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  • O fantasma de Allatoona Pass na Geórgia, E.U.A.
    Iniciado por MissTiny
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Após uma batalha feroz da Guerra Civil em Allatoona Pass, um soldado confederado desconhecido foi enterrado ao lado da via férrea. Acredita-se que há muitos anos que o seu espírito assombra a área, particularmente apanhando boleia nos combóios.



Em 28 de outubro de 1934 o Atlanta Journal Magazine publicou uma reportagem sobre E.L.(Polly) Milan, um homem que começou sua carreira de ferroviário em 1877.


Nascido em 25 de maio de 1861, um mês após a primeira batalha da Guerra Civil, ele tinha setenta e três anos de idade e havia trabalhado na ferrovia por cinquenta e sete anos, ocupando o cargo de maquinista.

Três anos depois de começar a trabalhar na ferrovia, com a idade de dezenove anos, viu o fantasma de Allatoona Pass.

"Eu estive em vários desastres ruins", ele testemunhou, "mas encontrar aquele fantasma foi pior que todos os meus desastres."

Quando jovem, Milan trabalhou em um trabalho perigoso, que exigia que os homens girassem os freios entre os vagões quando o combóio passava pelas montanhas.

"Os freios a ar eram desconhecidos, e a trilha era curva e traiçoeira através das montanhas solitárias e agourentas", relata Milan, "mas nunca aconteceu nada que me assustasse até a noite em que encontrei o fantasma".

"Nós vínhamos do sul num pequeno combóio de frete com uma carga para Allatoona, quando descobriram que o combóio havia se separado em dois", continua o velho maquinista. "Um pouco antes da meia-noite eu fui chamado para sinalizar para uma composição que vinha logo atrás".

"Com minha pistola na mão direita e minha lanterna vermelha e branca na esquerda, eu corri de volta até a colina. Eu parei no meio de um corte com aproximadamente 18 metros de profundidade e cerca de 120 metros de comprimento".




Allatoona Pass vista do Norte, cerca de 1864. À esquerda pode ser vista a Casa Clayton, e no alto, o Forte Star. Entre as duas colinas o corte profundo


"Havia o túmulo de um soldado no extremo norte e uma caverna escura e assustadora, e eu tinha ouvido falar de coisas estranhas ouvidas e vistas por lá. Então eu parei no meio do corte, porque eu não queria passar pelo túmulo".

"Ali estava eu, no escuro, com a minha pistola na mão. O combóio tinha atrelado e ido, deixando-me sozinho lá fora, nas montanhas, onde podia acontecer de tudo naqueles dias".

"Bem, alguns minutos depois que o combóio desapareceu na noite, fiquei horrorizado ao ver algo que parecia um homem com um lençol jogado sobre ele, saindo do escuro, perto do extremo norte do corte, e que lentamente se aproximava de mim".

"Assustado quase à morte, e não sabendo o que fazer, eu fiquei lá e assisti a "coisa" vindo em minha direcção. Quando chegou a uns 18 metros de onde eu estava, ele caiu cansado".

"Apenas se sentou lá, como se estivesse esgotado, enquanto eu refletia sobre o que fazer. Finalmente falei com ele, mas ele não respondeu. Falei de novo, mas apenas o som da minha voz ecoou no corte sombrio. Eu não sabia o que fazer!"

"A lanterna tilintava em minhas mãos e meus dentes estavam chocalhando como ervilhas secas numa vagem. "Então algo pareceu me empurrar em direcção a coisa. Quando o alcancei, eu o toquei com as costas da mão da pistola".

"Eu nunca vou esquecer a sensação enquanto eu viver! Era frio, e em menos tempo do que se leva para dizer isso, eu estava chorando descontroladamente e correndo como louco".

"Corri mais de uma milha e meia antes que o combóio que eu devia sinalizar me alcançasse", Milan concluiu: " Eu não sei o que era. Muitos ferroviários afirmam ter visto muitas coisas nesse corte."



Os primeiros encontros com o fantasma do trem de Allatoona ocorreram na década anterior, de acordo com o Savannah Morning News de 09 de dezembro de 1872, apenas sete anos depois do fim da guerra.

Durante meses, "operadores, condutores, maquinistas e homens dos freios "perceberam" que tinham o reforço de uma mão extra nos combóios, quando a locomotiva entrava na área de Allatoona.

O ser "aparece de repente em cima dos vagões, ocupa um lugar, e ali permanece por muitos quilómetros, então o homem dos freios desconhecido desaparece."

Condutores que se aproximaram ficaram chocados ao vê-lo "desaparecer como a neblina." Recentemente, um maquinista avistou "o homem do freio fantasmagórico" sentado em cima de seu terceiro carro.

Determinado a resolver o mistério, ele escalou os carros com os olhos fixos na aparição, mas quando ele se aproximava da visão, "gradualmente ela desaparecia de vista" afirma o relatório.

O teimoso maquinista, continuou até o vagão e procurou em cada possível esconderijo. Ele não encontrou ninguém, mas quando voltava ele encontrou o fantasma na posição que ocupava anteriormente, o que achou "incompreensívelmente estranho e inexplicável."

Pela segunda vez quando abordou o fantasma ele "dissolveu-se em nada." Chegando na locomotiva, o maquinista olhou novamente para trás e viu o seu hóspede indesejável no lugar habitual, que ocupou por alguns quilómetros, até que "desapareceu."

Sua aparição em cima dos combóios tem sido vista com indiferença entre os homens da estrada de ferro", conclui o artigo," e todo o esforço para descobrir quem ele é cessou".

Allatoona também tem uma história de luz fantasma tradicional. Uma misteriosa bola iluminada é vista balançando à noite nos trilhos, e é supostamente o espírito do soldado enterrado que carrega uma lanterna à procura dos companheiros há muito tempo desaparecidos, e bolas de luz esvoaçam ao redor da sua sepultura.

Uma variação da história tem o cão fantasma do soldado que corre ao lado dos combóios antes de parar na sepultura do seu dono.

Fonte:Arquivos do Insólito


B.S