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  • A minha experiência
    Iniciado por S.
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S.
Olá a todos
Já tinha visitado o site por algumas vezes mas nunca fiquei por muito tempo. Hoje decidi registar-me apenas para partilhar a minha experiência na esperança de que possa ajudar alguém que passe pelo mesmo...
Fui educada como católica e fui ouvindo histórias do sobrenatural enquanto cresci, e já depois de adulta também. Depois de fazer o Crisma fui-me afastando progressivamente, sem dar conta. A doutrina não me fazia sentido porque tenho o hábito de questionar e racionalizar tudo. Isso e a preguiça de levantar ao domingo para ir à missa, claro 😏
Os anos passaram, tive uma relação longa, vivi 8 anos com uma pessoa. Quando a relação terminou dei uma volta à minha vida, mudei de casa e de emprego. Passei uma fase muito difícil, entre o luto da relação que me demorou 2 anos a fazer porque não conseguia chorar e o trabalho novo que não estava a correr bem. Esgotei, fui-me abaixo, fiquei mais frágil que nunca. A pessoa com quem estive mudou-se para um prédio do outro lado da rua passado um ano depois de nos separarmos, com a pessoa nova com quem estava (e ainda está) e isso também foi um bocado brutal. A fase má finalmente passou, a empresa deu-me um novo cargo que adoro e a vida voltou a sorrir. Mas infelizmente não. Apesar de ter todas as razões para sorrir, quando começo a sentir-me mais feliz e mais eu, caio naquele desespero sem nome dos últimos 2 anos, sem perceber porquê e quase contra minha vontade. Sinto-me constantemente a travar uma batalha com o meu cérebro e estou a ficar esgotada. Dou por mim a odiar as pessoas mais queridas porque "têm sempre os mesmos problemas porque querem, não sei porque não fazem/dizem isto e resolvem o assunto!" ou a odiar as pessoas que me confiam os seus problemas porque "ficam a sentir-se bem quando falam comigo mas eu fico com a carga deles". Isto sempre aconteceu, estou em qualquer lado e um estranho aproxima-se e começa a contar-me tudo do nada. Enquanto estive mais frágil ressentia-me com isto mas quando comecei a ficar melhor abracei a ideia da compaixão e de poder confortar alguém que precise. Mas as coisas caem numa espiral vertiginosa para o pior em segundos e do nada dou por mim super mal cada vez que entro numa fase boa. Sempre tive episódios de viagem astral desde miúda e nunca me lembrava de onde ia nem o que fazia, mas nunca tive medo. Mas desde o início desta fase há 2/3 anos comecei a ter medo e a lutar contra ela quando sinto que vai acontecer. Tive alguns episódios de paralisia do sono, que também eram relativamente frequentes. No último alucinei que algo negro saltou das costas do sofá para cima de mim. Desde q me mudei q passei a ter medo de dormir no quarto pq não queria estar sozinha, tirei o espelho de frente da cama e virei-a pra outro lado. Durante esta fase virei-me para a chamada espiritualidade new age e tive o 'awakening'. Comecei a estudar astrologia. Não sei onde foi parar a minha mania de achar q pode haver algo espiritual mas normalmente há uma explicação racional também. Hoje, que sei que não tenho motivos para voltar a cair na escuridão dos últimos 2 anos, desespero-me porque me sinto presa por esta tristeza que não é a minha, pensamentos de ódio que não são os meus, uma angústia que não consigo pôr em palavras. O meu cérebro parece estar permanentemente no ponto em que está prestes a fazer shut down. Toda a gente me vê algo nos olhos, mesmo quem não é ligado a nada me diz que estão sem vida, e é assim que os sinto (o esquerdo incha sem razão, até). Estou incapaz de voltar a sentir alegria a 100%, quando começo a afundar choro bastante. Agora já consigo pôr esta tristeza pra fora, mas hoje em dia ela não tem razão de ser, não é "minha", e não entendo porque é que tenho este pensamento obssessivo de que "Estou podre". Em desespero de causa (ou piloto automático, já não sei) fui buscar as medalhas benzidas, e o meu cérebro acalmou. Pode ter sido a sugestão, não sei. Sempre fui intuitiva, mas nestes últimos anos a coisa agudizou-se. O tlf fixo toca e eu sei quem é, ligam-me de um n' q não conheço, também sei quem é e para que é. As pessoas são transparentes e isso deixa-me triste e pesada. Quanto mais "sei", mais frágil e exposta me sinto, como uma ferida aberta ambulante. Ganhei um medo terrível da viagem astral. Tenho uma sensação permanente de enjoo e tontura (sensação de 'spaced out') e sinto que estou a lutar pra recuperar o meu eu, a minha força vital, mas estou a perder as forças. A zona da cabeça é onde me sinto mais fraca/pesada, um peso dificil de descrever. Nunca pedi dons, nunca fiz pactos nem toquei em magia, excepto brincadeiras de adolescente com o jogo do copo, que nem deu em nada. Detesto sentir que toda a gente vê que não estou bem, mas é demasiado notório até para mim. Agora que faço esta retrospectiva, apercebo-me que das últimas vezes que fui à igreja (há muito, muito tempo) tive uma dificuldade enorme em conseguir que a voz me saísse da boca. Consigo mexer os lábios, mas falar custa-me, assim como tive dificuldade em repetir a oração da renúncia aquando do baptizado dos meus dois afilhados. A minha mãe tentou dar-me o típico crucifixo benzido pra ter em casa e tb recusei, assim como guardei as poucas figuras de santos q tenho. Caramba, onde é que eu tinha a cabeça?
