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  • Debate sobre realidade e perspectiva
    Iniciado por ppcom
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Olá  :)

Venho falar de um tema que achei interessante e que espero que resulte num bom debate. Criei este tópico, não só com o intuito de fomentar a troca de ideias, convicções e pontos de vista, mas também para incentivar o uso do sentido crítico relativamente à realidade que nos rodeia, bem como "espicaçar" a nossa imaginação e capacidade de abrir a mente a realidades que, até agora, nos pareciam inconcebíveis.

Confesso que ainda não consigo acreditar totalmente na existência do mundo espiritual. Não consigo porque ainda não presenciei ou pressenti algo que me levasse a não duvidar da existência de algo extra-físico. Como tal, de vez em quando, tenho a necessidade de perder algum tempo a fazer um exercício de imaginação e libertação dos conceitos estabelecidos pela ciência e pela sociedade em geral, para evitar a tendência natural para o cepticismo.

A necessidade de viver com base em certezas é algo natural e que está inerente ao ser Humano. Não digo que viver com sede pela verdade seja algo mau ou bom. Digo apenas que, na vida, o que é uma verdade aos meus olhos, pode ser uma mentira total aos olhos de outra pessoa e, aos olhos de uma terceira pessoa, pode não ser nem uma nem outra. Tudo depende das vivências de cada um, do que nos foi ensinado, do nosso espírito crítico e da nossa predisposição para analisar imparcialmente as situações em questão.

Na vida, nem tudo é branco ou preto. Há todo um conjunto de tonalidades de cinzento que podiam e deviam ser analisadas e questionadas.

O texto que se segue é apenas um exercício de imaginação (ou devaneio, como lhe quiserem chamar  :laugh:). Não é minha intenção afirmar ou negar o que quer que seja. Como disse no início, pretendo apenas incentivar o uso do sentido crítico e da vossa imaginação. Como o texto ainda é grandinho e necessita que façam um exercício de imaginação para que ele faça sentido, o ideal seria que lessem e reflectissem sobre ele quando tiverem algum tempo livre.

Vou separar o texto em várias partes. Não é que sejam assuntos independentes, mas se separar o texto por partes torna-se mais fácil para vocês comentarem as várias coisas separadamente.  :)

Feita esta introdução, vamos à parte que interessa.

1 - A perspectiva

Comecemos de uma experiência simples:

Coloquem-se a 1 ou 2 metros da televisão. De seguida estiquem o braço para a frente e coloquem o dedo à frente da televisão, o mais perto possível da mesma, sem se mexerem do lugar.
Facilmente reparam que, quando comparado com a televisão, o dedo é uma coisa muito pequena. É óbvio, é lógico. Foi assim que nos ensinaram a ver as coisas.

Agora, ainda sem se mexerem, coloquem o dedo imediatamente a seguir ao olho. Uau! De repente, o dedo ficou, não só maior do que a televisão, mas também maior do que o móvel todo. Quando nos deparamos com este último acontecimento, deparamo-nos com uma realidade que sabemos que está distorcida. Mas estará realmente distorcida? Estaremos nós a colocar as coisas em determinados sítios, a pensar determinadas coisas, a agirmos de certa maneira, a evitar certo tipo de questões, apenas para não deitarmos por terra a realidade que conhecemos? Não teremos passado toda a vida a analisar as coisas de uma perspectiva que não é a correcta?

Toda a vida nos disseram que esta é uma realidade distorcida. Aliás, durante toda a História da Humanidade, o conhecimento de que esta era uma realidade distorcida foi passado de geração em geração, de população em população, até que chegou a nós. Alguma vez questionámos isto? Não. Uma televisão é muito maior que um dedo, ponto final.

É agora que vocês dizem: "Deixa-te de ser burro. Basta pegar numa régua e medir o dedo e a televisão. Assim, facilmente comprovámos que a televisão é maior que o dedo."
Será?
Se formos a ver bem, facilmente percebemos que as mesmas pessoas que nos fizeram crer que uma televisão é muito maior que o dedo, são as mesmas que nos fizeram crer que, ao colocarmos dois objectos ao lado de uma régua, aquele que ocupasse mais tracinhos era o maior.

Mas a isto vocês respondem: "Continuas a dizer porcaria... Um dedo cabe num copo... Não me digas que consegues colocar uma televisão num copo?"
Como é óbvio, uma televisão não cabe num copo. Isto é um facto. Mas o que está em causa não é se a televisão cabe ou não no copo.

O que está verdadeiramente em causa é: já algum de nós tentou enfiar uma televisão num copo? A resposta é não. Nenhum de nós tentou enfiar uma televisão num copo (pelo menos, propositadamente). E porquê? Porque sempre nos foi dito que uma televisão era muito maior que o copo e que, de maneira alguma, uma televisão pode caber no mesmo. Isto para nós é uma verdade absoluta. Nunca a questionámos, nunca a pusemos em causa.

2 - O paranormal (existência de vida para além da morte)

Fazendo a ponte para o paranormal:

Ora, sempre nos disseram que enquanto estivermos a respirar estamos vivos e que quando isto deixar de acontecer estamos mortos. E se não for bem assim? E se, na realidade, enquanto estivermos a respirar estamos mortos e a vida começar apenas quando este corpo deixar de funcionar? E se aquilo a que chamamos de vida for na realidade a morte, e aquilo a que chamamos morte for na realidade o começo da vida?


