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  • Morta em casa há nove anos
    Iniciado por Sofiaa
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#15
Citação de: Pirk em 12 fevereiro, 2011, 16:08
Se fosse um familiar meu,  eu também assumia esse risco, arrombava a porta e não estava à espera de autorizações de ninguém. Mas neste caso, acho que a senhora  vivia sozinha e não tinha parentes próximos...


O primo, ou lá o que é, deve ser o herdeiro dela. Logo, arrombava a porta. Mas, se calhar, a idade também o limitava, de alguma maneira... Afinal cada dia mais as pessoas dão menos importância aos mais velhos.

E olha que essa história da GNR, do MP e da PSP e da lei não é assim tão linear. Eu trabalhava numa instituição onde lidava com aa comunicações dos desaparecidos das várias zonas do país. Um dia, ao fazer a contagem dos casos pendentes, verifiquei que havia uma situação em tudo idêntica a esta. E lá "obriguei" a GNR  da localidade a ir a casa da velhota que, tal como esta, estava morta há cerca de 9 ou 10  meses em casa... E desta vez eles trataram de agir de acordo com o que deviam ter feito 10 meses antes, quando o desaparecimento da senhora foi comunicado por uma vizinha...
Mas pronto. A estranha morte  não terá sido em vão porque, a partir de agora, as autoridades vão ser mais actuantes, tenho a certeza.
Templa - Membro nº 708

#16
ATempla,  tem uma certa razão, de facto é esta a triste realidade dos  idosos no nosso País. Em algumas culturas, os velhos são considerados como sábios, aqui infelizmente são considerados absoletos sem interesse para sociedade. Mas cada caso é um caso, quem conhece a realidade do País, também não  pode culpar só os familiares pelo abandono dos mais velhos,  mas sim toda a sociedade em geral, porque infelizmente hoje o conceito familia, já não é o mesmo de à 50 anos atrás, as pessoas vivem sózinhas, os filhos trabalham, marido ou mulher, outros estão deslocados a milhas de distancia, cada vez os empregos são mais exigentes em diferenciação de horários,  por vezes pouco tempo resta para fazer uma simples visita, para ver se os seus velhos estão bem, estes são os sinais dos tempos, com  que se nos confrontamos actualmente.
Quanto à legislação quem conhece um pouco desses meandros, sabe de antemão como são os procedimentos de burocracia envolvente.  Claro que podiam arrombar a porta  alegando que a idosa corria perigo de vida. Mas, aí é uma faca de dois gumes, se tudo corresse bem, estava tudo ok. Se desse para o torto, eles estariam em "maus lençóis" a cometer uma ilegalidade...

Em tudo na vida tem de haver bom senso. E acredita que muitas vezes não o há. Há apenas aquilo que em direito se chama o dolo eventual... Que me parece o caso... Ou talvez seja melhor falar em negligência grosseira, que, sem dúvida alguma que houve,  e de muita gente, incluindo as autoridades envolvidas.
Templa - Membro nº 708

#18
Concordo Templa. Esperemos que isto tenha servido de aviso geral para ver se alguma coisa muda para futuro, mas não acredito muito. Os órgãos de polícia criminal vão estar sempre com receio de actuar, por entenderem, e muitas vezes com razão, que podem estar a violar direitos de propriedade e de personalidade de terceiros. A nossa lei deveria regular situações como esta, permitindo a tais órgãos de polícia, sem necessidade de autorização prévia de magistrado (judicial ou do MP), agir em situações análogas.
Actualmente poderiam agir ao abrigo do direito de necessidade ou estado de necessidade desculpante, mas isso não os livraria, em algumas circunstâncias, de terem dissabores. Pelo que a lei deveria ser objectiva na atribuição do direito da autoridade policial poder intervir de imediato, caso hajam indícios objectivos de que algo de anómalo se passa e possa estar em perigo a vida ou integridade física de terceiro.