Bom, a minha mãe levou uma foto minha sem eu saber a uma pessoa. Minha e não só, porque a minha sobrinha andava a ser importunada pela minha avó que já faleceu e estamos a tratar do caso. Olhando para as fotos todas que estavam em cima da mesa o padre perguntou quem eu era. A minha mãe respondeu e perguntou porquê. Ele respondeu que "Essa menina está muito doente. Ela anda no psicólogo, mas o que ela tem não se resolve no psicólogo."
Bom, marcamos para lá ir, porque estou em desespero de causa e estou exausta. Tenho a certeza que tenho algo comigo que não é meu, e espero ir a tempo de resolver o assunto, seja ele qual for. Independentemente do credo, a fé protege-nos e eu devo ter perdido a minha sem dar conta. O meu momento de fragilidade abriu as portas pra algo se colar a mim. Penso q seja isso, mas devo estar prestes a descobrir. Ou isso, ou a pessoa nova do meu ex achou que precisava de fazer-me algo, mas não tenho razões para acreditar nisso, até porque nunca o quis de volta, nem ele a mim. Bom, o que for, posso actualizar-vos assim que descobrir. Se alguém tiver experiências semelhantes que queira partilhar também gostaria de as conhecer. Um bem haja a todos.

Citação de: S. em 19 fevereiro, 2019, 00:10
Olá a todos
Já tinha visitado o site por algumas vezes mas nunca fiquei por muito tempo. Hoje decidi registar-me apenas para partilhar a minha experiência na esperança de que possa ajudar alguém que passe pelo mesmo...
Fui educada como católica e fui ouvindo histórias do sobrenatural enquanto cresci, e já depois de adulta também. Depois de fazer o Crisma fui-me afastando progressivamente, sem dar conta. A doutrina não me fazia sentido porque tenho o hábito de questionar e racionalizar tudo. Isso e a preguiça de levantar ao domingo para ir à missa, claro 😏
Os anos passaram, tive uma relação longa, vivi 8 anos com uma pessoa. Quando a relação terminou dei uma volta à minha vida, mudei de casa e de emprego. Passei uma fase muito difícil, entre o luto da relação que me demorou 2 anos a fazer porque não conseguia chorar e o trabalho novo que não estava a correr bem. Esgotei, fui-me abaixo, fiquei mais frágil que nunca. A pessoa com quem estive mudou-se para um prédio do outro lado da rua passado um ano depois de nos separarmos, com a pessoa nova com quem estava (e ainda está) e isso também foi um bocado brutal. A fase má finalmente passou, a empresa deu-me um novo cargo que adoro e a vida voltou a sorrir. Mas infelizmente não. Apesar de ter todas as razões para sorrir, quando começo a sentir-me mais feliz e mais eu, caio naquele desespero sem nome dos últimos 2 anos, sem perceber porquê e quase contra minha vontade. Sinto-me constantemente a travar uma batalha com o meu cérebro e estou a ficar esgotada. Dou por mim a odiar as pessoas mais queridas porque "têm sempre os mesmos problemas porque querem, não sei porque não fazem/dizem isto e resolvem o assunto!" ou a odiar as pessoas que me confiam os seus problemas porque "ficam a sentir-se bem quando falam comigo mas eu fico com a carga deles". Isto sempre aconteceu, estou em qualquer lado e um estranho aproxima-se e começa a contar-me tudo do nada. Enquanto estive mais frágil ressentia-me com isto mas quando comecei a ficar melhor abracei a ideia da compaixão e de poder confortar alguém que precise. Mas as coisas caem numa espiral vertiginosa para o pior em segundos e do nada dou por mim super mal cada vez que entro numa fase boa. Sempre tive episódios de viagem astral desde miúda e nunca me lembrava de onde ia nem o que fazia, mas nunca tive medo. Mas desde o início desta fase há 2/3 anos comecei a ter medo e a lutar contra ela quando sinto que vai acontecer. Tive alguns episódios de paralisia do sono, que também eram relativamente frequentes. No último alucinei que algo negro saltou das costas do sofá para cima de mim. Desde q me mudei q passei a ter medo de dormir no quarto pq não queria estar sozinha, tirei o espelho de frente da cama e virei-a pra outro lado. Durante