O que leva a um ponto importante:
Até que ponto não estaremos nós a passar ao lado da verdadeira realidade, simplesmente porque nunca questionamos verdadeiramente aquilo que nos foi imposto como uma verdade absoluta? Será a realidade que nos ensinaram a ver, a correcta?

3 - O papel do cérebro na percepção da(s) realidade(s)

Pelo que li há algum tempo, nós vemos com o cérebro e não com os olhos. Tudo o que nós vemos, tudo o que nós apreciamos visualmente está condicionado pelas memórias que nós temos e pela percepção visual dos objectos do dia-a-dia nelas contida.
Exemplo disto é o seguinte:

Se tiverem um candeeiro no tecto da sala e apagarem as luzes, de forma a que a sala fique completamente escura, não vão conseguir ver o candeeiro. Porém, ainda no escuro, basta que consigam ver uma pontinha do candeeiro para que consigam, quase imediatamente, ver todo o candeeiro. As suas formas, algumas das suas cores (ainda que muito mal), etc.

Na realidade, o que estamos a ver não é o candeeiro, uma vez que os nossos olhos não conseguem ver com tanta precisão no escuro quase total. O que estamos a ver é uma imagem mental do candeeiro, resultante de todo o tempo que passamos a olhar para o mesmo, de todas as vezes que nos apercebemos da sua "presença" no tecto da sala, de todas as memórias que temos dele.
O que leva a outro ponto:

Poderão centenas de milhares de anos de evolução da nossa espécie ter levado a que o nosso cérebro se desenvolvesse de forma a recriar uma percepção visual do espaço, tempo, etc. que nos impede de ver a verdadeira realidade? Ou seja, poderá todo este tempo de evolução da espécie ter "esculpido" uma percepção errada da realidade nos nossos cérebros; realidade essa que vem sendo passada de geração em geração? Poderemos ter o nosso cérebro de tal maneira condicionado, que só consigamos ver a realidade que as gerações anteriores foram "forçadas" a ver pelas gerações anteriores às anteriores e assim sucessivamente?

4 - Diferentes percepções da realidade ou diferentes realidade?

Podemos também, ainda relativamente à percepção da realidade, debruçar-nos um pouco sobre a visão dos cães ("debruçar-nos (...) sobre a visão dos cães" é uma maneira de dizer... não quero que magoem os animais por minha causa :laugh:).
Para todos os efeitos, a realidade que os cães percebem é diferente da nossa.

Podemos começar pelo espectro de cores percebido pelos olhos do cão, espectro esse que é diferente do nosso. Os cães não conseguem ver verde e vermelho. Estas cores, para eles, são transformadas noutra cor qualquer (que não sei qual é), enquanto nós continuamos a ver o verde e o vermelho.

A visão nocturna dos cães é excelente, enquanto que a nossa é extremamente limitada. O que faz com que, no escuro, o cão consiga perceber muito melhor a realidade que o circunda do que nós.


Imaginemos uma caminhada nocturna pela floresta, na companhia do nosso cão. Imaginemos agora que acontece o que costuma acontecer sempre que se dá uma caminhada nocturna pela floresta:
esbarrámos, de forma verdadeiramente espectacular  :D, contra um daqueles galhos que teimam em meter-se no nosso caminho.
Aquele galho que acabou de nos bater na cabeça, de forma verdadeiramente espectacular, para nós, simplesmente não existia, até que esbarramos contra ele. Por sua vez, o cão já tinha visto o galho dezenas de metros antes de lá chegar.

Ao analisar isto, podemos afirmar que estão em causa duas percepções da realidade não muito diferentes, mas, ainda assim, duas percepções da realidade.
Podemos também afirmar, ainda que de forma muito discutível, que poderemos estar na presença de duas realidades. Aquela perceptível ao cão e aquela perceptível aos Humanos.

O que leva ao seguinte:
Poderemos nós estar a ser cegos relativamente a algo muito mais importante que o verde e o vermelho? Poderemos, tal como os cães transformam o vermelho e o verde noutra cor qualquer, estar a transformar o "mundo espiritual" em outra coisa qualquer? Estarmos a transformá-lo, por exemplo, em distúrbios mentais?  

Isto da cegueira relativamente ao verde e ao vermelho, leva a uma outra pergunta, que me parece pertinente:

Imaginemos que o Luís e o António estão na floresta.
(Para quem tiver visto a entrevista do Borat no Late Show: não, não estão na floresta por essas razões que estão a pensar :laugh: :laugh:)
O Luís pega num pau e parte-o a meio. O Luís olha para as suas mãos e vê um pau partido ao meio. Por sua vez, o António olha para as mãos do Luís e vê dois paus.
Estaremos perante duas realidades paralelas, ou serão apenas duas perspectivas, ou percepções, para uma mesma realidade?



Acredito que muitos de vocês já tenham colocado estas questões a vós próprios e que até já as tenham discutido, se calhar, até aqui no fórum. Como tal, acredito que tenham uma opinião formada sobre o assunto e espero estar a dar início a um debate saudável e interessante.
E, por agora, é tudo. Espero que tenham feito este exercício de imaginação e que tenham realmente questionado a realidade que nos é perceptível. Foi com esse intuito que partilhei estes devaneios convosco.  :laugh:

Conto agora convosco para exporem os vossos pontos de vista. Não tenham receio de estar a escrever algo ridículo ou sem base científica. Lembrem-se que, há não muito tempo, pensar que a Terra era redonda era ridículo.
Sintam-se à vontade para introduzir outros temas na conversa sempre que acharem que será positivo para o debate.  :)

Termino deixando três citações que, para além de nos fazerem reflectir um bocado, penso que se enquadram nos temas discutidos e "ilustram" o objectivo deste texto:


- "Uma probabilidade razoável é a única certeza."
  Samuel Howe

- "Só podemos ter certeza absoluta das coisas que não compreendemos."
  Eric Hoffer

- "Tanto que já li, aprendi e guardei. E nada disso me serve para olhar uma simples flor"
  Vergílio Ferreira
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

Ora aqui está o verdadeiro método cientifico na investigação paranormal...

