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  • Desafio: Jogo das Quadras
    Iniciado por Margarida
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Quer conhecer as receitas? Por quem é, gentil senhora
faremos algo de efémero
Eu, preparo! Eu cozinho
E vocês levam os géneros.


Agora que andamos "tesos"
Há refeições baratinhas
Uma açorda de coentros
e salada de ervas daninhas

Não se riam, é verdade
Uns poejos, para a sopa
agriões da beira-rio
E tudo lá da herdade

P´ra regar tal merenda
Água fresca do ribeiro
Pão do Zé do moinho
Com milho do seu celeiro

De broa estava a falar
Simples ou recheada
Com fatias de toucinho
P´ra encher a rapaziada

Mas para os que são doutores
Um petisco especial
Caramujos lá da praia
Com um vinho sem igual


É lá das uvas da terra
Saído o Alambique
E depois de o beber
Há quem lhe dê um xelique!

E, mais não digo senhores
Fiquem com o apetite
Pois todos sabemos
Qual é o nosso limite


Desculpem estas quadras
Mais redondas que quadradas
Mas a Tia está à espera
Das nossas tristes bacoradas

De mim falo, não quero ofender ninguém
Digam-me lá senhores
Se com isto , mesmo alinhavado
Me não estou a sair bem?









Muito bem, sim senhor!
Fazes a comida com amor
e nós, a lermos, a salivar
sem  nada bom que trincar

Se fosse eu a cozinhar
nao haveria nada para manjar.
Pois, não sou homem de cozinha
sou homem de trabalhar na vinha

Mas talvez posso preparar
Umas maravilhosas churrascadas
Frango no espeto
acompanhado de um belo soneto

Ou quiça um belo salmao
ou uma saborosa sardinha
Acompanhada daquela broazinha
que oculto ofereceu de todo o coraçao

vamos la meus amigos e amigas
vamos todos jantar a luz das palavras
almoçar palavras imaginarias
e fazer grandes jantaradas

Aqui a Margarida Tia
faz comidinha no ponto
faz uma bela branca sangria
que nem lhes conto...

sei tanta coisa fazer
que não sei onde começar
faço tudo por prazer
aé um belissimo manjar

Mas não me posso adiantar
grandes riscos corro
com tanta gente a querer experimentar
teria de gritar por socorro

não é falta de humildade
nem tão pouco vaidade
sei o que faço eu diria
talvez provem, um dia...
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Minha gente, que maldade
Já estão a dar-me fome
A comida é uma preciosidade
Com apetite tudo se come.

Por aqui andam cozinheiros
Que água na boca anadam a provocar
Que membros mauzinhos, matreiros
Tomara eu provar o que sabem cozinhar.

Contudo as sobremesas é que me encantam
Desde pudins, gelatinas e gelados
Os meus sentindos até cantam
Com geladinhos bem confeccionados.

Colchão de noiva, que maravilha celestial
Gelado de choolate ou morango tanto faz
Mesmo no Inverno gelados não  fazem mal
Uma paixão minha que me tira a paz.

Que sobremesas preferem vocês, pessoal
Já que estamos a falar de comida
Um manjar requintado ou regional
Que adoçam a nossa vida?

para ti cara laroca
que me dás alegria
escolhe: tapioca
ou um prato de aletria...

Da musse de chocolate
preta ou branquinha
não há me ganhe
tenho mesmo mão certinha.

Mas gosto muito de natas
batidas com gelatina
ai não me batas não me batas
pois fica sempre bem docinha.

nem mesmo lançando o isco
de um grande piteu
a malta não vem ao petisco
e muito triste fico eu!
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Agora, o que poderei falar
sobre essas sobremesas de incantar?
A verdade é não gosto
nem tao pouco me importo

Sobremesas nao é algo a que dou atençao!
Não ha nada melhor que um cafezinho
no final de uma refeiçao
melhor aidna se for com um cheirinho!

mas com um sorriso no rosto
há que esclarecer
cada um tem o seu gosto
e é livre de escolher

Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Sobremesas, sobre a mesa
São pitéus para os gordinhos
Eu cá não gosto de doces
Por isso sou dos magrinhos!

