar e tenho de fazer alguma coisa, tenho de fazer! Não vou conseguir ficar assim.
**
- Quem é?
- É a Ema. Quero falar contigo.
- Podes subir.
Ainda não sei o que lhe vou dizer. Apenas quero falar e deixar tudo bem entre nós.
- Entra.
Obedeço e sento-me no sofá.
- Então, mudaste ideias?
- Não Miguel. Eu quero que isto fique assim. Lembraste da nossa amizade antes do inicio do nosso namoro? Eu sei que é difícil e nem te peço, obviamente, para voltarmos à nossa antiga amizade mas eu queria que pelo menos não ficássemos chateados.
- E eu queria que tu não fosses tão cabeça dura. Tu fazes ideia do quanto eu gosto de ti, do quanto eu perdi por ti?
- Faço Miguel mas...
- Mas nada Ema, mas nada. Eu amo-te Ema, não percebes isso? Será que eu realmente significo para ti aquilo que tu dizias? Não sei, não.
- Estás no teu direito de duvidar, é verdade mas todos os meus sentimentos que eu disse que sentia são verdadeiros, Miguel.
Ele senta-se ao meu lado e pergunta-me:
- Porque não estamos a viver esses sentimentos?
- Já te disse porquê Miguel. A Teresa.
- A Teresa, a Teresa, a Teresa. Tudo a Teresa. – Diz irritado enquanto se levanta e esbraceja.
Para e olha pela janela que está aberta. Ajoelha-se à minha frente, levanta-me a cabeça, afasta-me o cabelo dos olhos e diz amigavelmente:
- Se fosse ao contrário achas que ela ia deixar o namorado dela por ti?
- Não sei, talvez mas...
- Mas, mas, mas, mas. Diz a verdade Ema, o que tens vontade de fazer? Responde com sinceridade.
- Tu sabes o que eu tenho vontade de fazer.
- Então fá-lo, fá-lo. Pensa com o coração e não com a cabeça, Ema. Digo-te como amigo e não como alguém que te ama.
Silêncio, silêncio e mais silêncio. Ainda está sentado à minha frente com a cabeça apoiada nos braços que, por sua vez estão em cima dos meus joelhos. Parte-me o coração ao vê-lo assim.
Vim para tentar melhorar as coisas e estamos nisto.
Agora foi a minha vez de lhe levantar a cabeça. Olhos nos olhos, beijo-o. É o último beijo. Recuo, levanto-me e, sem mais uma palavra, dirijo-me à porta, ele segue-me e pergunta-me:
- Acabou assim?
- Eu não queria mas vai ter de ser.
- Vai? - pergunta-me ele.
Empurrou-me contra a parede e beijou-me bruscamente. O meu coração disparou no momento. Não consegui evitar. Cedi à tentação.
As suas mãos agarravam a minha cintura com muita força. Os beijos estavam agora no pescoço. Leva-me o quarto dele e empurra-me para cima da cama.
Já não controlo o prazer a excitação. Tiro-lhe a camisola e as calças com força e ele tira-me a camisola e a saia.
Beija-me na boca e vai descendo. Beija-me o pescoço, o peito a barriga e entra em mim.
Esta é a nossa primeira vez.
Ele penetra-me como se não houvesse amanhã. Sinto-o num vai e vem.
Estamos cada vez mais perdidos de prazer. Ele empurra-me contra a cama cada vez com mais força.
Apetece-me gritar, tento controlar-me mas torna-se cada vez mais difícil.
As suas mãos percorrem ternamente o meu corpo duro de prazer.
A minha coluna arqueia enquanto atinjo o orgasmo e grito. A nossa respiração, assim como o nosso batimento cardíaco atingem valores perigosos mas muito agradáveis.
Ficamos um pouco ali, lado a lado, a trocar mimos.
Parece um sonho. Será?
Por fim caímos no sono a olhar um para o outro.
De manhã fui despertada com um beijo na testa. Abri os olhos calmamente e vi-o ali, ao meu lado a olhar-me. Não, não tinha sido um sonho. Tinha mesmo acontecido.
- Bom-dia. – Digo entre um bocejo.
- Já acordada? Hum
Levanto-me.
- Onde vais? – Questiona-me ele.
Sento-me em cima dele, beijo-o no peito enquanto as minhas mãos percorrem o seu corpo. Os meus lábios vou descendo cada vez mais e mais. Tocam à campainha mas ignoro e continuo e ele, claro, também não se importa.
Chego ao fundo da sua barriga e paro. Ele fica louco.
Levanto-me e vou em direcção à sala quando ele me agarra e me atira contra o sofá. Beija-me. Levanta-se em direcção à mesa da sala e estilhaça tudo o que lá tinha em cima.
Levanta-me e deita-me em cima da mesa.
A cada investida dele, a mesa treme e o meu ventre desliza. Vibro de prazer e eu sei que ele também.
Solto gemidos de prazer. Não me controlo.
No meu íntimo imploro-lhe para que não pare mas ele não obedeces aos meus pensamentos e para.
Encaixa-me na sua cintura e leva-me contra a parede e beijaste-me loucamente a boca, o pescoço e depois o peito.
Estavas tão perto que eu sentia o teu coração a bater a um ritmo aceleradíssimo.
Todo o resto do mundo foi esquecido desde ontem. Nenhum dos dois sabe nada sobre o que se passa para lá das quatro paredes, mas já dentro delas nós os dois sabemos e sabemo-lo muito bem.