A propósito, hoje, num dos canais, vi uma tata de fotografos a tiraram fotos num sanatório desactivado desde 1992, em França, ms sinceramente não há meio de me lembrar do nome do dito sanatório. E que lá havia era em tudo semelhanta ao Sanatório das >Penas da Saúde. Muitas radiografias de pulmões...
Bonito o dito sanatório. Parecia um castelo do Loire...

Olá pipocas, Beijinho
Templa - Membro nº 708

#2
Olá  :)

É possível que tenha sido o Sanatório de Waverly Hills, que fechou em 1962?
Destinava-se a doentes com tuberculose, o que bate certo com as radiografias de pulmões.

Edit

Reparei agora que disseste que o sanatório é em França  :laugh: Waverly Hills
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

excelente topico,  :)
dá mesmo que pensar...
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin

#4
Boas

Excelente ideia debater a realidade e a perspectiva, pode e deve dar origem a maratonas mentais épicas, e nesta era de "mentalidade de rebanho" todos devíamos fazer mais disso regularmente.

1 - A perspectiva vou continuar com o teu exemplo da televisão e dedo, a televisão é de facto maior que o dedo em varias dimensões, mas na minha perspectiva o dedo é "maior".
Afinal basta o dedo para a desligar ou ligar, programa-la, mudar de canal, portanto o dedo têm domínio sobre a televisão.
E com esta perspectiva passamos para...

2 - O paranormal (existência de vida para além da morte)...Quanto a isto, para mim o paranormal é apenas aquilo que a ciência ainda não pode (por falta de validação empírica) ou não quer reconhecer por alguma razão.
Maaaaaaaaaas...apesar de acreditar na enorme importância de manter uma mente aberta sou geralmente céptico a um ponto quase obsessivo, porque vejo nas religiões organizadas, especialmente nas mais influentes uma estratégia algo....nojenta, que passa por usar o medo do desconhecido, mais especificamente o medo da morte, para manipular os seus fieis, para terem poder sobre eles através do medo, de promessas de enormes recompensas depois da morte em troca da lealdade e fé, e promessas de fogo e perdição eterna á desobediência... enfim, :guns:
Eu encaro o mundo espiritual como outros planos de existência, e defendo acima de tudo que antes de se tentar perceber esses assuntos se tente perceber dentro de nos próprios, a fundo, com seja o que for que funcione para cada um...

Até que ponto não estaremos nós a passar ao lado da verdadeira realidade, simplesmente porque nunca questionamos verdadeiramente aquilo que nos foi imposto como uma verdade absoluta? Será a realidade que nos ensinaram a ver, a correcta?

que por sua vez nos leva...

3 - O papel do cérebro na percepção da(s) realidade(s). Exactamente...é esse o papel dele, perceber a realidade. Ainda hoje não o percebemos completamente, mas o nosso cérebro encerra muita coisa dentro de si que está dormente, têm um potencial ainda desconhecido.
 Mas o nosso cérebro têm muito que se lhe diga, e não quero mesmo entrar por aí. :angel:
Prefiro falar da realidade que nos ensinaram a ver...é apenas uma parcela conveniente das coisas o que nos é enfiado pelos sentidos abaixo ma maioria do que anda pelos media, e pior que as omissões é a desinformação, e em imensos assuntos, desde arqueologia a historia a neurologia culinária sexualidade energia enfim...conhecimento...
O controlo do conhecimento é o que nos mantém fechados numa sociedade submissa e dependente dos seus donos, num longo jogo de monopólio, onde o que conta são as notas. >:D
Algumas coisas que ajudam a ver isso ao pormenor e começar a ler as coisas nas entrelinhas são estudar um bocado o inconsciente colectivo e os arquétipos, é muito fácil manipular massas com os arquétipos certos, por isso é que se repetem indefinidamente e são o que são, arquétipos.

o que nos leva...
4 - Diferentes percepções da realidade ou diferentes realidade?

    Que tal ambas? Afinal cada cérebro percebe a realidade de uma forma individual, o que nos leva por sua vez á conclusão lógica que existem tantas realidades como consciências a interpreta-la, assumindo que o conceito de realidade é inerente a uma consciência a perceber a realidade.
Assim, o Luís e o António têm cada um a sua própria realidade, que não é estática mas dinâmica e adaptativa, e no fundo escolhem ver um pau partido ou dois paus

Mas...acho eu que aqui impõe-se discutir outra coisa...o que é a realidade?  
Para começar a realidade não é só o que podemos sentir com os nossos órgãos sensoriais, logo o senso comum não é tudo, mas não pode ser ignorado.
Considero também importante algo que tem tendência a ser desprezado, a intuição, que pode e deve ser desenvolvida como um sentido novo ;D

Eu diria que a realidade é algo pessoal, uma perspectiva sobre o universo construída por nós e influenciada pelo nosso ambiente em todos os sentidos que a palavra possa acarretar.
Para crescer e entender é preciso olhar bem para dentro, e só depois para fora a meu ver.
Relembrar o que esquecemos no fundo.

