Eutanásia, sim ou não?

Eu sou a favor...e acho que só quem não tem coração é que pode ser a favor do sofrimento durante anos de pessoas em estado vegetativo ou que só vivem através de máquinas...e acho que esta é a vontade da maioria daqueles que vivem uma vida "artificial"

A favor, sem duvida!

Se calhar é melhor fazer um tópico so para a pena de morte 

Não entendo! o que é que a eutanásia tem a ver com a pena de morte?

Não entendo! o que é que a eutanásia tem a ver com a pena de morte?

Caro Oculto, de comum tem apenas a polémica...

A eutanásia também pode ser posta da seguinte forma:

Em caso de internamento e consequentemente haver uma "morte", deve haver ou não reanimação?

Esta parte a mim faz-me confusão, pois já fui reanimada e estou feliz por o ter sido, mas haveria outras situações em que não o iria querer ser, obviamente por doença já prolongada e sem esperanças de melhorias.

A eutanásia também pode ser posta da seguinte forma:

Em caso de internamento e consequentemente haver uma "morte", deve haver ou não reanimação?

Esta parte a mim faz-me confusão, pois já fui reanimada e estou feliz por o ter sido, mas haveria outras situações em que não o iria querer ser, obviamente por doença já prolongada e sem esperanças de melhorias.

Depende... olha o caso do meu pai...
Ele esteve doente durante 3 anos, passava mais tempo no hospital internado que em casa. Chegou a sair do hospital e menos de 12horas depois dar entrada.
Mas passando á fase final...

Foi reanimado 3 vezes, mas para quê??
Os orgãos estavam todos em falência, ele não ia sobreviver mesmo  não merecia ter morrido sem este sofrimento?

Ainda tenho bem presente o dia de apresentação do trabalho de ética e deontologia. Podia ser um tema qualquer e umas colegas abordaram este tema.
Eu era uma baldas, mas naquele dia lá fui apresentar o meu e fiquei a ouvir o delas.
Colocaram um exemplo muito chocante e no final da apresentação, 90% as pessoas que ouviam aquela apresentação ficaram impressionadas com os relatos e simplesmente diziam que tinham visto o problema de um ângulo diferente e que se naquele momento tivessem de escolher, diria que não.
Pois bem, eu pedi a palavra e falei da minha experiência em que realcei:
Por mais que eu gostasse dele (meu amigo) e o quisesse ali comigo por muitos dias, eu já não aguentava vê-lo a sucumbir dia após dia. O meu egoísmo e o medo de sofrer uma perda daquelas não podia ser maior que o amor que eu lhe tinha e a única coisa que pedi a Deus foi que acabasse com aquele sofrimento.

Como é claro, era algo que tinha apenas 5 anos de distância entre o meu presente e o passado. Mas doía e as lágrimas não paravam. Nem as minhas, nem as dos meus colegas e professora que assistiam ao meu discurso.
Toda a gente chorou, mas todo a gente. E no fim perguntei à minha colega que fez o trabalho contra a eutanásia e perguntei: terias coragem de negar a uma pessoa que amavas a possibilidade de acabar com aquele sofrimento? E vocês teriam?

Pois digo-vos que o silêncio foi brutal e apenas acenaram que "não" com a cabeça.

E voilá, acabou a aula assim. Ninguém mais quis falar 

Era baldas e ainda acabava depressa com as aulas que ia 

O meu sogro padecia com a doença de Alzheimer

Quando foi internado por causa do figado, pois ficou todo amarelo, logo apareceu também uma infecção renal e já não saiu mais do hospital.
Durante o tempo em que esteve lúcido pedi a Deus que o salvasse, mas quando comecei a ver sem reacção todo ligado com montanhas de fios ligados a ele, com alimentação artificial, perguntei-me.

Será que tudo isto é o mais correcto? Prolongar o seu sofrimento sabendo nós que já não tinha escapatória... ou deviam ter desligado tudo e deixá-lo partir com dignidade?

Tudo acabou uma semana depois com uma "Pancrite Aguda", mas não deixou de ser uma semana agonizante para ele e para nós, falo por mim, foi uma tortura, pois senti-me impotente de todas as maneiras, quantas vezes me senti tentada a desligar todos os fios, todas aquelas coisas, mas e depois? as consequencias?
Tenho dois filhos para criar, tive de me render à situação, mas que me ficou a revolta, e me fez pensar de modo diferente, é algo que nunca mais mudará em mim.

O meu sogro padecia com a doença de Alzheimer

Quando foi internado por causa do figado, pois ficou todo amarelo, logo apareceu também uma infecção renal e já não saiu mais do hospital.
Durante o tempo em que esteve lúcido pedi a Deus que o salvasse, mas quando comecei a ver sem reacção todo ligado com montanhas de fios ligados a ele, com alimentação artificial, perguntei-me.

Será que tudo isto é o mais correcto? Prolongar o seu sofrimento sabendo nós que já não tinha escapatória... ou deviam ter desligado tudo e deixá-lo partir com dignidade?

Tudo acabou uma semana depois com uma "Pancrite Aguda", mas não deixou de ser uma semana agonizante para ele e para nós, falo por mim, foi uma tortura, pois senti-me impotente de todas as maneiras, quantas vezes me senti tentada a desligar todos os fios, todas aquelas coisas, mas e depois? as consequencias?
Tenho dois filhos para criar, tive de me render à situação, mas que me ficou a revolta, e me fez pensar de modo diferente, é algo que nunca mais mudará em mim.

Ver alguém que amamos a morrer muda-nos a maneira de ver a vida e a morte de uma maneira que não pensávamos ser possível!

