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  • Auto-Iniciação...
    Iniciado por akasha867
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irakaya
Falam da Iniciação como "O" ritual, mas penso que a pergunta da akasha867 se direccionava para a iniciação em si. Ou seja, o acto de começar a aprender e compreender algo e não no facto de se ser aceite numa "sociedade".

Citação de: irakaya em 17 janeiro, 2011, 14:27
Falam da Iniciação como "O" ritual, mas penso que a pergunta da akasha867 se direccionava para a iniciação em si. Ou seja, o acto de começar a aprender e compreender algo e não no facto de se ser aceite numa "sociedade".


nao era mesmo a iniiaçao num grupo, a iniciaçao num caminho mais organizado talvez k o estudo sozinho...  ;)
"Raramente conhecemos alguém de bom senso, além daqueles que concordam connosco."  François La Rochefoucauld

irakaya
Citação de: Old Hornie em 16 janeiro, 2011, 19:04 muitas das minhas crenças que me foram transmitidas tenham sido reposicionadas

Citação de: Old Hornie em 16 janeiro, 2011, 19:04independentemente do grupo, contendo sempre em si e para si uma dimensão subjectiva e individual capaz de suplantar qualquer estrutura estabelecida por um conventículo.

Citação de: Old Hornie em 16 janeiro, 2011, 19:04minha situação incentivo fortemente quem opta pela via solitária através da iniciação solitária,

Não tiveste auto-iniciação, no contexto que a alaska pergunta, tu mesmo dizes que as crenças te foram transmitidas, tal como dizes que optaste por ser um solitário.
Apenas escolheste se querias ou não estar inserido num "grupo" e teres uma iniciação formal dentro desse grupo.
São coisas diferentes.


#18
Citação de: akasha867 em 17 janeiro, 2011, 14:40
nao era mesmo a iniiaçao num grupo, a iniciaçao num caminho mais organizado talvez k o estudo sozinho...  ;)

Como disse no texto que escrevi, a iniciação num conventículo pode trazer vantagens a um indivíduo nomeadamente na transmissão de crenças e procedimentos aos quais este pode não ter acesso facilitado. A questão é a capacidade que esse mesmo indivíduo tem para seguir esse mesmo conjunto de crenças. Quando falamos em conventículos (vulgarmente conhecidos por covens), estamos a falar de grupos organizados e que não apresentam entre si, uma linha transversal inteiramente estruturada e regularizada. Cada "família"/ conventículo é regida pelas suas próprias crenças, mitos e procedimentos mágico-religiosos e não respondem, forçosamente, a um dogma que esteja estabelecido.

Neste sentido, eu posso afirmar que já vi pessoas inseridas em conventículos que revelaram saber muito pouco sobre a prática, como também já vi pessoas solitárias que conseguem suplantar o conhecimento dos primeiros, ao passo que também já vi o fenómeno inverso. :)
Eu não quero apresentar aqui uma dissertação sobre estas estruturas ou indivíduos e as respectivas limitações e vantagens de ambas as partes, por isso estou a tentar ser um pouco expositivo para que possas ser tu a criar as tuas próprias convicções, seja ou não com base na análise factual que trouxe para a mesa.

Ainda assim quero acrescentar que há uma série de pressupostos que vão designar se o indivíduo tem ou não o perfil para a Arte, nomeadamente o "sangue-bruxo" (pouco falado por ser um dos Mistérios e que apenas é abordado em breves pinceladas) que tem que ver com a hereditariedade correspondente aos vários fenómenos atávicos. Não é um coven que pode vedar ou facilitar o acesso de um adepto porque, se ele for realmente designado para o caminho, então ele próprio vai ser alvo de revelações ao longo do tempo, independentemente da atribuição de "carta verde" do conventículo. Nesse sentido, não deixas de estar correcta quando dizes que existem vários oportunistas que com convicções menos sinceras tentam saber os Mistérios da Arte e, portanto, a vedação do seu acesso por parte dos conventículos não deixa de fazer sentido. Por outro lado, se o indivíduo realmente tiver sido designado para tal, ele vai receber revelações de várias formas, também independentemente do grau de comprometimento que possui com a Arte. Mas isso já é uma questão individual. É como se dissessem "tens aqui as cartas, agora joga da forma que te aprouver" mesmo que posteriormente possa ser penalizado.

A iniciação solitária tem subjacente um longo percurso de estudo e envolvimento e é ao longo desse processo que o indivíduo vai formatar as suas crenças e sofrer as várias revelações. Isto não significa que basta que de um dia para o outro alguém se inicie e fique a ser detentor de todo o conhecimento. Quando um indivíduo está sozinho no caminho (curioso porque o próprio caminho na Arte é designado por si só de solitário e não deixa de fazer sentido tendo em conta que é um processo de transformação do teu "eu") ele próprio terá a capacidade de fortalecer uma posição mais crítica face a todo o conteúdo com que pode ser constantemente deparado. Basta que faças uma pequena pesquisa na net e és logo confrontada com coisas do arco da velha, e nem toda a gente tem a capacidade de se posicionar criticamente face a isto. Então, aceitam tudo de coração aberto.
Depois é importante reforçar aquilo que já falei anteriormente sobre os vários processos / etapas da iniciação solitária que, em caminhos tradicionalistas, assumem a forma de provas (da natureza das ordálias) e que obedecem a todo um conjunto de sinais e de agoiros que te permitem passar à prova seguinte ou que te impedem de o fazer. Não assumam a iniciação solitária como um momento em que tudo fica decidido e que, por isso, os indivíduos serão menos instruídos do que os que estão em conventículos.