Para acabar, contribuo com uma citação

"Não penses...sente...É como um dedo a apontar para a lua, se olhares para o dedo, perdes toda a glória celestial"

-Bruce Lee

Fueled by Satan

#5
Boas Aizen  :)

Obrigado por teres partilhado o teu ponto de vista. Era mesmo isso que eu pretendia quando iniciei o tópico. ;)
Dos meus "devaneios" já eu estou cansado; é sempre bom se puder ler os dos outros  :laugh:

Citação de: Susy em 02 março, 2010, 01:33
excelente topico,  :)
dá mesmo que pensar...
Obrigado  :)
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

Moon*
Olá,

Visto o teu texto ser de facto extenso, coloquei comentários em cor púrpura e eliminei no quote aspectos que nada tinha a referir.


Citação de: ppcom em 01 março, 2010, 18:55

Confesso que ainda não consigo acreditar totalmente na existência do mundo espiritual. Não consigo porque ainda não presenciei ou pressenti algo que me levasse a não duvidar da existência de algo extra-físico. --> Acontece a muita gente, só quando vê ou presencia algo é que passa a questionar as velhas questões da humanidade e começa a construir uma nova perspectiva que antes não o fazia.

Como tal, de vez em quando, tenho a necessidade de perder algum tempo a fazer um exercício de imaginação e libertação dos conceitos estabelecidos pela ciência e pela sociedade em geral, para evitar a tendência natural para o cepticismo. --> Fazes bem, isso não é mais do que fomentar um espírito critico.


(...) na vida, o que é uma verdade aos meus olhos, pode ser uma mentira total aos olhos de outra pessoa e, aos olhos de uma terceira pessoa, pode não ser nem uma nem outra. Tudo depende das vivências de cada um, do que nos foi ensinado, do nosso espírito crítico e da nossa predisposição para analisar imparcialmente as situações em questão. --> um bom exemplo é a típica frase do "O Amor é cego.", e consoante o grau de aproximação ou afastamento de facto isso condiciona opiniões/crenças/sentimentos entre outros, e claro o nosso "background" (o nosso passado), vai obviamente condicionar o modo como olhamos e encaramos para as coisas.

Na vida, nem tudo é branco ou preto. Há todo um conjunto de tonalidades de cinzento que podiam e deviam ser analisadas e questionadas. --> Isso lembra-me um tópico meu sobre LHP e RHP, fora indicar já várias vezes que não existe o Bom nem o Mau, existe sempre dualidade nas coisas e estas não podem ser colocadas no preto no preto, branco no branco, pegando agora na tua analogia. E de facto, várias "tonalidades de cinzento" em todas as coisas, nada é concreto nos questionamentos e na analise da sociedade.



1 - A perspectiva


Agora, ainda sem se mexerem, coloquem o dedo imediatamente a seguir ao olho. Uau! De repente, o dedo ficou, não só maior do que a televisão, mas também maior do que o móvel todo. Quando nos deparamos com este último acontecimento, deparamo-nos com uma realidade que sabemos que está distorcida.-->  Quase que é caso para dizer "depende da perspectiva".

Toda a vida nos disseram que esta é uma realidade distorcida. --> no segundo exemplo do dedo e até mesmo no primeiro exemplo a realidade de facto está distorcida pois para uma realidade ser fiel nesta caso, o dedo e a televisão deveriam estar lado a lado e aí sim  teremos uma realidade real e concreta, em que o dedo é muito pequeno em comparação a televisão. Uma realidade implica sempre saber ver como se extrai dados, verificar as suas variantes, saber mexer nos dados e de facto interpretá-los. 


Se formos a ver bem, facilmente percebemos que as mesmas pessoas que nos fizeram crer que uma televisão é muito maior que o dedo, são as mesmas que nos fizeram crer que, ao colocarmos dois objectos ao lado de uma régua, aquele que ocupasse mais tracinhos era o maior. --> Aqui a meu ver colocadas dois aspectos distintos em confusão, a nível físico normal que o que ocupe mais traços seja considerado maior, a televisão ganharia em relação ao dedo. Agora falas também numa outra perspectiva de que não se pode "medir" os objectos pela sua dimensão a sua utilidade/função/o que possui lá dentro poderá ter valores para as sociedades ou só para alguns completamente ao contrário do fisicamente.




2 - O paranormal (existência de vida para além da morte)


Ora, sempre nos disseram que enquanto estivermos a respirar estamos vivos e que quando isto deixar de acontecer estamos mortos. --> Aqui entra alguns aspectos importantes. Primeiro o que se entende por "morte", se extinguir definitivamente qualquer possibilidade de vida sendo que o Eu interior termina quando o Eu exterior deixar de reagir, ou se é vista como uma passagem do Eu interior, ou se ainda é algo com mais complexidade colocando aqui vários factores em causa.


