Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.509
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Convento Novo, Setúbal
    Iniciado por Zühl
    Lido 34.141 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Sou de Setúbal e sei onde isso fica... Se forem fazer uma tour contem comigo, quase contrario irei eu e uns amigos (:
Não fazia minima ideia que isso poderia ser assombrado :o
Bom Topico :D

Citação de: Iuri da Costa em 09 outubro, 2010, 17:01
Sou de Setúbal e sei onde isso fica... Se forem fazer uma tour contem comigo, quase contrario irei eu e uns amigos (:
Não fazia minima ideia que isso poderia ser assombrado :o
Bom Topico :D
Bem, visto que um dos "amigos" sou eu, bora organizar uma tour, VOU CONVIDAR AQUELA RAPARIGA AHAHAH  (não digas o nome aqui)

Ya convida "aqela" miuda *-*, bem quem quiser ir deixei aqui um comentario ou mande Pm / mp / pvt como queiram ;)

So uma coisa, alguém sabe o que foi feito (segundo a lenda da rapariga e dos gémeos assassinados) dos assassinos, nomeadamente, os rapazes que estavam com a miúda e o pai dos gémeos, se foram presos ou assim? O que fizeram ao corpo da jovem? Enterraram-no? >:(
"Abre a porta; esse quarto é um quarto vazio e permanecerá vazio até ao exacto momento em que abrires a porta"

Pessoal, tal e qual como disse no topico do Palácio da Comenda, apartir de Junho, estou disponivel para irmos explorar o local.
Este topico tem praticamente 2 anos, e desde aí que se fala numa tal "visita de estudo" aos conventos! E ainda cá estamos á frente do monitor!  :D

Estou registado num outro forum sobre lugares abandonados, e um user já lá foi explorar, porém deu de caras com duas vedacoes. A primeira foi fácil, pois a vedação tinha um buraco e ele passou. A segunda foi mais difícil, mas mesmo assim conseguiu passar. Estavam lá também várias placas de interdição a pessoas e perigo de derrocada. Lá foram subindo até ao que restava do convento, até que aparece um casal num carrinho de golf! Eles ainda explicaram que nao forçaram a entrada e que aproveitaram os buracos e perguntaram se podiam ir tirar umas fotos e a resposta foi um NAO grosseiro.
Um carrinho de golf: Para a zona que é, é bastante estranho, nao?
[hr]
[color=red][size=8pt]Na assinatura apenas são permitidos links para páginas/sites pessoais, nada de programas em pirâmide, esquemas, ganhe dinheiro rápido, fóruns, salas de chat e outros similares. Consultar Regras Gerais do Fórum, alínea 5. Obrigado.[/size][/color]
[hr]

Citação de: Estranho em 18 abril, 2011, 23:24
Pessoal, tal e qual como disse no topico do Palácio da Comenda, apartir de Junho, estou disponivel para irmos explorar o local.
Este topico tem praticamente 2 anos, e desde aí que se fala numa tal "visita de estudo" aos conventos! E ainda cá estamos á frente do monitor!  :D

Estou registado num outro forum sobre lugares abandonados, e um user já lá foi explorar, porém deu de caras com duas vedacoes. A primeira foi fácil, pois a vedação tinha um buraco e ele passou. A segunda foi mais difícil, mas mesmo assim conseguiu passar. Estavam lá também várias placas de interdição a pessoas e perigo de derrocada. Lá foram subindo até ao que restava do convento, até que aparece um casal num carrinho de golf! Eles ainda explicaram que nao forçaram a entrada e que aproveitaram os buracos e perguntaram se podiam ir tirar umas fotos e a resposta foi um NAO grosseiro.
Um carrinho de golf: Para a zona que é, é bastante estranho, nao?

Boa noite Estranho!

Sou de Setúbal e conheço perfeitamente o local em questão. Devo-te informar que esses mesmos buracos anteriormente existentes encontram-se novamente fechados... Talvez o user que referiste "alertou" o casal mencionado para tal facto e, por consequência, as "passagens" existentes, encontram-se como já referi... Estranho também a questão do carrinho de golf!? Perto deste primeiro convento existe uma quinta de grandes dimensões mas, não encontro grande fundamento para um casal ali circular montado num carrinho para finalidades relacionadas com essa actividade desportiva... No local não existe nenhum campo para tal e o piso não é o mais adequado para a circulação deste género de veículo... Estranho!

