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  • A vida fora da matéria
    Iniciado por Antonio silva
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Antonio silva
aos estudiosos esta obra, que
representa, inegavelmente, mais um decisivo esforço para transmitir-lhes
uma visão clara, concisa e objetiva de fatos da mais relevante importância, que se verificam no cenário da vida terrena.
A vida fora da matéria é uma realidade inconteste.
Constituindo-se o Universo somente de Força e Matéria, uma
importante tese se desdobra na associação desses dois princípios
fundamentais. A investigação e o estudo dos fenômenos psíquicos da vida extraterrena têm trazido à luz numerosos conhecimentos que se encontravam ocultos por interesses subalternos de entidades nocivas, e que são parte integrante dessa tese, para cujo desenvolvimento concorre com valioso cabedal.
Ninguém há que, tendo recebido boa educação moral e estando em pleno gozo de suas faculdades mentais, não procure afinar a sua conduta pelos princípios normativos do bom-senso comum, e ser bom, praticar o bem, mostrar-se, de algum modo, útil ao seu semelhante. No entanto, forçoso é reconhecer-se, a falta de conhecimento das verdades que a vida encerra é o motivo principal de não ser desenvolvido no ser humano esse sentimento nobre, ainda que elementar, que cada qual precisa e deve
cultivar em favor do seu igual, seja amigo, companheiro ou mesmo desconhecido. Quem somos, porque somos — eis a incógnita que este vem desvendar, abrindo novos horizontes ao aspecto da vida imaterial e expandindo os esclarecimentos que esse importante problema enfeixa.
A idéia que os indivíduos conservam de si mesmos, sobretudo no
meio religioso, é, de um modo geral, nitidamente materialista. A imagem própria, para eles, é a que observam refletida no espelho, quando, na realidade, tal imagem traduz apenas a roupagem, que não passa de uma expressão acidental do espírito. Esta compreensão não escapa, porém, àqueles que sabem, com segurança, que o ser encarna numerosas vezes, até
atingir determinado grau de evolução, sendo de lamentar que milhões de criaturas teimem, ainda, em não querer reconhecer esta grande verdade, e
se mantenham na mais primitiva incompreensão sobre a posição que ocupam na trajetória da existência. As falsas concepções, as crenças ilusórias e os enganos, que tanto têm atrasado o progresso do mundo no campo espiritual, precisam, pois,  ser eliminados da mente humana, e todo trabalho que tiver esta finalidade
não pode deixar de ser bem acolhido pelas pessoas sensatas, leais e amigas da verdade.
A "Vida Fora da Matéria" apresenta, no seu contexto, essa feição
característica que constitui, sem dúvida, a garantia máxima de sua
utilidade e valor. Por esta razão, embora as revelações demonstradas causem estranheza aos que, pela primeira vez, entrem em contato com elas, sobejos motivos terão para se regozijarem da oportunidade feliz que lhes possibilitou tão preciosos e úteis conhecimentos. Na explanação da sua Doutrina, não tem o Racionalismo Cristão a mais leve sombra de caráter comercial ou especulativo. Não o move o propósito de arregimentar adeptos, visando nessa arregimentação um meio
de obter subsídio material. Nele não há coleta de óbolos, arrecadação de espórtulas ou qualquer outro expediente que tenha por fim alcançar os haveres dos que se interessem pela Doutrina e a desejem estudar para saberem como pôr em prática os seus salutares princípios.
Daí, desse desinteresse material, a razão de poder expor, com
autoridade, a verdade nua e crua, sem o menor artifício, por não recear afugentar os crédulos místicos e os dogmáticos renitentes, pois a finalidade precípua do Racionalismo Cristão é difundir princípios que levantem
espiritualmente a humanidade, e não, como foi afirmado, arrolar
prosélitos.
Faça-se o bem sem olhar a quem — é um aforismo que condiz com a forma pela qual o Racionalismo Cristão se apresenta. E bem maior não pode haver do que o de obter a criatura aquilo que lhe é mais necessário para o aproveitamento da sua encarnação, que é o esclarecimento.