E se, na realidade, enquanto estivermos a respirar estamos mortos e a vida começar apenas quando este corpo deixar de funcionar? E se aquilo a que chamamos de vida for na realidade a morte, e aquilo a que chamamos morte for na realidade o começo da vida? --> O problema isto tudo é a colocação de determinados conceitos associados a uma palavra/grafema, a vida poderia ser chamada de "benedita" ou "telemóvel"  e essa palavra determinaria X conceito. Normalmente, o latim entre outras línguas, ajudaram a construção de palavras. Por exemplo o "oxalá" adveio do "inch'allah" foi aquisição ao longo do tempo, a modificação e adaptação para a sociedade e que foi evoluindo com ela. Agora claro que há a outra vertente da qual compreendo perfeitamente o que queres dizer, mas ai colocar-se-ia a questão de as pessoas que se lembram das suas vidas passadas, tem visões para o futuro (premonição, etc) e que ainda tem contacto com o mundo astral, ou seja, com outro plano e que no caso estão Awake (acordadas), essas pessoas seriam o quê? Mortos-Vivos?  ;)


Será a realidade que nos ensinaram a ver, a correcta? --> Não se pode colocar a coisa na questão do correcta, mas sim na melhor e na menos boa, porque de facto a realidade que nos ensinam depende das nossas crenças, da nossa localização, da família, do background, da sociedade e dos valores que lhes estão incutidos, sendo que o que se deve ensinar são formas de percepção daquela realidade, mostrando a outras, e hoje em dia a questão da multiculturalidade é um bom exemplo para isso. Um exemplo, nunca verás um moçambicano (ou angolano) a olhar-te nos olhos, para a cultura deles olhar nos olhos das pessoas é falta de respeito, mas para a sociedade portuguesa é sinal de respeito e de frontalidade.


3 - O papel do cérebro na percepção da(s) realidade(s)

Pelo que li há algum tempo, nós vemos com o cérebro e não com os olhos. Tudo o que nós vemos, tudo o que nós apreciamos visualmente está condicionado pelas memórias que nós temos e pela percepção visual dos objectos do dia-a-dia nelas contida. --> Quanto mais conhecermos/lidarmos mais aptos estaremos para enfrentar adversidades/situações.

Poderão centenas de milhares de anos de evolução da nossa espécie ter levado a que o nosso cérebro se desenvolvesse de forma a recriar uma percepção visual do espaço, tempo, etc. que nos impede de ver a verdadeira realidade? Ou seja, poderá todo este tempo de evolução da espécie ter "esculpido" uma percepção errada da realidade nos nossos cérebros; realidade essa que vem sendo passada de geração em geração? Poderemos ter o nosso cérebro de tal maneira condicionado, que só consigamos ver a realidade que as gerações anteriores foram "forçadas" a ver pelas gerações anteriores às anteriores e assim sucessivamente? --> Houve e haverá  uma evolução humana (até um dia) que será sempre modificada e alterada. Um bom exemplo é pensarmos que o sol é que girava a nossa volta e não o planeta Terra a volta dele, a ciência altera-se, as coisas alteram-se, modificam ou até se extinguem. Agora sobre a questão do que será a verdadeira realidade e tem muito que se lhe diga, até se calhar haver um E.T. que venha falar para a nosso planeta e explique tudo e mais alguma coisa, continuaremos como estamos pensando ou não o que é ou deixará de ser realidade, e o que é verdade ou mentira.


4 - Diferentes percepções da realidade ou diferentes realidade?


A visão nocturna dos cães é excelente, enquanto que a nossa é extremamente limitada. O que faz com que, no escuro, o cão consiga perceber muito melhor a realidade que o circunda do que nós. --> Cada espécie vai tendo modificações para melhorar as suas condições físicas para a sua espécie perpetuar e não se extinguir. O exemplo poderá por exemplo de não serem presas fáceis a noite e serem mortos desprevenidos.

Poderemos nós estar a ser cegos relativamente a algo muito mais importante que o verde e o vermelho? Poderemos, tal como os cães transformam o vermelho e o verde noutra cor qualquer, estar a transformar o "mundo espiritual" em outra coisa qualquer? Estarmos a transformá-lo, por exemplo, em distúrbios mentais?  --> Muitas pessoas que viam para além do físico foram julgadas porque não ser algo "normal", mas muitos enlouquecem por esse tipo de coisas, ou até sem ser esse tipo de coisas, por isso a linha é ténua e o que a destinge é a capacidade de ter sempre os pés no chão para além de sentido critico, reflexão, questionamento e tentar compreender/investigar antes de supor algo logo como acontecida as pessoas que eram mortas em tempos passados por nada de mal mas que não era conhecido. 

Imaginemos que o Luís e o António estão na floresta.
O Luís pega num pau e parte-o a meio. O Luís olha para as suas mãos e vê um pau partido ao meio. Por sua vez, o António olha para as mãos do Luís e vê dois paus.
Estaremos perante duas realidades paralelas, ou serão apenas duas perspectivas, ou percepções, para uma mesma realidade? --> O que se tem que compreender aqui é que a realidade está em constante movimento. O bom exemplo disso é colocando a mesma quantidade de água em dois recipientes as crianças dizem que há mais água naquele que tem uma maior superfície de contacto em comparação ao outro recipiente. O que aquilo se tem que fazer, como o caso do teu exemplo, é que se o António ou as crianças virem o pau a ser partido ou a mesma quantidade de água a ser colocada nos dois recipientes conseguem facilmente compreender que houve uma realidade inicial que mudou, mas se não virem é dada como inicial e nova.




Excelente Tema!!

Concordo basicamente com tudo o que foi dito acima mas, vou comentar por partes para manter a fluidez e interesse do tópico.

1 - A perspectiva

Neste pequeno exercicio que propões, a televisão é sempre maior que o dedo no plano físico. Nunca ninguém se irá dar ao trabalho de tentar por uma televisão dentro de um copo (de tamanho normal) porque esta experiência é fisicamente impossível.
Agora, se pensares na televisão como algo que não seja apenas um objecto, mas como um meio de te informar, instruir, divertir, distrair, etc... e se pensares que o «copo» pode muito bem ser a tua mente, aí sim, a televisão cabe perfeitamente no teu copo.
Apenas no plano metafisico, ou seja, para lá do perceptível sensorialmente, do físico, da massa.