Citação de: Ordog em 27 maio, 2011, 00:00
Boa noite Estranho!

Sou de Setúbal e conheço perfeitamente o local em questão. Devo-te informar que esses mesmos buracos anteriormente existentes encontram-se novamente fechados... Talvez o user que referiste "alertou" o casal mencionado para tal facto e, por consequência, as "passagens" existentes, encontram-se como já referi... Estranho também a questão do carrinho de golf!? Perto deste primeiro convento existe uma quinta de grandes dimensões mas, não encontro grande fundamento para um casal ali circular montado num carrinho para finalidades relacionadas com essa actividade desportiva... No local não existe nenhum campo para tal e o piso não é o mais adequado para a circulação deste género de veículo... Estranho!

Ele "alertou" pois nao é da zona, e nao conhecia o local (foi a primeirissima vez que visitou o convento).
Eu há muito que lá nao vou, nao sei se é normal um carrinho de golf estar por lá, apenas sei que existe uma quinta de luxo por perto.
Só sei o que me ele contou. :P
[hr]
[color=red][size=8pt]Na assinatura apenas são permitidos links para páginas/sites pessoais, nada de programas em pirâmide, esquemas, ganhe dinheiro rápido, fóruns, salas de chat e outros similares. Consultar Regras Gerais do Fórum, alínea 5. Obrigado.[/size][/color]
[hr]

Alguém me pode dar informações históricas do local?
Quem o habitou, data de construção, etc.
Teria todo o prazer em estudar um pouco sobre este local.
"Estuda o passado se queres prognosticar o futuro." by:Confúcio

Citação de: Estranho em 27 maio, 2011, 03:23
Ele "alertou" pois nao é da zona, e nao conhecia o local (foi a primeirissima vez que visitou o convento).
Eu há muito que lá nao vou, nao sei se é normal um carrinho de golf estar por lá, apenas sei que existe uma quinta de luxo por perto.
Só sei o que me ele contou. :P

Digo-te, não é normal andar por ali um carrinho de Golf...

Em relação às passagens novamente fechadas, não é nada que não se possa reabrir. lol.

Citação de: semrosto em 27 maio, 2011, 11:25
Alguém me pode dar informações históricas do local?
Quem o habitou, data de construção, etc.
Teria todo o prazer em estudar um pouco sobre este local.


Eis tudo o que consegui reunir em termos de informação sobre o local:

Situados com uma distância de cerca de 300 m e sensivelmente na mesma elevação da falda da Serra dos Gaiteiros, erguem-se «a noroeste da cidade de Setúbal, na orla do vale verdejante que se estende desde Palmela» (*) e em território já pertencente a este concelho. As razões para a escolha deste lugar de implantação terão sido «a beleza do sítio, a amenidade dos ares, a abundância de água, a abundante vegetação, a fauna e flora paradisíacas e o esplendor de uma desafogada paisagem».
São dois os monumentos em causa:

Antigo Convento de Nossa Senhora da Consolação de Frades da Ordem de São Paulo, de Alferrara
(vulgo Convento de São Paulo; 1383);


Convento de Nossa Senhora da Conceição dos Frades Franciscanos Capuchos de Alferrara
(vulgo Convento dos Capuchos de Alferrara; 1578).


CONVENTO DE SÃO PAULO
Este convento já sofreu obras de sustentação, marcando assim o início da intervenção no mesmo. As obras centraram-se na implantação de uma estrutura de protecção das águas da chuva, consolidação da estrutura principal do edifício e cobertura de paredes expostas aos elementos. Toda a envolvente tem sido alvo de regulares intervenções ao nível da limpeza dos terrenos e arranjo dos caminhos. As restantes intervenções necessárias estão dependentes do levantamento topográfico e arquitectónico que está a ser efectuado. Com base nestes levantamentos fundamentar-se-á a necessária intervenção neste edifício.