Mas isto é mais um sinal dos tempos. Duma sociedade governada por uma classe política que só pensa em tirar dinheiro às pessoas, vivendo obcecada com isso e nem ligam às questões humanitárias. Hoje vive-se para a rapinagem. Criam-se leis para extorquir legalmente os cidadãos, os quais são visto apenas como contribuintes e nada mais. Um Estado sem Alma nem chama. Sem valores morais e muito menos éticos - onde os primeiro vão beber.

Citação de: Arph em 12 fevereiro, 2011, 19:20
Concordo Templa. Esperemos que isto tenha servido de aviso geral para ver se alguma coisa muda para futuro, mas não acredito muito. Os órgãos de polícia criminal vão estar sempre com receio de actuar, por entenderem, e muitas vezes com razão, que podem estar a violar direitos de propriedade e de personalidade de terceiros. A nossa lei deveria regular situações como esta, permitindo a tais órgãos de polícia, sem necessidade de autorização prévia de magistrado (judicial ou do MP), agir em situações análogas.
Actualmente poderiam agir ao abrigo do direito de necessidade ou estado de necessidade desculpante, mas isso não os livraria, em algumas circunstâncias, de terem dissabores. Pelo que a lei deveria ser objectiva na atribuição do direito da autoridade policial poder intervir de imediato, caso hajam indícios objectivos de que algo de anómalo se passa e possa estar em perigo a vida ou integridade física de terceiro.

Mas isto é mais um sinal dos tempos. Duma sociedade governada por uma classe política que só pensa em tirar dinheiro às pessoas, vivendo obcecada com isso e nem ligam às questões humanitárias. Hoje vive-se para a rapinagem. Criam-se leis para extorquir legalmente os cidadãos, os quais são visto apenas como contribuintes e nada mais. Um Estado sem Alma nem chama. Sem valores morais e muito menos éticos - onde os primeiro vão beber.

Pois, Arph, ou talvez ação direta, que era o que eu faria, tivesse embora de pagar a fechadura..., perante tanta apatia, que tanto me irritava em certos casos... Não sabes como eu conheço bem a realidade dos desaparecidos e como sei que, a partir dos 70 anos,  uma grande percentagem deles aparece morta!!! Aí uns 35%.
No caso de uma pessoa com tanta idade era de ponderar que algo idêntico ao que sabemos poderia ter ocorrido... Casos assim é que deveriam ter prioridade. E não sabes como se gasta tempo e dinheiro com situações que não o merecem... Rios de papel também! Às vezes está-se a registar um papel quando o "desaparecido" já está em casa. E, na era da Internet, 95% dos casos resolviam-se só com o recurso a ela. Para tanto, era necessário que as autoridades(PJ, PSP, GNR e SEF) tivessem um departamento central e alguém com bom senso que o gerisse. E também não havia tantas falsas pendências de desaparecidos e não se alimentavam parengonas nos jornais como as que aparecem de vez em quando! Bem bastam os cerca  0,005% casos reais anuais que dão pelos nomes de Joana, ou Madeleine, ou Augusta Martins, o caso presente.
Agora não imaginas as reuniões que este caso vai desencadear em todos estes organismos. Mas, infelizmente, não é para agilizar o processo. É para o burocratizar ainda mais para os organismos pedirem mais agentes ;) ;) ;) Eu sei do que falo, juro-te!

Abraço

Templa
Templa - Membro nº 708

mais 2 casos esta semana parecidos... quantos mais havera???

Talvez agora se comecem a tomar medidas para prevenir situações destas :-\.
"só se desilude, quem se ilude"

deviam arranjar um dispositivo ligado a uma central,para idosos que vivam sós,que pudessem pedir ajuda...tipo um botão onde teriam de carregar todas as noites com um alarme,o dia que não carregassem,alguém ligaria ou iria lá ver o que se passa...

O que eu acho mais piada, para alem da GNR não ter ido la fazer nada senão fazer piadas parvas, é as finanças em si.