2 - O paranormal (existência de vida para além da morte)

Neste tema, acredito que a sociedade seja a actual ou a de á décadas atrás, tem a mesma opinião pois a nossa cultura é predominantemente católica e segundo a «Igreja» a morte acontece quando o corpo morre e a alma vai para o céu ou para o inferno, conforme as acções do morto em vida. (se foste bonzinho toma lá o rebuçadinho e vai po céu, se foste mauzinho toma lá com a pimenta debaixo da língua e vai já recambiado po inferno).
Mas, em relação á morte eu deixo aqui umas duvidas que eu tenho.
Quando uma pessoa tem uma paragem cardíaca, o seu corpo morre.
E quando uma pessoa tem «morte cerebral» e estiver ligado ás maquinas, o seu corpo continua «vivo» até que resolvam desliga-las. Não é esta também uma espécie de morte? - isto fez-me lembrar um caso que foi tema de debate nas aulas de filosofia (ao tempo que isto já foi) em que o assunto era o de uma mulher que foi mantida viva porque estava gravida e depois disso seria desligada.
esta criança não seria filho da morta? - o tema em questão era sobre a dignidade do ser Humano, se não seria uma falta desta em manter esta situação em prol de outra e pronto, este tema gerou debates interessantes por uma serie de aulas.


3 - O papel do cérebro na percepção da(s) realidade(s) / 4 - Diferentes percepções da realidade ou diferentes realidade?

O que eu tenho a dizer nestes temas é que a meu ver, misturas duas coisas distintas. A Realidade e a Percepção da Realidade.
A Realidade é o quê afinal perguntas tu e eu digo não sei!
O que eu sei é a minha Percepção de Realidade tal como tu sabes a tua.
A Realidade em si é como qualquer outro tema filosófico como por exemplo a Beleza.
Não existe um conceito de Beleza tal como não existe um conceito de Realidade, o que existe são varias percepções sobre os temas.
Exemplo disto é eu te dizer que a Angelina Jolie é a mulher mais linda que eu já vi e tu dizes-me, nem por sombras, a mais linda é a fulana X, tudo isto porque a tua percepção de Beleza é diferente da minha e o mesmo acontece com a percepção da Realidade.
Ninguém pode afirmar perante tal coisa: Isto é a Realidade!


Agora deixo aqui um exercicio para todos perceberem a diferença que aponto entre realidade e percepção.
Peçam a algum amigo ou familiar que vos traga um objecto que vocês nunca tenha visto e quando ele o trouxer, não o vejam, fechem os olhos e sintam-no, apalpem-no, cheirem-no e for o caso até podem prova-lo.
Á medida que vão analizando o tal objecto vao-se deparando com sensações ou percepções que não as teriam se apenas olhassem para ele e descrevessem o que viam.

Espero não ter sido demasiado confusa nem atrofiada. 8)

#8
Moon*, antes de mais, obrigado por participares no debate :)

Começo por pegar na questão dos "Mortos-vivos", que foi muito bem colocada. Essa questão da memória de vidas passadas não é muito fácil de provar. Quero eu dizer que essas memórias podem bem ser outra coisa qualquer... Não estou, de todo, a dizer que não há vidas passadas ou memórias das mesmas  :) Apenas digo que, pelo que li até hoje, é difícil provar que essas memórias tenham de facto acontecido...

Quanto às premonições, isso já é possível comprovar. Se as premonições forem divulgadas antes dos acontecimentos descritos nas mesmas... Mais uma vez, fazendo um exercício de imaginação, podemos tentar pegar em algumas partes da teoria do Multiverso (ou universos paralelos). Imaginar que há vários ppcoms em vários universos, em diferentes espaços de tempo (muitos ppcoms a viver coisas que eu já vi e muitos outros ppcoms a viver coisas que eu ainda vou viver) a fazer coisas diferentes e supor que é possível haver alguma brecha (ou várias) que permita(m) a troca de informações entre os vários Universos  :) Talvez os famosos "Wormholes", talvez não. Podemos apenas imaginar  :)

(Fiquei um bocado incomodado com esta ideia dos vários ppcoms  :laugh:. Espero que algum ppcom do futuro esteja a morar com alguma beldade de Hollywood  :laugh: :laugh:)

Também achei interessante a ideia da realidade em movimento; faz sentido :)
Pelo que percebi, o que disseste é que, dependendo dos eventos que presenciamos, podemos ou não aperceber-nos das transformações que a realidade está a sofrer.
Isto, na tua opinião, faz com que hajam várias realidades, perceptíveis ou não dependendo da pessoa, ou faz com que hajam apenas várias percepções para uma mesma realidade?