Meninos vai outro mote
Podem começar a rimar
Falando do planeta
Que parece ir mirrar

Não temos consideração
Por esta Terra sagrada
Não separamos o lixo
Sujamos mais do que agrada

Vem aí o tempo da praia
Sujam  todo o areal
De pauzinhos de gelados
de beatas... e pensam não fazer mal!





só faço esta quadra
porque foi a tia margarida que pediu
ela é como uma fada
enquanto o chinelo não faz piu

sei que nao esta nada de especial, mas foi o que se pode arranjar :laugh:
"O futuro está oculto atrás dos homens que o fazem."

Boa vontade é tudo
Quanto a Tia nos pede
A Teresa participou
e à Tia já não deve


Mas os homens continuam
a andar muito arredados
Podem falar de futebol
Nem que não sejam prendados


Aos mais novos faz-lhes bem
Treinarem as suas capacidades
Pois as pequenas deliram
Com estas possibilidades

Declarar seu amor
Com quadras e poemas`
É sempre uma boa forma
de conquistar as pequenas

Disso sei e até sou mestre
Pois já fui muito galã
Conquistei o meu amor
com versos e muito afã

Ainda hoje lhos digo
Para ficar animada
E embora seja avó
Ainda fica encantada

A vida p´ra ser vivida
necessita poesia
E mesmo nas horas tristes
Traz sempre alguma alegria

A poesia traz alegria
Quando não descreve algo deprimente
Há poemas revestidos de nostalgia
Descrevendo uma tristeza que se sente.

Para mim os poemas dramáticos
São os que mais me inspiram
Escritos por poetas fantásticos
Que poetam como respiram.

Os poemas bem dispostos
São para mim poemas infantis
Contudo gostos são gostos
Não existem poemas maus nem vis.

A poesia é uma arte obsoleta
Pra muitos poesia é algo do passado
Nada de escrever a tinta de caneta
Apenas escrever coisas banais neste mundo esterilizado.

Ah, que é dos poetas á moda antiga
Que explodiam em sentimentos de puro arrebatamento
De uma simples quadra faziam uma cantiga
Cada verso o mais sublime alimento.

A poesia sempre foi uma arte pouco renumerada
Mas uma das mais belas, verdadeiras
Como uma frágil planta bem cuidada
Invadiam o mundo como viçosas trepadeiras.



Que inspiração, minha amiga
Isso sim, é que é falar
Parabéns p´la sua escrita
Mas que belo poetar

Eu quero espalhar as mágoas
escrevo para brincar
Pois se isto fosse a sério
Eu teria de chorar

Concordo consigo em tudo
Mas não quero acreditar
Palavras leva-as o vento
e eu não quero meditar


Muito obrigada, Oculto
Também adoro o seu poetar
Dê-me lá um piedoso indulto
Para mim poesia é dramatizar.

O vento pode levar as palavras
Mas essas podem possuir uma força descomunal
Independentemente de serem prosas ou quadras
Podem ter uma conotação muito pessoal.

Há palavras que fazem rir até chorar
Há outras que fazem chorar de tanta emoção
Há palavras que podem o coração alcançar
Há palavras que levam ao amor ou à destruição.

Contudo existem palavras ditas por dizer
Que apenas preenchem os silêncios incómodos
Há quem não saiba a elas conferir poder
A palavra move multidões e destrói impérios.


#193
apesar de ser Verão
a poesia o meu mundo
foi-se minha inspiração
talvez num buraco fundo

ando muito distraída
tanta coisa no pensamento
já nem sou divertida
ando num tormento

ao ver-vos assim escrever
dá-me até alegria
nada de jeito consigo fazer
desculpem lá a tia...
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Consegue e conseguirá
Por muito tempo, acredite
Isto p´ra começar
É ó sentir apetite!

Sei que anda enjoada
E com o estômago às voltas
Deixe vir a cirurgia
Deixe também as "revoltas"

O tempo bom está a vir
Metereologicamente falando
Havemos de vê-la sorrir
Ou até mesmo cantando

O nosso amigo poeta
Também anda afastado
Será que não cumpre a promessa
Ou disto já está cansado?

A nossa menina Nightshade
Não vai mesmo nada mal
Embora com muita melancolia
Não temos aqui outra igual.

Por agora, continua o desafio
Cantem as vossas tristezas,riam muito por favor
Palavras, leva-as o vento
Mas todas exprimem AMOR