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  • Assim é o objecto mais longínquo que visitámos
    Iniciado por Paraphenomenal
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O Arrokoth (como agora se chama) é vermelho, frio e formou-se há 4000 milhões de anos.



Afinal, o que é que sabemos sobre o objecto mais longínquo que já visitámos? Três artigos científicos publicados esta semana na revista Science trazem-nos mais novidades. Sabemos agora que não se formou violentamente, que tem 4000 milhões de anos e é totalmente vermelho e frio.

A partir de Novembro, o nome do objecto mais longínquo que visitámos até agora – o 2014 MU69 – passou a ser Arrokoth, que significa "céu" na língua indígena norte-americana do povo powhatan. Até então, era conhecido pela alcunha de Ultima Thule, expressão em latim que significa um "lugar além do mundo conhecido".

Voltando ao 2014 MU69: a bordo da sonda New Horizons da NASA, em Janeiro de 2019 houve a grande aproximação a este objecto, situado a 6400 milhões de quilómetros de distância da Terra, na cintura de Kuiper, uma zona mais periférica do nosso sistema solar. Viu-se logo que tinha dois lóbulos e que era encarnado. Já em Maio foi publicado na Science o primeiro artigo científico sobre o Arrokoth. Mas, nessa altura, apenas se analisou uma pequena parte da informação recolhida durante a aproximação ao objecto.

Nos artigos publicados agora na Science examinou-se dez vezes mais informação e usaram-se dados com elevada resolução, assim como simulações computacionais mais sofisticadas. 

Precisamente através de simulações, uma equipa tentou perceber como o Arrokoth se tinha formado. Num dos artigos, indica-se que os dois lóbulos eram corpos independentes e que se juntaram – tal como estão hoje – de forma "muito suave". Ao que tudo indica, lentamente os lóbulos orbitaram-se um ao outro e fundiram-se suavemente para criar este objecto com cerca de 35 quilómetros de comprimento. Tudo isto aconteceu quando uma nuvem de partículas sólidas foi atraída pela força gravítica. Descarta-se assim a hipótese de que a formação deste objecto terá acontecido de forma violenta.

"Parece-nos que o Arrokoth não se formou devido a colisões violentas, mas a uma dança intricada em que os objectos que o compõem se orbitaram lentamente até se unirem", considera William McKinnon, investigador da missão New Horizons e líder do artigo sobre a formação do objecto, num comunicado da NASA.

Fonte: https://www.publico.pt/2020/02/14/ciencia/noticia/assim-objecto-longinquo-visitamos-1904250
ILYM

"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." - Albert Einstein