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  • Quinta da Regaleira
    Iniciado por mizzdouradinho
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Boa noite meninos  :)


Hoje era para ter ido ao castelo dos mouros, mas metade do grupo cortou-se (com medo do tempo), a verdade é que para subir ao castelo é preciso um solzinho fraco e uma aragem leve agradável, e o vento que se levantou a meio da tarde não é nada propicio a subidas  :-\

Acabei por ir á vila com um amigo meu da zona. Lá por volta das 4 da tarde, lembrei-me de sugerir a Regaleira para irmos dar umas voltas. Acontece que desde que entrámos no local fomos apanhados por alguns (valentes) sustos!

Logo á entrada, ao olhar para a serra através dos jardins da quinta, demos conta de uma casa(?) a meio caminho para o castelo dos mouros, não me recordo muito bem do seu aspecto, mas lembro-a como tendo formas cilindricas, e pelo que pareceu, ser coberta em tijolo amarelo e vermelho. Até aqui, tudo bem, começamos a olhar para as janelas da casa e havia uma aberta e comentámos: será que ali mora alguém? e para nosso espanto, nesse momento, vimos uma figura á janela que se manteve ali durante todo o tempo que a olhavamos, parecia fitar-nos, ficamos um pouco perturbados, mas afinal, podia muito bem ser só o dono da casa que foi apreciar a bela vista que tem da janela (quem me dera a mim!). Se alguem souber alguma coisa desta casa, tinha muito interesse em que partilhasse comigo  ;)

O segundo acontecimento, deu-se numa das grutas que vão dar a escada interna do poço iniciático, para aí a três quartos do percursso, o meu amigo começou a sentir-se estranho, manifestou-se um pouco perturbado, e afirmou sentir qualquer coisa a observar-nos, eu não senti nada, disse que seria só impressão, ou talvez sugestão do local, ele disse que não, que sentia realmente uma presença estranha, negativa. Quando chegámos á 'luz' olhei para ele, e estava branco que nem cal, jurou ter sentido uma mão a tocar-lhe no ombro. Não quis entrar em mais grutas durante a visita.

A terceira vez que fomos apanhados por acontecimentos enstranhos, foi na galeria de baixo da capela. Ele voltou a referir uma presença estranha, e desta vez também eu a senti. Sentia-me sendo observada, e mais, sentia que estava a ser olhada de cima! Mantive-me fria, afinal, podia ser só impressão, até que comecei a sentir a presença muito perto de mim, sentia algo 'encostado' as minhas costas!

A seguir, fomos ver a casa, e para acrescentar mais um ponto ao nosso rol de sustos, iamos nos muito bem a subir as escadas, quando reparámos que á porta da sala que tem uma réplica feita em (penso que) marfim, estava uma velhinha, como que de sentinela, esfregava as mãos e estava completamente alheia á nossa presença e a de quaisquer visitantes. Esta figura, deu-me arrepios; mas coitada da senhora, nós já assustados com o que acontecera, até já imaginávamos coisas, acredito que a senhora até se ria se soubesse que tivemos 'medo' dela lol  :P

Para finalizar esta belíssima tarde, fomos surpreendidos (ainda dentro dos jardins da quinta) por um bando de quatro ou cinco gatos pretos e alguns com a barriguinha branca que saltaram derrepente detrás de um muro  :laugh:

Foi de facto muito interessante! Mas gostava de saber mais sobre as presenças, especialmente a da capela, se alguem souber alguma coisa sobre relatos paranormais nesta zona, adorava que partilhassem comigo, para ver se durmo descansada  :-\


Beijokinhas


Mizz'douradinho
sê como euzinho come douradinho! lol

Gostava de la ir passear, e fotografar...ja me disseram q era um sitio muito bonito a quinta da regaleira...ainda nao tive foi oportunidade ou companhia
...: guiZmo :...