Espero não ter sido muito confuso  :D

;)


Hoopsy, obrigado por teres participado no debate  :)

Antes de mais, deixa-me dizer que a situação de "colocar uma televisão num copo", foi apenas uma maneira de dizer que, raramente colocamos em causa aquilo que nos é dito e que tomamos quase tudo como verdade absoluta. Não estava a fazer referência a vários planos. Mas percebi onde querias chegar e faz sentido  ;)

Quanto ao tema 2 e em relação à situação de uma pessoa estar ligada às máquinas e estar viva ou não: é um tema muito delicado, que requer muita ponderação. É-me muito complicado conseguir definir assim se alguém está vivo ou não  :-\

Para mim, o desligar das máquinas justifica-se sempre que, havendo morte cerebral, o doente não tenha hipótese alguma de voltar a recuperar o funcionamento cerebral e a família mais próxima entender que o melhor é desligar as máquinas. Disse "justifica-se", e não "deve ser feito". Certamente haverá outras variáveis a acrescentar a este pensamento e, como não tenho conhecimento nenhum de medicina, prefiro não me alongar muito, para não dizer disparates  :laugh:

Quanto às realidades e percepções, o tema é de facto complicado. Para mim, tanto a hipótese das "várias percepções para uma mesma realidade" como a das "várias realidades" parecem-me passíveis de existirem. Depende um bocado da maneira como imaginamos ambas as situações e da maneira como nos apercebemos do que nos rodeia.

Enfim, é como diz a Moon*: a não ser que venha cá um E.T. dar uma explicação para isto tudo, vamos continuar assim na incerteza  :)

;)
"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

Raedon
Excelente tópico digo já, parabéns pelo debate, li tudo e todas as opiniões e acho que tudo de cada um faz um pouco de sentido.
Não me quero alongar muito, mas deixo uma questão no ar quanto às cores:

Quem nos diz que o "vermelho" que eu vejo não é para vocês um "verde"? Quem diz que vimos as cores da mesma forma? Ou seja eu vejo um vermelho antes de saber dizer as cores mas ensinam-me que se chama "verde".

Espero não confundir ninguém.
Cumprimentos

Citação de: ppcom em 02 março, 2010, 19:15
Moon*, antes de mais, obrigado por participares no debate :)

Começo por pegar na questão dos "Mortos-vivos", que foi muito bem colocada. Essa questão da memória de vidas passadas não é muito fácil de provar. Quero eu dizer que essas memórias podem bem ser outra coisa qualquer... Não estou, de todo, a dizer que não há vidas passadas ou memórias das mesmas  :) Apenas digo que, pelo que li até hoje, é difícil provar que essas memórias tenham de facto acontecido...

Quanto às premonições, isso já é possível comprovar. Se as premonições forem divulgadas antes dos acontecimentos descritos nas mesmas... Mais uma vez, fazendo um exercício de imaginação, podemos tentar pegar em algumas partes da teoria do Multiverso (ou universos paralelos). Imaginar que há vários ppcoms em vários universos, em diferentes espaços de tempo (muitos ppcoms a viver coisas que eu já vi e muitos outros ppcoms a viver coisas que eu ainda vou viver) a fazer coisas diferentes e supor que é possível haver alguma brecha (ou várias) que permita(m) a troca de informações entre os vários Universos  :) Talvez os famosos "Wormholes", talvez não. Podemos apenas imaginar  :) Curiosamente dão o nome de Realidades Paralelas ao que acabaste de dizer  ;)

(Fiquei um bocado incomodado com esta ideia dos vários ppcoms  :laugh:. Espero que algum ppcom do futuro esteja a morar com alguma beldade de Hollywood  :laugh: :laugh:)

Também achei interessante a ideia da realidade em movimento; faz sentido :)
Pelo que percebi, o que disseste é que, dependendo dos eventos que presenciamos, podemos ou não aperceber-nos das transformações que a realidade está a sofrer. Penso que não é a realidade que está em movimento mas sim o Mundo e imagina a "realidade" como um espelho que reflete o presente.
Isto, na tua opinião, faz com que hajam várias realidades, perceptíveis ou não dependendo da pessoa, ou faz com que hajam apenas várias percepções para uma mesma realidade?

Espero não ter sido muito confuso  :D

;)


Hoopsy, obrigado por teres participado no debate  :)

Antes de mais, deixa-me dizer que a situação de "colocar uma televisão num copo", foi apenas uma maneira de dizer que, raramente colocamos em causa aquilo que nos é dito e que tomamos com verdade absoluta. Não estava a fazer referência a vários planos. Mas percebi onde querias chegar e faz sentido  ;)

Quanto ao tema 2 e em relação à situação de uma pessoa estar ligada às máquinas e estar viva ou não: é um tema muito delicado, que requer muita ponderação. É-me muito complicado conseguir definir assim se alguém está vivo ou não  :-\

Para mim, o desligar das máquinas justifica-se sempre que, havendo morte cerebral, o doente não tenha hipótese alguma de voltar a recuperar o funcionamento cerebral e a família mais próxima entender que o melhor é desligar as máquinas. Disse "justifica-se", e não "deve ser feito". Certamente haverá outras variáveis a acrescentar a este pensamento e, como não tenho conhecimento nenhum de medicina, prefiro não me alongar muito, para não dizer disparates  :laugh:

Quanto às realidades e percepções, o tema é de facto complicado. Para mim, tanto a hipótese das "várias percepções para uma mesma realidade" como a das "várias realidades" parecem-me passíveis de existirem.depois de estar uns minutos a olhar para esta frase, pensei num exemplo: - diferenças sociais, por exemplo no Brasil onde condominios de luxo erguem-se no meio de bairros de lata. A realidade dos ricos é uma, com todas as suas posses e luxos e a dos pobres o seu oposto. Ora, se pegarmos numa pessoa de cada classe e as trocarmos de ambiente ficando o rico na favela e o pobre no condominio, estas pessoas vivem realidades diferentes á que estão acostumadas. Este pensamente pode não ser nada do que queres dizer mas foi assim que eu lá cheguei! Depende um bocado da maneira como imaginamos ambas as situações e da maneira como nos apercebemos do que nos rodeia. A isto é o que eu chamo de percepção da realidade!

Enfim, é como diz a Moon*: a não ser que venha cá um E.T. dar uma explicação para isto tudo, vamos continuar assim na incerteza  :) Será que alguem acreditaria nele uma vez que fomos "ensinados" a não acreditar na vida noutros planetas? (e em estranhos) ;D

;)

Citação de: Raedon em 02 março, 2010, 19:41
Excelente tópico digo já, parabéns pelo debate, li tudo e todas as opiniões e acho que tudo de cada um faz um pouco de sentido.
Não me quero alongar muito, mas deixo uma questão no ar quanto às cores:

Quem nos diz que o "vermelho" que eu vejo não é para vocês um "verde"? Quem diz que vimos as cores da mesma forma? Ou seja eu vejo um vermelho antes de saber dizer as cores mas ensinam-me que se chama "verde".

Espero não confundir ninguém.
Cumprimentos


Não sei bem se a minha resposta será a mais certa mas, cá vai .
Se pensares nas cores, nos números, nas letras etc... verás que á partida e em toda a parte do Mundo um "A" é sempre um "A" tal como um 4 é um 4 onde que que estejas. O mesmo sucede com as cores simples como as primárias e as neutras básicas.
Agora como se chegou á conclusão universal que o vermelho se chama vermelho e não verde, não faço ideia, tal como também não sei porque é que chamamos Mar ao mar e Sol ao sol! ;) ;D

Raedon
não era bem isso que eu queria dizer... bem eu sei que está confuso, mas vou tentar explicar melhor: imaginemos que eu vejo "verde" mas sei que é vermelho porque sempre vi como tal, e que tu ves "amarelo" mas sabes que é vermelho porque sempre o viste assim. Basicamente referia-me a cada um de nós ver as cores de maneira diferente, mas darmos-lhe o mesmo nome, porque sempre lhe chamámos e as vimos assim  :-\

Não sei se me fiz entender

#13
- "Será que alguém acreditaria nele uma vez que fomos "ensinados" a não acreditar na vida noutros planetas? (e em estranhos)"

Muito, muito bem respondido  ;)

- "Curiosamente dão o nome de Realidades Paralelas ao que acabaste de dizer"

Aquela situação dos vários ppcoms?

Citação de: Raedon em 02 março, 2010, 20:15
não era bem isso que eu queria dizer... bem eu sei que está confuso, mas vou tentar explicar melhor: imaginemos que eu vejo "verde" mas sei que é vermelho porque sempre vi como tal, e que tu ves "amarelo" mas sabes que é vermelho porque sempre o viste assim. Basicamente referia-me a cada um de nós ver as cores de maneira diferente, mas darmos-lhe o mesmo nome, porque sempre lhe chamámos e as vimos assim  :-\

Não sei se me fiz entender

Confesso que estou um bocado perdido  :laugh:

Estás-te a referir ao facto de, por exemplo, um carro para mim ser simplesmente amarelo e para outra pessoa ser, por exemplo, amarelo torrado? Uma espécie de grau de diferenciação e classificação da realidade de que nos apercebemos?

Faz sentido e penso que tenha que ver com o tal "background" de cada um (de que a Moon* falou) e com o nosso sentido crítico perante aquilo que vemos.  :)

"Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinal" A.Einstein

Moon*
Respondendo a parte do comentário dirigido a minha pessoa:

Citação de: ppcom em 02 março, 2010, 19:15
Moon*, antes de mais, obrigado por participares no debate :)

Começo por pegar na questão dos "Mortos-vivos", que foi muito bem colocada. Essa questão da memória de vidas passadas não é muito fácil de provar. Quero eu dizer que essas memórias podem bem ser outra coisa qualquer... Não estou, de todo, a dizer que não há vidas passadas ou memórias das mesmas  :) Apenas digo que, pelo que li até hoje, é difícil provar que essas memórias tenham de facto acontecido... --> É normal que não seja fácil de provar porque o mundo tem muitas pessoas, não se documenta cada pessoa, há pessoas parecidas, e havia muito para analisar e investigar.

Quanto às premonições, isso já é possível comprovar. Se as premonições forem divulgadas antes dos acontecimentos descritos nas mesmas... Mais uma vez, fazendo um exercício de imaginação, podemos tentar pegar em algumas partes da teoria do Multiverso (ou universos paralelos). --> Sim, contudo as premonições ou as visões são flash de imagens de um futuro que ocorrerá se as coisas se mantiverem no rumo em que a coisa está no momento das premonições, se o rumo mudar os flash de imagem que se teve certamente não acontecerá.


Também achei interessante a ideia da realidade em movimento; faz sentido :)
Pelo que percebi, o que disseste é que, dependendo dos eventos que presenciamos, podemos ou não aperceber-nos das transformações que a realidade está a sofrer. --> E não só. A percepção que a matéria pode adquirir vários estados, tem várias formas de ser e pode ser divisível.

Isto, na tua opinião, faz com que hajam várias realidades, perceptíveis ou não dependendo da pessoa, ou faz com que hajam apenas várias percepções para uma mesma realidade? --> Ambas. Há certamente várias realidades, mundos paralelos, a decorrerem em simultâneo nem que seja só no Astral, havendo pessoas que tem essa sensibilidade de ter mais contacto com esse mundo, ou seja, o Astral. Para além disto é normal que haja várias percepções para a mesma realidade, formas de ver, de sentir, de entender factos que ocorrem, etc..