Tic-Tac

A ansiedade corrói-me aos poucos.
Ouço o bater de um relógio ao fundo.
Tic-tac, tic-tac...

A pressão aumenta,
O ritmo cardíaco torna-se acelerado,
A pulsação é descompassada
E a respiração torna-se superficial.

O relógio continua a dar os minutos,
Os segundos,
Os milésimos de segundo,
Os nanosegundos,
E, todas as outras divisões de tempo
Que desconheço.

Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac...

O ritmo torna-se exponencial.
Já deixei de ouvir o relógio...
A ansiedade deu-me surdez,
Mas não insensibilidade...
Ainda sinto a ansiedade
Que batalha dentro de mim
Contra o amor que nutro por ti.

Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac...

A paciência não é o meu forte,
Sou impulsiva e temperamental
E torno-me irritadiça
Quando mexem com isso.

Só tu para trazeres o pior de mim à superfície
Quando penso em dar-te o melhor de mim.

Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac,
Tic-tac, tic-tac...

...afinal quando é que me irás responder?