Acesso
É feito a partir do vale que antecede a plataforma isolada em que o Convento se situa «através de um íngreme caminho em zigue-zague, suportado por muros de alvenaria contrafortados. Este acesso termina numa esplanada em frente da igreja, com esplêndida vista sobre o Sado e a cidade de Setúbal, delimitado por um muro com assentos de pedra, no qual se vêem alguns vestígios de azulejos policromos, pós-terramoto.» (*)

Igreja
Com nave rectangular coberta por abóbada de berço que termina no arco triunfal, tendo o chão fragmentos de túmulos; «a capela-mor, menor que a nave, tem igualmente abóbada de berço»; «a frontaria da igreja separa os dois corpos do convento»;

Dois corpos monacais
a) «O mais estreito, onde estavam as celas e dormitórios, do lado direito, com a frontaria mais elevada que a da igreja, está completamente arruinado, em especial o último andar, sem cobertura»;

b) Do lado esquerdo da igreja situa-se «o corpo do claustro, com um único andar coberto de terraço»; trata-se de um «belo espaço maneirista que conserva todos os elementos estruturais, muito sóbrios mas bem desenhados, realizado, provavelmente, na segunda metade do século XVII, durante a campanha de obras de 1672 (...). O claustro apresenta três arcos de volta inteira, apoiados em colunas toscanas de calcário (...). Mantém-se o chão de tijoleira, mas desapareceu o rodapé de azulejos das galerias.»

Terraço
«No ângulo noroeste do claustro, uma escada dá acesso ao terraço que cobre as galerias e outras dependências do mesmo corpo.»

Casa de Fresco
«Do lado oposto à igreja, conserva-se ainda a alameda de acesso à Fonte Santa.» Ao fundo, escavada na encosta, situa-se a «casa de fresco» da Fonte Santa ― «espaço em forma de gruta artificial totalmente decorada de embrechados, a qual devia ser utilizada pelos eremitas paulistas como local de meditação.» Considera-se esta Fonte Santa «uma das minúsculas mas maiores jóias do património artístico de Palmela».


CONVENTO DOS CAPUCHOS DE ALFERRARA
Apresentado-se mais degradado, também é alvo de sucessivas intervenções na envolvente como o desmatamento e arranjo dos acessos. Está também a ser alvo de um levantamento topográfico e arquitectónico, assim como uma avaliação das necessidades estruturais para se avançar para uma fase de sustentação.

Igreja
«Frontaria principal virada a poente e de grande interesse artístico», pois trata-se de «um dos exemplares mais interessantes da aplicação de estuques moldados em exteriores que existe em Portugal», só encontrando paralelos com monumentos situados nos antigos territórios portugueses da Índia; a frontaria está em risco de desabamento; «no vão central, um arco de volta inteira com as pedras rusticadas, e nos laterais remates rectos, apoiados em duas colunas, ao centro, e em duas meias-colunas, nas extremidades»; para além do nártex, «a igreja, resultante da reconstrução de 1639, tem apenas uma nave alongada, vazia, coberta por abóbada de berço de alvenaria estucada, compartimentada por arcos torais assentes numa cornija maneirista simples. (...) O arco triunfal mantém os pilares de cantaria até meia altura e o resto da estrutura, de tijolo, está despido. A capela-mor, quadrada, está igualmente vazia.» Adjacente à capela-mor, virada a nascente, situa-se o que se julga ser o recinto da sacristia, «de secção rectangular, com cobertura de abóbada de berço abatida» e «iluminada por duas janelas»;

Dependências monacais
Ao lado da igreja, na direcção sul, situa-se o edifício conventual; «todo o andar inferior é formado por muros grossos e por abóbadas de berço de robusta alvenaria».
No centro do espaço conventual situa-se o claustro, que possui uma estrutura semelhante à de outros conventos capuchos, «com janelas no andar superior e as aberturas do inferior rematadas por lintel de pedra recto, em vez de arcadas, apoiado nos ábacos de quatro pilares de secção quadrada, nos cantos, e de duas colunas, muito toscas, em cada face.»
Junto do claustro situa-se uma dependência relativamente vasta, que se julga ter sido a sala do Capítulo.
«Próximo da portaria encontra-se outra dependência de construção cuidada, que deveria ter sido o refeitório, refeito em 1712». Como nos restantes espaços, «encontra-se coberto por abóbada de berço abatido, de alvenaria».

