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  • Realidade aumentada cria "sexto sentido" cibernético
    Iniciado por lucas147
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Tecnologia permite que celular lembre ao usuário o nome de amigo ao encontrá-lo



No último semana, protótipos de dois aplicativos de realidade aumentada - que extrapola a experiência do dia a dia por meio de tecnologia virtual e interativa - foram apresentados em uma feira na estação de esqui de Megeve, nos Alpes franceses.

Durante dois dias, engenheiros e cientistas apresentaram as últimas novidades em pesquisas para estimular a percepção humana a partir de informações da internet, de bases de dados especiais ou até mesmo de informações guardadas no cérebro.

A primeira foi criada por uma equipe do Centro de Pesquisas em Telecomunicações de Viena. É um rastreador ocular de última geração, projetado para varrer espaços urbanos, que analisa informações online.

Quando o dono do aparelho está em uma cidade desconhecida e se depara com um prédio uma voz sussurra no ouvido do usuário o telefone de um restaurante que fica bem ali.

Os cientistas austríacos conectaram o aparelho - dotado de uma câmera voltada para o olho do usuário e outra para a cena observada - a um celular equipado com uma bússola e a um GPS (Sistema de Posicionamento Global. Eles acrescentaram sensores que indicam se o usuário está olhando para cima ou para baixo, e conectaram toda a estrutura a um capacete de bicicleta.

Se o usuário fechar os olhos por dois segundos, ele envia um pedido de informação sobre o edifício ou o monumento que fica bem em frente.

Um computador de acesso remoto analisa a informação recebida por meio de bases de dados geográficas na internet, como o Google Earth, e, em seguida, envia o resultado ao aparelho do usuário, explicou Matthias Baldauf, um dos cientistas do centro.

- Queríamos que o sistema fosse o menos invasivo possível, por isso usamos um sistema de texto operado por voz, que transmite a informação pelos fones de ouvido. Ela é uma espécie de "sexto sentido" cibernético.

Outra invenção apresentada em Megeve foi o sistema do "olho assistido", que usa a realidade aumentada como um apoio à memória humana. Em vez de usar uma câmera voltada para o olho humano, o programa criado por uma equipe da Universidade de Tóquio usou pequenos sensores infravermelhos.

Sempre que o usuário se encontra com um amigo de quem não lembra o nome, basta uma olhada discreta no visor do telefone celular para ser informado não só sobre a identidade dele, mas também sobre data do último encontro entre os dois.

Embora seja menos preciso, o protótipo permite detectar um objeto dentro de um campo de visão e identificá-lo a partir de uma base de dados personalizada de imagens e arquivos, apelidada de "diário de voo pessoal", informou Yoshio Ishiguro, um dos pesquisadores japoneses.

- Na experiência, registramos cem imagens em uma base de dados. Quando o olho se concentra em um objeto, ele é reconhecido por um computador, que, em seguida, extrai o arquivo correspondente.

O sistema é suficientemente leve para ser montado sobre um par de óculos de leitura, mas os cientistas disseram que ainda não descobriram um jeito de transmitir as informações ao usuário. Uma pequena tela instalada nos óculos ou um sistema de áudio são algumas das opções, citou Ishiguro.

Os primeiros aparelhos para monitorar o movimento dos olhos foram desenvolvidos nos anos 40 do século passado para recolher informações que permitissem melhorar o desenho das cabines de comando dos aviões.

Essa tecnologia, usada especialmente pelos militares e no desenvolvimento de ferramentas para pessoas com necessidades especiais, agora ganhou novos usos.

Recentemente, esses sistemas se tornaram interativos, permitindo a transmissão imediata a uma pessoa de informações geradas pelo computador.

fonte: AFP
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