esta fase virei-me para a chamada espiritualidade new age e tive o 'awakening'. Comecei a estudar astrologia. Não sei onde foi parar a minha mania de achar q pode haver algo espiritual mas normalmente há uma explicação racional também. Hoje, que sei que não tenho motivos para voltar a cair na escuridão dos últimos 2 anos, desespero-me porque me sinto presa por esta tristeza que não é a minha, pensamentos de ódio que não são os meus, uma angústia que não consigo pôr em palavras. O meu cérebro parece estar permanentemente no ponto em que está prestes a fazer shut down. Toda a gente me vê algo nos olhos, mesmo quem não é ligado a nada me diz que estão sem vida, e é assim que os sinto (o esquerdo incha sem razão, até). Estou incapaz de voltar a sentir alegria a 100%, quando começo a afundar choro bastante. Agora já consigo pôr esta tristeza pra fora, mas hoje em dia ela não tem razão de ser, não é "minha", e não entendo porque é que tenho este pensamento obssessivo de que "Estou podre". Em desespero de causa (ou piloto automático, já não sei) fui buscar as medalhas benzidas, e o meu cérebro acalmou. Pode ter sido a sugestão, não sei. Sempre fui intuitiva, mas nestes últimos anos a coisa agudizou-se. O tlf fixo toca e eu sei quem é, ligam-me de um n' q não conheço, também sei quem é e para que é. As pessoas são transparentes e isso deixa-me triste e pesada. Quanto mais "sei", mais frágil e exposta me sinto, como uma ferida aberta ambulante. Ganhei um medo terrível da viagem astral. Tenho uma sensação permanente de enjoo e tontura (sensação de 'spaced out') e sinto que estou a lutar pra recuperar o meu eu, a minha força vital, mas estou a perder as forças. A zona da cabeça é onde me sinto mais fraca/pesada, um peso dificil de descrever. Nunca pedi dons, nunca fiz pactos nem toquei em magia, excepto brincadeiras de adolescente com o jogo do copo, que nem deu em nada. Detesto sentir que toda a gente vê que não estou bem, mas é demasiado notório até para mim. Agora que faço esta retrospectiva, apercebo-me que das últimas vezes que fui à igreja (há muito, muito tempo) tive uma dificuldade enorme em conseguir que a voz me saísse da boca. Consigo mexer os lábios, mas falar custa-me, assim como tive dificuldade em repetir a oração da renúncia aquando do baptizado dos meus dois afilhados. A minha mãe tentou dar-me o típico crucifixo benzido pra ter em casa e tb recusei, assim como guardei as poucas figuras de santos q tenho. Caramba, onde é que eu tinha a cabeça?
Bom, a minha mãe levou uma foto minha sem eu saber a uma pessoa. Minha e não só, porque a minha sobrinha andava a ser importunada pela minha avó que já faleceu e estamos a tratar do caso. Olhando para as fotos todas que estavam em cima da mesa o padre perguntou quem eu era. A minha mãe respondeu e perguntou porquê. Ele respondeu que "Essa menina está muito doente. Ela anda no psicólogo, mas o que ela tem não se resolve no psicólogo."
Bom, marcamos para lá ir, porque estou em desespero de causa e estou exausta. Tenho a certeza que tenho algo comigo que não é meu, e espero ir a tempo de resolver o assunto, seja ele qual for. Independentemente do credo, a fé protege-nos e eu devo ter perdido a minha sem dar conta. O meu momento de fragilidade abriu as portas pra algo se colar a mim. Penso q seja isso, mas devo estar prestes a descobrir. Ou isso, ou a pessoa nova do meu ex achou que precisava de fazer-me algo, mas não tenho razões para acreditar nisso, até porque nunca o quis de volta, nem ele a mim. Bom, o que for, posso actualizar-vos assim que descobrir. Se alguém tiver experiências semelhantes que queira partilhar também gostaria de as conhecer. Um bem haja a todos.
Bem que relato!! Até pelo texto se consegue sentir a tristeza, o pesar e a tormenta do que está a passar..Mal nao deve fazer consultar esse padre e ver se realmente ele pode ajudar ou nao.. Quando tiver novidades por favor coloque aqui, gostaria de acompanhar! Desejo que encontre a sua paz e a felicidade..

