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  • Desafio: Jogo das Quadras
    Iniciado por Margarida
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Oh Jack meu querido
agora é que me tramaste
dedico-te todo o carinho
pelo poema que apresentaste.

Estou sem palavras
surpreendeste-me demais
por favor continua
que muito longe tu vais.
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

#241
Remake da obra a ceifeira:

São 7:00 da manhã, 7:30 apanhei o transporte,
8:30 fui ás aulas com os livros de grande porte,
11:30 fui à cantina por uma comida que é rasca,
fui estudar, afrouxar, praticar o geológico corte*1...
São 17:00, deixei minha mochila no meu cacifo.

Fui passear no parque, menos desassossegado,
aliviar-me de nervos, cabeça como o refogado...
Menos carros, menos stress, menos tudo cinza.
Costumo ir ler no Teleidoscópio*2, mas hoje não...
Fui me sentar num banco, pensar na vida tostão.
Cansado de isto aqui, mais de cabeça rabugenta.

Ao sentar-me no banco e penso no nosso Pessoa...
Do poeta Fernando, sobretudo mais o seu Caeiro.
Recordo das leituras, de me sentir sensacionalista,
lembro as suas aldeias, de me sentir montanheiro,
liberdade, a vontade e agressividade de alpinista!

Que é um carro se a vista não absorve o que devido?
Que é luxúria se temos o nosso tempo comprimido?
Que é compras, se demos todo o tipo de valor a dar?
Que noites? Quando justiça cobre quem está roubar?
Que ensino, se sociologia jovem não há mentalidades?  
Como quer o mundo andar se só há por aí atrocidades?

Tecnologia é como alcoolismo: és preso à bebida,
árduo largar, mas precisas largar a toda velocidade!
Sem autonomia aos 6, aos 18 ócio até à eternidade...
A curto prazo é neutro, mas a longo... ticket: "só ida"...
És rápido como a internet? Tens mais saber artificial?
Sabes tu descodificar todo o "neo-Matrix" matricial?
Novos tempos, novos excessos, novas necessidades...

Lembro eu agora do nosso Caeiro montanheiro,
é agora que eu penso ser alpinista sensacionalista...
Eras menos lúcido e de ti não tenho semelhança.
Face a ti, sabes por que não tenho eu parecença?
É o ócio do meu tempo... Coisas do meu tempo...
São cancros, que bloqueiam a pertinência à vida
Se assim não fosse, eramos Caeiros, éramos Reis,
Seriamos para sempre camaradas fieis!
Sou apenas metade ou um terço de ti mais vivida
Quero conhecer aldeias como tu, não pensar como tu!

Ah, poder ser tu, sendo eu! Viva a nossa ignorância
e, raios partam tudo a tua consciência de dor agreste
e abaixo a geografia ou ciência de média importância.
Aqui estou eu neste banco em baixo de uma cipreste...


*1-aulas práticas de geologia
*2-livraria

_______________________________________________


Este tinha sido em homenagem ao Ricardo Reis, foi por sua influência que me aproximei mais em estudos da antiguidade:

Se eu fosse ateniense...



Estuda aqui, estuda conforme ali, estuda pois lá.
Zeus! Que diriam os Grandes*1 se estivessem cá?!
Aqui e ali? Ora, além da morte ó mocho*2, voaste,
e mais que o leigo da "gaiola-ensino" quebraste!

Como chegou o mero "homem" até este  vacilar?
E Prometeu? Permitiste ao deus do fogo roubar?
Já libertado, que fazer Hércules matador do leão?
E se cada um... Pudesse mas era estudar até não mais pensar?

Hoje é Hipócrates e depois Heródoto, mas não...
Pois então outros tantos a estudar não se dariam,
enfim, é no entanto que... Ricardo!! Meu irmão,
meu "patriota", oláaaaaaaaaaaa Ricardo Reis meu caro Pagão!

Sendo atenienses aquilo, ali e acolá estudaríamos,
muitos Doutoramentos era eu que os conquistava!
Pois com meu Grande mestre lá então o navegava,
com Heródoto no vasto império de Poseídon descobriríamos!