(*) Vítor SERRÃO e José MECO, Palmela histórico-artística: um inventário do património artístico concelhio, Lisboa/Palmela, Edições Colibri/Câmara Municipal de Palmela, 2007, p. 277-304. Todas as citações seguintes são retiradas desta fonte que apresenta uma descrição detalhada dos Conventos tanto do ponto de vista histórico como do ponto de vista artístico.

O Mosteiro de Nossa Senhora da Consolação de Alferrara era masculino, e pertencia à Ordem dos Eremitas de São Paulo, Primeiro Eremita.
Teve origem em eremitério documentado desde 1385, junto à Fonte Santa e à ermida de Almouquim, nos termos de Alferrara e Palmela. À imitação do eremitério de Barriga, a provença de Alferrara foi objecto da acção reformadora de Mendo Gomes de Seabra, que, de acordo com o testemunho do próprio, datado de 1428, desde cedo a submeteu à "irmandade da Serra de Ossa", reconhecendo a esta o direito de nomear os pobres que a deveriam habitar e visitar, usufruindo o eremitério, por seu lado, dos privilégios outorgados à Serra de Ossa. À data da morte do fundador, o eremitério foi entregue aos cuidados de um outro eremita, o clérigo João Eanes, encarregue por Mendo Seabra de governar as provenças de Alferrara, Mendoliva e Cela Nova, mantendo, contudo, a irmandade com a Serra de Ossa.
Em 1454, Afonso V confirma a extensão a este eremitério de todos os privilégios da Serra de Ossa.
Em 1458, pela bula "Speciali gratia", Pio II concedia-lhes a isenção do pagamento da dízima sobre os frutos das herdades da provença.
Em 1466, consta da lista das casas sujeitas à Serra de Ossa. A este cenóbio seriam anexadas as rendas da casa de Mendoliva, abandonada em 1531 por falta de água, bem como as da Junqueira, em 1645.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
História custodial Em 1894, a 14 de Maio, foram incorporados os documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais.
No final da década de 1990, foi abandonada a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.


Espero que tenha ajudado. ;)

Citação de: Zühl em 31 maio, 2009, 16:17
Já tinha postado algumas fotos noutro topico mas decidi criar um topico com algumas fotos do sitio para terem uma ideia.

Por volta de 94/95, um grupo de rapazes foi la fazer um ritual e acabaram por assassinar uma jovem que tinha ido com eles.
Já tentei encontrar mais acerca dessa história mas é muito dificil,pois parece que toda a gente que sabe algo sobre isso não quer dizer nada.

Hoje em dia o sitio continua a ser local para rituais,consumos de droga e alcool,ou para "divertimento" de casais.

Acredita-se que até hoje o fantasma da jovem ainda la anda perdido.

Já la fui várias vezes e,infelizmente,ainda não vi nada,mas a verdade é que quem vai lá sente logo algo fora do normal.
Barulhos estranhos,uma grande pressão no ar,e um pressentimento constante de estarmos a ser observados.


Algumas Fotos

De dia:





De noite:









parece um sitio bastante iteressante de ir investigar...mas se houve lá rituais  pode ser perigoso la ir porque normalmente essa energia demora a desaparecer.

eu fascino-me por conventos e sanatórios,deve ser um bom local para investigar,contem comigo quando forem lá.cumpz ;)
Dont be afraid

Citação de: paulodark em 16 junho, 2011, 00:58
eu fascino-me por conventos e sanatórios,deve ser um bom local para investigar,contem comigo quando forem lá.cumpz ;)
em sanatorios é onde se encontra mais actividade desse genero  ;)
Cumps Tiago Ribeiro

Tive lá hoje á tarde. Aquilo tá fechado ao publico, e tem 2 vedacoes. A primeira foi mais dificil de passar, porem a segunda tem um buraco e é facil. :P
Quanto ao convento, puzeram cimento em todas as portas e janelas do convento, ou seja, so da para se ver por fora. Aquilo ta em obras, ta feio, puseram uma chapa em cima do convento tipo um telhado. Levei máquina, mas nao tinha bateria. Só consegui tirar uma foto.

Esta semana vou lá outra vez, até porque estava mau tempo, e nao chegámos a ir ao convento velho.
[hr]
[color=red][size=8pt]Na assinatura apenas são permitidos links para páginas/sites pessoais, nada de programas em pirâmide, esquemas, ganhe dinheiro rápido, fóruns, salas de chat e outros similares. Consultar Regras Gerais do Fórum, alínea 5. Obrigado.[/size][/color]
[hr]

Citação de: Ordog em 28 maio, 2011, 14:27
Eis tudo o que consegui reunir em termos de informação sobre o local:

Situados com uma distância de cerca de 300 m e sensivelmente na mesma elevação da falda da Serra dos Gaiteiros, erguem-se «a noroeste da cidade de Setúbal, na orla do vale verdejante que se estende desde Palmela» (*) e em território já pertencente a este concelho. As razões para a escolha deste lugar de implantação terão sido «a beleza do sítio, a amenidade dos ares, a abundância de água, a abundante vegetação, a fauna e flora paradisíacas e o esplendor de uma desafogada paisagem».
São dois os monumentos em causa:

Antigo Convento de Nossa Senhora da Consolação de Frades da Ordem de São Paulo, de Alferrara
(vulgo Convento de São Paulo; 1383);


Convento de Nossa Senhora da Conceição dos Frades Franciscanos Capuchos de Alferrara
(vulgo Convento dos Capuchos de Alferrara; 1578).


CONVENTO DE SÃO PAULO
Este convento já sofreu obras de sustentação, marcando assim o início da intervenção no mesmo. As obras centraram-se na implantação de uma estrutura de protecção das águas da chuva, consolidação da estrutura principal do edifício e cobertura de paredes expostas aos elementos. Toda a envolvente tem sido alvo de regulares intervenções ao nível da limpeza dos terrenos e arranjo dos caminhos. As restantes intervenções necessárias estão dependentes do levantamento topográfico e arquitectónico que está a ser efectuado. Com base nestes levantamentos fundamentar-se-á a necessária intervenção neste edifício.

Acesso
É feito a partir do vale que antecede a plataforma isolada em que o Convento se situa «através de um íngreme caminho em zigue-zague, suportado por muros de alvenaria contrafortados. Este acesso termina numa esplanada em frente da igreja, com esplêndida vista sobre o Sado e a cidade de Setúbal, delimitado por um muro com assentos de pedra, no qual se vêem alguns vestígios de azulejos policromos, pós-terramoto.» (*)

Igreja
Com nave rectangular coberta por abóbada de berço que termina no arco triunfal, tendo o chão fragmentos de túmulos; «a capela-mor, menor que a nave, tem igualmente abóbada de berço»; «a frontaria da igreja separa os dois corpos do convento»;

Dois corpos monacais
a) «O mais estreito, onde estavam as celas e dormitórios, do lado direito, com a frontaria mais elevada que a da igreja, está completamente arruinado, em especial o último andar, sem cobertura»;

b) Do lado esquerdo da igreja situa-se «o corpo do claustro, com um único andar coberto de terraço»; trata-se de um «belo espaço maneirista que conserva todos os elementos estruturais, muito sóbrios mas bem desenhados, realizado, provavelmente, na segunda metade do século XVII, durante a campanha de obras de 1672 (...). O claustro apresenta três arcos de volta inteira, apoiados em colunas toscanas de calcário (...). Mantém-se o chão de tijoleira, mas desapareceu o rodapé de azulejos das galerias.»

Terraço
«No ângulo noroeste do claustro, uma escada dá acesso ao terraço que cobre as galerias e outras dependências do mesmo corpo.»

Casa de Fresco
«Do lado oposto à igreja, conserva-se ainda a alameda de acesso à Fonte Santa.» Ao fundo, escavada na encosta, situa-se a «casa de fresco» da Fonte Santa ― «espaço em forma de gruta artificial totalmente decorada de embrechados, a qual devia ser utilizada pelos eremitas paulistas como local de meditação.» Considera-se esta Fonte Santa «uma das minúsculas mas maiores jóias do património artístico de Palmela».


CONVENTO DOS CAPUCHOS DE ALFERRARA
Apresentado-se mais degradado, também é alvo de sucessivas intervenções na envolvente como o desmatamento e arranjo dos acessos. Está também a ser alvo de um levantamento topográfico e arquitectónico, assim como uma avaliação das necessidades estruturais para se avançar para uma fase de sustentação.

Igreja
«Frontaria principal virada a poente e de grande interesse artístico», pois trata-se de «um dos exemplares mais interessantes da aplicação de estuques moldados em exteriores que existe em Portugal», só encontrando paralelos com monumentos situados nos antigos territórios portugueses da Índia; a frontaria está em risco de desabamento; «no vão central, um arco de volta inteira com as pedras rusticadas, e nos laterais remates rectos, apoiados em duas colunas, ao centro, e em duas meias-colunas, nas extremidades»; para além do nártex, «a igreja, resultante da reconstrução de 1639, tem apenas uma nave alongada, vazia, coberta por abóbada de berço de alvenaria estucada, compartimentada por arcos torais assentes numa cornija maneirista simples. (...) O arco triunfal mantém os pilares de cantaria até meia altura e o resto da estrutura, de tijolo, está despido. A capela-mor, quadrada, está igualmente vazia.» Adjacente à capela-mor, virada a nascente, situa-se o que se julga ser o recinto da sacristia, «de secção rectangular, com cobertura de abóbada de berço abatida» e «iluminada por duas janelas»;

Dependências monacais
Ao lado da igreja, na direcção sul, situa-se o edifício conventual; «todo o andar inferior é formado por muros grossos e por abóbadas de berço de robusta alvenaria».
No centro do espaço conventual situa-se o claustro, que possui uma estrutura semelhante à de outros conventos capuchos, «com janelas no andar superior e as aberturas do inferior rematadas por lintel de pedra recto, em vez de arcadas, apoiado nos ábacos de quatro pilares de secção quadrada, nos cantos, e de duas colunas, muito toscas, em cada face.»
Junto do claustro situa-se uma dependência relativamente vasta, que se julga ter sido a sala do Capítulo.
«Próximo da portaria encontra-se outra dependência de construção cuidada, que deveria ter sido o refeitório, refeito em 1712». Como nos restantes espaços, «encontra-se coberto por abóbada de berço abatido, de alvenaria».

(*) Vítor SERRÃO e José MECO, Palmela histórico-artística: um inventário do património artístico concelhio, Lisboa/Palmela, Edições Colibri/Câmara Municipal de Palmela, 2007, p. 277-304. Todas as citações seguintes são retiradas desta fonte que apresenta uma descrição detalhada dos Conventos tanto do ponto de vista histórico como do ponto de vista artístico.

O Mosteiro de Nossa Senhora da Consolação de Alferrara era masculino, e pertencia à Ordem dos Eremitas de São Paulo, Primeiro Eremita.
Teve origem em eremitério documentado desde 1385, junto à Fonte Santa e à ermida de Almouquim, nos termos de Alferrara e Palmela. À imitação do eremitério de Barriga, a provença de Alferrara foi objecto da acção reformadora de Mendo Gomes de Seabra, que, de acordo com o testemunho do próprio, datado de 1428, desde cedo a submeteu à "irmandade da Serra de Ossa", reconhecendo a esta o direito de nomear os pobres que a deveriam habitar e visitar, usufruindo o eremitério, por seu lado, dos privilégios outorgados à Serra de Ossa. À data da morte do fundador, o eremitério foi entregue aos cuidados de um outro eremita, o clérigo João Eanes, encarregue por Mendo Seabra de governar as provenças de Alferrara, Mendoliva e Cela Nova, mantendo, contudo, a irmandade com a Serra de Ossa.
Em 1454, Afonso V confirma a extensão a este eremitério de todos os privilégios da Serra de Ossa.
Em 1458, pela bula "Speciali gratia", Pio II concedia-lhes a isenção do pagamento da dízima sobre os frutos das herdades da provença.
Em 1466, consta da lista das casas sujeitas à Serra de Ossa. A este cenóbio seriam anexadas as rendas da casa de Mendoliva, abandonada em 1531 por falta de água, bem como as da Junqueira, em 1645.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
História custodial Em 1894, a 14 de Maio, foram incorporados os documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais.
No final da década de 1990, foi abandonada a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas.


Espero que tenha ajudado. ;)

Boas! Ajudaste sim! :)

Já agora pedia-te que colocasses a fonte de onde tiraste o texto, está bem?
ILYM