Acrósticos

Sensação de vazio intolerável, pleno de melancolia
Arvorando resquícios de uma insanidade eminente
Uma tortura constante desde o despontar do dia
Descem as estrelas de um firmamento que se apaga visivelmente
A chuva que cai numa cadência leve e triste
Dói tanto a ferida que sangra e em sal cicatriza
Enquanto a alma sofre, nada mais importa, nada mais existe.

Ondulam as folhas moribundas, cansadas de viver,
Uiva o vento que traga todo o calor, incansável,
Trauteando a melodia de um adeus solar, memorável,
Odes ao frio, ao Verão que aos poucos irá morrer,
Nada se compara ao melancólico momento outonal, poético,
Onde cada suspirar da Natureza é um adeus profético.

Esplêndidas são as rosas, tão doces de se cheirar,
Suaves ao toque, porém cruéis no seu picar,
Picos como colares que impõem a distância, protecção,
Instalam-se e multiplicam-se como as gavinhas da podridão,
Nublam os caminhos que conduzem à Bela Adormecida,
Haverão sempre entraves que tornarão sua existência esquecida,
Onde reinos espinhosos guardam segredos e outros mistérios,
Serpenteando pelas roseiras bravas, sólidos como impérios.

Esplêndido!!! Hahaha, sério que sim. Nem vale a pena estar aqui com pormenores sobre a forma como estão concebidos, seria uma perda de tempo, acho que basta ler para se compreender!! Muito bom!!

Pois é a galad tem razão.
Magnífico, muito giro

que giro,adorei!

Muito obrigada pessoal. Fico sempre contente quando dão feedback. Já agora, se quiserem postar os vossos acrósticos aqui, estão à vontade. Pode ser uma experiência divertida.

Sem dúvida que és uma artista, esplêndida, maravilhosa e rica em potêncial. 

Só, alheado de tudo, uma lágrima no mar,
Ondas grávidas de espuma invadem o seu flutuar,
Lenta corrupção do ser, enlouquecido pela tristeza,
Indiferente é o destino a tanta fealdade, eterna beleza,
Dói a ferida que trespassa a carne, sem auxílio ou cura,
Abre-se abismos quando não há alicerces, apenas amargura,
Obliterado é o choro que se desvanece neste império de solidão.

Uma sensibilidade enaltecida pelo toque triste do sentimento em si.

Sensação de vazio intolerável, pleno de melancolia
Arvorando resquícios de uma insanidade eminente
Uma tortura constante desde o despontar do dia
Descem as estrelas de um firmamento que se apaga visivelmente
A chuva que cai numa cadência leve e triste
Dói tanto a ferida que sangra e em sal cicatriza
Enquanto a alma sofre, nada mais importa, nada mais existe.

Esse foi o acróstico de que mais gostei. Mas todos se marcam pela forma, e muito bem, que escreves.

Estão fantásticos!!