Cavalo na estrada

Em 1999, depois de uma curta semana de férias, saí do Algarve perto à meia noite e como sou arraçado de morcego, fiz a viagem toda durante a noite e ao chegar a Avanca (localidade perto a Ovar e terra bem rodeada de mistérios) perto às 5h da manha, deparei-me, junto à ponte sobre o caminho-de-ferro, de dois pontos brilhantes e intensos no ar, sem que existisse nenhuma luz nas proximidades.
Louco como sempre e com carta à menos dum ano, queria era "dar calor" e não me preocupei em diminuir a velocidade, sempre em direcção aos pontos brilhantes, quando a poucos metros dos pontos brilhantes deparo com um cavalo preto no meio da estrada. Consegui desviar-me sem saber como, parei mais à frente, certifiquei-me que o cavalo se mantinha no meio da estrada, à solta.
Desloquei-me até ao posto da GNR, a cerca de 500 metros a alertar da situação e a despertar uns ensonados guardas, voltamos para o local onde o cavalo tinha ficado e nada....
Durante o dia tentei saber de quem era o cavalo, ninguém da zona tinha cavalos pretos, nem faltavam cavalos e após pesquisa durante o mesmo dia nos terrenos envolventes, não havia sinais da ter andado por ali nenhum cavalo...

Em Abril deste ano (2010), depois de ter acompanhado um Médium luso-francês à freguesia de Avanca e de lhe ter mostrado o local do acontecimento, entre outros locais, o mesmo assinalou-me algumas pessoas que tem o poder de se transformar em animais, para puderem vaguear à vontade nas suas andanças nocturnas e que esse cavalo era uma dessas pessoas. O mesmo Médium disse-me que uma dessas pessoas ia falecer nesse dia e assim ocorreu...

Todos os dias morrem pessoas. Ele identificou previamente a pessoa?

Os dois pontos brilhantes eram, sem dúvida, os olhos do animal ao serem atingidos pela luz dos faróis do carro.
Mesmo que se admita, por mera hipótese de análise, que o cavalo era uma pessoa que tinha essa capacidade de transformação, não se compreende que o animal, ou o que se queira chamar-lhe, ficasse irracionalmente no meio da estrada à espera de levar com um carro em cima.
Ainda que se admita como possível a explicação do tal médium (pelo menos como base de trabalho), em que um homem se transformou em cavalo para puder "vaguear à vontade", fica, pois, por explicar essa atitude irracional do dito cujo, que se coloca em evidente situação de perigo para a sua vida.
Também já me ocorreu ver um cavalo na estrada, numa madrugada. Também alertei as autoridades. Não sei o que se passou a seguir, mas fiquei com a convicção de se tratar de um cavalo tresmalhado... e nada mais!

E depois fica sempre esta oportuna referência do oculto:

Todos os dias morrem pessoas. Ele identificou previamente a pessoa?

Todos os dias morrem pessoas. Ele identificou previamente a pessoa?

Não identificou a pessoa, mas a rua onde a pessoa morava.

Engraçado, o meu pai costumava-me contar 2 histórias que se passaram no pais onde ele nasceu, uma de uma senhora que após o fecho da mercearia local quis comprar sal, mas como a mercearia estava fechada o homenzinho que trabalhava lá rejeitou vender o sal à dita senhora até que ela lhe fez uma ameaça qualquer, já de noite quando o senhor estava a subir o monte em direção a casa reparou que um rato o seguia, ele com  receio que lhe fosse fazer mal matou o tal ratinho, no dia seguinte veio-se a saber que a mulher que tinha ido lá pedir sal tinha morrido naquela noite...a outra é que se tinha passado alguma cena com um tio meu (já não me lembro o que) e ele tinha sido ameaçado com algo do genero e certa noite quando ele está a caminho de casa vê uma cena pendurada numa arvore, os moradores daquela localidade tinham por habito andar com uma casca de arvore que quando mastigada servia de proteção, e assim fez o meu tio, mastigou a tal casca, barrou num pau e decidiu bater com o pau no que parecia ser um morcego gigante, quando bateu aquilo desapareceu tipo fumo no ar, agore se estas historias são verdade ou não eu não sei, mas é no minimo curioso isso das pessoas transformarem-se em animais...

Penso que poderá haver aí jogo de coincidências juntamente com imaginação, mas pronto, quem sou eu para julgar algo que não viu