— De que servirá ser o indivíduo arquimilionário, possuir riquezas materiais abundantes, coisa que quase todos procuram, se não tiver o
conhecimento verdadeiro da vida, para saber dar às riquezas a útil
aplicação que o dever exige? O resultado é que não estando preparado espiritualmente, não levando em conta que o que pertence à Terra na Terra fica, essas riquezas podem mais servir de estorvo à sua evolução, do que de ajuda.
Os que não perdem de vista a seqüência das encarnações sucessivas, facilmente compreendem que o milionário de uma encarnação poderá ser o esfalfado e desprovido da seguinte. De outro modo, não será também difícil compreender que, uma vez seja dada boa aplicação à riqueza, venha
ela a beneficiar o seu inteligente distribuidor, na encarnação seguinte, porque não falha o sábio preceito que diz que "quem bem faz, para si o faz". Todas estas alternativas, todos os índices para as subjugações materialistas são focalizados nos ensinos racionalistas cristãos, com a finalidade de melhorar as condições psíquicas da humanidade,
possibilitando a formação de um ambiente mais favorável, a fim de que uma felicidade relativa possa ser assegurada pela paz e tranqüilidade do espírito.
Muitas tentativas têm sido feitas no setor das ciências filosóficas para explicar o que são Força e Matéria, na sua concepção genérica. Destituídas, porém, de base, essas explicações (de um modo geral inconvincentes e insatisfatórias) contribuíram, em muitos casos, para
aumentar a confusão e a dúvida existentes no espírito humano não
esclarecido, a respeito da vida fora da matéria. Hoje, entretanto, Força e Matéria constituem tema de simples
análise, desde que desdobrado, sem grandes reflexões teóricas, na
seqüência dos princípios racionais expostos ajustando-se aos
moldes de uma invulgar simplicidade, acessível ao raciocínio comum. Fora do campo da espiritualidade (que é imenso e inesgotável) jamais poderá alguém encontrar solução para os problemas espirituais. A definição de Força e Matéria situa-se, pois, dentro da lógica dos fenômenos psíquicos amplamente divulgadosEnquanto o ser humano não adquirir pleno conhecimento de si mesmo como Força e Matéria, nenhuma indagação filosófica poderá
exercer influência decisiva no apuramento da sua conduta
individual.Quanto mais segura, mais nítida e realística for a compreensão da ação do espírito sobre o corpo físico, vale dizer, da Força sobre a
Matéria, mais depressa a clarividência do sentido espiritual revelará ao estudioso as funções vitais da natureza universal.
Em Força e Matéria se resume, se sintetiza, se define, se explica todaa Verdade da vida.Os princípios reunidos  sapenas encerram a
parcela de ensinamentos daquela verdade que está ao alcance da
compreensão humana, desde que a criatura se interesse realmente pelo seu estudo, sem se deixar influenciar pelos ultrapassados compêndios sectaristas.
A apuração dos conhecimentos relacionados com a vida reduz os
erros em que tantos incidem.E o que é a vida, senão a ação permanente da
Força sobre a Matéria?
A Matéria não possui atributos. Estes são exclusivos da Força, e
como tal se exteriorizam e manifestam na consubstanciação dos três reinos da natureza.
Os atributos, que os seres encarnados manifestam, apenas constituem reduzido número daqueles que podem revelar espíritos mais esclarecidos
que, em virtude do seu maior grau de evolução, já não estagiam neste planeta. A Força mantém o Universo regido por leis comuns, naturais e
imutáveis.
Comuns, porque são inerentes a todos, sem a mínima exceção;
naturais, por decorrerem de uma seqüência lógica no processo da
evolução; imutáveis, por serem absolutas, e neste sentido não há lugar para o imprevisto, para o acaso ou a dúvida, imperando (só e sempre) a exatidão, a certeza, a perfeição.As responsabilidades e os deveres do ser humano (que ele precisa compreender bem para convencer-se de que toda
vez que infringir as leis naturais retarda, inapelavelmente, a marcha da sua evolução) estão dentro destes Princípios.