Também não quero passar aqui a imagem de que sou contra a iniciação num conventículo porque não sou mesmo! Acho que tem vantagens quando alguém se junta a um grupo e eu conheço-as. Mas, mesmo na minha posição (que é irrelevante face a outros que conheço), eu não gosto de ver injustiças sob a forma de crítica a quem opta por uma via solitária, e é com isso que sou constantemente confrontado quando leio vários autores ou simplesmente navego na Internet... Por defeito, a definição do caminho da Arte é mesmo de "solitária", e isto tem que representar qualquer coisa. Na minha perspectiva, é de louvar alguém que por amor e dedicação à Arte opta pelo caminho solitário, exactamente na mesma medida que alguém, também pelas mesmas razões, se alia a um conventículo.

Espero ter conseguido ser claro e mostrar que não sou contra nenhuma das opções. Apenas quis reformular conceitos que aparecem já muito vulgarmente errados.  ;D

Citação de: irakaya em 17 janeiro, 2011, 15:07


Não tiveste auto-iniciação, no contexto que a alaska pergunta, tu mesmo dizes que as crenças te foram transmitidas, tal como dizes que optaste por ser um solitário.
Apenas escolheste se querias ou não estar inserido num "grupo" e teres uma iniciação formal dentro desse grupo.
São coisas diferentes.


Irakaya, eu defini e contextualizei o conceito de auto-iniciação tal como a Akasha897 referiu. Ainda fiz mais: comparei-o a um outro que é bem mais antigo e que remonta a sociedades bem situadas lá atrás.

Não quero estar a revelar demasiado sobre mim ou o meu percurso nisto até porque não tenho propriamente permissão para o fazer mas vou dar algumas notas soltas sobre mim, talvez consiga aclarar a ideia com que ficaste. :)

Eu tive transmissão de conhecimentos, sim. Mas o percurso na Arte é dotado de momentos diferentes, tal como o desenrolar da vida quotidiana. Tive momentos em que estive sozinho a trabalhar com o meu interior e com a prática e crenças da Arte, é verdade. Mas se dei a ideia de que actualmente estou sozinho então passei uma ideia errada.  :-\ Disse que muito do que aprendi foi reposicionado exactamente porque a vivência de cada um é singular, mas não disse que me afastei das minhas raízes na sua totalidade: "Não vou negar, contudo, que apesar da minha situação incentivo fortemente quem opta pela via solitária através da iniciação solitária".

Só para colmatar o raciocínio, actualmente não me encontro sozinho no caminho.  ;D

Não sou conhecedor de verdades absolutas nem pretendo incumbir dogmas nas pessoas, porém a minha experiência de quase uma década tem sempre algo a dizer, e não posso negligenciá-la.

Desculpem pela extensão do texto, mas tinha mesmo que expor tudo para tentar fundamentar a linha de raciocínio que trouxe para aqui.  :laugh:
"A minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

#19
Citação de: akasha867 em 17 janeiro, 2011, 13:56
a dificuldade em entrar no meu ponto de vista, é positivo porque impede que gente que só tem curiosidade, ou que nao esta certa do caminho que quer, de nao se meterem onde nao devem...


É um pau de dois bicos, no fundo. Nesse caso o conven tem um papel declarativo de quem entra e quem não entra, podendo eliminar bons e potenciais candidatos, como abarcando outros. E depois depende dos critérios de selecção que usem...

Mas em relação a conventículos não estou muito à vontade para falar. Acho que são óptimos, que em harmonia podem produzir resultados mesmo muito muito bons, mas concebo este caminho como um pouco solitário. Obviamente que este comentário tem muito de idiossincrático, como podem ver. Estou só a dar a minha visão, não estou a fechar portas a caminhos alternativos que as outras pessoas sigam.  Além do mais, e como já referi, a iniciação será cada vez mais um processo solitário devido ao tipo de sociedade que temos hoje. Os convens não são algo tão frequente como antes, não proliferam por aí, e os poucos que existem são discretos e quase que elitistas, não deixando outra opção aos praticantes senão mesmo a acção solitária.

Depois os caminhos não têm que ser lineares ou oscilar necessariamente entre os extremos "formação num convém" e "formação solitária". Ao longo da vida podemos encontrar pessoas, ou grupos de pessoas, que nos acrescentam algo, e que estão próximas e nos ajudam a crescer. Mas elas podem não estar para sempre lá, e então regressamos a um caminho novamente solitário, como que um ciclo. Assim, é um pouco errado proceder a tipificações tão extremadas.
"For the night is dark and full of terrors"

akasha867 as duvidas que tens eu já as tive
mas não podem criticar os sentimentos dos outros pá é que  uns tem mais ajudas que outros e uma coisa podem ter a certeza tudo o que nos acontece depois da primeira sensação é
digamos um primeiro clik  as coisas tem de acontecer naturalmente e uma coisa podem estar certos equivicos acontecem mas só o Deus nosso pai e que sabe quando é que é a nossa missão entretanto limitamo-nos a caminhar
muita luz...............
»Uma vez ouvi um homem sábio dizer que não há homens perfeitos, apenas intenções perfeitas.«