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  • Deus existe?
    Iniciado por zackfair
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Mephisto
#120
Obrigado Zen  ;)
Não querendo cortar o vosso diálogo aproveito para deixar um link a propósito da confusão que foi aí com o Natal.

https://portugalparanormal.com/index.php/topic,20882.new.html#new

Cumprimentos

chacalnegro
#121
Citação de: Mephisto em 17 agosto, 2012, 21:05
Boa tarde a todos,
Desde já gostaria de congratular o Zen e o Cariocecus pelo excelente debate promovido. Fiquei francamente admirado pelo nível intelectual demonstrado na defesa dos argumentos que apresentaram de forma inteligente, construtiva, dinâmica e sobretudo sincera. Apelo para que coloquem as diferenças de lado quando a linguagem não mais permite traduzir o sentimento que move determinada intuição, inviabilizando a materialização dum ou outro argumento pois acabam invariavelmente no ataque pessoal o que, em pessoas do vosso "calibre" é uma pena.

Gostei mesmo (estou a falar como utilizador) de vos ler, embora continue a achar que estão a falar em prol do vazio.  
Deus não se prova, sente-se. Deus é uma consciência, uma inteligência dinâmica actuando no todo. Não o podemos materializar humanamente pois ele é uma consciência universal no espaço-tempo dinâmico do universo que vislumbramos no interior do nosso aquário.
Sim Deus existe! Qual é a falsidade desta afirmação? Nenhuma. Deus criacionista, teórico da evolução, filosofia de existência divinizada ou existencialismo cientifico. Ele é tudo sem ser nada e é um nada sendo tudo. Deus é o universo que se move, o sol que aquece, o astro que gira, a estrela que brilha morta.
Se querem dar a Deus uma forma humana de imagem e semelhança; porque não? Ele é a face de tudo sem rosto apresentar.

Meus amigos, eu sei (tal como milhões) que é fácil derrubar os arquétipos do dogma, a sustentabilidade da insustentável maneira de ser mas anulo Deus perante o meu argumento cientifico? Não. Reforço-o!

Deus não se teoriza matematicamente pois ele é objecto de tudo aquilo que constitui o todo. A partícula de Deus está em todo o lado por isso ele é omnipotente, omnipresente e omnisciente. O ser humano manipula em ambiente de laboratório uma nano-possibilidade daquilo que observa ser, uma realidade sensorial experimentada à escala universal. Por este motivo se aplica a teoria e não a lei. Nós apenas fazemos engenharia reversível, ou seja, tentamos inverter aquilo que já está instituído à milhares de milhões de anos para obtermos um resultado cognisciente passível de ser interpretado na nossa linguagem de acordo com as nossas noções baseadas nessa mesma linguagem e condicionantes físicas.

Deus é o cientista primordial, a inteligência viva e dinâmica das inteligências "efémeras" condicionadas por um padrão linguístico-numeral incapaz de convergir na realidade do todo. Por norma somos todos acéfalos Cariocecus, no terceiro sentido figurado do termo, de acordo com o dicionário da Porto Editora. Não reconhecemos a inteligência regente do equilíbrio do caos. Todo o universo é uma inteligência viva em constante mutação/evolução/expansão equilibrada. Ai tens o Deus que renegas peremptoriamente. Tudo é inteligência desde a mais ínfima partícula subatómica até a materialização atómica da inteligência de ser.

Hawking é brilhante no seu conceito teórico do universo, tal como todos os grandes nomes desde Galileu a Newton, Einstein etc. Todos foram grandes teóricos mas não são de todo absolutos no sentido literal da palavra, porque o sentido absoluto do universo é mutável numa proporção infinitamente multiplicada à base compreensível da razão humana. O que têm todos estes nomes em comum? Todos precisaram de Deus numa fase inicial e todos provaram do mesmo veneno. A negação gera teorias absolutistas numa linguagem condicionada. Galileu provou que a igreja estava errada mas provou a inexistência de Deus? Não!

Já gastei latim suficiente na generalidade dos tópicos referentes à natureza da questão pelo que não me alongarei mais.

Hawking é genial dentro da nossa concepção primária de genialidade. Experimenta (Cariocecus) Amit Goswami, teórico de física nuclear e professor emérito do Instituto de Física Teórica da Universidade de Oregon. Perceberás que a física há muito se confrontou com os limites das suas leis teóricas e que a quântica abre portas a Deus num sentido genericamente mais cientifico do que nós poderíamos estar preparados para aceitar.

Eu acredito em Deus, tenho as minhas razões e não as impinjo. Há impossíveis na nossa vida que por força da fé se tornam possibilidades vividas, experiências, sentimentos materializados.
Nós somos uma expressão da inteligência de Deus ,e, acredita, por muito insano que pareça, isto faz mais sentido do que a maioria das teorias cientificas ou dogmas religiosos que por ai proliferam. Quando quiseres encontrar Deus olha para o teu interior. Podes encontrar-te apenas a ti ou algo além de ti. A consciência de ti próprio faz-te escravo do produto de uma programação linguística-intelectual baseada em conceitos ou conhecimentos humanamente condicionados no desejo de ser, mero fruto de um acaso selecto-evolutivo. No fundo todos queremos ser eternos na paz de Deus porque desse fundo onde "na natureza nada se perde, tudo se transforma" jaz o quinhão inteligente que fez da nossa pessoa Ser uma expressão individual desse todo que se expressa.

O ateísmo é uma das personalidades do universo que nos permite evoluir, cientificamente, rumo ao conhecimento de nós próprios na condição de Deus. Somos todos uma unidade dispersa no senso dualista material-espiritual em busca do conhecimento alquímico, a quinta-essência do Ser além finito, conscientes de sermos finitamente conhecedores deste que nos abraça, no todo que é o universo.

Agradeço-vos sobretudo, rever-me em vós, verdade! Interiorizei cada linha dos vossos textos e vi neles tanto de mim. Somos tão iguais sem nos aperceber-mos, por vezes, que, servindo-me do exemplo de espelho que o Cariocecus nos trouxe (que não é assim tão linear como parece), mesmo nas diferenças somos reflexos perfeitamente materializados do desejo que assim seja, o Ser enquanto é, depois de ser para ser o que não é, teimando ser algo que não foi nem será, depois de ser.

Obrigado por este momento. Gostava apenas de deixar duas humildes sugestões. Cariocecus afasta-te um pouco de Hawking e Zen, afasta-te um pouco do conceito espirita que é, neste momento, ainda bastante acentuado no teu argumento. Vocês são duas personalidades bastante peculiares no bom sentido. Tentem a convergência da vossa argumentação bifida, pois conseguirão sumo, duma fruta tão de si já exprimida.

Não consigo deixar de ser invadido por um poema que dá corpo a uma música que adoro, cujo titulo materializa o meu nick. Vai contra a regra mas eu sou contra a tradução de poemas pois retira-lhes a essência. Continuem o brilhante debate. Despeço-me com esse poema:

"As madmen, some hung head down
From a long dead tree
Some discuss, all at once
For no one to hear

Variations on emptiness
Great themes on vain glory

And as some go feral in strange performances
Dressing customs that are metaphors
Of your disease
Hungry eyes are looking for Me...
Mephisto

Laughing, I feed you
With meaningless games, tricks and philosophies
Whose answers you would die for
In your hunger to believe

How it does amuse Me
And makes Me wonder
For how long that it was Mine
Because now it does really inflame Me

As if ignorance was my secret desire...
Mephisto

I am an angel who dresses in red
Riding above you, etching fire rings
I have learned to fly
Don't you remember?
While you still have not come down
From your long-dead tree

I can teach you wonders if you give me your soul
Marvels and wild dreams can be yours
I can teach you how iron turns to gold
And how life can grow so old

But I am a demon who dresses in red
And I do not hope you will understand...
Mephisto"

Fernado Ribeiro in Irreligious Moonspell


Abraço  ;)

 


Brilhante!!!
"...não me temas, descobre-me!"

#122
A concepção de Deus tem-se ostentado invariavelmente multifacetada e tem predisposto distintas acepções e assestos. Idealizador, criador do Universo, omnipresente, omnisciente, omnipotente, expressam-se como alicerces da crença religiosa, inveterando-se funestamente nos "genes" do condicionalismo existencial do ser humano ao longo dos tempos. A exiguidade da compreensão integral do funcionamento do nosso Universo e o simulado sumptuoso mecanismo Universal emanam-nos a idealização de um ser superior e divino, uma "entidade" inalcançável e suprema. Tudo se nos apresenta tão complexo e inefável, todavia concomitantemente aprazível, gracioso e irrepreensível, consciencializando-nos uma causa primordial, respaldando-nos para uma soberania.
 
A consciência, inteligência e racionalismo abaliza o ser humano do comportamento instintivo da ademais litigante animal. Cientificamente, a irracionalidade animal é restringida a comportamentos automatizados e  a uma singular apreensão do ambiente. No plano inverso, o ex-libris do ser humano e principal órgão do sistema nervoso central, proporciona outra concepção/percepção da realidade. Dotados de diversas peculiaridades, o nosso cérebro capacita e diviniza o transcendente, amotinando a nossa percepção da realidade e coagindo-nos a conceber um mundo desconhecido e surreal, uma outra "dimensão". Esse mundo "espiritual" e oculto apresentar-se-nos-á  eternamente suspeito e controverso, cabe ao ser humano optar por enveredar por essa parémia.          

Contemporaneamente, o reconhecimento científico tem vindo a adulterar os dogmas existenciais de um criador. O assombroso progresso tecnológico e cientifico tem amaneirado a desmistificação de diversos e enigmáticos fenómenos, coadjuvando para um fulgir cultural. A ideologia que me assiste, tende a enlaçar essas explicações alumiadas e didácticas, jamais me irei cingir por suposições e conjecturas aparentemente infundadas e fruto da nossa imaginação.



Agora permitam-me teletransportar ;D aqui para este excerto:

No ano passado um físico austríaco conseguiu fazer um fóton conversar com outro a distância e comprovou que o teletransporte é possível. O truque foi usar um misterioso mecanismo – chamado de entrelaçamento – que liga partículas de luz. Entenda aqui esse enigma, que tira o sono dos cientistas.
O segredo das partículas entrelaçadas
Você com certeza já enfrentou uma espera interminável num aeroporto e sentiu vontade de sumir dali e reaparecer no lugar para onde pretende ir. É o que costuma acontecer em alguns filmes de ficção científica, especialmente na série de TV Jornada nas Estrelas, na qual, volta e meia, o capitão Kirk, protagonista da história, é desintegrado por um feixe de luz e, no momento seguinte, ressurge na superfície de algum planeta exótico.
Se você andava esperançoso com a experiência do físico Anton Zeilinger, pode tirar o cavalinho de baixo do raio laser: o teletransporte obtido por ele, e quase ao mesmo tempo pelo italiano Francesco de Martini, do Instituto Nacional de Física Nuclear, em Roma, é bem mais modesto. "Talvez, dentro de mais uns cinqüenta ou 100 anos, a ciência consiga teletransportar alguém", diz ele. "As dificuldades práticas são imensas e com certeza não vão ser superadas tão cedo."
Mas não desanime. O teletransporte já obtido por Zeilinger e Martini é uma assombrosa proeza. Em poucas palavras, o que eles conseguiram foi transferir a inclinação de um fóton, a partícula subatômica de luz, para outro situado a alguns metros do primeiro. Foi mais ou menos como transportar a rotação de um pião para outro pião no quarto ao lado sem que eles se tocassem.

Fonte: super.abril.com.br


Muita paz e amor, já diz o velho ditado, o que é preciso é saudinha e força....nas pernas  :D

Abraço  ;)
As virtudes dos homens são semelhantes ao vôo dos pássaros. Não se prenda aos atrativos inferiores. A ave que se habitua com a paisagem rasteira, perde o gosto pela altura.(Provérbio Indiano)

Citação de: Cariocecus em 18 agosto, 2012, 19:21
Bahh, eu já disse o que tinha a dizer, não insistas na conversa da treta. Estou bem disposto demais para continuar neste mirabolante iô-iô.  Cool Cool

Guarda as xuteiras e inscreve-te noutra equipa  Grin 

uau, cresceste dois centímetros com esta resposta... é pena que não tenha sido intelectualmente.
não tocarei mais neste assunto contigo, podes ficar descansado.
além disso não há nada que possas "dizer", ou fazer "copy-paste" de artigos da internet que me faça mudar de opinião em relação à existência de Deus ou sequer duvidar.

fica bem! ;)
"out with the bad, in with the good"

Citação de: tikimiky em 18 agosto, 2012, 21:47
uau, cresceste dois centímetros com esta resposta... é pena que não tenha sido intelectualmente.
não tocarei mais neste assunto contigo, podes ficar descansado.
além disso não há nada que possas "dizer", ou fazer "copy-paste" de artigos da internet que me faça mudar de opinião em relação à existência de Deus ou sequer duvidar.

fica bem! ;)

wow...quase que acertavas, quando renovei o Cartão de Cidadão aparentemente cresci 1 cm, deves ter um dom !!!  ;D ;D

Não sou eu com certeza que te vou fazer mudar de opinião em relação a Deus, aliás, estou a dar-te um feed-back simplesmente porque a minha educação assim o exige. No que à explanação de artigos diz respeito, simplesmente foi para confirmar um firmamento pessoal satirizado e complementado com ofensas gratuitas da tua parte. Repara na inefável repetição de abordagens ofensivas no terminus das tuas mensagens mesmo depois do alerta da moderação !!!  Cabe-te a ti, só a ti, tentar modificar esse exacerbado orgulho, acredita que só ganharás com isso !!!

Fica bem, ;)
As virtudes dos homens são semelhantes ao vôo dos pássaros. Não se prenda aos atrativos inferiores. A ave que se habitua com a paisagem rasteira, perde o gosto pela altura.(Provérbio Indiano)

Meus amigos,

Acho que, brincadeira tem hora !!

Não, estou para continuar a amenizar, a vossa insurgência, e não volto a comentar sobre isto,
nem a dar explicações sobre as minha ações a partir deste post !!

Não quero saber quem começou, e a única certeza que podem ter, é a seguinte :

Ou comentam os tópicos, sobre os tópicos, ou então não comentam !!

Abraços
Causa Debet Praecedere Effectum -  ( Não há efeito sem causa )

De Nihilo Nihil - ( Nada vem do nada )

#126
CitaçãoSobre a existência ou não existência de Deus, e aplicando de modo correcto os termos:

1 - Afirmar a sua existência - afirmar categóricamente a sua existência, sem justificações lógicas/racionais, ao afirmar perante um grupo de pessoas que não acreditam na sua afirmação, automáticamente e para fazer sentido, implica que ele fundamente com argumentos racionais e que o comprove, como Deus não se prova, considero uma atitude precipitada demais.

Na minha opinião, todos os crentes deveriam ficar-se pelo termo "Acredito", já Jesus fazia muitas vezes referência ao significado de Acreditar, usando o termo "Fé" nas conversas que tinha com as pessoas daquele tempo, geralmente, Jesus antes de curar alguém, costumava perguntar "Homem ou Mulher, acreditas em mim/acreditas no Pai", parece-me no meu entender, ser mais prudente um crente dizer "Eu acredito na existência de Deus" do que "Afirmar que ele existe", no sentido das nossas palavras, provavelmente vai dar tudo ao mesmo, qualquer um pode discordar desta minha interpretação, mas eu prefiro manter-me com esta convicção.

2 - Acreditar na sua existência - crença e convicção na sua existência, fundamenta com justificações lógicas/racionais que sustentam a sua crença, mas como o acreditar significa apenas uma crença/convicção pessoal, não implica obrigatóriamente a comprovação cientifica para provar a sua crença, ou seja, não precisa de provar a ninguém no que acredita.

3 - Não Acreditar na sua existência - crença e convicção na sua não-existência, fundamenta com justificações lógicas/racionais, que sustentam a sua crença na não-existência, não implica obrigatóriamente a comprovação cientifica para provar a sua crença, já que não é preciso provar a ninguém no que não acredita, mas também não nega a sua existência.

4 - Negar a sua existência - nega categóricamente a existência de Deus, fundamenta sem justificações lógicas/racionais, ou provas comprovadas cientificamente, pelo simples facto de afirmar que não existe, em vez de não acredito, demonstra falta de bom-senso e nesse sentido o considero um louco, mas atenção, tu interpretas "o louco" de uma maneira diferente da minha, tu admitiste isso como um insulto, mas a intenção era para exemplificar um tipo precipitado demais nas suas conclusões, no sentido de imprudente e que não reflectiu bem, foi precisamente esse o sentido "do louco" mas tu, pensando que me consegues lêr o pensamento ou as minhas intenções, distorceste por completo o sentido contextual.

Pelas respostas que me ias dando, que a mim me pareceram respostas sem argumentos lógicos/racionais, deduzi que talvez te encaixasses no perfil do ponto 4, apenas e só isso, como vês, a intenção está bem explicíta e dentro do contexto de que falavamos, se eu te quisesse insultar, eu era mais específico e tu percebias logo, mas isso não faz parte da minha natureza, vai ver os meus posts e verificas que eu nunca desrespeitei ninguém, se o tivesse feito, a moderação já me teria punido, e com razão.

Compreendo perfeitamente o teu raciocínio, denota-se o seguimento de um padrão conceitual e lógico. Permite-me só fazer uma pequena observação, eu, pessoalmente, fazia uma mescla dos itens 1 juntamente com o 2, assim como os itens 3 e 4, e acrescentava um apontamento final no que concerne ao sentido comprovativo.

1 – Afirmar ou acreditar na sua existência, fundamenta-se com justificações lógicas e racionais(origem espontânea do Universo e sua mecânica simbiótica, a crença ou fé inata ao ser humano e adoptada pela maioria percentual da humanidade, fenómenos teórica e praticamente inexplicáveis, entre outros)

2 – Não acreditar ou negar a sua existência, fundamenta-se com justificações lógicas e racionais(explicação teórica para a origem do Universo e sua mecânica simbiótica, provas científicas para muitos fenómenos inexplicáveis e anteriormente definidos como paranormais, teorias validadas para a evolução das espécies, entre outros)

NOTA: Tanto o ponto 1 como o ponto 2 poderão ser aceites e considerados como válidos, os meios actuais disponíveis que poderão corroborar ou invalidar as duas ideologias não garantem 100% de fiabilidade.

Acho que patenteado desta forma se torna mais conciso e menos susceptível de aplicar irracionalidade, o tal termo louco que ousaste ajuizar.


CitaçãoPor acaso até gostava de saber a tua opinião acerca da tua percepção da realidade  , seria engraçado tu estares prái a dissertar, e nem te passar pela ideia que até a Ciência já levantou um bocado o véu sobre a existência do Espírito, e isso não é de agora.

Fartas-te de dizer que pesquisei mediocremente e que eu não tenho informações/conhecimento suficientes para fundamentar a minha ideia, não acreditas na existência de espíritos quando na realidade isso já é um facto para muita gente, mas como tu só acreditas depois da Ciência te comprovar isso, para ti deixa logo de ser um facto se as evidências da existência do espírito, não puderem ser comprovadas cientificamente.

Proclamas-te quase como o Cristóvão Colombo ou o Fernão de Magalhães das pesquisas na Internet, e então ainda não te informaste sobre casos verídicos espalhados por todo o mundo, de pessoas que se lembram das suas vidas passadas, e que relatam com pormenor e precisão, detalhes que eles não tinham maneira de saber, e que posteriormente se vem a confirmar que essas informações estão totalmente correctas?

E então as crianças, esses relatos também acontecem com crianças, diversas pessoas ligadas a diversas áreas têm comprovado esses relatos e a veracidade dos mesmos, agora diz-me, como é que uma criança que ainda mal sabe ler e escrever, iria inventar uma história dessas, e com tudo a bater certo?

Eu vou dar-te um pequeno exemplo, para tu teres uma ideia de alguns pormenores revelados por pessoas que têm ou tiveram lembranças de uma vida passada...

"Onde está enterrado o animal de estimação, que apenas eu e o meu falecido pai sabíamos?"

...consegues ter bem noção do alcance deste exemplo? Pois bem, este tipo de exemplos já aconteceu, e constatou-se ser verdadeiro, agora, se tu achas que isto é apenas mais uma fantasia, não te posso fazer mais nada.

