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  • Como Identificar os Espíritos desencarnados?
    Iniciado por Moreno Wilson
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Como Identificar os Espíritos desencarnados???

Vejamos as explicações de Kardec
Revista Espírita ANO 2 – SETEMBRO 1859 – Nº. 9

Os Espíritos superiores têm, como dissemos em muitas circunstâncias, UMA LINGUAGEM SEMPRE DIGNA, NOBRE, ELEVADA, sem mistura com qualquer trivialidade; eles dizem tudo com simplicidade e modéstia, não se vangloriam nunca, não exibem jamais seu saber nem sua posição entre os outros. A DOS ESPÍRITOS INFERIORES OU VULGARES TEM SEMPRE ALGUM REFLEXO DAS PAIXÕES HUMANAS; TODA A EXPRESSÃO QUE EXALA A BAIXEZA, A SUFICIÊNCIA, A ARROGÂNCIA, A FANFARRICE, A ACRIMÔNIA, É UM INDÍCIO CARACTERÍSTICO DE INFERIORIDADE, OU DE FRAUDE SE O ESPÍRITO SE APRESENTA SOB UM NOME RESPEITÁVEL E VENERADO.

Os bons Espíritos não dizem senão o que sabem; eles se calam ou confessam sua ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com segurança, sem se importarem com a verdade. TODA HERESIA CIENTÍFICA NOTÓRIA, TODO PRINCÍPIO QUE CHOCA COM A RAZÃO E O BOM SENSO, MOSTRA A FRAUDE SE O ESPÍRITO SE DÁ POR UM ESPÍRITO ESCLARECIDO.

OS BONS ESPÍRITOS NUNCA MANDAM; NÃO SE IMPÕEM: ELES ACONSELHAM, E, SE NÃO SÃO ESCUTADOS, SE RETIRAM. OS MAUS SÃO IMPERIOSOS: DÃO ORDEM, E QUEREM SER OBEDECIDOS. TODO ESPÍRITO QUE SE IMPÕE TRAI SUA ORIGEM.

Os bons Espíritos não lisonjeiam; eles aprovam quando se faz bem, mas sempre com reserva; os maus dão elogios exagerados, estimulam o orgulho e vaidade pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles que querem captar.

É necessário desconfiar de nomes bizarros e ridículos que tomam certos Espíritos que querem se impor à credulidade; seria soberanamente absurdo tomar esses nomes a sério.

É NECESSÁRIO IGUALMENTE DESCONFIAR DAQUELES QUE SE APRESENTAM, MUITO FACILMENTE, SOB NOMES EXTREMAMENTE VENERADOS, E NÃO ACEITAR SUAS PALAVRAS SENÃO COM A MAIOR RESERVA; É AÍ SOBRETUDO QUE UM CONTROLE SEVERO É INDISPENSÁVEL, porque, frequentemente, trata-se de uma máscara que tomam para fazer crer em pretensas relações íntimas com os Espíritos fora de linha. Por esse meio eles agradam a vaidade, e dele se aproveitam para induzir, frequentemente, a diligências lamentáveis ou ridículas.

OS BONS ESPÍRITOS NÃO ACONSELHAM JAMAIS SENÃO COISAS PERFEITAMENTE RACIONAIS; toda recomendação que se afastasse da direita linha do bom senso e das leis imutáveis da Natureza acusa um Espírito limitado e ainda sob a influência de preconceitos terrestres, e, por conseguinte, pouco digno de confiança.

Os Espíritos maus, ou simplesmente imperfeitos, se trairiam ainda por sinais materiais com os quais não poderia equivocar-se. Sua ação sobre o médium, algumas vezes, é violenta, e provoca em sua escrita movimentos bruscos e irregulares, uma agitação febril e convulsiva, que contrasta com a calma e a doçura dos bons Espíritos.

Um outro sinal de sua presença é a obsessão. OS BONS ESPÍRITOS NÃO OBSIDIAM JAMAIS; OS MAUS SE IMPÕEM EM TODOS OS INSTANTES; É POR ISSO QUE TODO MÉDIUM DEVE DESCONFIAR DA NECESSIDADE IRRESISTÍVEL DE ESCREVER QUE SE APODERA DELE NOS MOMENTOS MAIS INOPORTUNOS. ESSE NÃO É NUNCA O FATO DE UM BOM ESPÍRITO, E NÃO DEVE A ISSO CEDER.

Allan Kardec
Revista Espirita ANO 2 – SETEMBRO 1859 – Nº. 9

Wilson Moreno