Assim, sem conhecer o processo do seu próprio desenvolvimento
espiritual, sem se conhecer a si mesma na sua composição astral e física,
não pode a criatura conduzir-se com o necessário aproveitamento, daí resultando ter de submeter-se, em obediência àquelas leis (ainda que por livre vontade e em duras experiências) a uma multiplicidade de reencarnações cujo número seria, de outro modo, grandemente reduzido.
O Universo é composto de Força e Matéria. A Força é o agente ativo, inteligente e transformador. A Matéria, o elemento passivo e plasmável. Ambos, na sua forma original, indivisível, fundamental e imponderável,
penetram todos os corpos, estendendo-se pelo espaço infinito.
A Força, agindo em obediência às leis evolutivas, utiliza-se da
Matéria, no estado primário desta, e com ela forma corpos e realiza fenômenos incontáveis e indescritíveis que escapam à apreciação comum, considerados os limitados recursos deste Planeta.
No Universo não há nada de novo e também nada se perde. Tudo
nele está criado. Há, somente, transformação da Matéria e evolução da
Força.
Os inumeráveis corpos compostos em combinações múltiplas de
partículas da matéria organizada, nada mais exprimem do que essas transformações.
Composição e decomposição, agregação e desagregação de corpos, são o resultado da ação mecânica da vida.A ciência química, em suas constantes investigações, classificou mais de uma centena de elementos básicos da matéria organizada, dando à partícula fundamental e infinitésima desses elementos o nome de átomo.Os átomos são cientificamente combinados para formar as moléculas que se classificam, por sua vez, como partículas infinitésimas dos corpos compostos.
Tanto os átomos como as moléculas se mantêm agregados uns aos
outros enquanto a força exerce sobre eles a sua ação coesiva, e se
desagregam, quando essa mesma força deixa de atuar.
A matéria organizada, ainda que representada por um simples átomo, contém uma soma de energia de extraordinário poder, mantendo-se cada núcleo de alta condensação de força perfeitamente equilibrado com os
demais na composição do Todo, em completa uniformidade, cada qual dentro da respectiva classe, sem nenhuma alteração na sua constituição específica. Isto porque o que as leis estabeleceram não pode sofrer modificações, já que não existem imprevistos para a Sabedoria Excelsa que é una, integral, total.A Força, utilizando-se da matéria, começa a sua evolução na estrutura do átomo, passando, depois, a uma nova ordem de ação construtiva, na composição das moléculas. Em todo o constante agregar e desagregar dos corpos, a intensidade
da força vai aumentando nesses núcleos infinitésimos com maior
acentuação das vibrações da vida, fazendo progredir o seu grau de
inteligência.Completado o ciclo iniciado no primeiro dos três grandes reinos da natureza (o mineral) de onde ascenderam para o vegetal e o animal, passam esses núcleos a constituir-se em microorganismos de ínfima espécie.Desses microorganismos, partindo da espécie ínfima, empreende a partícula de Força a sua evolução através de outras espécies e
de outros organismos de maior desenvolvimento, atingindo sempre formas mais elevadas.Na molécula e suas subdivisões, a Força Inteligente apenas se torna perceptível por sua expressão vibratória ou de movimento
intramolecular. Já nos microorganismos, além daquela vibração, revela ação de movimento exterior (a locomoção).
Assim, de mudança em mudança de um corpo para outro
imediatamente superior, vai a partícula da Força evoluindo, até atingir condições que lhe permitam, já como espírito, encarnar em corpo humano, em situação de exercer a faculdade do livre arbítrio e assumir as responsabilidades inerentes a essa faculdade.Como espírito, encarna inumeráveis vezes, adquirindo sempre mais inteligência, mais luz, mais experiência, mais conhecimentos, mais clara concepção da vida e maior
capacidade de raciocínio. O espírito faz a sua trajetória neste planeta em condições apropriadas ao seu estado de adiantamento, passando em cada reencarnação a viver em meio adequado ao progresso já alcançado, até terminar a parte da evolução
que corresponde a este mundo. O globo terrestre é uma esfera de matéria organizada impregnada de
forças que atuam diretamente sobre os átomos, constituindo-os, unindo-os e mantendo-os em equilíbrio, na sistemática de uma complexidade de movimentos.
