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  • Religião, Lógica e Linguagem enquanto elementos limitadores do pensamento
    Iniciado por marcvs
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(Antes de mais porque a sociedade actual precisa de diabolizar algum pensamento novo! >:D)

Vou expôr esta questão em poucas palavras para que haja um desenvolvimento saudável da discussão.

Pois bem, comecemos pela linguagem. Julgo que seja do conhecimento de todos que existem várias linguagens distintas. Estas distinções não se limitam à fonetica nem à escrita, existem diferenças a muitos outros nível, normalmente por características culturais particulares a cada povo. A linguagem, por muitas vezes, impede o desenvolvimento de certos pensamentos (depende da linguagem e do pensamento) e, em muitos casos, não existem traduções perfeitas que sejam possíveis de uma linguagem para outra. Então, parta-se deste aspecto, a linguagem de um povo diferente tem sempre algum aspecto mais vantajoso ao pensamento do que a linguagem de referência (todos têm a sua vantagem, digo eu!)

A lógica, por outro lado, não permite a compreensão de paradoxos, o que é curioso, uma vez que ela se origina nessa mesma regra, quero dizer, a lógica é "separação das águas" para que dois elementos opostos sejam opostos e não um só. Grande batota, digo eu, por isso é que os paradoxos não são logicamente aceites!

A religião, ou melhor, os sistemas de crenças no geral (ideologias políticas, por exemplo) condicionam o pensamento das pessoas ao ponto de, por vezes, as pessoas alterarem o significado das coisas que têm à sua frente. Ou outro argumento, se existem religiões distintas ao longo da história (e não me venham com a conversa de que Deus é chamado por muitos nomes, não, isso não é bem assim!). A religião, seja de que natureza for prevalece enquanto "verdade divina" inquestionável o que por último não permite fléxibilidade de pensamento.

Então peço a todos os participantes deste fórum que dêm a sua opinião séria e fundamentada quanto a este questionamento, acho que pode vir a ser importante para todos. E, não, não tenho uma resposta que seja e, não, nenhum destes três aspectos do pensamento me serve realmente.
O que se pretende aqui é uma análise e não uma acção bélica contra estes modelos de pensamento. Que mais se pode criar ao destruirmos estes "entraves"? Que novas formas podería ter "deus"? Que sintaxes novas poderia ter a linguagem ou seriam necessárias? Que sistema de pensamento podería assimilar o paradoxo sem caos?
Pensem e discutam, não se ofendam, pensar não dói. ::)
NÃO!
(só porque diz que tem sempre de haver alguém que diz isso...)

Olá!

Linguagem está intimamente ligada a comunicação,
esta,a linguagem é um conjunto de signos compreendidos reciprocamente entre receptor e emissor.

A comunicação para dar um exemplo simples corresponde a uma estrada,os signos linguinsticos são os carros,com suas características peculiares,estáticas e a linguagem é o conjunto de regras percebidas entre ambos para uma boa mobilidade,o dinamismo.

A cultura de cada povo faz simplesmente uso desta regra entre outras

A linguagem não têm que necessariamente ser fonética,Quando me oferecem um chocolate ,eu ao o digerir este comunica para mim o sabor que lhe está impregnado,ao mesmo tempo reconheço o sabor pela memoria que vêm da experiência que tive com outros chocolates.
A comunicação é estabelecida pelo Sentido paladar.Comunicação é partilha de informação

Quanto á  lógica e aos paradoxos que cria.Pois bem uma lógica é uma caixa de ferramentas para executar diversas tarefas.
Se há que desenvolver uma determinada tarefa mas verificamos que a solução não passa pelo uso de qualquer das ferramentas disponíveis,duas possibilidades são verificaveis.
Ou aperfeiçoamos o paradigma,isto é construímos nova ferramenta e a disponibilizamos no encontro da solução ou ela vêm por via não  lógica(racional) mas irracional através da interposição de novo elemento.

Compreendo como é difícil abdicar da lógica aristotélica.Lupasco criou um sistema baseado nas "três éticas"
Um objecto é actual,potencial e smiactual/potencial ao mesmo tempo.E pela sua complexidade não me vou alongar no desenvolvimento nesta tese de pensamento.É pesquisar. mas recomedo "O homem e as suas três éticas"

David Bhom dizia para abandonarmos a linguagem tipicamente baseada em substantivos ,adjectivos e mais em verbos dai inventou uma linguagem o "remodo" em que nós estamos constantemente a verbalizar na nossa
comunicação. É pesquisar, mas recomendo "Totalidade e ordem implicadas".Ele dizia que a nossa linguagem pelas características ditas anteriormente não possibilitavam uma comunicação eficaz.

Jung,Hillman,diziam que a solução de um problema está no....próprio problema isto é na emergência do seu oposto ,num processo chamado enantiodromia.
As soluções não têm que vir por via racional(cognitiva,ou afectiva)
Muitas vezes vêm por via irracional,(sensorial ou intuitiva)

Quantas vezes estamos com um problema e necessitamos de uma resposta a todo custo,e....Eureka! a resposta surge.
Isto não é sofisma é mesmo verdade,é esta realidade que sustenta nos meios religiosos a ideia do Milagre não só como fenomemo espontâneo mas provocado através de meios Apotropaicos.

Parece anedota mas é verdade,ela é um paradoxo .Uma anedota logicamente não têm solução racional,por isso explodimos de riso antes de começarmos a reflectir sobre ela.
para já....chega

...E não sabendo que era impossivel foi lá...e fez

Obrigado pela bibliografia.
Afinal era mesmo por aqui que se justifica a coisa das "entidades" condicionarem a matéria (ver muito bem Bohm).
As pessoas pensam de uma maneira muito esquezita... :D

O que nos faz voltar ao mesmo! :o
Até que ponto estamos limitados?

Nota: qual é o objectivo de separar o "racional" do "intuitivo"? Ninguém pensa só com um desses aspectos. Eu não faço isso, ninguém que eu conheça faz isso, nunca ouvi falar de quem faça isso, posso concluir que ninguém faça isso (intuitivamente, vêem?). Não será tudo uma mesma coisa? ::)
NÃO!
(só porque diz que tem sempre de haver alguém que diz isso...)