E este poema

digam la o que acham do poeta

Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
mulher da vida tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes mulheres da vida têm reinado:

Dido foi mulher da vida, e mulher da vida d'um soldado;
Cleópatra por mulher da vida alcança a c'roa;
Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,
O teu cono não passa por honrado:

Essa da Rússia imperatriz famosa,
Que inda há pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:

Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.


p.s. nao fui eu que fiz


Não lamentes, Alcino, o teu estado,
Corno tem sido muita gente boa;
Corníssimos fidalgos tem Lisboa,
Milhões de vezes cornos têm reinado.

Siqueu foi corno, e corno de um soldado:
Marco Antonio por corno perdeu a c'roa;
Anfitrião com toda a sua proa
Na Fábula não passa por honrado;

Um rei Fernando foi cabrão famoso
(Segundo a antiga letra da gazeta)
E entre mil cornos expirou vaidoso;

Tudo no mundo é sujeito à greta:
Não fiques mais, Alcino, duvidoso
Que isto de ser corno é tudo peta.

Grandes verdades se dizem na melodia de um poema!!! O corno paga por tantas 

Esta giríssimo!!!!

Mas, e a autoria? Até parece Bocage, talvez alguém um poucop menos erudito mas, mesmo assim, jocoso.

os poemas sao mesmo do Bocage

so os pus por achar que acho impecavel em 1765-1805 epoca em que ele viveu haver alguem que falasse desta maneira do quotidiano
sem qualquer puder

este Bocage era mesmo uma personagem

Pois, eu vi logo. Vê se encontras alguma poesia  lírica, pois eu não a acho inferior à de Camões...