O átomo está em constante vibração produzida pela energia existente no seu interior, e liga-se a outro átomo pela força de coesão para compor a molécula. É também essa mesma força de coesão que une as moléculas entre si.
De um pólo ao outro da Terra, passam linhas de força que as próprias bússolas denunciam.
A força de gravidade exerce poderosa ação sobre cada átomo,
atraindo-o para um centro no interior do globo.Em todos os movimentos que executa, a esfera terrestre é impulsionada pela força que atua no interior dos seus átomos.
O diagrama seguinte dá uma idéia, ainda que elementar, da
associação da Força e Matéria no planeta, para a composição dos reinos da natureza.
O ser humano que quiser demorar-se na investigação deste
importante tema encontrará campo aberto para desdobrar o raciocínio, fortalecer as suas convicções e concluir que essas duas fontes substanciais (Força e Matéria) são o princípio e o fim, são unidades que se tocam nos seus extremos, que correm paralelas e que, na sua incomensurabilidade,
abrangem o Infinito e penetram e envolvem o Universo.
As expressões aqui empregadas são relativas, à falta de outras que
melhor possam exprimir uma concepção de ordem absoluta.
                                 
O ESPAÇO
Por mais que o ser humano dê expansão aos seus conhecimentos, por mais que os analise e neles se aprofunde, não poderá penetrar, partindo da limitada posição que ocupa neste planeta, toda a extensão infinita do Espaço A mente, embora possa avançar até um certo ponto, fica sempre sem atingir a meta extrema, que se encontra sob o domínio de valores absolutos.
Perdem tempo os que se preocupam, em demasia, com a definição
integral do problema do Espaço para abranger a sua concepção total, porque somente a Inteligência Universal é detentora de tão completo saber.
Antes de chegar aos problemas máximos do Universo, a criatura
apenas precisa adquirir os conhecimentos necessários à sua evolução, esforçando-se por aprender as inumeráveis lições que ainda não absorveu e que precedem, de muito, aquelas que envolvem as transcendentais concepções do Espírito. O que a respeito do Espaço a inteligência humana já pode compreender, vem sendo revelado pela ciência que enfeixa tais conhecimentos
Este planeta — que serve, a um só tempo, de escola e cadinho
depurador a bilhões de seres encarnados — é, como miríades de outros planetas, semelhantes a uma partícula de pó, em relação ao Espaço Infinito.
Ele pertence a modesto sistema solar de uma grande família estelar que se chama Galáxia.
O sistema solar, do qual faz parte a Terra, compõe-se de reduzido
número de planetas girando em torno do Sol.
Nenhum desses planetas tem luz própria. Esta provém dos raios
solares que neles resplandecem, com acontece com a Lua cujo brilho resulta da luz solar refletida em sua metade iluminada.
Excluídos os planetas, as outras estrelas que brilham no firmamento são sóis e, portanto, centros de sistemas solares. Há sistemas solares menores do que o que contém o nosso planeta como também os há muito maiores.
Existem, ainda, outros bastante complexos, com vários sóis, e estes, de cores diferentes, produzem cambiantes de luz de diversas tonalidades, em combinações que se revezam com o pôr e o nascer de cada sol.
A luz emitida pelos corpos solares — idênticas à de qualquer corpo material — não pode ser confundida com a Luz Astral que representa a Força Inteligente e enche o Espaço Infinito, por ser ela de constituição inteiramente diversa.
As trevas da noite nada significam para o espírito, pois este vê
através da Luz Astral que penetra todos os corpos, até ao mais ínfimo lugar no Espaço. Dia e noite expressam períodos apenas relacionados com a vida material.