É realmente lindíssimo, devias mesmo visitar, acredita que vale a pena o preço do bilhete  ;)
sê como euzinho come douradinho! lol

Queria la ir com companhia..sozinho nao deve d ter piada
...: guiZmo :...

Bem o lugar é lindissimo. Fui sozinho (E devo dizer que é o unico sitio de sintra que conheço) e passei umas 4 horas a passear la dentro e diga que tenho de la voltar.

Quanto a coisas estranhas e assombrosas, tirando um par de estrangeiros >:D >:D >:D >:D que la estavam nada de especial. :laugh: :laugh: :laugh: :laugh: Mas também estava tão distraido com tudo que mesmo que eles me saltassem para a frente acho que os atravessava sem me aperceber :laugh: :laugh: :laugh: :laugh:

Vai a ver alguem pregou um susto ao teu colega e o reto foi sugestão. Os tuneis conseguem ser bastantes sombrios e o inconsciente pregar partidas. Mas com este relato vou mesmo la outra vez.
Homem!... Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses.»

Nunca fui lá mas pelo que dizem deve ser um local lindíssimo ;)

Para quem nao conhece sugiro que visitem.è lindissimo!!Parece que estamos num filme,num mundo a parte!!Tem uma atmosfera especial...Eu adorei e quero voltar!Tenho algumas fotos que tirei la,mais tarde talvez ponha aqui algumas para vos aguçar o apetite!

#7
isso é que era de valor, moonlight .
Vou informar-me sobre o castelo, se é assim tão cool também quero ir.
;)

EDIT
só assim por acaso não é aquele que os de uma aventura foram, em sintra não ?
esse é o da pena, penso eu, o palácio.
As únicas respostas interessantes são aquelas que destroem a questão.

Nao,o que apareceu em uma aventura era o da pena,a regaleira nao e um castelo,e uma antiga propriedade privada que andou um pouco de maos em maos e finalmente ha uns anos atras foi aberta ao publico.Parece que quem a construi tinha uns gostos assim pelo misterio e coisas do genero.O jardim tem mostes de tuneis que nao aconselho a quem tem medo do escuro.parece que estamos num filme de terror.Vou procurar as fotos para verem.


Sabem quem é que usava esses tuneis e camaras subterraneos? A maçonaria! Foi o meu pai que me confirmou...  ;D

Aqui vai um pouco da historia da quinta para quem estiver interessado:
"A documentação histórica relativa à Quinta da Regaleira é escassa para os tempos anteriores à sua compra por Carvalho Monteiro. Sabe-se que, em 1697, José Leite era o proprietário de uma vasta propriedade nos arredores da vila de Sintra, que hoje integra a Quinta.

Francisco Albertino Guimarães de Castro comprou a propriedade (conhecida como Quinta da Torre ou do Castro em 1715), em hasta pública, canalizou a água da serra a fim de alimentar uma fonte aí existente.

Em 1830, na posse de Manuel Bernardo, a Quinta toma a actual designação. Em 1840, a Quinta da Regaleira é adquirida pela filha de uma negociante do Porto, de apelido Allen, que mais tarde foi agraciada com o título de Baronesa da Regaleira. Data deste período a construção de uma casa de campo que é visível em algumas representações iconográficas de finais do século XIX.

A história da Regaleira actual principia em 1892, ano em que os barões da Regaleira vendem a propriedade ao Dr. António Augusto Carvalho Monteiro por 25 contos de réis. A maior parte da construção actual da quinta teve início em 1904 e estava terminada em 1910.

A quinta foi vendida a Waldemar d'Orey em 1942 que, sem ter desvirtuado o que tinha sido concebido, procedeu a grandes obras de modo a acolher a sua grande família e profundíssimas obras de restauro, já que a casinha não era cuidada há muito. Em 1987 a Quinta da Regaleira é adquirida pela empresa japonesa Aoki Corporation e deixa de servir como habitação, sendo entregue ao cuidado de caseiros e permanece fechada ao público.