Mas se isto é demais, e uma Batalha é o meu preço,
Batalha dos Portões quentes como Espartano morreria!
Contra Xerxes e ao lado de Leonidas I sucumbiria
Pois foi este combate mortal o que salvou o Berço!
Doce de Afrodite não foi de certezinha oh Egeus...
Quando souberam 300.000 Xerxes fugiram pigmeus,
e assim se estimam dez persas por cada um espartano!
2 Frases me disse o Leão de Esparta do seu soprano:

"Espartanos!! Nós somos descendentes de Hércules! Hoje almoçamos juntos, pois amanhã, jantamos no Inferno!!!".


Atenas não é só preconceitos, é o Berço Egeu!
Mas isto são sonhos, aqui estou sem um alguém,
enquanto o Crono*3 consome meus testes aquém
Pergunto-me: se fosse Ateniense, que seria eu?? 



*1-Ex: Platão, Heródoto (pai da História), Hipócrates, etc.
*2-Mocho animal observador de Atena
*3-Deus do tempo

                       
Fim


Foi tudo o que encontrei...

Continuo de boca aberta
com a surpresa que me deste
mas que bela descoberta
deste sobrinho, e do que esvreveste.

Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

mas que bela surpresa,
já nem pestanejo.
poemas de uma enorme grandeza
é o que eu aqui vejo!
"O futuro está oculto atrás dos homens que o fazem."


Jeito quando andava no secundário nunca faltou,
como tudo são fases, depois vieram os gregos e agora o esotérico!
São pancadas nómadas, em mim nunca nada se fixou,
farto estou de alternâncias, já não idade para andar estérico :o




Sou como Platão "As palavras são as armas, ou amor ou a construção ou a morte!"

(No caso particular da Teresa a "arte de embirrar!"  ;D)


O raio do rapaz, passa a vida a embirrar
não se cale com as bocas, não pára de comigo brincar.
Deixa lá que eu não me importo,
porque comigo estás torto

:laugh:
"O futuro está oculto atrás dos homens que o fazem."


Torto?Torto não, gordo! Mas melhor com a banda obrigado.
São tudo obras de alguns anos, a maioria os perdi




Que bom ler quadras fresquinhas
Inteligentes e plenas de ironia
São chamativas como as sardinhas
Um cheiro que toda a gente atrai de noite ou de dia.

Fernando Pessoa era um grande poeta
Contudo não havia ninguém como Bocage
Apesar de cortejar a mãe a filha ou a neta
E sair á rua com seu humilde traje.

Bonacheirão e amigo dos copos bem cheios
Arranjava sarilho em qualquer lado
Podia chamar à nobreza nomes feios
Contudo era o melhor no palavreado.

Sua vida parecia uma alegria pegada
Brincando com os versos como um brinquedo
Triste sorte foi perder sua amada
Esta levou-a seu irmão para romântico degredo.

Ah Bocage se soubesses aproveitar
Teus versos plenos de força e fina arte
Em vez de andares por aí a vaguear
Exibindo tua insolência como sujo estandarte.

Não só de escárnio falavam seus poemas famosos
A Morte e a Perda dançavam em seus sonetos
Espinhos que brotavam de sentimentos dolorosos
O espírito sufocado por fileiras de negros abetos.

Ei-lo o Poeta ébrio, o Mal-Amado
A sua morte elevou-o a honroso pedestal
Pela indiferença do mundo foi crucificado
Voltando como um herói de Portugal.

Ó gente insana, não levai flores a sua sepultura
Bebei suas palavras inebriantes como potente licor
A luxúria e bebida levaram-no à amargura
No entanto deixou-nos seu ilustre legado com amor.


Ai lá, alto lá! Que aqui temos concorrência!  :D
Pois acho bem, pois que todos se manifestem,
aqui todos se manifestam à mesma frequência,
não há cá cerimónias, que todos participem.

Quem é o autor?

Quem sou? E o que sou? Onde vou?
Serei só mais um sem originalidade?
Ou não tenho ideias e personalidade? ...

Já tudo foi inventado? Ele foi copiado?
Quem? O nosso Pessoa evidentemente.
É destino sermos parecidos mentalmente?
Ou fui eu que o copiou? Ou ele influenciou?

Quem sabe se somos de natureza semelhante.

Sou seu descendente imaterial? Interessante...
Acho que não o copiei, nem me enganarei
mas, como pode ser acaso as parecenças? 
Mentes gémeas levam a iguais crenças.

É isso! Sou o descendente imaterial!
É na saturação de toda a consciência,
Que ascende a verdadeira pertinência


#249
Meu caro, aqui não há concorrência,
Apenas diálogos repletos de poesia,
Uma desacontraída conviência,
Uma taberna virtual, uma mordomia.

Faço tirbutos ao que me fascina,
Idolatro a arte sublime do poetar,
Esta paixão artística que me domina,
Mil e uma maravilhas posso evocar.

Em reino nebuloso saúdo a Lua,
Vagueio por lençóis de nevoeiro,
Saboreio a melancolia nua e crua,
Exalo as maravilhas de seu amargo cheiro.

Apanho as borboletas do anoitecer,
Ferindo os dedos nas rochas do agora,
O calor do dia é deposto pelo sombrio escurecer,
A Noite dedilha as harpas do outrora.

No romper da aurora os véus tornam-se estreitos,
Mundos paralelos são revelados pela luz do luar,
Feitiços lunares nos ambientes mais perfeitos,
A magia da venerável Noite está a chegar!

Ainda bem que tenho andado afastado
Eu, que de poeta nada tenho
Escrevia, qual fado desgarrado
Assim, que brilhem os poetas d`antenho

Poesia à séria se descobre
Até me sinto envergonhado
Cada um dá o que sabe e tem
E, a mais, nem sequer é obrigado


A Tia deve estar feliz
Banhada desta onda intelectual
Fiquemos nós, no nosso canto
Que não sabemos fazer igual

Parabéns aos poetas
Presentes e vindouros
Que nunca lhes falte a arte
p´ra escreverem seus tesouros




Oculto, por onde andou?
Sentia saudades de seus dizeres
Pouco ou mal se afirmou
Suas quadras são belos prazeres.

Está a ser modesto, caro senhor
Sabe escrever bem e com desenvoltura
Defende suas ideias com ardor
Seus elogios plenos de sincera candura.

Na minha opinião devemos poetar
Defender nossos poemas a uma só voz
Só poderemos descobrir poesia se soubermos tentar
Pois poesia há em todos  nós.

Pena nem todos term a coragem
De entrarem neste jogo nem na brincadeira
Não devem temer fazer má imagem
Pois nada se consegue à primeira.

Concordo, gentil amiga
Se assim a posso tratar
Começámos só uns poucos
Para a Tia agradar

Agora para continuar
Temos verdadeiros artistas
Se a veia não se secar
A Tia vai dar nas vistas

Isto da poesia
Pode sair bem ou mal
Porque a veia dos poetas
Não é mesmo sempre igual

Andei um pouco afastado
Com mil coisas p`ra fazer
Mas não me sinto lesado
Por não ter a veia a correr

Isto de encadear
com perguntas e respostas
às vezes dá p´ra rimar
Outras, nem sequer umas mostras

Mas "p´rá qui" estou a falar
Quase p´rós meus botões
Porque os novos poetas
Parecem ser  mandriões

Botaram lindos poemas
Tão cheios de faladura
Mas depois não só pararam
Deixaram-nos à pendura

E aqui estamos de novo
Os mesmos e outros tantos
Se mais ninguém  poetar
Deixamos a Tia em prantos.










Vim aqui dar uma olhada
para ver quem estava a rimar
mas a minha sobrinhada
só gosta da tia arreliar

ainda vão ter saudades
desta tia xineladora
das suas atrocidades
e seu estilo de provocadora

começo a me desiludir
fiz o prometido
pensei que iam aplaudir
ao apresentar o livro.

nem mesmo assim
o querem adquirir
fui tola, enfim
por pensar vos fazer sorrir.

sem forças tenho estado
mas em força voltarei
trago o xinelo malvado
e nos rabos darei

já me vejo a vingar
depois da má saúde me livrar
freneticamente a xinelar
nos rabos e pernas a estalar

vai dar-me muito prazer
se não começam a rimar
cumpro sempre o que estou a dizer
comecem as nalgas a preparar

e mais não digo
pois foi um desabafo
e um conselho amigo
agora é com vocês.
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Por muito pouca esperança que tenha
Acredito no fundo que algo acontecerá.
Agora, só posso ficar à espera que este venha
Mas no fundo, sei que nada concretizar-se-á.

"Rise and rise again until lambs become lions." - Robin Hood (2010)