Vários são os movimentos da Terra no Espaço, salientando-se o de rotação em volta do seu próprio eixo, o de translação em redor do Sol, o que é feito, como todo o sistema solar, em torno do eixo da galáxia, e o
que resulta do movimento da própria galáxia.
Todos estes movimentos são perfeitamente conjugados em velocidades uniformes e rigorosamente ajustadas.
A medida usada para avaliar as distâncias astronômicas é a extensão que a luz percorre no Espaço em um ano, tomando-se por base a sua velocidade, que é de cerca de trezentos mil quilômetros por segundo.
Com essa altíssima velocidade, ela vai de um pólo ao outro da Terra numa insignificante fração de segundo.
A distância do Sol à Terra é atravessada em oito minutos,
aproximadamente. Para atravessar, porém, a galáxia do nosso sistema solar de um extremo a outro mais afastado, leva milhares de anos.
E é bom não perder de vista que existem galáxias
incomparavelmente maiores, como também há sóis na galáxia a que pertence o pequeno planeta em que vivemos, dezenas de milhões de vezes
maiores do que o nosso, apesar de ser este tão grande em relação à Terra, que chega a conter bem mais de um milhão de vezes o seu volume.
                            UNIVERSO DE GALÁXIAS
Uma galáxia é uma imensa família de sistemas solares que se contam aos milhões. A de que o nosso planeta faz parte tem a forma aproximada de uma lente biconvexa ou ovo frito, situando-se o nosso sistema solar na galáxia, mais ou menos, a um terço da distância radial que vai do eixo à sua periferia extrema.
Tudo quanto os olhos desarmados do corpo humano podem ver no firmamento é parte integrante desta galáxia, da qual a Via-Láctea representa o aro exterior.
A distância de uma galáxia a outra mais próxima é de tal magnitude que ultrapassa a capacidade de apreciação do espírito encarnado, de percepção normal.
Apesar disso, uma galáxia, com seus milhares ou milhões de
sistemas solares, não representa mais — em comparação com a extensão infinita do Espaço — do que uma insignificante ilha no oceano ou, menos ainda, do que um ponto no Universo.
Essa relação de grandezas convida a meditar na magnificência do
Universo e na modestíssima participação do nosso planeta na composição
do Todo.
E se o planeta é de composição modesta, de igual modo são os seus habitantes, modestos no saber, na inteligência, na espiritualidade e na evolução.
Se todos vivessem compenetrados dessa realidade, não haveria lugar para vaidades e tolas presunções que apenas refletem um estado próprio da Terra, pondo em evidência a ignorância e a inferioridade espiritual dos seus habitantes.
Para fazer-se idéia, ainda que imprecisa, de quantos bilhões vezes
bilhões de espíritos estão em evolução em cada galáxia, basta levar em conta os milhões de sistemas solares de cada uma e considerar que em torno de cada sistema solar gira incontável número de planetas.
Se neste mundo, que é dos menores, evoluem cerca de cinco bilhões de espíritos, logicamente nos outros planetas, em média proporcional, esse número não pode ser inferior.
A Inteligência Universal, de que o pensamento emana — na sua
expressão máxima — tem poder ilimitado. Nada existe no Universo sem razão de ser. Nenhuma criação foi obra do acaso, já que tudo obedeceu a uma determinação rigorosamente preestabelecida, mesmo nos mais insignificantes pormenores.
O sentido da criação aqui empregado indica transformação da
matéria pela ação da Força Inteligente. A idealização dos mundos
corresponde às exigências da evolução.
Assim, de encarnação em encarnação, promove o espírito a sua
evolução neste planeta até determinado limite. Daí por diante prossegue noutro meio, em que as condições psíquicas e físicas obedecem a sistematização diferente.
Desenvolvendo uma velocidade no Espaço de cerca de trinta quilómetros por segundo, descreve a Terra a sua órbita em torno do Sol, com precisão matemática, num período de tempo absolutamente certo.
