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  • 80% bebem álcool aos 15 anos
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AndreiaLi
80% bebem álcool aos 15 anos

Cerca de 80% dos jovens com 15 anos consomem bebidas alcoólicas, revelou Augusto Pinto, da Unidade de Alcoologia de Coimbra do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), ontem, quarta-feira, ao JN. O I Encontro da Rede Institucional das Adições de Coimbra foi o pretexto.

"Não há capacidade de controlo, a legislação não é eficaz. Os pais também facilitam, são altamente permissivos, e são eles que, habitualmente, financiam (o consumo de bebidas alcoólicas)", defendeu Augusto Pinto, já no final da sua intervenção na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Coimbra.

No entender de Augusto Pinto, a raiz do problema pode estar no facto de a sociedade portuguesa ser "extremamente tolerante para com este consumo". Ou, dito de outra maneira: "Grande parte da população tem uma relação positiva e intimista com o álcool. Temos dificuldade em ver (o alcoolismo) como uma doença perigosa". A "mobilização social" a que se assistiu quando se planeou reduzir a taxa limite de alcoolemia, nos condutores, dos actuais 0,5 grama de álcool por litro de sangue para 0,2 constitui, para Augusto Pinto, o exemplo perfeito de como esta "relação positiva" com as bebidas alcoólicas impera em Portugal. Para combater isto, "é necessário educar, consciencializar mais, valorizar estas questões".

E, lembra o responsável, "o álcool é uma substância legal, que tem uma componente económica importante", e "a Europa é a primeira produtora".

Mulheres estão a beber mais

Em declarações ao JN, Augusto Pinto explicou que o consumo de álcool tem subido, nos últimos anos, em Portugal. Estudos recentes do IDT mostram que perto de 80% da população consome bebidas alcoólicas ao longo da vida. As formas de beber é que mudaram. Hoje, as camadas mais jovens da população já "não têm o vinho como primeira bebida", optando, antes, pelas bebidas destiladas, fruto da "pressão da publicidade", exemplificou.

O responsável mostrou-se, ainda, "muito preocupado" com o aumento do consumo feminino, que se traduz num aumento da doença hepática alcoólica nas mulheres, mais vulneráveis ao álcool. Enquanto a doença atinge os homens ao fim de dez ou 20 anos de consumo excessivo, para as mulheres bastam cinco.

fonte: JN

A 1ª vez que bebi uma cerveja e descobri que não gosto foi aos 18 anos,fui a um barzinho com umas amigas,e uma destas amigas ao falar mexe muito as mãos,despejou-me o copo por cima,sem querer...conclusão,voltei para casa a cheirar a cervejum :laugh:
por sorte a minha mãe não reparou ;)

#2
Esta estatística não me surpreende, eu lembro-me de ter 14 anos e de ir com facilidade a discotecas/bares e pedir livremente bebidas alcoólicas sem ter que apresentar BI. ::)
Felizmente nunca gostei lá muito de bebidas alcoólicas (ia mais por pressão social, à macaquinho de imitação :laugh:), por isso nunca fui susceptivel ao vício... Mas tive, e tenho, colegas que desde muito novos consomem grandes quantidades de bebidas alcoólicas diáriamente (ou quase).

ADDED: Alguém mencionou o tabaco, mas o post foi apagado, por isso para não fazer duplo-post, cá vai:

Ora aí está outro hábito...

Nunca me senti minimamente tentada em sequer experimentar um cigarro. Detesto o cheiro do tabaco, e detesto os efeitos secundários (tanto que o meu pai, que fumou durante 30 anos, teve problemas de saúde severos e teve que parar à força).

Sinceramente não percebo porque é que há tantas pessoas a começar a fumar em pleno século XXI. Já deixou de ser "cool" ou "sexy". Desculpem lá, mas não há nada tão feio como uns dentes manchados por causa do tabaco. Sem contar com o hálito "fantástico". E hoje em dia vêem-se miúdos de 12/13 anos de cigarro na mão... Se fossem meus filhos, ai ai.  ::)

Também é preciso ver que destes 80%, a maior parte não as consumirá assim com tanta frequência...
Se beberem umas bebidas quando saírem à noite ao fim-de-semana, não vejo mal, desde que o façam em doses "aceitáveis" e não andem a cair pelos cantos todos os fins de semana.

A mim preocupa-me mais os que têm mais de 18 que bebem e depois vão conduzir. Esses sim, preocupam-me.
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

Citação de: ppcom em 06 maio, 2010, 19:48
A mim preocupa-me mais os que têm mais de 18 que bebem e depois vão conduzir. Esses sim, preocupam-me.

é verdade.  :(
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin

não percebo o que tinha de mal para apagarem mas se tem problemas em verem esses ditos de miúdos se nunca experimentaram  se e bom ou não enfim
Depois da morte não há nada e a morte também não é nada
não tou bem certo mas pronto

Por incrível que pareça, há umas décadas nas zonas fronteiriças do Norte de Portugal, os pais davam às crianças pequenas (eu vi crianças de 2 anos) vinho com chocolate (vindo de Espanha) numa garrafa com uma tetina. Como se fosse um biberão. As crianças mais velhas, antes de irem para a escola comiam "sopas de vinho" (pão, vinho quente, açúcar e canela). O mata-bicho dos trabalhadores rurais era composto por aguardente e figos secos. Como podem ver, beber álcool já é coisa antiga. Nas cidades e em meios mais desenvolvidos é que não era hábito que as crianças bebessem antes dos 18 anos. O vinho era tão habitual que ao Domingo,no Verão, não havia família que não fosse para a praia acompanhada do seu garrafão de bom tinto. Eu bebi a primeira bebida alcoólica cerca dos 16 anos e sou quase abstémio. Bebo cerveja sem álcool ou vinho verde com gasosa. Todavia, a maior parte dos homens com a minha idade não são abstémios.