Parece que fui o unico a votar não. Só Deus tem o direito a tirar a vida. Como sabemos nós se uma pessoa está em coma durante 20 anos, não acorda no dia a seguir ou até no proprio dia que se desliguem a maquina? Viveriam com a culpa?Se o corpo está assim é uma provação que o espirito tem que suportar. Vou dar um exemplo que se passou na familia. Antes acho que só se mantinham as maquinas por 7 dias depois alguém tinha que assumir as despesas. O meu pai teve um acidente de moto e entrou   em coma, findo o prazo queriam desligar as maquinas e um tio dele que estava imigrado assumiu as custas o tempo que fosse necessario. O meu pai passado 3 dias acordou. ele ainda não se tinha casado com a minha mae. ja viram se tivessem desligado as maquinas nas alterações que se ia produzir? Muda tudo completamente! Quem participa no ato ou colabora tem depois que prestar contas! Falam de sofrimento, que conhecimento têm sobre esse tipo de sofrimento? Como sabem que há sofrimento? Há sofrimento pra nós que não temos capacidade de perceber o que se está a passar. querer que um ente querido morra não é amor, eles morrem quando é chegada a hora e não são os homens que decidem isso.   Logico que em caso de morte cerebral é diferente, não há qualquer possibilidade de recuperação. Vamos lá despertar o topico

A minha resposta é SIM, com consentimento do paciente ou família deste quando este se encontra inconsciente e existem 0% de probabilidades de recuperação.

Tal como muitas outras coisas (drogas e afins), na minha opinião devem ser, por si só, opção do individuo desde que esta não interfira negativamente na liberdade dos outros. Quem é o Estado para negar uma morte mais rápida e lenta. Cada um deveria ter liberdade de decidir o que fazer com as nossas vidas o Governo está aqui para as regularizar não para nos impedir de viver como queremos. É a nossa vida, temos direito a essa opção. Viver num país onde para tomar essa decisão é necessário recusar tratamentos que podem levar a uma morte mais dolorosa ainda, por motivos religiosos ou morais é absurdo.

Quanto a ser egoísta dizer que NÃO, isso é um pouco idiota, quando visto de uma perspectiva diferente. Tendo tido 2 familiares muito chegados a mim que morreram de ELA (esclerose lateral amiotrófica), penso que sei do que falo. É verdade, a pessoa está a sofrer, talvez até em estado vegetativo e o que mais quer provavelmente é descanso, mas ninguém sabe o que está para além da morte. É egoísmo não fazer com que alguém desaparecera PARA SEMPRE só porque está a sofrer?

Quantas vezes adultos e até jovens pensam em suicido, talvez de uma forma muito imprudente e egoísta, pensando até que não há outra forma de sair da situação onde estão. Eles podem estar a passar por um sofrimento incompreensível por IMENSA gente mas não é por isso que é egoísta tentar evitar que eles se suicidem. Mesmo que destruam esses pensamentos, eles podem voltar a ter esses pensamentos. Se voltaram talvez seja porque realmente é isso que eles querem e/ou precisam. É realmente egoísta impedir-los mesmo assim?

A vida dá muitas voltas, a morte também.

Tambem não é egoismo porque se pratica um aborto porque ficou gravida sem querer ou ainda é muito nova. Todos temos direito a vida e não somos nós que decidimos quando é chegada a nossa hora. Egoismo é pensar que será melhor que a pessoa morra do que estar a sofrer! Que autoridade temos? Que autoridade temos quando um casal sofre um acidente e por egoismo porque essas pessoas estao a "sofrer" e  alguem decide que é melhor desligar as maquinas e deixar os filhos orfãos porque eles proprios ainda nao podem decidir? Eutanasia é suicidio. Nada é por acaso, se atribuimos as coisas ao  acaso  é o mesmo que dizer que Deus não existe. Não há efeito se causa e isso está mais que provado

Ainda não consigo perceber o porquê deste assunto ser tão controverso na sociedade.

Na minha opinião se a pessoa em questão quer terminar o seu sofrimento devemos respeitar!

Uma pessoa que comete suicidio é condenado e ninguem sabe o porque do ato, mas aceitam a eutanasia que é um caso muito pior. As doenças psicologicas são muito piores do que estar num hospital todo sedado. Há quem diga que uma pessoa com um cancro terminal sinta menos dor do que se em perfeita saude se tivesse queimado num bico do fogão. Volto a perguntar, que sabemos nós de dor? Maior partes das pessoas que pedem a eutanasia nao é pela dor mas sim pra sair do sofrimento.Mas como a vida não cessa com a morte, quando chegam ao outro lado vão sentir o verdadeiro sofrimento do seu ato

Eu sou a favor da Eutanásia em casos extremos e de uma agonia bem grande.

Em alguns países, a Eutanásia já é permitida. Contudo é preciso que se trate de alguém com uma doença incurável, que o paciente seja vítima de dores insuportáveis e sem qualquer perspetiva de melhorar.

O problema é, será que alguns hospitais (que por eles encostam metade dos pacientes a um canto e pronto) vão aproveitar-se disso para induzir os familiares a acabarem com a vida dos pacientes para não terem mais "trabalho" com eles?
Será que o amor incondicional ia acabar por água abaixo depois de uns 50 ou 100 anos a executar familiares em fase terminal?
É que depois vamos habituar-nos à ideia de que quando estivermos quase a ir, simplesmente devemos "eutanasiar-nos"...

Há anos que me debato com isso. Porém, nunca consegui encontrar uma posição confortável quanto ao assunto. É quase utópico. Pelo menos pensando que cada ação trás uma reação.

Mas como disse, +1 ponto a favor em casos extremos. Só tenho bastante medo que se torne normal como tudo se torna ao fim de algum tempo de uso...

E nem entrei por esse lado do espiritismo Misticopt28, mas acho que concordo contigo.
Se acreditarmos na ascensão da alma pelo menos...