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  • Conversas Contigo XV - A Cruz de Jesus
    Iniciado por César Pedrosa
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Embora não tenha sido para expiar a culpa racial, que o homem mortal teria, que Jesus passou pela morte na cruz; nem para providenciar nenhuma espécie de aproximação efectiva a um Deus por outro lado ofendido e implacável; e embora o Filho do Homem não se tenha oferecido a si próprio em sacrifício para apaziguar a ira de Deus, e abrir o caminho para que o homem pecador
obtivesse a salvação; não obstante essas idéias de expiação e de propiciação serem errôneas, no entanto, há significações ligadas a essa morte de Jesus na cruz que não deveriam ser negligenciadas. É um fato que a Terra tornou-se conhecida, como o "Mundo da Cruz". Jesus desejava viver uma vida mortal plena na carne, na Terra.  A morte é, comumente, uma parte da vida. A morte é o último acto no drama mortal. Nos vossos bem-intencionados esforços
de escapar dos erros supersticiosos de uma interpretação falsa do significado da morte na cruz, deveríeis ser cuidadosos para não cometer o grande erro de deixar de perceber o verdadeiro significado e a importância autêntica da morte do Mestre. O homem mortal nunca foi propriedade dos arquifarsantes. Jesus não morreu para resgatar o homem das garras dos governantes apóstatas e dos príncipes caídos das esferas. O Pai nos céus nunca idealizou uma injustiça tão crassa quanto condenar uma alma mortal pelas más acções dos seus ancestrais. Nem a morte do Mestre na cruz foi um sacrifício que representasse um esforço
para pagar a Deus um débito contraído pela raça da humanidade. Antes de Jesus ter vivido na Terra, talvez poderíeis justificar-vos por crerdes em um Deus assim, mas não depois de o Mestre ter vivido e morrido entre os seus semelhantes mortais. Moisés ensinou sobre a dignidade e a justiça de um Deus Criador; mas Jesus retratou o amor e a misericórdia do Pai celeste. A natureza animal – a tendência para as más acções – pode ser hereditária, mas o pecado não é transmitido de pai para filho. O pecado é o acto de rebelião consciente e deliberada, da parte da criatura individual volitiva, contra a vontade do Pai e contra as leis do Filho. Jesus viveu e morreu por um universo inteiro, não apenas pelas raças deste mundo. Se bem que os mortais dos reinos tivessem a salvação, mesmo antes de Jesus ter vivido e morrido na Terra, contudo é facto que a sua auto-outorga neste mundo iluminou grandemente o caminho da
salvação; a sua morte fez muito para deixar definitivamente clara a certeza da sobrevivência dos mortais depois da morte na carne. Embora muito dificilmente seja adequado falar de Jesus como alguém que se tenha sacrificado, como um resgatador ou um redentor, é totalmente correcto referir-se a ele como um salvador. Para sempre ele deixou o caminho da salvação (da sobrevivência) mais claro e certo; ele mostrou de um modo melhor e mais correcto o caminho da salvação a todos os mortais. Uma vez que tenhais captado a idéia de Deus como um Pai verdadeiro e cheio de amor, conceito este que é o único que Jesus sempre ensinou, deveis imediatamente, e com toda a consistência, abandonar, na totalidade, todas aquelas noções primitivas sobre Deus, como um monarca
ofendido, um governante austero e Todo-Poderoso, cujo deleite maior é descobrir a vós, súbditos Seus, em más acções, e assegurar que sejais adequadamente punidos, a menos que um ser, quase igual a Ele próprio, voluntarie-se para sofrer por vós, para morrer como um substituto e no vosso
lugar. Toda a idéia da redenção e da expiação é incompatível com o conceito de Deus, do modo como foi ensinado e exemplificado por Jesus de Nazaré. O amor infinito de Deus não é secundário a nada na natureza divina.
Todo esse conceito de expiação e de salvação pelo sacrifício tem as suas raízes e a sua base no egoísmo. Jesus ensinou que o serviço ao semelhante é o conceito mais elevado da fraternidade dos crentes do espírito. A salvação deveria ser tida como certa por aqueles que crêem na paternidade de Deus. A principal preocupação do crente não devia ser o desejo egoísta da salvação pessoal, mas, sim, o impulso não egoísta de amar ao semelhante e, consequentemente, de servir ao próximo como Jesus amou e serviu aos homens mortais. Os crentes autênticos não se preocupam tanto com as punições futuras para o pecado. O crente real está preocupado apenas com o seu distanciamento momentâneo de Deus. Verdade é que pais sábios podem castigar os seus filhos, mas  tudo isso eles fazem por amor e com o propósito de corrigir. Eles não punem com raiva, nem castigam por represália. Ainda que Deus fosse um monarca austero e legalizador de um universo no qual a justiça reinasse
suprema, ele certamente não estaria satisfeito com o esquema infantil de substituir um ofensor culpado por um sofredor inocente. A grande coisa sobre a morte de Jesus, no que se relaciona ao enriquecimento da experiência
humana e à ampliação do caminho da salvação, não é o facto da sua morte, mas antes a maneira magnífica e o espírito sem par com o qual ele enfrentou a morte. Toda essa idéia da redenção na expiação coloca a salvação em um plano de irrealidade; tal conceito é puramente filosófico. A salvação humana é real; é baseada em duas realidades que podem ser captadas pela fé da criatura e daí tornam-se incorporadas à experiência individual humana: o facto da paternidade de Deus e a verdade correlata, da fraternidade dos homens. É verdade, afinal, que sereis "perdoados das vossas dívidas, assim como perdoardes aos vossos
devedores".  A cruz de Jesus representa a medida plena da devoção suprema do verdadeiro pastor, até mesmo pelos membros indignos do seu rebanho. Ela coloca, para sempre, todas as relações entre Deus e o homem na base da família. Deus é o Pai; o homem é o Seu filho. O amor, o amor de um pai pelo  Criador e criatura – não a justiça de um rei que busca a satisfação nos sofrimentos e nas punições do súbdito que comete o mal. A cruz mostra, para sempre, que a atitude de Jesus para com os pecadores não foi nem de
condenação nem de indulgência, mas de salvação eterna por amor. Jesus é verdadeiramente um salvador, no sentido de que a sua vida e a sua morte conquistam os homens para a bondade e para a sobrevivência justa. Jesus tanto ama os homens que o seu amor desperta uma resposta de amor no coração humano. O amor é verdadeiramente contagioso e eternamente criativo. A morte de Jesus na cruz exemplifica um amor que é suficientemente forte e divino para perdoar o pecado e para absorver toda a maldade. Jesus revelou neste mundo uma qualidade mais elevada de rectidão do que a justiça – a mera diferença técnica entre o certo e o errado. O amor divino não perdoa os erros meramente; ele absorve-os e, de facto, destrói-os. O perdão do amor transcende totalmente o perdão da misericórdia. A misericórdia põe de lado a culpabilidade do mal; o amor, todavia, destrói o pecado para sempre e toda a fraqueza resultante dele. Jesus trouxe um novo método de viver para a Terra. Ele nos ensinou, não a resistir ao mal, mas a encontrar, por intermédio dele, Jesus, uma bondade que destrói eficazmente o mal. O perdão de Jesus não é a condescendência da remissão; é a salvação da condenação. A salvação não menospreza os erros;
endireita-os. O verdadeiro amor não faz concessões nem indulgências ao ódio; ele  destrói-o. O amor de Jesus nunca está satisfeito apenas com o mero perdão. O amor do Mestre implica a reabilitação, na sobrevivência eterna. É perfeitamente correcto falar de salvação como redenção, se com isso vos referirdes a essa eterna reabilitação.

 פֵהֵל PeHeLa guardião da religião, moral, e teologia Divina te Saúdo na Paz e na Luz Daquele que tudo realiza e te digo... A Paz do Eterno vos envolva   

(como pedido assim é feito)  
Bem hajam na luz e com a Luz  
P.S. todos os post's que têm por titulo "Conversas Contigo" ou "Conversas no Silêncio" são por mim formatados e inseridos. Esta é a parte que me cabe em reconhecimento de Autoria.
Que a LUZ que nos une prevaleça sobre as trevas que nos afastam.
Bem Hajam