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    Iniciado por Edhelar
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O dia estava radioso, o sol brilhava lá no alto como se nada o pudesse destronar. A relva, pungente de vida, acariciava os sapatos no seu deambular. Uma leve brisa tocava o corpo e, por segundos, lembrou-a. sentiu o percorrer dos seus braços e o ondolar dos cabelos no pescoço, leves caricias no rosto, um beijo....

-Pedro!!!

Uma sombra trouxe-o de volta ao mundo, onde nada o parecia confortar. naqueles dias tudo lhe parecia injusto. Num momento estava feliz, ia casar, ia ser pai ... no outro tudo lhe foi roubado.

-Odeio este sol! Um pesadelo vivo!- murmurando completou- Esta tudo errado!!! Simplesmente errado!!!

-Anda vamos para a esplanada! - retorquio o João, que nestes ultimos dias so se tinha esforçado para o tirar do quarto. Lá ele se tinha deixado ficar desde aquele dia...

-Vamos para casa! Sabes que não me sinto bem aqui...- e seus olhos encheram-se de ums tristeza que dilacerava João que a cada dia perdia mais a capacidade de os enfrentar.

João era seu amigo á longos anos! Na verdade poucos sabiam das maluqueiras de Pedro como ele. Pareciam quase gémeos de tão colados que viviam um com outro. Também ele recusava-se a aceitar a morte de Inês. recordava-a, nas noite de copos e folia, sempre jovial e sorridente. E dando-se por vencido, consente com a cabeça.~

-vamos!

Por detras das cortinas do apartamento, eles assistiram ao dia passar lenta e perguiçosamente, enquanto ouviam os risos silenciados de uma presença que mais não estava ali.

A noite chegou! Veio lenta e perguiçosa. O ceu encntrava-se com mil estrelas, a lua luzia radiosa como se toda a luz fosse sua. João tinha-se ido embora e decidindo apanhar ar pedro subiu ao telhado, onde tantas vezes tinha jantado com Inês. Cada canto mostrava a dor da sua ausencia e saudade de sua presença.
Lembrou o dia em que lhe pediu noivado. Foi mesmo perto do canteiro com as palmeiras! fez um piquenique nocturno naquela noite de primavera. Enfiou o anel com os morangos e quase partiu o seu proprio dente. Sempre fora desageitado nestas coisas.

Então chegou-se ao limite e viu o brilho de Lisboa! As luzes que convidavam, os carros que corriam, as pessoas que riam de felicidade....Onde estás Inês? Vem ter comigo! eu so quero que esta dor acabe!!!

E num segundo, só sentiu o seu corpo flutuando no ar, num interminavel segundo de paz. Uma dor percorreu-o e finalmente alcançou a paz......


PS. Por estarem a falar de suicidio, lembrei-me deste texto que tinha escrito á una anos atraz apos uma aula de psiquiatria.
Homem!... Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.»

 :'(
possas,que história tão triste... :'(
gostei!!! :laugh:
:-*

adorei... escolhes muito bem as palavras  ;)

beijinho*
"O futuro está oculto atrás dos homens que o fazem."

Em psiquiatria revi uma leve depressão que tive e ter contacto com pessoas que passaram pelo mesmo deu nisto.

obrigado pelos elogios. escrever ajudou-me sempre a superar muita coisa.
Homem!... Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.»

Gostei muito, parabéns! :)

é sempre triste um final assim.
mas o conto está muito bonito.  :)
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin