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  • Desafio: Jogo das Quadras
    Iniciado por Margarida
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Ande lá no arvoredo
Mas não esqueça a pradaria
Pois à sombra  pode fenecer
E perderiamos a tia

Com essa sua paixão
Pelo céu enluarado
E depois diz que tem medo
Veja lá tenha cuidado

Venha para o Sol brilhante
Que aquece o coração
Para ver se encontra
Essa sua paixão

ai paixão minha arretada
fugidia, distante ocupada
desgraçada e desnaturada
fazendo-me cada vez mais aluada
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Tenha cobro, Minha tia
Veja lá o que debita
Não vá o Tio, em casa
Promover alguma fita

Mas a fita não tarda faço eu!
Pois não sei o que lhe deu
pois nunca fora traído
mas o tio anda muito distraído
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Naturalmente Tia
Naturalmente escritora
Aparecem-lhe as ideias
Como numa caixa da Pandora

Senhora iluminada
Bote lá uns versinhos
Para deleitar e alegrar
A rapaziada!

#425
Uma alma do mundo
Um guia, companheiro secreto
um amor fraterno, profundo
terno, bondoso e discreto.

Meu companheiro inseparável,
sem corpo terreno para se ver
na intempérie da minha vida é amável
minimizando todo o meu sofrer

já sem ele não sei viver
nem imagino dizer adeus
quero sempre ouvi-lo e ver
pois sei, que é dádiva de Deus!
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Ninguém aqui vem espreitar
Andamos ao desafio
Nimguém vem participar
Ficaram todos sem pio


Acho que os livros vão acabar em beleza
Margarida e Oculto ao despique
sozinhos mas cheios de destreza
sem ter quem os critique!
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

A verdade é que não vêem
Ninguém cá vem espreitar
Preferem ir a outro lado
a outros jogos jogar

Quando passam por aqui
Arrenegam fazem figas
Esta coisa de escrever
è pior do que as urtigas

Cada um tem a razão
Daquilo que está mais certo
Escrever é coisa de tolos
Somos como um livro aberto

Acalentamos a paixão
das letras e da poesia
Isto é coisa de velhos
E da nossa querida Tia





Margarida! Margarida!
Má que jeito, oh senhora!
Há muita gente sofrida
E pouca gente doutora

Ninguém aqui vem postar
Este território é nosso
Eu venho p`rá qui rimar
E vou fazendo o que posso

No meio da contrariedade
E deste mundo infernal
Estou cheio de ansiedade
E vir aqui não faz mal!

Se tivesse um companheiro
Era bem mais divertido
Não é preciso dinheiro
Rimar não é um castigo

Já nem a Tia aparece
Parece ter alergia
Será que este cantinho
também já faz mal à Tia?

Apontem-me o dedo
Por aqui colocar
Mensagens seguidas
Para me retirar

Para manter as quadras
Eu tenho de fazer
A vez de muitos
Que deviam participar

Anda tudo distraído
Nem aqui vêm poisar
São aves de arribação
Não querem participar

O meu arrojo é imenso
Por isto continuar
Pois quando estou mais tenso
Venho aqui e vou ficar

avesinhas perdidas
que andais pelas arribas
Voltai a este ninho
Para aqui poisar

Estão muito esquecidos
Fizeram poemas de amor
Mostraram paixão
E agora, o que farão?

Será para não mais voltar?
Será que não querem ficar?
Ou estarão cansados
De participar?

E vai mais uma e outra
vamos continuar
Para aguçar o apetite
De alguém participar

Estarão muito ocupados?
Andam na eleição
De boletim na mão
Muito preocupados?

Serão reis e rainhas
Querem uma coroação
para mostrar aqui
A maravilha que são

Façam aqui campanha
Peçam votos, prometam, prometam...
façam como os políticos
Pois basta ter muita treta

Em tempos de eleição
A manteiga não acaba
Pode faltar o feijão
o peixinho e até a cabra


É só vê-los prometer
E são só promessas vãs
Mas ganhar é que interessa
E ter aqui muitos fãs

Dos políticos, eu falava
E também do futebol
Em tempo de eleições
Nenhum deles fica mole






#432
É verdade, verdadinha
Que ando para aqui marafado
Será que ninguém me apoia
Neste jogo, pela Tia iniciado?


Já vi que desistiram
E eu estou para aqui a tentar
Ver se os que partiram
Voltam a recomeçar


As férias já acabaram
São horas de regressar
Venham aqui dar um jeito
Para isto continuar

Tragam todos o chinelo
Soltem um grito guerreiro
Vamos assustar a Tia
Ver se ela volta primeiro



A ESTRELINHA E O COMETA

Era uma estrelinha sorridente
Não sabia, nem nunca soube chorar
Vivia toda a noite sempre contente
E no mundo da lua a brilhar.

Era um cometa muito veloz
Não se importava se tudo arrasava
Numa velocidade impiedosa e atroz
Por onde quer que ele passava

Mas quando ele os céus percorria
Algo o fez de imediato abrandar
Quem era a estrelinha branca como o dia
Que o fez perder a força e parar?

A estrelinha também a parar o viu
E pôs-se intensamente a brilhar
Algo de errado ela assim pressentiu
Quando ele com ela quis falar

Afinal parecia até ter bom coração
Prometendo ter sido a sua última viagem
Mas tal promessa fora mera ilusão
Pois não se prende quem nasce selvagem

A estrelinha vivia suspirando, encantada
Que por ele perdidamente se apaixonou
Mas certa noite ele partiu sem dizer nada
E pela primeira vez, a estrelinha chorou!
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

O talento até me embaça
Fico todo encarquilhado
A Tia é mesmo poetisa
Deixa-me envergonhado

Este meu pobre talento
Não me permite escrever
Coisas com tanto tento
E fico a perder o alento

Se eu pudesse contar
O que vai no coração
Talvez um dia vos desse
Uma bela lição!

Mesmo assim, cá vou tentando
Dizer aquilo que sinto
E É difícil! Tudo bem.
Mas pelo menos não minto

Se um dia poetar
e chegar à perfeição
Eu vou deixar de falar
E dizer tudo em canção