No plano "espiritual", residem-me maiores incertezas e digamos que uma menor convicção em desacreditar essa "dimensão".  A minha concepção neste campo diz-me que somos dotados de ultra capacidades mentais que nos ultrapassam. Como já foi supradito num anterior post meu, o nosso cérebro consegue conceber um sentido extra, o tão famoso e apelidado de sexto sentido. Como é sabido toda a massa significa energia, energia essa que pode fluir e se pode manifestar de várias formas, eu aplico o teu exemplo do animal de estimação, a pessoa em causa poderá ter esse sexto sentido apurado e ter conseguido captar a energia dessa massa. O que não me seduz é que a energia de uma massa morta consiga raciocinar e interagir, refiro-me por exemplo ao paradigma Mediunidade. Convenço-me também que será possível provocar efeitos e reacções noutros corpos através da força da nossa mente, talvez daqui a umas centenas de anos o saberemos e o tenhamos aprimorado(espero que no bom sentido, quem inveja a minha felicidade que meta a viola no saco e vá pregar para outra freguesia). :D :D

Foi também aqui evidenciado num tópico que experiências paranormais podem ser induzidas, o estímulo de algumas partes específicas do cérebro induzem-nos  sensações e percepções que na realidade não existem ou nunca existiram, não restam quaisquer dúvidas, o nosso cérebro é capaz de inefáveis feitos estonteantes e assombrosos.

Para finalizar deixo aqui um quebra-cabeças engraçado e oportuno: No fenómeno da criogenia humana, caso o individuo sujeito a esta tecnologia consiga ter a solução para a causa da sua morte e consiga ser ressuscitado será que o seu espírito retornará ou ser-lhe-á concedido outro espírito ?!!!  ;D ;D


Fica bem, abraço  ;)
As virtudes dos homens são semelhantes ao vôo dos pássaros. Não se prenda aos atrativos inferiores. A ave que se habitua com a paisagem rasteira, perde o gosto pela altura.(Provérbio Indiano)

Mephisto
#127
Citação de: Cariocecus em 19 agosto, 2012, 23:06
No plano "espiritual", residem-me maiores incertezas e digamos que uma menor convicção em desacreditar essa "dimensão".  A minha concepção neste campo diz-me que somos dotados de ultra capacidades mentais que nos ultrapassam. Como já foi supradito num anterior post meu, o nosso cérebro consegue conceber um sentido extra, o tão famoso e apelidado de sexto sentido. Como é sabido toda a massa significa energia, energia essa que pode fluir e se pode manifestar de várias formas, eu aplico o teu exemplo do animal de estimação, a pessoa em causa poderá ter esse sexto sentido apurado e ter conseguido captar a energia dessa massa. O que não me seduz é que a energia de uma massa morta consiga raciocinar e interagir, refiro-me por exemplo ao paradigma Mediunidade. Convenço-me também que será possível provocar efeitos e reacções noutros corpos através da força da nossa mente, talvez daqui a umas centenas de anos o saberemos e o tenhamos aprimorado(espero que no bom sentido, quem inveja a minha felicidade que meta a viola no saco e vá pregar para outra freguesia). :D :D

Foi também aqui evidenciado num tópico que experiências paranormais podem ser induzidas, o estímulo de algumas partes específicas do cérebro induzem-nos  sensações e percepções que na realidade não existem ou nunca existiram, não restam quaisquer dúvidas, o nosso cérebro é capaz de inefáveis feitos estonteantes e assombrosos.

Para finalizar deixo aqui um quebra-cabeças engraçado e oportuno: No fenómeno da criogenia humana, caso o individuo sujeito a esta tecnologia consiga ter a solução para a causa da sua morte e consiga ser ressuscitado será que o seu espírito retornará ou ser-lhe-á concedido outro espírito ?!!!  ;D ;D


Fica bem, abraço  ;)


Concomitante é o discernimento de ser/sentir, sapiente forma de articular o Verbo em função do ego elevado, firme sentença dos determinismos individuais de quem esboça, a realidade arquitecturalmente estruturada num plano egocêntrico, acomodando no projeto a verdade suprema, deleitando-se incauto sob a obra, paradoxo sináptico da catarse emergente.

Toda a percepção é desígnio dos processos sinápticos que ocorrem na estrutura cerebral. Sem elas (sinapses) não saberias somar um mais um. Não pretendo de modo algum dissertar sobre a anatomia e função do cérebro porque não tenho capacidade para tal, embora possa convidar alguém a fazê-lo aqui. Não obstante, creio que o livro "O Erro de Descartes" de António Damásio (neurocientista) é suficientemente esclarecedor quanto a esse tema em concreto pelo que, se ainda não o leste, recomendo-te vivamente. Adiante.

A tua concepção espiritual rege-se no plano da lógica física pelo que resumes essa capacidade sensorial perceptiva a uma actividade cerebral anómala positivamente capaz de induzir um anormal estado de percepção e consciência. -Isto tem sentido correcto?-. Deduzimos daqui a tua visão do adágio sexto-sentido. Um mero incontrolável aumento dos processos sinápticos que ocorrem na estrutura cerebral capaz de produzir avançados estados conscientes acerca de realidades não percecionadas pelo observador mas que, efectivamente, ocorrem no observado.
Como tu próprio definiste, toda a massa é energia. Isto é uma afirmação científica resultante de medição/experimentação e similaridade de resultados. Também é verdade que o vazio – cientificamente- não existe.

Agora repara. Os processos sinápticos podem ser verificados através de aparelhos computorizados que registam a actividade cerebral embora, de maneira nenhuma, consigam transcrever o que a pessoa está a pensar naquele exacto momento em que é submetido a essa experiência. No entanto, o observador verifica uma infindável actividade. Sabe que a electricidade está no activo a fazer com que a pessoa possa pensar, falar etc, correndo nos infindáveis filamentos que estão perfeitamente enrolados dentro de um cabaz a que nós chamamos de cabeça dando choque a tudo o que é neurónio. Deves estar neste momento a pensar que sou mais um maluco a falar de borla. Pensas bem! E agora eu questiono-te porquê? Porque tens a tua definição de maluco e não verás, possivelmente, qualquer sentido neste meu texto. A tua realidade assim o dita.

O teu paradigma mediúnico acaba por se esbater num paradoxo cartesiano. Em primeiro a massa não morre. A morte induz a massa corporal –neste caso- a um estado de inércia vital por cessação das funções, entregando o corpo aos ditames da lei de Antoine Lavoisier.
Em segundo tens, como exemplo, James Clerk Maxwell e Heinrich Hertz. Dois nomes que podem ajudar-te a conceber uma ideia mais apelativa ao teu conceito de mediunidade dentro do conceito cientifico inerente à descoberta. Eu sei que são precisos dois corpos. Um emissor e um receptor mas, não te esqueças que o vazio não existe e o teu corpo é um mero instrumento de um qualquer capricho da natureza.

Em terceiro, o paradoxo cartesiano. Se Descartes num brilhante "penso logo existo" é confrontado em 1993 com "O erro de Descartes" num brilhante António Damásio que nos diz que existimos cerebralmente, e se este sofrer uma anomalia já não existimos como pensamos então pergunto: Sendo o cérebro um instrumento capaz de processar a vontade de onde surge então a vontade de ser? Confuso?

Eu existo mesmo que não pense, é uma realidade física pois a massa é palpável, observável digamos. Mas existirei mesmo na realidade? Sim. Na realidade de alguém que me reconheça o corpo. Na minha realidade deixo de existir pois não penso que existo, existindo desta forma alheio à existência de mim próprio. Imaginando-me um corpo vegetal numa cama de hospital, num estado inerte de actividade cerebral mantendo as funções vitais dependentes de máquinas de suporte à vida. Eu existo? Não. O meu corpo existe, aos olhos de todos aqueles que me observam embora eu, impossibilitado de pensar sobre mim e de me observar não saiba que existo, por não saber de mim existente na forma, fisicamente, conscientemente. Mas sou uma realidade. Uma realidade de quê ou de quem? Daquele que me observa daquele que me recorda. Morro clinicamente. Sou enterrado. Deixei de ser uma realidade daquele que me observou mas, continuarei a ser uma realidade para aquele que me recorda. O que cessou então? A interacção física da existência. Mas não há vazio.

O que era eu em meu corpo? Fora apenas eu manifestando-me através desse corpo. Pensava, existia. Sabia de mim existente pois pensava em mim existindo. Esta verborreia é uma realidade minha daquilo que sou, e uma realidade tua perante o que lês e, pensando sabes, que quer eu quer tu existimos.
Realidade, caro Cariocecus, é tudo o que ocorre na tua mente. Real é tudo aquilo que defines enquanto verdadeiro, de acordo com o que mais confortavelmente se adeque à tua maneira de estar na vida.
Admiro a tua racionalidade. Este texto provém de duas frase chave que tens na mensagem em citação.

Não vou sublinhar ou citar descontextualizando porque analisando bem o teu texto, decompondo-o revelaria algo que possivelmente não gostarias, ficarias ofendido. Não é de todo essa a minha intenção porque gosto bastante das tuas intervenções.
Já agora e em tom de despedida, massa é uma propriedade geral da matéria e não, objectivamente, energia. A captação de uma possível memória atomizada, pela mente de alguém cujos processos sinápticos sejam mais avançados que os de um comum mortal, faz parte de uma possibilidade quântica que trai explicitamente aquilo que tens defendido com unhas e dentes até aqui.

Relativamente á tua charada exposta em forma de quebra-cabeças; eis a palavra mágica: Impossivel.
O fenómeno que na realidade é um método de conservação de células estagna através do método de criogenização a evolução da células que estão programadas naturalmente para esse fim. Descongelando, a célula sacode-se da estupidez de a congelarem (ninguém gosta) e segue o natural curso de vida. O corpo morreu de uma doença. As células estão programadas para quando tal sucede decomporem-se. Imaginemos que foi um cancro. Curavas o cancro? Não pois o corpo já não reagiria defensivamente a esse agente invasor porque o processo é irreversível. Estamos um pouco alquimicamente científicos não?
Congelado vivo (muito Stallone), serias exatamente a mesma pessoa. Caro Cariocecus, há milhares de relatos de morte comprovadamente clinicas cujas ressurreições trazem sempre a mesma pessoa à vida. ;)

Abraço e mais uma vez parabéns quer a ti quer ao Zen por darem a todos os membros o privilégio de ler algo bastante inteligente. Fiquem bem  ;)




#128
Citação de: Mephisto em 20 agosto, 2012, 16:05
Concomitante é o discernimento de ser/sentir, sapiente forma de articular o Verbo em função do ego elevado, firme sentença dos determinismos individuais de quem esboça, a realidade arquitecturalmente estruturada num plano egocêntrico, acomodando no projeto a verdade suprema, deleitando-se incauto sob a obra, paradoxo sináptico da catarse emergente.

Deveras interessante, todavia esta explanação apresenta-se-me ambígua, espero que não tenha sido com a intenção de me apelidar como autoproclamado dono da verdade absoluta, com orgulho que peca por excessivo e que necessita urgentemente de enlaçar mais humildade, eheheheeh  :D :P
 

CitaçãoToda a percepção é desígnio dos processos sinápticos que ocorrem na estrutura cerebral. Sem elas (sinapses) não saberias somar um mais um. Não pretendo de modo algum dissertar sobre a anatomia e função do cérebro porque não tenho capacidade para tal, embora possa convidar alguém a fazê-lo aqui. Não obstante, creio que o livro "O Erro de Descartes" de António Damásio (neurocientista) é suficientemente esclarecedor quanto a esse tema em concreto pelo que, se ainda não o leste, recomendo-te vivamente. Adiante.
A tua concepção espiritual rege-se no plano da lógica física pelo que resumes essa capacidade sensorial perceptiva a uma actividade cerebral anómala positivamente capaz de induzir um anormal estado de percepção e consciência. -Isto tem sentido correcto?-. Deduzimos daqui a tua visão do adágio sexto-sentido. Um mero incontrolável aumento dos processos sinápticos que ocorrem na estrutura cerebral capaz de produzir avançados estados conscientes acerca de realidades não percecionadas pelo observador mas que, efectivamente, ocorrem no observado.
Como tu próprio definiste, toda a massa é energia. Isto é uma afirmação científica resultante de medição/experimentação e similaridade de resultados. Também é verdade que o vazio – cientificamente- não existe.
Agora repara. Os processos sinápticos podem ser verificados através de aparelhos computorizados que registam a actividade cerebral embora, de maneira nenhuma, consigam transcrever o que a pessoa está a pensar naquele exacto momento em que é submetido a essa experiência. No entanto, o observador verifica uma infindável actividade. Sabe que a electricidade está no activo a fazer com que a pessoa possa pensar, falar etc, correndo nos infindáveis filamentos que estão perfeitamente enrolados dentro de um cabaz a que nós chamamos de cabeça dando choque a tudo o que é neurónio. Deves estar neste momento a pensar que sou mais um maluco a falar de borla. Pensas bem! E agora eu questiono-te porquê? Porque tens a tua definição de maluco e não verás, possivelmente, qualquer sentido neste meu texto. A tua realidade assim o dita.