Em 1997, a Câmara Municipal de Sintra adquire este valioso património, iniciando pouco depois um exaustivo trabalho de recuperação do património edificado e dos jardins. Actualmente, a Quinta da Regaleira está aberta ao público e é anfitriã de diversas actividades culturais.

Parece evidente que a concepção religiosa do mundo que preside à Regaleira assenta no Cristianismo, mas num Cristianismo escatológico, que tem a ver com o fim dos tempos:. Quer recorramos à lição da escatologia cósmica, que prenuncia o fim do universo e da humanidade, quer nos atenhamos à escatologia individual, que assenta na crença da sobrevivência da alma depois da morte, é a mesma ideia obsessiva que encontramos:. É também um Cristianismo gnóstico, apoiado em discursos míticos e em conhecimentos sagrados que prometem a salvação dos fiéis e o retorno dos espíritos:. É, enfim, um Cristianismo imbuído de ideais neotemplários, associados ao Culto do Espírito Santo, que encontramos na tradição mítica portuguesa.

Os templários foram monges-soldados, cuja ordem militar, fundada no período das Cruzadas em 1119, visava proteger os lugares santos da Palestina contra o perigo dos infiéis:. Os votos de pobreza e castidade não impediram os Cavaleiros da Milícia do Templo de enriquecer e de desempenhar um importante papel económico e político, tanto no Oriente como na Europa, a ponto de criarem poderosos inimigos, como o rei Filipe IV de França e o Papa Clemente V, que levaram à perseguição e à extinção da ordem em 1314, sob acusações, porventura falsas, de blasfémia e imoralidade:. Em 1317, D. Dinis de Portugal afectou os bens dos templários à Ordem de Cristo, que muitos aceitaram como sua sucessora:.

Desaparecidos os templários não desapareceu o templarismo, cujo espírito, resumido na defesa dos lugares sagrados e na luta contra o mal, renasceu em várias correntes e organizações iniciáticas como sendo a afirmação simbólica da sobrevivência da Ordem do Templo:. A cruz templária no fundo do poço iniciático, a cruz da Ordem de Cristo no pavimento da Capela, bem como todas as outras cruzes dispostas na Capela, testemunham a influência do templarismo no ideário sincrético de Carvalho Monteiro:.

Há ainda, na Regaleira, referências rosacrucianas, em alusão à corrente esotérica iniciada no séc. XVII, de tendência cristã, utilizando os símbolos conjuntos da rosa e da cruz:. O movimento Rosa-Cruz propunha reformas sociais e religiosas, exaltava a humildade, a justiça, a verdade e a castidade, apelando à cura de todas as doenças do corpo e da alma:. Tornou-se também grau maçónico de várias Ordens e, ainda hoje, existem algumas escolas esotéricas e sociedades secretas que pretendem assumir-se como reaparições da Ordem Rosa-Cruz.

Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um espaço grandioso, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e ideologias. Conservador, monárquico e cristão gnóstico, Carvalho Monteiro quis ressuscitar o passado mais glorioso de Portugal, daí a predominância do estilo neomanuelino com a sua ligação aos descobrimentos. Esta evocação do passado passa também pela arte gótica e alguns elementos clássicos. A diversidade da quinta da Regaleira é enriquecida com simbolismo de temas esotéricos relacionados com a alquimia, Maçonaria, Templários e Rosa-cruz.

Bosque
O bosque ou mata que ocupa a maioria do espaço da Quinta, não está disposta ao acaso. Começando mais ordenada e cuidada na parte mais baixa da quinta, mas, sendo progressivamente mais selvagem até chegarmos ao topo. Este disposição reflecte a crença no primitivismo de Carvalho Monteiro.

[Patamar dos Deuses
O Patamar dos Deuses é composto por 9 estátuas dos deuses greco-romanos. A mitologia clássica foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro para os jardins da Regaleira.

