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  • Presença no quarto
    Iniciado por Arph
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Peço desculpa de estar a "abusar" deste site, pois já é, para aí, o 4º tópico que posto. São todos verdadeiros, experiências vividas por mim e daquelas que o tempo nunca consegue apagar, tal é a força das impressões que ficam gravadas em nós. Peço é desculpa aos eventuais leitores por puderem ser relatos que não tenham grande interesse. Mesmo correndo esse risco, e porque hoje está tudo parado e tenho um tempito livre, vou postar mais este, esperando que o faça no devido lugar, já que a mim não me pareceu ser sonho nenhum.

Foi há uns anos, tinha eu 13 anos. Era uma noite de luar e de Inverno. Tudo se passou numa pequena praia do litoral centro de Portugal, que na altura teria cerca de 30 habitantes, no máximo. Vivia lá com os meus pais que tinham arrendado uma casa mesmo de frente para o mar. Só nos separava da praia a estrada e a muralha marginal. O meu quarto dava para as traseiras, onde havia um grande pátio amplo, tendo como fundo (a nascente), a mata nacional. No meio da parede nascente havia uma janela grande com dois vidros de correr, e tinha 3 portadas de madeira, interiores, para tapar a luz. A portada do meio estava aberta e recolhida para o meu lado, sendo que a minha cama ficava encostada à parede norte e virada para nascente; o meu irmão, 5,5 anos mais novo, dormia na sua cama junto da parede sul. A porta de acesso ao quarto ficava na parede poente (lado do mar). Tínhamos por hábito fechar sempre a porta do nosso quarto, já que a casa era grande e o corredor, que de noite ficava escuro, nos "intimidava". Mas, apesar de grande, a casa era acolhedora e sempre o foi. Sempre nos sentimos lá muito bem.
Nesse dia de Inverno, com o luar a banhar o quarto, e dormindo eu de bruços com a cara virada para norte, acordo com a estranha sensação de haver uma "presença" no quarto, mais precisamente atrás de mim, pela zona da porta. O quarto teria, no mínimo, uns 5x5mts. Era grande. E entre os pés das nossas camas e a porta do quarto ainda distava uns bons 3mts.
Eu via perfeitamente a parede norte, branca, onde a minha cara estava a escassos centímetros; via nitidamente a roupa da cama; a claridade do luar era-me perfeitamente perceptível; conseguia, com o olhar, visionar parte do tecto. Mas, quando pressenti essa "presença", quis virar-me para ver do que se tratava, impelido por um impulso natural de defesa/sobrevivência, não o consegui fazer. Simplesmente estava paralisado. Mexia os olhos, os dedos da minha mão esquerda, mas o resto do corpo não respondia à minha vontade de me levantar.
Fiquei preocupado por temer que alguma coisa pudesse acontecer ao meu irmão e fiz um esforço ENORME para me mexer, tentei virar ao máximo a cabeça para vislumbrar o que estava atrás de mim, e, pura e simplesmente, o corpo não reagia ao comando da minha mente. Mas eu sabia que estava "alguém" atrás de mim. Isso para mim era "evidente". Por alguma razão, sensação ou seja lá o que for, tinha a certeza que havia uma "presença" estranha ali. "Alguém" lá estava.
Foi nessa altura que uma espécie de terror se apoderou de mim e fiz um violento esforço para reagir e levantar-me. De tal modo me esforcei que sentia-me a transpirar. Nessa altura, apoderou-se de mim uma paz tão profunda, mas tão profunda, como nunca tinha experimentado antes, e adormeci tranquilamente e dormi o resto da noite. Quando acordei, lembrei-me imediatamente do sucedido e a primeira reacção foi de pânico pois pensei que tivessem feito algo de mal ao meu irmão e ao vê-lo na cama deitado, fui ver se respirava. Ele estava bem.
Nunca antes me tinha acontecido.
Já li algumas explicações para isto, e a que mais me convenceu foi a que dizia ser uma "paralisia do sono". Situação em que uma pessoa está entre o sono e a vigília e em que, nesse estado, queremos levantar-nos ou mexer mas não conseguimos, pois a parte do cérebro que coordena os nossos movimentos ainda está "adormecido".
Só há uma coisa que me intriga, é que, nessa altura ainda nada sabia de Ovnis e extraterrestres, nem era matéria que eu soubesse ou me interessasse, mas a partir desse dia, e durante mais de dez anos, comecei a ter medo de estar à noite na praia (coisa que antes me dava prazer), sozinho ou acompanhado, sobretudo ali que era praticamente "minha", pois era deserta. E comecei a ter medo porque se apoderava de mim um estranho sentimento de pânico fundado num sentimento que, para mim, era completamente irracional: tinha medo que fosse raptado por extraterrestres que vinham do espaço e pousavam com o disco voador na praia onde eu estava.
Aquilo era absurdo para mim, já que não conseguia conceber uma história onde entrassem extraterrestres e discos voadores.
Hoje já não sinto esse pânico, nem nunca mais tive qualquer experiência semelhante. Acresce dizer que o meu irmão nada notou de estranho nessa noite/madrugada, nem nunca teve nada disso, nem sofreu de qualquer tipo de fobia, como eu.

giu
Olá Arph!
Interessante seu relato. Já passei por isso também. Mas no meu caso, tenho certeza de que era alguém que me impedia de me mexer.
Já relatei isso aqui. Foi horrível.
Mas que bom que você não sente mais esse pânico.
Vai ver realmente não foi nada.
Até +
Giu ;D