Não, por acaso nunca li esse livro de António Damásio, irei com certeza dar uma olhadela, obrigado pela dica.
Acho que nestes teus argumentos expuseste uma ordinária realidade, porque haveria eu de te apelidar de maluco ?!!! Como é sabido, a tecnologia actual permite-nos saber quais as  zonas cerebrais estimuladas, e, em que volume/percentagem, através por exemplo, pela visualização de imagens(chocantes, harmoniosas, de cálculo mental, etc) e audição de variados sons. No plano objectivo do patenteamento explicito a coisa muda de figura, jamais alguma máquina conseguiu traduzir aquilo em que pensamos naquele preciso momento, a forma como raciocinamos(por exemplo, como chego à conclusão que 75+37 são 112) e que imagens me surgem, já viste o embaraço se fossemos confrontados por uma doutora sexy e estruturalmente bem definida e o esforço que fazíamos para pensar noutras coisas( :angel:). A alusão do sexto sentido e uma inexistente explicação lógica advém precisamente pelo completo desconhecimento científico nesse ramo, o que não invalida que a sua existência nos parâmetros extradimensionais seja uma realidade. Referes e bem, que me cinjo maioritariamente a uma realidade taxativamente física, mas não nego a possibilidade, e aí reside uma convicção pessoal, de termos capacidades mentais e extra-sensoriais que extrapolam o reconhecido, aliás, acredito piamente nisso como também foi referido. Cheguei a aludir num anterior post  a peculiaridade das predisposições do nosso cérebro em fantasiar e conceber outras dimensões, temos esse condão de alcançar um mundo "espiritual" e "marginal" e é de louvar toda essa magica idoneidade, sem ela, quiçá, nunca teríamos alcançado muitos dos mais respeitáveis e inauditos feitos.


CitaçãoO teu paradigma mediúnico acaba por se esbater num paradoxo cartesiano. Em primeiro a massa não morre. A morte induz a massa corporal –neste caso- a um estado de inércia vital por cessação das funções, entregando o corpo aos ditames da lei de Antoine Lavoisier.
Em segundo tens, como exemplo, James Clerk Maxwell e Heinrich Hertz. Dois nomes que podem ajudar-te a conceber uma ideia mais apelativa ao teu conceito de mediunidade dentro do conceito cientifico inerente à descoberta. Eu sei que são precisos dois corpos. Um emissor e um receptor mas, não te esqueças que o vazio não existe e o teu corpo é um mero instrumento de um qualquer capricho da natureza.
Já agora e em tom de despedida, massa é uma propriedade geral da matéria e não, objectivamente, energia. A captação de uma possível memória atomizada, pela mente de alguém cujos processos sinápticos sejam mais avançados que os de um comum mortal, faz parte de uma possibilidade quântica que trai explicitamente aquilo que tens defendido com unhas e dentes até aqui

Depreendo absolutamente o teu raciocínio e não me atreverei a contradize-lo, contudo, poderá porventura figurar-se um nada truncado. Ora, para a comunicação ser válida e fluida entre esse emissor e receptor tem que haver necessariamente um feed-back racional e que se coadune com o estímulo. No fenómeno mediunidade há uma comunicação entre uma antepassada "energia" de um corpo sólido com o médium, um ser material, físico e racional. E aí persistem as muitas das minhas hesitações, se a energia do nosso corpo nunca se desvanece poderá apresentar-se como uma "memória" e a própria ser capaz de replicar estímulos e sequenciar uma comunicação ?!!! O pós-morte eleva-nos a uma outra dimensão e a outros canais enérgicos(a tal vida após a morte) ?!!! São estas indefinições que me apoquentam e fazem duvidar da viabilidade desse fenómeno.


CitaçãoEm terceiro, o paradoxo cartesiano. Se Descartes num brilhante "penso logo existo" é confrontado em 1993 com "O erro de Descartes" num brilhante António Damásio que nos diz que existimos cerebralmente, e se este sofrer uma anomalia já não existimos como pensamos então pergunto: Sendo o cérebro um instrumento capaz de processar a vontade de onde surge então a vontade de ser? Confuso?.....

Eu existo mesmo que não pense, é uma realidade física pois a massa é palpável, observável digamos. Mas existirei mesmo na realidade? Sim. Na realidade de alguém que me reconheça o corpo. Na minha realidade deixo de existir pois não penso que existo, existindo desta forma alheio à existência de mim próprio. Imaginando-me um corpo vegetal numa cama de hospital, num estado inerte de actividade cerebral mantendo as funções vitais dependentes de máquinas de suporte à vida. Eu existo? Não. O meu corpo existe, aos olhos de todos aqueles que me observam embora eu, impossibilitado de pensar sobre mim e de me observar não saiba que existo, por não saber de mim existente na forma, fisicamente, conscientemente. Mas sou uma realidade. Uma realidade de quê ou de quem? Daquele que me observa daquele que me recorda. Morro clinicamente. Sou enterrado. Deixei de ser uma realidade daquele que me observou mas, continuarei a ser uma realidade para aquele que me recorda. O que cessou então? A interacção física da existência. Mas não há vazio.

Aqui aprofundas e enveredas a questão muito pelas ciências filosóficas, essa teoria do reconhecimento do Eu é muita vasta e complexa(pelas tuas intervenções deduzo que seja o domínio da tua formação, apesar de ter ficado maravilhado com Filosofia foi-me uma disciplina terminal, o meu curso incidia mais na parte Artística). O Eu como me conheço, o Eu como sou visto pelos outros e a possibilidade do Eu pós-morte, serão por certo três distintas realidades de existência e percepção. Permite-me confundir-te agora um pouco e lançar uma acha para esta fogueira, esta fogueira que aquece e não uma fogueira que queima: na eventualidade de perdurares e coexistires com este mundo, será que te irás apresentar da forma como te reconheces, será que te apresentarás a alguém da forma que ele te via, ou será que que te apresentarás como pensas que te reconhecem, confuso demais não ?!!! ;D


CitaçãoNão vou sublinhar ou citar descontextualizando porque analisando bem o teu texto, decompondo-o revelaria algo que possivelmente não gostarias, ficarias ofendido. Não é de todo essa a minha intenção porque gosto bastante das tuas intervenções.
Já agora e em tom de despedida, massa é uma propriedade geral da matéria e não, objectivamente, energia. A captação de uma possível memória atomizada, pela mente de alguém cujos processos sinápticos sejam mais avançados que os de um comum mortal, faz parte de uma possibilidade quântica que trai explicitamente aquilo que tens defendido com unhas e dentes até aqui.