Nunca se aperceberam que a mulher durante os 8 anos deixou de pagar os impostos, a reforma era devolvida (visto que a vizinha se deu ao trabalho de devolver as cartas) e tendo em conta a idade da mulher, nunca lhes deu na cabeça investigar antes de leiloar a casa? Como é que eles podem viver uma casa assim sem saberem o paradeiro dos proprietários? E as inúmeras queixas?

Só dá a entender o seguinte: este país é uma M€&?@ descomunal, desorganizado, sem qualquer tipo de metodo e respeito pelos seus respectivos cidadãos.

Agora depois deste caso, estão a aparecer bue casos semelhantes, como o outro que foi encontrado dentro de casa depois de estar morto 3 meses, ou o cadaver dentro do carro que estava numa depressão ao pé de uma estrada a 8 anos. As finanças agora é que se lembraram de consultar os registos e os casos vão aparecendo.

Mas estas coisas vão continuar a acontecer, porque em vez de contratarem as pessoas por estas serem competentes, contratam pessoas que são amigas ou familiares, ou amigas das amigas, ou que até mesmo tem um diploma manhoso em que as suas origens são duma fragilidade tal que poe em causa a credibilidade dessa mesma pessoa, mas mesmo assim conseguem exercer certos e determinados cargos onde requerem um elevado grau de resposabilidade que, por serem incompetentes, deixam chegar a estes extremos.

Foi como o caso do número de eleitor... A bola de neve vai crescendo, e o povo é que leva as ripadas...

Os idosos pobres coitados são abandonados, cada vez com reformas mais miseraveis e com insegurança, falta de apoios, etc.
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

Por mais mágoa que estes acontecimentes nos possam trazer, não deixa da forma como está organizada a sociedade, estes acontecimentos virem a ocorrer, não vale a pena "taparem o sol com a peneira" e dizerem que agora daqui para a frente adotando qualquer sistema, que  vai ser tudo perfeito, porque isso não vai acontecer, porque não à sistemas perfeitos, isso é uma pura falácia. Agora, podiam e deviam minimizar a situação, isso é um facto. Bastava incrementarem um sistema  já aqui referido pela Nita, ou então uma boa rede de Lares com condições humanitárias  comparticipados, principalmente para apoiar as pessoas idosas mais fragilizadas a nível de saúde, desintegradas da familia etc. Eu sei que muita gente não gosta do recurso a Lares, mas penso que ainda continua a ser uma boa alternativa.

Pois pirk, mas o problema e que o governo não quer saber... Essa e o cerne da questão.

Para que gastar dinheiro com pessoas que não contribuem com nada de momento, quando podem gastar esses tostões para comprarem mercedes e Bmw's? Parece tudo muito bonito, mas o que temos que fazer é como os egipcios e obrigarmos a reforma do governo. Nada de PS. Nada de PSD. Nada de 300 deputados sem fazer nenhum a receberem por mes o que eu recebo num ano.

Equanto isto não acontecer, vamos estar nesta lenga lenga onde estamos a parte do estado, e explorados pelo mesmo ao mesmo tempo.
A vida é efémera, a morte inevitável mas a palavra é eterna...

Mas ninguém sentiu o cheiro?? Como é possível?

Citação de: Marlene em 09 fevereiro, 2011, 14:48
E vendem a casa sem antes confirmarem se alguém está lá dentro? E a mulher comprou a casa sem a ver antes?

Sim, a casa foi leiloada pelas financas como bem penhorado e os avaliadores nao precisam de entrar em casas construidas depois de 1951 para avaliarem e para saberem quantas divisoes e assoalhadas tem. ;)
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Engraçado falarem disso aqui, porque eu vivo mesmo a frente dessa casa onde a senhora foi encontrada.

Desculpem vir um "bocado" atrasado em relaçao ao post  mas so me increvi hoje e ando a procura aqui no forum tudo relacionado aqui com a minha zona.

Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem