Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.509
Total de mensagens
369.626
Total de tópicos
26.967
  • Blues sem fonte + sonambulismo incomum
    Iniciado por Luna S.
    Lido 2.905 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
A semana passada aconteceram mais duas coisas incomuns:

26 de Abril:
Na manhã da semana passada, dia 26 de Abril eu estava a ler aqui no fórum sobre EVP's. E disse para a minha irmã, que deveríamos experimentar e tentar ver se conseguíamos algum. Ela, como sempre no que diz respeito a estas coisas, não gostou da ideia. Então eu disse-lhe para não se preocupar, que não precisava estar comigo, eu ia gravar um EVP, naquele dia sozinha e que à meia-noite seria uma boa hora.

Bem, quando era de noite, já eu nem me lembrava de que ia ver se conseguia gravar um EVP, eram cerca de nove horas, a minha irmã vem ter comigo, esbaforida. Estava pálida e com a respiração acelerada. Disse-me, aflita para eu ir imediatamente à arrecadação porque tinha acabado de ouvir música, mesmo ao lado dela, sem haver nenhum rádio ou fonte que pudesse emitir aquele som.

Eu procurei acalmá-la, porque ela estava muito assustada, perguntei-lhe como era, onde estava no momento em que ouviu a música e o que estava a fazer.

Ela não me soube dizer como era a música, diz que estava a fazer um treino vocal (ela canta e costuma treinar a voz para a aperfeiçoar, na arrecadação, porque sabe que lá ninguém a interrompe, nem está a incomodar ninguém), e diz que quando acabou de cantar que ouviu um rádio, como se tivesse acabado de ser sincronizado e começou a tocar uma música. Ela olhou na direcção do som e não viu nada. Quando olhou para a gata e viu que também esta olhou para a direcção do som, saiu a correr do local. E que não quis saber mais da música que ouvia. Tentei excluir hipóteses, tais como: ser música proveniente da vizinhança, algum rádio antigo da minha mãe que poderia estar guardado na arrecadação, imaginação. Todas foram descartadas, porque a minha irmã estava consciente de que o som vinha mesmo de um local ao lado dela, ela tentou apurar a audição para ver se não poderia ser ela a fazer confusão, mas continuou a ouvir a música, e não há rádios naquela arrecadação.

Ora, eu lembrei-me logo de ir ao local, estava assustada, porque de facto nunca tinha visto a minha irmã pálida de medo. Lá fui, extremamente desconfortável, a minha irmã ficou na rua a relatar o sucedido aos meus pais. Eu preparei o meu mp3 para gravar, entrei na casa, sentei-me no mesmo local em que a minha irmã me tinha dito que tinha estado sentada. Estava extremamente desconfortável, fiquei lá por um minuto ou dois e sai logo de lá. Verifiquei que o meu mp3 estava desligado. A pilha tinha quase a carga máxima e ele não tem por hábito desligar-se sozinho. Portanto, foi estranho. Voltei a entrar, desta vez fiquei o tempo todo a olhar para o meu mp3 para ver se não se desligava. A maldita máquina de secar estava a trabalhar, pelo que interveio na gravação, mas não parei de gravar por isso. Voltei para o meu quarto, ouvi mais atentamente a gravação e estranhei um miar. Era baixo e ouvia-se mal. Calculei que tivesse sido a minha gata e que com o barulho da máquina nem me apercebi que ela estava lá comigo e que tinha miado, também poderia ter sido um chiar da máquina.

Quando ia contar os resultados inexistentes da minha tentativa, a luz oscila em toda a casa, por alguns segundos. Voltei para o meu quarto, assustada, mas voltei a sair decidida a contar os resultados. Fui ter com a minha mãe que estava na rua e notei que a minha gata estava parada, olhar para o escuro numa posição de alerta. Aí, os meus cães começam a ladrar desalmadamente. E oiço dois gatos assanhados à luta, algures na escuridão da noite no prolongamento do terreno que há em frente da minha casa.

Coincidências que naquele dia me assustaram. Mas que considero normais. Desisti de tentar captar um EVP, guardei o meu mp3, ouvi as teorias da minha mãe, procurei a minha irmã para tentar saber melhor o que se tinha passado, mas ela recusou-se a falar mais naquilo e ficou agarrada ao pc a jogar Sims 3 até ir dormir.

Já mentalizada que não ia ouvir nada como a minha irmã ouviu, fui até à casa de banho. A única janela da minha casa de banho fica na mesma direcção que a arrecadação. E enquanto lavava as mãos no lavatório. Começo a ouvir uma música. Olhei para o autoclismo da sanita, ouvia-o a encher, pensei que poderia ser imaginação minha. Estar a confundir a água com música. Por isso tentei distinguir o som da água e notei que a música era um som à parte do da água que enchia o autoclismo.

Parei por alguns segundos e escutei a música. Não consegui distinguir a letra, nem identificá-la, mas soube que era uma espécie de blues, com aquela qualidade típica dos rádios antigos e um vocal masculino negro (não é racismo, tento explicar que era uma voz que costuma ser mais típica de pessoas com esta característica), não me lembro bem dos instrumentos, mas pareceu-me um som animado mas não demasiado agitado. Olhei para a janela e senti que tinha que a abrir (a música vinha da direcção da janela), tirei os trincos e assim que a abri a música desapareceu. No fundo, eu só queria comprovar se não seria música que vinha da rua (dos vizinhos). Fiquei estupefacta e extasiada ao mesmo tempo. As probabilidades de me acontecer o mesmo que há minha irmã, naquele dia eram mínimas. Tive pena de não ter levado o mp3 comigo para a casa de banho e acho que se o tivesse feito, não teria ouvido esta música.

Nessa noite, quando me fui deitar deixei o mp3 a gravar indefinidamente, até que se gastasse a bateria. Gravou cerca de 3h e 15 min, só ouvi ainda 45 min. Aos 20 minutos parece que oiço outra vez aquela espécie de miar. Até agora não encontrei mais nada de relevante, este miar até pode ser outra coisa. Assim que puder, vou ver se arranjo algum programa que dê para analisar a gravação. Há muito daquele ruído do vazio.

Aspectos curiosos que associo a este fenómeno:

- Há dois anos achei uma gatinha perdida, muito pequenina e fraca, abandonada pela mãe. Tratei dela durante o Verão inteiro, mas acabou por morrer logo no mês de Setembro;

- O meu bisavô paterno era um homem que gostava muito de teatros e, particularmente de assistir a ópera. Poderia muito bem também apreciar Blues... E há muitas coisas deles preservadas naquela arrecadação.

- A minha avó materna morreu há dois anos, também gostava muito de música e passava muitas horas com o rádio dela ligado. Chegava inclusive a cantarolar as músicas mais passadas na rádio. Não tinha qualquer grau de parentesco com o meu bisavô, homem que nunca conheceu. A minha mãe é que me lembrou deste pormenor. Também preservamos algumas coisas dela naquela arrecadação.

O meu pai acredita que há um espírito brincalhão, e que por isso é que colocou música quando a minha irmã estava a cantar.

Eu ainda estou fascinada com esta experiência. Embora naquele dia, eu tenha ficado muito nervosa. Andei assustadiça, tal como a minha irmã, mas custa-me a querer que testemunhei outra manifestação paranormal tão nítida. Fico feliz por não me sentir ameaçada. Não posso dizer que nunca senti nada de mal vindo destas entidades, porque já senti e acredito que, tanto podem ser menos confusas, como mais, perturbando a sua disposição.


Dia 27 para 28 de Abril

No dia 27 de Abril para o dia 28 de Abril, a minha irmã experienciou outra coisa incomum.

Antes de mais, quero esclarecer que em pequena enquanto dormia falava, tal como há relatos de que me sentei uma vez na cama a falar para a minha mãe e que me voltei a deitar. Estes episódios de sonambulismo nunca mais se repetiram, já faz cerca de 10 anos.

Pois bem, nessa noite, devo ter-me deitado bastante tarde, por volta das 2 ou 3 da manhã. Como tal estava mesmo cansada e deixei-me logo de dormir. A minha irmã dormiu comigo nesses dias, porque ela é incapaz de dormir sozinha depois do episódio que eu descrevi em cima. Na manha do dia 28 a minha irmã fartou-se de ralhar comigo por eu a ter acordado a meio da noite. Ela disse que quando eu a acordei estava sentada no lado esquerdo da cama dela, a olhar para ela e que lhe disse: "Toma o terço! Toma o terço!", segurando um terço dela, que estava pendurado na cama, debaixo de vários outros colares e algumas pulseiras. Ela pegou no terço e colocou-o em cima da mesa-de-cabeceira e disse-me para eu dormir e deixar de ser parva. Mas, nessa manhã ela contou o sucedido e eu não me lembrava de nada.

O que faz deste acto de sonambulismo estranho?

1º O terço estava pendurado no lado direito da cama debaixo de uns colares e algumas pulseiras. Coisa que eu não fazia a mínima ideia. Mas ainda assim, peguei nele sem fazer barulho, deixando todos os outros colares e pulseiras no lugar.

2º Eu não sonhei com nada que me pudesse levar a levantar da cama, ir em direcção do terço e tirá-lo daquela maneira do lugar, voltando para aquele lado da cama. Nessa noite sonhei que tinha ido a uma pastelaria com a minha prima e que ela era vítima de estigma por parte das pessoas por causa da forma como se vestia. Sim, foi um sonho tonto e como podem ver, nada a ver com terços ou em pegar em coisas com forma de terços e proferir as palavras "toma o terço".

3º A minha irmã achou muito estranho e incomodativo a forma como eu estava sentada na cama, debruçada sobre ela. Que foi a coisa mais assustadora que um sonâmbulo poderia fazer-lhe.

4º Não tenho episódios de sonambulismo há muito tempo. E nunca tive um que me fizesse pegar em objectos e falar deles.

5º Fui criada à luz da igreja católica, mas desde os meus 16/17 anos que me desliguei dos hábitos e das ideologias com as quais me tentaram programar na dimensão religiosa. Desde então que não pego ou rezo um terço. Tanto que todos os terços que a minha avó paterna e a minha antiga catequista me ofereceram estão arrumados numa caixa, apenas pelo respeito a quem mos ofereceu e aos meus familiares que ainda mantém viva essa crença. A minha irmã é quem preserva um terço na beira da sua cama. Portanto não é o tipo de objecto ao qual me apegue em momentos de aflição ou ao que quer que seja.

Então, estas foram as minhas duas últimas experiências paranormais, se bem que a segunda se insira mais num caso insólito. :)
""Ha no homem algo de fundamental, que nao se consegue."

Uff.... primeiro quero agradecer o teu relato que está muito bem escrito e perceptível, apenas um pouco longo  :D

No primeiro caso penso que deverias ter deixado lá o mp3 na arrecadação e ter parado a máquina de lavar, situações dessas não acontecem muito e a roupa podia ser lavada no dia seguinte :) mas não deixa de ser uma situação bastante interessante...

No segundo caso, para mim mais "bizarro", aí penso que tenha sido "alguém " a manifestar-se, dado que não é religiosa católica praticante, o facto de se ter agarrado a um terço e não saber onde ele estava é bizarro. Mas de certeza que nunca o tinha visto lá? por vezes a nossa memória visual agarra esse tipo de situações.
ILYM

Eu sei, tenho que limar essa aresta. Quando começo a relatar as minhas experiências, procuro descrevê-las ao pormenor e perco um pouco a consciência da extensão...

Citação de: Paraphenomenal em 10 maio, 2011, 10:50
(...) Mas de certeza que nunca o tinha visto lá? por vezes a nossa memória visual agarra esse tipo de situações.

Conscientemente nunca olhei para lá. É o lado da minha irmã, raramente para lá olho ou vou. Mas sim, também considerei a possibilidade de ter armazenado subconscientemente essa informação. Faz-me confusão é ter conseguido apanhado o objecto...
""Ha no homem algo de fundamental, que nao se consegue."

Entretanto, aconteceu alguma coisa estranha?

Citação de: Luna S. em 14 maio, 2011, 00:27
Eu sei, tenho que limar essa aresta. Quando começo a relatar as minhas experiências, procuro descrevê-las ao pormenor e perco um pouco a consciência da extensão...

Conscientemente nunca olhei para lá. É o lado da minha irmã, raramente para lá olho ou vou. Mas sim, também considerei a possibilidade de ter armazenado subconscientemente essa informação. Faz-me confusão é ter conseguido apanhado o objecto...
ILYM


Muito bem. Parabéns pelo relato. Só falta mesmo a insistência e tentar gravar alguma coisa.

Citação de: Paraphenomenal em 20 maio, 2011, 17:05
Entretanto, aconteceu alguma coisa estranha?


Não. Nada de incomum.

Citação de: Arph em 21 maio, 2011, 17:42
Muito bem. Parabéns pelo relato. Só falta mesmo a insistência e tentar gravar alguma coisa.

Que tipo de programa editor de som me aconselham? Para poder explorar melhor as minhas gravações.  :)
""Ha no homem algo de fundamental, que nao se consegue."

Citação de: Luna S. em 23 maio, 2011, 20:24
Não. Nada de incomum.

Que tipo de programa editor de som me aconselham? Para poder explorar melhor as minhas gravações.  :)

Vai à secção do fórum de Investigação :) tens ai tudo com tutoriais...:)
ILYM