Arrastando, por sua vez, os componentes de seu próprio sistema,
numa órbita que tem por foco um ponto no eixo da galáxia, com
velocidade semelhantemente elevada, o Sol completa, de igual modo, a trajetória em tempo rigorosamente exato.
Também a galáxia, transportando, com perfeita uniformidade, todos os sistemas solares de que é composta, numa velocidade do mesmo modo grande, fecha a sua órbita em um período não menos regular.
Toda essa revoluteante disposição de movimentos precisos e
inalteráveis é obra da Inteligência Universal, com um só fim: proporcionar meios às partículas do Todo para poderem progredir e galgar, uma a uma, os extensos degraus da evolução.
Não há qualquer exagero em afirmar que uma única dessas partículas é tão importante quanto o próprio Todo, porque este não poderia existir sem ela, nem ela sem ele.
A obra da natureza não contém erros nem imperfeições. Suas leis são imutáveis, os movimentos matematicamente exatos, e os acontecimentos mais surpreendentes, que possam ocorrer em incursões variantes, não passam de conseqüência lógica do desdobramento da própria vida cheia de ações e reações, de causas e efeitos, mas sempre em busca do equilíbrio final.
Assim como os satélites têm os seus movimentos combinados com os dos planetas, estes com os dos sóis de cada sistema e o dos sistemas solares com todos os movimentos dos outros sistemas de cada galáxia, também os espíritos agem e evoluem coordenados uns com os outros, em fiel observância a um regime regulador de todas as funções.
O Espaço está repleto de Força e Matéria. Nada perde nem ganha.
Do que tem não sobra nada nem possui de menos. O equilíbrio das leis se
revela tanto no macro como no microcosmo, tanto no
incomensuravelmente grande como no incomensuravelmente pequeno.
Fora do alcance visual do corpo humano, no infinito como no
infinitesimal, a Vida se estende ininterrupta, integral, harmonizante com a manifestação das mais variadas vibrações.
                                  ESPAÇO E TEMPO

Para o espírito, todas as grandezas se confundem, porque ele está em toda parte e em qualquer tempo.
Espaço e Tempo, aliás, com iniciais minúsculas, são duas
relatividades que só interessam aos meios físicos. Com letras maiúsculas, no entanto, representam concepções absolutas que a linguagem humana é demasiado pobre para definir, diante da grandeza do Infinito.
Para a Inteligência Universal há — com respeito a Espaço e Tempo
— somente uma espécie de Presente Eterno, idéia que não pode ser bem compreendida neste mundo de tamanhas limitações.
Assim, por mais altas que sejam as velocidades não passam de
expressões relativas igualmente subordinadas ao meio físico, pois no campo espiritual outros princípios, outras leis regem a vida.
Em sua essência primordial, apenas como Força, o espírito poderá
fazer-se presente, instantaneamente, tanto num mundo como noutro, dentro do seu raio de ação, utilizando-se, tão-somente, do campo imantado afim da Força Infinita, componente do Todo.
Essa Força, penetrando e envolvendo todos os corpos do Universo, enche literalmente o Espaço.
Quedando-se o homem na contemplação do Universo, em meditação
sobre as incomensuráveis grandezas do Infinito, a perscrutar o sentido criador da vida e o poder ilimitado da Inteligência Universal, há de perceber — se não estiver demasiadamente dominado pelas emoções terrenas — que não passa de um ser de reduzidíssimas dimensões diante da grandiosidade do Universo, e se compenetrará, então, da grande, da imensa caminhada que terá de fazer na longa, na interminável estrada da evolução.
                       NEM PAIS NEM FILHOS
Os grandes espíritos que encarnaram neste mundo para auxiliar o
progresso da grei humana, fizeram-no movidos pela ação consciente do dever. Nunca para atender à vontade de quem quer que seja, e muito menos de um suposto pai celestial.
Na esfera espiritual não há pais nem filhos. O que há, o que existe, em verdade, é uma enorme comunhão de espíritos numa infinita graduação evolutiva, em que todos os seres — todos, sem exceção — têm uma origem comum: a Força Criadora ou Inteligência Universal.