Ora essa, estamos aqui mesmo para isso, poder compartilhar, extravasar todo o nosso conhecimento e adquirir novas sapiências, desde que não me chames de louco(mando já aqui também os meus cumprimentos ao Zen) !!!  :D ;)


CitaçãoRelativamente á tua charada exposta em forma de quebra-cabeças; eis a palavra mágica: Impossivel.
O fenómeno que na realidade é um método de conservação de células estagna através do método de criogenização a evolução da células que estão programadas naturalmente para esse fim. Descongelando, a célula sacode-se da estupidez de a congelarem (ninguém gosta) e segue o natural curso de vida. O corpo morreu de uma doença. As células estão programadas para quando tal sucede decomporem-se. Imaginemos que foi um cancro. Curavas o cancro? Não pois o corpo já não reagiria defensivamente a esse agente invasor porque o processo é irreversível. Estamos um pouco alquimicamente científicos não?
Congelado vivo (muito Stallone), serias exatamente a mesma pessoa. Caro Cariocecus, há milhares de relatos de morte comprovadamente clinicas cujas ressurreições trazem sempre a mesma pessoa à vida. ;)

De notar que esta tecnologia custa a módica quantia de cento e sessenta mil dólares, coisa pouca !!! :)

Sim, neste momento nem se equaciona essa possibilidade[atenção que as células não se decompõem como referes precisamente devido ao nitrogénio líquido(-160 graus célsios)], é certo que a taxa de sucesso nos embriões ronda os 60%, contudo um ser humano adulto e desenvolvido ainda não consegue tirar proveito deste método, todavia, num futuro semi-distante penso que poderá ser uma realidade. O desafio consistirá em evitar que as células expludam quando descongeladas, existir uma cura para a/as doenças que fatalizaram o individuo, e, por último, o rejuvenescimento celular. No caso da ressurreição que referiste foi resultante de uma ligeira e passageira morte e não o tempo prolongado resultante da tecnologia criogénica. O que eu consigo prever e visualizar é que esse individuo teria que aprender tudo de novo como se tivesse acabado de nascer, ou após um coma profundo extremamente prolongado. Tanto a memória declarativa como a não declarativa estariam de certa forma diferentes para não dizer completamente inexistentes. A exigência deste exercício é mesmo nesse intuito, será que serias exactamente da mesma forma que eras antes(virtudes, defeitos e outras peculiaridades), e ainda no plano espiritual, terias a mesma energia ?!!!

É sempre um prazer debater algo aqui, principalmente depois de intervenções como a tua e do Zen !!!

Abraço !!! ;)
As virtudes dos homens são semelhantes ao vôo dos pássaros. Não se prenda aos atrativos inferiores. A ave que se habitua com a paisagem rasteira, perde o gosto pela altura.(Provérbio Indiano)

Zen
Citação de: Cariocecus em 19 agosto, 2012, 23:06
Compreendo perfeitamente o teu raciocínio, denota-se o seguimento de um padrão conceitual e lógico. Permite-me só fazer uma pequena observação, eu, pessoalmente, fazia uma mescla dos itens 1 juntamente com o 2, assim como os itens 3 e 4, e acrescentava um apontamento final no que concerne ao sentido comprovativo.

1 – Afirmar ou acreditar na sua existência, fundamenta-se com justificações lógicas e racionais(origem espontânea do Universo e sua mecânica simbiótica, a crença ou fé inata ao ser humano e adoptada pela maioria percentual da humanidade, fenómenos teórica e praticamente inexplicáveis, entre outros)

2 – Não acreditar ou negar a sua existência, fundamenta-se com justificações lógicas e racionais(explicação teórica para a origem do Universo e sua mecânica simbiótica, provas científicas para muitos fenómenos inexplicáveis e anteriormente definidos como paranormais, teorias validadas para a evolução das espécies, entre outros)

NOTA: Tanto o ponto 1 como o ponto 2 poderão ser aceites e considerados como válidos, os meios actuais disponíveis que poderão corroborar ou invalidar as duas ideologias não garantem 100% de fiabilidade.

Acho que patenteado desta forma se torna mais conciso e menos susceptível de aplicar irracionalidade, o tal termo louco que ousaste ajuizar.

A tua complementação, de um modo geral, também me parece válida, se optarmos por aceitar que neste caso em concreto "Afirmar" e "Acreditar" nos transmitem idêntico significado de conceito e englobar nesse grupo as justificações racionais/lógicas, as justificações da Crença convicta com algum fundamento lógico, a Comprovação Científica, e outros fenómenos, dessa forma, agrupar as quatro opções em apenas duas faz sentido e poderá ser menos propício a falhas de comunicação.  ;)

Na minha opinião, o Acreditar/Afirmar, e Não Acreditar/Negar, no sentido do significado que elas encerram e ao que automáticamente obrigam/implicam, ou não obrigam/não implicam, relativamente a este assunto em particular, podem causar uma tendência falaciosa ao misturar tudo, levando a uma desordem de clareza, mas sim, concordo com a tua ideia, por mim está tudo bem.


CitaçãoNo plano "espiritual", residem-me maiores incertezas e digamos que uma menor convicção em desacreditar essa "dimensão". 

Isso quer dizer que consideras a hipótese de existir uma dimensão espiritual, formada por espíritos?



CitaçãoA minha concepção neste campo diz-me que somos dotados de ultra capacidades mentais que nos ultrapassam. Como já foi supradito num anterior post meu, o nosso cérebro consegue conceber um sentido extra, o tão famoso e apelidado de sexto sentido. Como é sabido toda a massa significa energia, energia essa que pode fluir e se pode manifestar de várias formas

Concordo que o nosso cérebro ainda não seja totalmente compreendido, mas seria a ultra-capacidade do nosso cérebro capaz de causar/originar fenómenos como casos veridicos de reencarnação, casos de pessoas que tiveram contacto com entes/amigos falecidos, casos de lembranças de uma vida passada, e o mesmo cérebro ser capaz de dar uma resposta certeira, e que só seria possível obter a mesma com a ajuda de uma causa/força externa?

Acredito nas capacidades do meu, do teu e do cérebro de todos, mas com certos limites, por tantas experiências pessoais que eu e gente conhecida minha passou, por tantas evidências que já tive, e por mais uma data de coisas que fazem todo o sentido, acredito que existe qualquer coisa mais, que existe algo dentro de cada um de nós, que sobrevive á morte física do corpo, só assim faz sentido e se encontram respostas para tantos fenómenos e experiências que muita gente já passou, assim como faz todo o sentido no ciclo da evolução.

Não fazia sentido, o acaso/o caos, criar vida inteligente e todo este fabuloso Universo e toda a sua harmonia, todos os pequenos pormenores a trabalhar ciurgicamente bem e coordenadamente, assim como muitos processos ao nível atómico e molecular demonstrando inteligência e coordenação, para depois ao fim de poucos dias, semanas, meses, anos, morrer-se para sempre.



CitaçãoO que não me seduz é que a energia de uma massa morta consiga raciocinar e interagir, refiro-me por exemplo ao paradigma Mediunidade.

Contudo os médiuns existem, e comunicam com espíritos, e estes revelam ao médium mensagens/informações que posteriomente se confirmam ser verdadeiras, por isso é que faz sentido acreditar, que existe algo dentro de nós, que sobrevive á morte física, isso chama-se espírito, este não morre e não está sujeito á "dureza" da matéria, para o espírito não existem limites físicos/materiais.



CitaçãoFoi também aqui evidenciado num tópico que experiências paranormais podem ser induzidas, o estímulo de algumas partes específicas do cérebro induzem-nos  sensações e percepções que na realidade não existem ou nunca existiram, não restam quaisquer dúvidas, o nosso cérebro é capaz de inefáveis feitos estonteantes e assombrosos.

Não contrario que possam ser induzidas, mas isso não muda a minha crença, eu já tive e tenho evidências demais que me levam para outro patamar.

Por exemplo, referiste o caso da mediunidade, como é que poderás explicar este caso verídico:

Uma menina ainda pequena, desde cedo começou a ver e a falar com o espírito de um homem, esse homem era o falecido avô dela, que a menina nunca chegou a conhecer em vida, pois quando ele faleceu a menina ainda não era nascida ou se era, era mesmo bébé ( já não me lembro ao certo).

Os pais da menina quando se aperceberam disso, tentaram descobrir com quem ela falava "sózinha", para isso, começaram a fazer algumas perguntas á menina, acerca de como era o homem, quem ele era, como se chamava, e mais algumas coisas, essa menina nunca tinha visto nenhuma foto do avô que faleceu.   

Quando os pais lhe perguntaram com quem é que ela falava, ela respondeu que estava a falar com o avô, de seguida disse o nome dele e mais um pormenor que eu não sei precisar agora, e que a menina não tinha maneira de o saber a não ser pelo próprio avô, acho que o avô disse á menina para entregar uma mensagem á mãe da menina e ela assim o fez, mas dirigiu-se á mãe tratando-a pela alcunha que o falecido a tratava em vida, quando ela transmitiu essa mensagem á mãe, esta ficou surpresa.

Para finalizar, foram mostradas á menina várias fotos de pessoas, algumas eram da família e outras não, quando os pais perguntaram á menina se o senhor que falava com ela, era algum daquelas fotos, ela não hesitou e de imediato apontou o dedo para a foto do falecido avô, que ela nunca conheceu em vida.

Não existe explicação científica para tal, isto são casos de evidências da existência do espírito, e que ele sobrevive á morte física.


CitaçãoPara finalizar deixo aqui um quebra-cabeças engraçado e oportuno: No fenómeno da criogenia humana, caso o individuo sujeito a esta tecnologia consiga ter a solução para a causa da sua morte e consiga ser ressuscitado será que o seu espírito retornará ou ser-lhe-á concedido outro espírito ?!!!  ;D ;D
Fica bem, abraço  ;)

Isso aí é complicado, seria como transgredir o processo natural de evolução, o corpo não morre apenas devido a falência dos orgãos, mas sim também ao desprendimento definitivo do espírito dos pontos de energia que resguardam a vida daquele corpo.

Outra possibilidade, é o espírito optar por ficar ligado ao corpo congelado para expiação.

Só fazes perguntas difíceis  ;)

Citação de: Seth em 10 abril, 2011, 23:55
"E ao pesquisar, li que Einstein acreditava em Deus, ao contrário do que muita gente diz! Claro que ele não acreditava em coisas que a Bíblia dizia, mas acreditava num Deus que criou todo o Universo que conhecemos (e que não conhecemos)"  zackfair

Concordo com isto apesar de que, nem tinha conhecimento que Einstein, pensava da mesma forma .. :o
Obrigado Zackfair, pela info ...

De resto, quando se discute "DEUS", não se pode, minimizar o tema atacando esta ou aquela religião ..

O "DEUS", criador esta acima disso, é Uno, (Alpha e Omega), e como tal, não se guia por religiões e não pode ser aí conotado à letra ...
Não tenho nenhuma religião, mas acredito em DEUS, e sei que as igrejas e religiões, não são a "morada de DEUS", e ver as coisas à luz da ciência, também é um erro, pois contem falhas, e como tal, sendo que em qualquer das formas, é necessário ter fé e acreditar, eu opto por acreditar em "DEUS", como entidade criadora e acima, muito acima da nossa compreensão ...

Acreditar em um deus não vai fazer ele existir pois ele é só uma ideia e ideias morrem com a gente,como aconteceu com os deuses do olimpo.

Vou só responder em relação ao nome do tópico, e pensado pela minha cabeça:
Deus existe, dentro de todos nós à nossa volta.
Mas, depende da crença de cada um, e do tipo de religião, ou a falta dela.
Eu tenho o meu próprio Deus, adaptado às minhas crenças. E é nesse que acredito e me faz ter fé.
Não tenho um Deus estereotipado,  nem concordo muito com isso.
Mas isso seria uma longa história, e chacinavam-me aqui!  :P
Ashesrain

#132
Eu digo a um tipo que não acredite em Deus...
Um tipo normal...:
Eu acredito em Deus...

Ele diria pra fazer o que quisesse mas que ele não por causa disto ou de aquilo...

Eu digo a um tipo que acredite em Deus...
Um tipo normal...:
Eu não acredito em Deus...

Ele diria que eu estava tolinho... E que está escrito (e nem comento a parte da Bíblia ou o Lauviah matava-me por criar aqui um testamento...) por isso é verdade... E se eu perguntar se já leu o que foi escrito, metade não sabe... Se contar, "olhe Deus pedia holocaustos de animais por exemplo, isso esta escrito" O cristão normal que encontramos na igreja diria que não está nada e que eu vou ser castigado por dizer semelhante mentira...
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Isto aconteceu-me três vezes ontem... Mas uma delas foi a mais irritante... Disse apenas: Deus pedia que fizessem holocaustos de animais... Pedia o sangue pelo altar e a morte do animal no fogo... E tinha que ser um animal perfeito... E uma senhora começou a BERRAR comigo que eu era um mentiroso e que por estar a difamar a igreja ia ser castigado e que Deus nunca mais ia olhar pra mim... Porque ele não pediria isso... E que também não estava escrito na Bíblia porque na Bíblia só estava escrito a verdade e que isso era mentira... Tanto que cheguei aqui ao PP e disse logo à Shelly: Eu odeio a Páscoa ;D ahahahah


O cristianismo, ou melhor, o povo que o vaticano conseguiu convencer dos seus ideais (ou dos seus objectivos (vaticano=PSD)), não consegue ouvir algo que fuja à realidade que lhe meteram, que lhe impingiram na cabeça...
"Eu não preciso dos padres do mundo, porque não preciso do Deus do céu. Isto quer dizer, que tenho meu Deus dentro de mim" - Eça de Queirós

Eu desta vez, nem me importava de responderes à parte da Bíblia, mas pronto...
Mas viste que correu bem melhor assim.
mais explicito e sem se tornar aborrecido!
Por último não só concordo, como assino por baixo do que o Niklaus transmitiu!
Poderiam ser as minhas palavras, na boa!
Ashesrain

Cristianismo não é uma religião e sim uma espécie de partido social democrata...
"Eu não preciso dos padres do mundo, porque não preciso do Deus do céu. Isto quer dizer, que tenho meu Deus dentro de mim" - Eça de Queirós