[editar] Poço Iniciático

Foto do poço.
Foto da abertura do poço.Uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço. A escadaria é constituída por nove patamares separados por lanços de 15 degraus cada um, invocando referências à Divina Comédia de Dante e que podem representar os 9 círculos do inferno, do paraíso, ou do purgatório. Segundo os conceituados ocultistas Albert Pike, René Guénon e Manly Palmer Hall é na obra 'A Divina Comédia' que se encontra pela primeira vez exposta a Ordem Rosacruz. No fundo do poço está embutida em mármore, uma rosa dos ventos (estrela de oito pontas: 4 maiores ou cardeais, 4 menores ou colaterais) sobre uma cruz templária, que é o emblema heráldico de Carvalho Monteiro e, simultaneamente, indicativo da Ordem Rosa-cruz.

O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrada na obra Conceito Rosacruz do Cosmos.

A simbologia do local está relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde voltará. Muitos ritos de iniciação aludem a aspectos do nascimento e morte ligados à terra, ou renascimento.

O poço está ligado por várias galerias ou túneis a outros pontos da quinta, a Entrada dos Guardiães, o Lago da Cascata e o Poço Imperfeito. Estes túneis, outrora habitados por morcegos afastados pelos muitos turistas que visitam o local, estão cobertos com pedra importada da orla marítima da região de Peniche, pedra que dá a sugestão de um mundo submerso.

[editar] Capela da Santíssima Trindade
Uma magnífica fachada que aposta no revivalismo gótico e manuelino. Nela estão representados Santa Teresa d'Ávila e Santo António. No meio, a encimar a entrada está representado o Mistério da Anunciação - o anjo Gabriel desce à terra para dizer a Maria que ela vai ter um filho do Senhor - e Deus Pai entronizado.

No interior, no altar-mor vê-se Jesus depois de ressuscitar a coroar uma mulher que pode ser Maria ou Madalena (de uma maneira mais contraditória). Do lado direito Santa Teresa e Santo António repetem-se, desta vez em painéis de mosaico. Do lado oposto um vitral com a representação do milagre de Nossa Senhora da Nazaré a D. Fuas Roupinho. No chão estão representados a Esfera Armilar ou Globo Celeste e a Cruz da Ordem de Cristo, rodeados de pentagramas (estrelas de cinco pontas).

[editar] A Torre da Regaleira
Foi construída para dar a quem a sobe a ilusão de se encontrar no eixo do mundo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_da_Regaleira

#11
O Carvalho Monteiro era dono também do Palácio Barão de Quintela, actualmente palácio da minha universidade (IADE) situado na Rua do Alecrim junto ao Chiado, e claro está, do seu jazigo no cemitério dos prazeres, onde jaz o seu corpo, e havia uma chave mestra, grande, comum aos três edifícios (Quinta, Palácio e Jazigo) que obviamente se perdeu, aquando das diversas aquisições, mas sempre é uma boa curiosidade para relembrar, passo muitas vezes e vejo muitas vezes a bela da gigantesca fechadura, onde dá para por quase uma mão na vertical!

Entretanto com isto esqueci-me completamente de referir, já fui a essa quinta, é sem duvida um local místico mas muito interessante de visitar, local no qual senti uma paz plena, por incrível que pareça, transmitiu-me algo... eu sofro mesmo de vertigens, subi todas as torres da quinta, os penhascos que lá haviam e nada nem uma ponta de vertigens (e tenho mesmo, até de alturas pequenas!), muito boa energia ;)

Aqui vao algumas fotos da minha passagem pela Regaleira.













Citação de: MOONLIGHT em 23 junho, 2010, 00:40
Aqui vai um pouco da historia da quinta para quem estiver interessado:
"A documentação histórica relativa à Quinta da Regaleira é escassa para os tempos anteriores à sua compra por Carvalho Monteiro. Sabe-se que, em 1697, José Leite era o proprietário de uma vasta propriedade nos arredores da vila de Sintra, que hoje integra a Quinta.

Francisco Albertino Guimarães de Castro comprou a propriedade (conhecida como Quinta da Torre ou do Castro em 1715), em hasta pública, canalizou a água da serra a fim de alimentar uma fonte aí existente.

Em 1830, na posse de Manuel Bernardo, a Quinta toma a actual designação. Em 1840, a Quinta da Regaleira é adquirida pela filha de uma negociante do Porto, de apelido Allen, que mais tarde foi agraciada com o título de Baronesa da Regaleira. Data deste período a construção de uma casa de campo que é visível em algumas representações iconográficas de finais do século XIX.

A história da Regaleira actual principia em 1892, ano em que os barões da Regaleira vendem a propriedade ao Dr. António Augusto Carvalho Monteiro por 25 contos de réis. A maior parte da construção actual da quinta teve início em 1904 e estava terminada em 1910.

A quinta foi vendida a Waldemar d'Orey em 1942 que, sem ter desvirtuado o que tinha sido concebido, procedeu a grandes obras de modo a acolher a sua grande família e profundíssimas obras de restauro, já que a casinha não era cuidada há muito. Em 1987 a Quinta da Regaleira é adquirida pela empresa japonesa Aoki Corporation e deixa de servir como habitação, sendo entregue ao cuidado de caseiros e permanece fechada ao público.

Em 1997, a Câmara Municipal de Sintra adquire este valioso património, iniciando pouco depois um exaustivo trabalho de recuperação do património edificado e dos jardins. Actualmente, a Quinta da Regaleira está aberta ao público e é anfitriã de diversas actividades culturais.

Parece evidente que a concepção religiosa do mundo que preside à Regaleira assenta no Cristianismo, mas num Cristianismo escatológico, que tem a ver com o fim dos tempos:. Quer recorramos à lição da escatologia cósmica, que prenuncia o fim do universo e da humanidade, quer nos atenhamos à escatologia individual, que assenta na crença da sobrevivência da alma depois da morte, é a mesma ideia obsessiva que encontramos:. É também um Cristianismo gnóstico, apoiado em discursos míticos e em conhecimentos sagrados que prometem a salvação dos fiéis e o retorno dos espíritos:. É, enfim, um Cristianismo imbuído de ideais neotemplários, associados ao Culto do Espírito Santo, que encontramos na tradição mítica portuguesa.

Os templários foram monges-soldados, cuja ordem militar, fundada no período das Cruzadas em 1119, visava proteger os lugares santos da Palestina contra o perigo dos infiéis:. Os votos de pobreza e castidade não impediram os Cavaleiros da Milícia do Templo de enriquecer e de desempenhar um importante papel económico e político, tanto no Oriente como na Europa, a ponto de criarem poderosos inimigos, como o rei Filipe IV de França e o Papa Clemente V, que levaram à perseguição e à extinção da ordem em 1314, sob acusações, porventura falsas, de blasfémia e imoralidade:. Em 1317, D. Dinis de Portugal afectou os bens dos templários à Ordem de Cristo, que muitos aceitaram como sua sucessora:.

Desaparecidos os templários não desapareceu o templarismo, cujo espírito, resumido na defesa dos lugares sagrados e na luta contra o mal, renasceu em várias correntes e organizações iniciáticas como sendo a afirmação simbólica da sobrevivência da Ordem do Templo:. A cruz templária no fundo do poço iniciático, a cruz da Ordem de Cristo no pavimento da Capela, bem como todas as outras cruzes dispostas na Capela, testemunham a influência do templarismo no ideário sincrético de Carvalho Monteiro:.

Há ainda, na Regaleira, referências rosacrucianas, em alusão à corrente esotérica iniciada no séc. XVII, de tendência cristã, utilizando os símbolos conjuntos da rosa e da cruz:. O movimento Rosa-Cruz propunha reformas sociais e religiosas, exaltava a humildade, a justiça, a verdade e a castidade, apelando à cura de todas as doenças do corpo e da alma:. Tornou-se também grau maçónico de várias Ordens e, ainda hoje, existem algumas escolas esotéricas e sociedades secretas que pretendem assumir-se como reaparições da Ordem Rosa-Cruz.

Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um espaço grandioso, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e ideologias. Conservador, monárquico e cristão gnóstico, Carvalho Monteiro quis ressuscitar o passado mais glorioso de Portugal, daí a predominância do estilo neomanuelino com a sua ligação aos descobrimentos. Esta evocação do passado passa também pela arte gótica e alguns elementos clássicos. A diversidade da quinta da Regaleira é enriquecida com simbolismo de temas esotéricos relacionados com a alquimia, Maçonaria, Templários e Rosa-cruz.

Bosque
O bosque ou mata que ocupa a maioria do espaço da Quinta, não está disposta ao acaso. Começando mais ordenada e cuidada na parte mais baixa da quinta, mas, sendo progressivamente mais selvagem até chegarmos ao topo. Este disposição reflecte a crença no primitivismo de Carvalho Monteiro.

[Patamar dos Deuses
O Patamar dos Deuses é composto por 9 estátuas dos deuses greco-romanos. A mitologia clássica foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro para os jardins da Regaleira.

[editar] Poço Iniciático

Foto do poço.
Foto da abertura do poço.Uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço. A escadaria é constituída por nove patamares separados por lanços de 15 degraus cada um, invocando referências à Divina Comédia de Dante e que podem representar os 9 círculos do inferno, do paraíso, ou do purgatório. Segundo os conceituados ocultistas Albert Pike, René Guénon e Manly Palmer Hall é na obra 'A Divina Comédia' que se encontra pela primeira vez exposta a Ordem Rosacruz. No fundo do poço está embutida em mármore, uma rosa dos ventos (estrela de oito pontas: 4 maiores ou cardeais, 4 menores ou colaterais) sobre uma cruz templária, que é o emblema heráldico de Carvalho Monteiro e, simultaneamente, indicativo da Ordem Rosa-cruz.

O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrada na obra Conceito Rosacruz do Cosmos.

A simbologia do local está relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde voltará. Muitos ritos de iniciação aludem a aspectos do nascimento e morte ligados à terra, ou renascimento.

O poço está ligado por várias galerias ou túneis a outros pontos da quinta, a Entrada dos Guardiães, o Lago da Cascata e o Poço Imperfeito. Estes túneis, outrora habitados por morcegos afastados pelos muitos turistas que visitam o local, estão cobertos com pedra importada da orla marítima da região de Peniche, pedra que dá a sugestão de um mundo submerso.

[editar] Capela da Santíssima Trindade
Uma magnífica fachada que aposta no revivalismo gótico e manuelino. Nela estão representados Santa Teresa d'Ávila e Santo António. No meio, a encimar a entrada está representado o Mistério da Anunciação - o anjo Gabriel desce à terra para dizer a Maria que ela vai ter um filho do Senhor - e Deus Pai entronizado.

No interior, no altar-mor vê-se Jesus depois de ressuscitar a coroar uma mulher que pode ser Maria ou Madalena (de uma maneira mais contraditória). Do lado direito Santa Teresa e Santo António repetem-se, desta vez em painéis de mosaico. Do lado oposto um vitral com a representação do milagre de Nossa Senhora da Nazaré a D. Fuas Roupinho. No chão estão representados a Esfera Armilar ou Globo Celeste e a Cruz da Ordem de Cristo, rodeados de pentagramas (estrelas de cinco pontas).

[editar] A Torre da Regaleira
Foi construída para dar a quem a sobe a ilusão de se encontrar no eixo do mundo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_da_Regaleira

Sim, resumindo e abreviando: maçons! ;D
Homenzinhos de avental...

Realmente em Sintra todos os dias regista-se a ocorrência de fenómenos paranormais. Penso que as presenças estarão relacionadas com a força telurica e cósmica da região, pois até OVNIS são avistados em Sintra. Talvez as presenças que sentiste na Regaleira sejam espiritos inquietos e perdidos em busca de algo.