Tenho te a dizer que consegui ler este relato todo, o que não é muito normal em mim, visto não ter paciência, para ler grandes textos, apesar de adorar ler. O teu não sei porque, li-o sem parar e a questão que te coloco é será que não tem haver, com a tua avó já falecida? Pois falas duma sobrinha, que está a ser importunada por ela. Davas-te bem com ela?

S.
Olá a todos! Obrigada pelas mensagens e preocupação! Bom, consegui tratar do assunto sim, e afinal era o dono do terreno onde está construído o prédio onde moro há 3 anos. Já tinha importunado outras pessoas aqui, mas defumar afastou-o temporariamente, só. Como eu estava a passar uma fase difícil quando me mudei foi fácil ele colar-se a mim. Foi uma experiência e tanto, falar com ele através da medium (o padre em questão já não atende mas ensinou-a e ela consegue fazer tudo, menos o que só o padre pode fazer)
Lição aprendida: se estouram 4 lampadas seguidas no quarto e 1 na entrada não deve ser só problema do circuito eléctrico... Ele estava a sofrer bastante e há muito tempo, por isso não foi difícil ele aceitar subir. Mas a experiência foi avassaladora. Saí de lá limpa, a sorrir como nunca. Tive a minha 1a noite de sono descansado em 3 anos. De manhã, parecia que nasci outra vez e o mundo é um lugar novo!
Ganhei um discernimento enorme sobre o que é meu e o que não é, entendo hoje que não os vejo nem ouço, eles fazem-me sentir o que é deles. Olho para os ultimos 3 anos e agora sei 80% do que sentia não era meu. Mas ultimamente, q senti que o meu ciclo mais duro tinha acabado e eu tenho todas as razões para estar feliz, dava por mim a sentir a raiva e a tristeza da pior fase, que já tinha ficado bem lá atrás. E quando não sabemos o porquê, porque o nosso eu está debilitado mas está bem e quer seguir em frente, isso quase dá connosco em doidos. Eu questionei mtas vezes a minha sanidade mental ultimamente.
A casa estava "leve" quando cheguei, e até o meu gatinho habitualmente medroso me saltou para o colo mal me sentei!
O wc, q é a unica divisão interior e sem janelas era o sítio onde tinha um medo (irracional, achava eu) de fechar os olhos. Lavava metade da cada de cada vez. Sei que não posso dar-me ao medo, mas estou ainda a aprender a defender-me e acho q deixei cair a minha vibração um pouco, porque infelizmente voltei a sentir algo a rondar. Não é a mesma energia, mas está a tentar. Agora sim, creio q possa ser a minha avó. Se me tivesse dado ao medo hoje de manhã já estava a sentir a tristeza que não é minha, aquela vontade quase incontrolável de chorar. Pode ser que como estamos a tratar a minha sobrinha e ela tenha tido de ir pra outro lado se tenha lembrado de tentar, agora q já não estava ocupada com um tão pesado.
Tenho estado a lutar o dia todo, a agarrar-me à boa energia que os afasta, mas isto é esgotante. Entendo agora que é possível que estas coisas nos afastem dos nossos, nos façam perder o emprego porque não conseguimos trabalhar,nos empanquem a vida. Se chega tão longe normalmente só se vê uma saída que não é boa, e que era a intenção do senhor que partiu mas não queria ir. Ouvi-lo dizer que me importunava porque "Gosto de a ter tolhida" gelou-me até aos ossos porque era isso mesmo que ele estava a fazer. Mas dirigi-me a ele com compaixão, q foi o que me inspirou. Agora tenho o meu sal, as minhas orações e afins, mas gostava de ter tido um pouco de sossego mais tempo... vou continuar a defender-me o melhor que consigo. Eu sei q falar nisto também não é bom, a energia fica logo mais pesada, mas se alguém passar pelo mesmo, espero que sirva para que não caia no mesmo erro que eu: o de achar que há uma explicação lógica (é uma fase má, estou um pouco deprimida, é do circuito eléctrico...) apesar de sempre ter respeitado este lado mais espiritual. Suponho que seja algo com que se aprende a viver, e espero que assim seja. E se há algum humor a retirar disto, é que do meu ex ao encosto, eram todos uns agarrados... agora o universo está a dever-me um milionário!! 🙂 (uso o humor como ferramenta pra lidar com quase tudo, felizmente).
Se alguém tiver conselhos sobre como lidar e domar esta empatia excessiva, também gostaria de conhecer as vossas experiências. Estou a começar a aprender a defender-me e está a aer difícil. Bem haja a todos vocês:)

Ainda bem que conseguiste resolver o problema, ou saber qual era a causa do problema. Acende umas velas, uns incensos de limpeza por casa e podes te proteger com pedras energéticas.