Nos mundos dispersos pelo Espaço, encontram-se — usando de
reduzidos números para facilitar a compreensão humana — milhões e milhões de espíritos em cada plano de evolução.
Aqui mesmo na Terra têm encarnado, embora raramente, espíritos de evolução superior ao meio para auxiliarem a humanidade a progredir, sendo que inúmeros outros, do mesmo grau de evolução, estão desenvolvendo atividades espirituais em outras regiões do Universo.
Quanto mais adiantado o espírito, tanto maior o desejo que sente de auxiliar a evoluir o semelhante.
Daí a razão de submeter-se, voluntariamente, ao sacrifício de
encarnar em mundos da espécie deste, quando a vida, nos planos
correspondentes ao seu adiantamento, embora sempre trabalhosa, decorre num ambiente de incomparável bem-estar comum.
Negarem a Jesus o valor, o mérito de haver conquistado a sua
evolução espiritual à custa de grandes lutas, de trabalhos, de sofrimentos,
de desencarnações e reencarnações, atribuírem as qualidades, a nobreza, os altos atributos que possui esse grande espírito ao privilégio de uma suposta filiação divina, é erro grave que cometem, além de demonstração de lamentável ignorância relativamente à vida espiritual.
Quem demonstra maior valor, o líder que ascendeu ao posto com
esforço e merecimento próprios, depois de haver vencido todas as etapas que o levaram à plenitude da experiência e do saber, ou o que foi singularmente colocado nessa posição, com fundamento na hierarquia de antepassados?
Os adoradores de Jesus classificam-no, obcecadamente, nesta
segunda posição, influenciados pela concepção deísta. Para esses, o valor de tão admirável e evoluído espírito está mais na filiação ao hipotético deus-pai, do que nos seus próprios méritos, quando, na verdade, deve exclusivamente a si mesmo tudo quanto adquiriu e continua a adquirir para aumentar, mais ainda, os seus valiosos atributos espirituais.
DEZESSETE CLASSES
Os espíritos que fazem a sua evolução neste planeta pertencem às
primeiras dezessete classes, de uma série de trinta e três.
Essas classes e essas séries são aqui mencionadas apenas — tal a
importância da matéria — para facilitar a compreensão do leitor.
Acima da classe décima-sétima, só eventualmente um ou outro
espírito encarna neste mundo, não por exigência da sua evolução, mas paraauxiliar a humanidade a levantar-se espiritualmente, numa bela eespontânea manifestação de abnegação e desprendimento.
Milhões de outros, de igual categoria, embora não encarnando, se
dedicam (principalmente por intermédio das Casas Racionalistas Cristãs) a auxiliar astralmente o progresso dos seus semelhantes menos evoluídos, encarnados neste planeta.
Distribuídos na série de trinta e três classes, de acordo com o grau de desenvolvimento de cada um, os espíritos fazem a sua evolução partindo da seguinte ordem de mundos:
a) mundos materializados — espíritos da 1a à 5a classes
b) mundos opacos — espíritos da 6a à 11a classes
c) mundos brancos — espíritos da 12a à 17a classes
d) mundos diáfanos — espíritos da 18a à 25a classes
e) mundos de luz puríssima — espíritos da 26a à 33a classes
Os mundos dividem-se, ainda, em duas grandes categorias: mundos de estágio e mundos de escolaridade.
Para os primeiros, vão os espíritos que desencarnam e deixam a
atmosfera da Terra, cada um ascendendo ao mundo correspondente à sua própria classe, pois neles não estagiam espíritos de classes diferentes.
Por falta de tempo fico por a Qui.



António Silva, obrigado por divulgares os teus conhecimentos.

Abraço.


António,se o texto não é da sua autoria,por favor coloque a fonte.Outra coisa,agradeciamos que também reestruturasse melhor o seu tópico,tá confuso.Obrigada