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  • Sonho ou Realidade?
    Iniciado por lylybety
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SONHO OU REALIDADE?

Por qualquer razão, que desconhecida, naquele dia tinha andado inquieta, com uma ansiedade expectante, como se algo me fosse acontecer.
Estava ansiosa que o dia terminasse. Contra o meu habitual, os garotos enfadavam-me, estava irritadiça, enfim com um humor que em nada se assemelhava ao meu normal. Cheguei a casa, tomei banho, nem jantei, fui logo dormir.
Cai na cama e adormeci profundamente.

Seriam umas 2h da madrugada, quando oiço chamar: - Edia! Edia!
Era uma voz suave, mas imperativa, ate hoje não consigo identificar se era feminina ou masculina. Parecia, isso sim, que vibrava dentro de mim. Edia! Edia!?
sobressaltada, sentei-me na cama e perguntei:
- Rosália, chamaste?
Rosália é um moça brasileira que como sabes, vive comigo, como minha hospede,
Ninguém respondeu.
voltei a ouvir a mesma voz, num som mais imperativo, como se fosse um grito de chamamento, mas abafado: - Edia!!!
Quem chamava daquele jeito? Acendi a luz, e, vi então algo de muito estranho. Aos pés da minha cama estavam três pessoas. Vestiam habito de frades franciscanos, só que não era castanho, mas branco. Os capuzes encobriam os rostos que não consegui ver, os braços estavam cruzados com as mãos enfiadas nas mangas como os chineses costumam fazer. Fiquei espantada! Quem eram? Como entraram? Contudo, não senti a mais leve ponta de receio, perguntei:
   Edia? Quem e Edia?
Mais que ouvir, senti que era o da esquerda quem me respondeu:
   Edia es tu!
Eu? Esta enganado, eu chamo-me Renata! exclamei.

A voz continuou:
Agora es Renata, porém noutros tempos foste Edia.
Noutros tempos? Que tempos? E comecei a rir. Sempre me chamei Renata desde que me conheço, respondi rindo.

Senti de novo aquela voz dentro de mim dizendo calmamente:
o teu primeiro nome, foi Edia, depois desse já tiveste outros, mas serás sempre Edia,
   esta e a verdade. Queres ver?
Estranhamente, comecei a ver um lugar diferente daquele em que me encontrava; Vi uma sala enorme com  chão de mosaicos brilhantes, que espelhavam, ouvia o som duma orquestra, pares dançavam, eu estava vestida com um elegante vestido preto, tinha muitas jóias, anéis, pulseiras, uma gargantilha de brilhantes e ate uma tiara.
Encontrava-me junto de uma porta janela e, tinha um copo na mão, sentia-me embriagada. - Tudo isto era esquisito, parecia que estava vendo um filme. Estava triste. No meio daquele bulício, sentia-me estranha, como se aquele não fosse o meu mundo. Vi a minha imagem reflectida num enorme espelho, que havia numa das paredes do salão. Tinha o rosto igual ao meu actual, mas mais jovem, aparentava trinta e poucos anos, achei-me bonita e elegante. Todavia o meu olhar era triste e sem brilho. Senti de novo aquela voz que me dizia:
Aquela eras tu, na tua vida anterior. Eras uma duquesa húngara, muito rica, não duvides.

Perguntei a mim mesma, porque estaria tão triste?

Como se tivesse ouvido 0 meu pensamento, outra voz mais suave e mais terna, que senti ser o encarapuçado do meio, respondeu:
Não te lembras?
   Não! Respondi? Ou pensei? Não tenho bem a certeza.
Subitamente, vejo-me num jardim ou parque, ou as duas coisas, sei lá!
Só sei que gritava: - Goschi! !? Goschi!!?
Que coisa estranha, jamais ouvira aquele nome.
Ouvia outras vozes gritando num chamamento angustiado, Goschi!?
Menino Goschi! ! ! !?
Eu chorava. Sentia uma dor e uma angustia, como jamais sentira em minha vida.
Ao ver todo aquele movimento, pensei: Quem e Goschi?
A voz respondeu, não te lembras? Goschi era tu filho!
Meu filho? Era tudo cada vez mais estranho.
Vê! Ordenou a voz. Então eu vi. Vi um lago grande, muito azul, indicio de que seria profundo, havia um pequeno barco a remos voltado na agua, pareceu-me ver pessoas no lago, como que procurando algo, e, nesse momento dei comigo a gritar: Goschi!!!

Senti um frio que me gelou. Senti também, que o tal Goschi era realmente meu filho. Desaparecera no lago e nunca  seu corpo fora encontrado.
A voz continuou: - A partir desse dia, tu deixaste de existir, ou antes, vivias sim, mas duma forma vegetativa. Começaste a beber. A frequentar casinos e festas.
Foi a forma que encontraste para te penalizares pelo desaparecimento de teu filho. Esbanjaste toda a tua fortuna, inconscientemente, davas, deitavas fora, de orgia em orgia, mas só e a quem tinha tanto como tu e, se aproveitava de ti.
Jamais davas esmola a quem ta pedisse por amor de Deus. Sempre que isso acontecia, enfurecias-te e gritavas: _ Deus? Deus não existe. Se existisse eu não teria perdido o meu filho. Erguias altivamente a cabeça, não dando nada de nada, a quem realmente necessitava.
Um dia encontraram-te sem vida, boiando no lago do teu parque. Os vestidos rotos,  rosto desfigurado, houve ate quem duvidasse que na verdade, fosses tu.
Apaguei e acendi a luz, bati no meu rosto, não havia duvida estava acordada. Os capuchinhos continuavam lá falando comigo.
Edia! - disse de novo o da esquerda - ainda não te lembras?
Aí, vejo-me numa sala muito grande, com muita gente, parecia uma festa.
Entre todos, destacava-se a figura de um homem, com uma bonita farda, de oficial do exercito, que não consigo perceber qual. Dirige-se a mim sorrindo e disse:
Boa tarde duquesa, pensei que não viria. Deixe que lhe apresente as minhas condolências pelo recente falecimento do Sr. Duque!
Não podia deixar de vir capitão. Como sabe, não posso faltar a uma festa de caridade e beneficência.
E como está o pequeno Goschi?

- Ficou em casa com o meu fiel amigo Igor. Esta bem. Irrequieto nos seus treze irresponsáveis anos. Por enquanto só pensa em brincar e remar no lago... ainda não tem idade para ter plena consciência das coisas que o rodeiam.
Duquesa? Desculpe a impertinência, mas não receia que algo lhe aconteça em sua
   ausência? Os tempos estão conturbados e, ele e um possível herdeiro da coroa!
Dei comigo a pensar, que coisa mais sem sentido, um filho meu, possível herdeiro da coroa? Mas que coroa?

Fui de novo catapultada, para a beira do lago. Ao que parecia Goschi tinha ido para lá com seu pequeno barco, ao que tudo indicava este tinha-se virado, e, ele desaparecera.
o meu fiel Igor, estava morto na beira do lago, apunhalado.
Ao recordar  meu diálogo com  tal capitão, senti de novo aquela enorme culpa dentro de mim.
Para assistir a uma festa, embora de beneficência, tinha deixado o meu filho desprotegido, assim como o meu velho e fiel amigo Igor.
Comecei a chorar. Tinha uma enorme dor no meu peito, sentia como se 0 mundo tivesse desabado sobre mim.

Ouvi de novo a voz suave do encapuçado do meio que dizia:
   Não chores mais, já choraste muito, tanto que quase cegaste...!
Sem querer dei um salto. Quase ceguei? Parecia tudo cada vez mais estranho e confuso.

Edia? - perguntou. Acreditas na vida para alem da vida?
Sei que sim. E por acreditares que tudo isto te está a ser revelado. Queremos que entendas o porquê de tudo o que tem acontecido em tua vida.

Tudo tem um motivo, um significado, um castigo e um  prémio. Muitas vezes ouviste a tua mãe contar que nasceste cega?

Sim muitas vezes, ate que um dia fui um pouco brusca com ela, por estar sempre a dizer, que era a ela que eu devia o facto de ver.
Tive de lhe dizer que essa era obrigação dela, para isso era minha mãe. Cuidar que não me faltasse a saúde era seu dever. Ela não gostou, mas também nunca mais falou nisso.

Esse foi  teu primeiro prémio, quase cegaste de tanto chorar,
e nasceste quase cega, porem, como sofreste tanto e foi tão duro o castigo que tiveste, Deus que e todo bondade, concedeu-te a vista.

Quando era Edia, fizeste muitas coisas que não devias, cometeste muitos erros. Felizmente para ti a maior parte foram-te perdoados.

Que fiz eu? Posso saber? Perguntei um pouco amedrontada de saber alguma coisa, mas curiosa também.
Queres saber mesmo? Inquiriu.
Sim. Quero se me for possível! Exclamei.

     Então foi assim:
Foste uma mulher, mundana, um pouco leviana também. Flertavas com todos os rapazes da tua época, sem gostares particularmente de nenhum, embora muitos deles te amassem de verdade. Zombavas de todos. Rindo do amor que eles podiam sentir por ti.

Mas, há sempre um mas em todas as histórias. A tua não poderia ser muito diferente. Entre todos houve um que tu amaste cegamente, loucamente, e, por causa de quem fizeste as maiores loucuras. Esse porem, ignorava-te como mulher, embora te adulasse na posição social que ocupavas. Esse era
o capitão, respondi sem querer.
Exactamente,  capitão.
E, foi por causa dele que o meu filho...?
Calma já lá vamos. Não queres saber tudo, ou quase tudo?
Assenti com um movimento de cabeça.

Eras muito bonita, inteligente e culta, filha de um conde que estava completamente arruinado, mas que te tinha dado uma esmerada educação. Tu ocultavas essa ruína, fazendo parecer que eras muito abastada, na intenção, ousada, de arranjares um marido suficientemente rico para te tirar da pobreza dourada em que vivias com a tua família.
No meio dos teus muitos defeitos, tinhas também, qualidades, a maior das quais, era o interesse que as artes e as letras despertavam em ti, fazendo com que a grande cultura geral que possuías, fizesse a inveja de todas a damas da corte. Espirituosa, eras o centro de todas as atenções.


Um dia, o velho duque da Baviera, irmão da Imperatriz, conheceu-te. Dai apaixonar-se por ti e casar contigo foi um passo, para grande alegria da tua família, que assim sendo aparentada com uma figura de tão elevado nível sairia da ruína, em que vivia.
Só por esse motivo aceitaste casar com o velho duque, pois não sentias por ele nem o mais leve carinho, ou respeito.
Desse casamento nasceu Goschi. E esse sim era toda a tua vida e o teu enlevo.
Goschi, era um menino muito bonito, de lindos cabelos loiros, encaracolados, uns olhos de um tom indefinido, entre o cinzento e o verde, muito alegre, brincalhão, inteligente, que fazia com que tu própria te revisses nele.
Era o teu filho. Do duque só o fora por mero acaso, pensavas contigo muitas vezes.

O velho senhor tinha por ti um tão grande amor, uma tão grande tremura, que, tudo o que tu pudesses fazer, para ele era desculpável. E muito jovem dizia, tem tempo para assentar e ser uma velha matrona.

Apesar de esposa e mãe, continuaste a tua vida mundana, nocturna de sempre. Não havia jantar ou recepção a que tu faltasses. Pouco tempo antes do desaparecimento de Goschi,  velho duque foi encontrado sem vida, em seu leito, sem nunca se ter averiguado a causa da sua morte, atribuindo-se esta há sua já avançada idade.

Com esse acontecimento, em vez de ficares triste, pelo contrario, sentiste-te livre, para poderes fazer tudo quanto te aprouvesse, sem a aprovação do teu marido.

Foi nessa altura que começaste a encontrar o Capitão com mais frequência e, te apaixonaste loucamente por ele.

Frequentemente, ias a festas, bailes, corridas, desde que soubesses que ele lá estivesse, até que Goschi desapareceu e, tu foste, como já te disse,  algum tempo depois, encontrada a boiar no lago.

Cada vez mais desorientada e incrédula, perguntei:
   Mas para que saber de tudo isso agora?
o primeiro que falara, respondeu:
   já te dissemos. Tudo tem um sentido, um motivo. um castigo e um prémio.


Mas, ao que parece, eu já fui castigada, com o desaparecimento de meu filho...! E, apesar de me dizerem que eu não fui uma boa mãe, sei, sinto, que o amava muito. Sei que sofri horrores com o seu desaparecimento!

Quem disse que não foste uma boa mãe? - perguntou ele
Fui? Admirada continuei: Pensei que não tinha sido..!?
Foste sim! Embora de vida airada, dedicavas os teus dias ao teu filho. Ensinando-lhe tudo o que ele queria aprender. Havia ate entre os dois, uma relação muito forte. Daí, o teu desgosto e o teu remorso.
Então... não percebo.. . !??
Tu foste uma mulher mundana. Contudo, só saias nas noites de recepção da corte. Fora disso, raramente saias, todo o teu tempo era dedicado a Goschi...
Mas então? - cada vez percebia menos. Quanto mais falavam menos eu percebia.
    Como se tivesse ouvido 0 meu pensamento, a voz continuou:
Naquele dia, havia uma das festas de beneficência, a que costumavas ir, porque a tua presença era sempre solicitada por todos. - Porém devido ao luto recente, não estavas com vontade de comparecer. Só que, o capitão mandou-te um convite expresso, e tu, não pudeste ou não quiseste recusar o convite.

Paguei caro a minha leviandade...!! pensei para comigo.

Pareceu-me ouvir, uma voz ainda mais suave e mais ternamente doce, que as outras, dizendo:
- Agora vais saber, algo de muito mais importante.
Apercebi-me que era  terceiro encapuçado quem falava. Lembrei-me então, que, até ai se mantivera silencioso.

Resumindo, foi assim:
- 0 capitão, que tu tanto amaste, voltou contigo nesta vida, e, foi teu marido.
Como? Essa era demais, para o meu entendimento!
Exactamente. Nesta vida, foi ele quem te amou, enquanto tu só tiveste por ele uma grande amizade, inverteram-se as posições.
E se tiveste dele os teus filhos, filhos que ele não queria, lembras-te?
Foi na inconsciente esperança de encontrares Goschi de novo, mas isso não te foi permitido. Portanto foi um castigo.

Com a morte dele, tu, sentiste de novo  alivio já antes sentido, tiveste novamente a noção de liberdade que tanto ansiavas, sem saber ate, porque.
Essa ânsia de liberdade, era na verdade, inconscientemente a busca de algo, sabes  que? Um homem que te amasse, te desse segurança, paz e tranquilidade. Nunca o encontraste. Foi mais um castigo.

Por tua própria iniciativa, acabaste sempre, as relações amorosas que tiveste, nunca estavas satisfeita, mas sofreste sempre com isso, pois sentias que fazias sofrer aqueles que de alguma forma te deram amor.

Deram-me amor? Nunca nenhum me amou! Nunca me senti amada. Eu sim, sempre dei tudo de mim em troca de nada.
Pensa bem. Deste tudo? Olha que não! Tentaste dar, mas não conseguiste.
Claro! Aí já estava a ficar zangada, furiosa mesmo. Eu já sabia que amei da fita era eu, tenho sido sempre não é?
Nunca dei nada. Nunca fiz nada.  meu eis marido por exemplo, que me deu? Maus tratos físicos e verbais. Todavia fiz tudo por ele, desperdicei os melhores anos da minha vida, que tive em troca?
Tiveste tudo o que ele te podia dar. Só que para ti esse tudo, não era nada do eu tu querias. ,

Edia! Edia....!? Estás arrependida?
Não! Voltaria a fazer tudo de novo. Penso até que não fiz nada, ou se fiz foi muito pouco, poderia Ter feito mais, muito mais. Sinto que a minha vida e uma obra inacabada.

Sabemos o que pensas e o que sentes acredita.
   Sabem? Ninguém sabe. Pensei comigo, só eu sabia, nunca tinha dito nada a ninguém.
Pareceu-me que ele sorria ao dizer: - sabemos e isso basta.

Depois de todas estas atribulações, aconteceu algo inesperado e bom, noa foi? Sabes quê?

Fiquei a pensar; que me tinha acontecido de bom, nada, a não ser ter conhecido Remiro! Foi realmente uma coisa boa. Eu andava nas nuvens, sentia-me ditosa, Remiro era enfim a minha alma gémea, era tudo o que eu sempre sonhara ter...!

Exactamente! Disse a voz mansa e doce é ele, mas com ele aconteceu outra coisa extraordinária, sabes o que foi?
Algo de muito importante para ti.

Já sei. Quase gritei,  André!

Sim o André. Nunca te pareceu estranha, essa vossa relação de amizade, que toca as raias de amor maternal e filial, existente entre vocês?
Sim. Já muitas vezes pensei nisso. Se o André fosse meu filho, não gostaria mais dele, não sei distinguir os meus sentimentos, entre ele e os meus verdadeiros filhos, e na verdade um sentimento muito forte. Inclusivamente, sinto quando ele não está bem, parece ate que mesmo á  distância, nos comunicamos mentalmente.
E isso aconteceu, logo, ao primeiro encontro, foi real mente muito estranho.

- Não tanto como pode parecer. Já te falei do velho duque, que tu tinhas e não quiseste? Pois bem hoje ele e o Remiro, que tu queres e não podes ter. O André é Goschi o teu menino, por isso existe esse amor entre vocês.
Fiquei atónita. Não era possível! Mas que raio de sonho eu estava a ter. Era um sonho absurdo e infundado, como são todos os sonhos.

Não! Não estás a sonhar, tudo isto e verdade. E ainda hei mais coisas que precisas de saber.

Mais coisas?!!!
Muitas mais. Vais voltar a chorar. Vais perder André, vais perder o Remiro. Porque? Agora que me foi dado encontrei-los'" Que fiz de errado desta vês"
Na verdade nada. Todavia tu pensas que sim.. e. mais uma vez vais colocar obstáculos na tua vida, de livre e expontânea vontade.
Tens consciência, de que Remiro jamais pode ser exclusivamente teu, e, não queres que seja assim, esqueces que a sociedade de hoje esta feita de modo diferente daquela em que viveste. Hoje toda a gente vive de aparências...
E antigamente também! Respondi, meio agastada com o remoque.
   Sim, mas agora não é penalizante como era dantes. As pessoas agora, todas fingem. Umas fingem que vivem um casamento saudável e duradoiro, outras fingem que acreditam, outras ainda fingem não saber o que se passa para além disso...
tu continuas a viver agarrada a preconceitos sem fundamento, estragando assim a oportunidade que te é oferecida ,por quem sabe, de seres feliz, e a tal coisa do livre arbítrio, a que ninguém pode fugir.
Por não querer aceitar a regras desta sociedade em que vivemos, vais afastar Ramiro como fizeste com os outros, só que desta vez vais sentir um desgosto diferente.
Mais desgosto, menos desgosto, já estou habituada a eles, que posso fazer? Ele tem dona! Não quero nem posso ser a outra! Para mim e degradante, pensar que podem dizer que sou uma destruidora de lares. E, depois há o André! Se ele soubesse? Perdia a confiança em mim! Isso seria a ultima coisa que eu podia desejar, trair a confiança do André? Nunca!

Louca! Vais trair a sua confian9a da pior maneira. Ao afastares-te do pai, vais afastar-te dele, e ao fazê-lo, vais cortar rente, todas as esperan9as que ele depositava em ti. Ele via-te como a mãe que ele gostaria de ter e não tem, via em ti a única hipótese de ver o pai feliz e contente, aceitava até o vosso relacionamento, fingindo não saber, sentia que eram todos felizes, assim vais estragar tudo, deitar por terra toda a confiança dele, juntamente com os seus sonhos de menino. Ele sabe, ou pressente que o vosso encontro, foi um prémio que lhe foi concedido, e, tu, com as tuas ideias, vais fazê-lo perder esse prémio. Ele vai ficar muito abalado, vais prejudica-lo muito acredita. Será?! Mas que posso fazer? Não consigo ir contra a minha consciência!!
Sabemos isso. Viemos por isso avisar-te. Ainda e muito cedo, eu não queria, mas os meus companheiros insistiram e tive de vir também.. .
Todavia, quero ainda dar-te um conselho, não desesperes continua fiel a ti mesma, garanto que vais superar esta prova. Conta com a minha ajuda, para te esclarecer. Não vais ficar sozinha, estarei sempre a teu lado, e tudo se vai resolver, da melhor maneira. Não será longa a espera, só terás de ter calma, e não te precipitares como já fizeste antes, muito embora fosse esse o teu destino, podias ter sido feliz se não fosses tão teimosa. Mas o passado é passado. Não se pode remediar, contudo o futuro pode ser construído através dos erros do passado.
Prometo que voltaremos a falar.

Reparei que os três encapuçados pareciam estar a desaparecer, parecia que estavam a entrar na parede do meu quarto, ate que fiquei sozinha.
Olhei para o relógio. Eram três horas da madrugada. So tres horas? Aquela conversa, parecia que tinha durado uma vida.

Pareceu-me ouvir uma voz dentro de mim que me dizia: - Tens razão! Foi uma vida! A tua vida!
Apaguei a luz, deitei-me e adormeci.


NOTA: Esta história É VERIDICA, só os nomes dos intervenientes são ficticios


*** Título do tópico editado por IceBurn! Ver Regras Gerais do Fórum, alínea 12 ***









Bem que história! ;)
Teve uma viagem e pêras   :)
Believe to see...

Relato fantástico.

Muitas pessoas gostariam de saber quem foram noutras vidas, a lylybety conseguiu saber e nem sequer precisou de hipnose.

Muito obrigado pelo seu relato.

Grande admiração por este relato, já postei um meu mas EM MUITA menor escala.
Espero um dia viver uma regressão natural num ou mesmo numa meditação como essa.
5*
Não existe nada como o sobrenatural, existe sim, a nossa natureza desconhecida.

VNog
Sim este relato ta digno de um livro de historias...

É qualquer coisa de impresssionante :o fiquei fascinada!!

Bem que relato  :o :o. Adorei lê-lo, uma história digna de ser editada em livro.
Aliás Lylybety, aproveito para parabenizá-la por este e seus outros relatos.
Adoro a forma como escreve e como se expressa. De alguns relatos que tenho lido seus, parece-me uma pessoa que já passou por muito nesta (e em outras) vida(s). Em resumo, uma pessoa vivida. Nesse sentido, agradeço-lhe imenso por partilhar conosco os seus relatos, é sempre muito agradável "ouvir" experiências destas.
Felicidades 

giu
lylybety, essa história é fantástica!!
Eu acredito que possa ser real, e aqueles três que apareceram pra você quiseram te alertar,
para que você não cometa os mesmos erros do passado (se realmete isso não for sonho)...
Devem ser tipo anjos enviados por Deus para te darem uma "luz", para te guiar em sua vida...

bom, essa só é a minha opinião... ;)
Giu ;D

Só agora é que li este relato em seguimento de muitos outros deixados por lylybety. Se calhar está farte de ouvir mas realmente  tem um dom. A forma como faz os seu relatos cativam e prendem uma pessoa até os acabar de ler. E de todos neste isso torna-se mais evidente (talvez por ser mais extenso também).
Vários membros dizem que acreditam que possa ser real o que contou e não apenas um sonho, mas mesmo sendo um sonho isso não o torna menos real. O que importo não é se é real ou se é sonho, mas sim a mensagem que possa ter tirado desta experiência, e isso sim é que a torna real. Espero que tenha mesmo conseguido melhorar o seu futuro ;)

Agora só uma curiosidade :P (espero que isto não pareça um pouco parvo perguntar) mas quem eram ao certo as 3 figuras? Apenas conselheiros ao acaso ou alguém em específico?

Cumprimentos ;)
I say the right things, but act the wrong way

Ji
Citação de: Madah em 23 janeiro, 2010, 15:20
Só agora é que li este relato em seguimento de muitos outros deixados por lylybety. Se calhar está farte de ouvir mas realmente  tem um dom. A forma como faz os seu relatos cativam e prendem uma pessoa até os acabar de ler.

Concordo plenamente com o Madah, é realmente impressionante como o texto me captou toda a atenção.
Adoraria saber o que se passou noutras vidas, penso que iria explicar muitas coisas que se passam na minha vida que não têm uma explicação lógica.

Sortuda  ;)

"O tímido tem medo antes do perigo; o covarde, durante; o corajoso, depois." Johann Paul Richter

Entenda o que aconteceu contigo assistindo no youtube o video: "Sonho e Projeção Astral" por Moises Esagui.
Além disso tem cursos gratuitos dele no youtube, é só procurar pelo nome "Moises Esagui"

olá a todos,
olá Lylybeti

É um relato fascinante. Não entendo como o conseguiu reproduzir na integra com tanto detalhe?

olá,

muito boa historia.ja conseguiu saber mais alguma coisa da sua vida anterior?
como era um duquesa hungara poderá saber mais acerca disso.que tal pesquisar sobre isso?

cumprimentos
relax...


A todos os amigos participantes do Portugal Paranormal
desejo um ano novo cheio de vitórias, saúde, paz, amor,
e episódios paranormais conclusivos e educativos
um abraço bem normal da Lylybety