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  • [Outro] O verdadeiro Tarzan
    Iniciado por MissTiny
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1991 - As mulheres de uma vila de Kabonge, em Uganda, olhavam espantadas a grande algazarra que faziam macacos verdes africanos enquanto corriam, atiravam gravetos e paus roubando comida da aldeia. Cansados da bagunça, espantaram os animais, e capturaram um deles que subia numa árvore. Ao olharem de perto o "animal", a surpresa foi geral...tratava-se de um menino, coberto de poeira, cabelos e pelos por todo o corpo. Também tinha unhas compridas, e pulgas se alojavam em todas as cavidades do corpo.

Depois de banhá-lo, barbeá-lo e colocá-lo em trajes "decentes", o jovem foi identificado por um aldeão como John Ssabunnya, menino desaparecido da vila anos antes, depois da morte de seus pais. O garoto, aos 5 anos de idade, havia assistido ao pai assassinar a mãe, e assustado, fugiu para a floresta. Após o crime, o pai do menino suicidou-se. Ninguém conseguiu seguir o rastro do pequeno órfão.

Uma colônia de macacos verdes recolheu o menininho e adotou-o , salvando assim sua vida. O menino aprendeu tudo com os macacos, inclusive subir em árvores e comer uma dieta de frutas, nozes, raízes e grãos. Viveu com sua nova "família" por 3 ou 4 anos, até ser capturado pelos aldeões de sua vila.

John foi encaminhado para um orfanato cristão em Kamuzinda, a 161 Km de Kampala, onde foi adotado pela família do administrador do orfanato, Paul Wassuna. Aprendeu a falar e comportar-se como um ser humano. The Pearl Of Africa Children Choir, um grupo de canto coral do orfanato, ajudou-o a recuperar o contato com a civilização.

Hillary Cook, uma dentista inglesa de 56 anos que trabalhava em Uganda naquele tempo, encontrou John e passou sua história para a BBC (emissora de TV inglesa British Broadcasting Corporation), que verificou sua veracidade.

Depois de ouvir todas as testemunhas do caso, a BBC levou um grupo de crianças, incluindo John, para o Centro de Educação de Vida Selvagem de Uganda, onde a primatologista Debbie Cox trabalhava com um grupo de macacos verdes africanos. O Psicólogo americano Douglas Candland, da Universidade de Buckneell, uniu-se à ela neste estudo. Segundo o estudioso, os macacos verdes seriam os únicos da raça que teriam aceito um humano entre eles. Passam longos períodos de tempo no solo, tem uma dieta adequada e um garotinho de cinco anos poderia acompanhá-los.

John não via macacos desde que havia sido capturado. A especialista estava bastante céptica quanto aos resultados da experiência. John, completamente integrado com as crianças, iniciou sua visita. Ao chegar perto dos macacos, as crianças começaram a provocá-los, atirando galhos e gritando.

John tomou uma atitude completamente diferente dos outros: ficou encolhido e esticou sua mão aberta para os macacos¹. Começou uma complicada rotina de olhares oblíquos e sons guturais, de alguma forma harmoniosos. Todas as pessoas presentes ficaram em silêncio profundo, observando a cena boquiabertos. Em menos de duas horas, John foi completamente aceito pela comunidade dos macacos e estava alegremente interagindo com eles, compelindo Debbie Cox a declarar que certamente ele havia passado pelo menos 2 anos vivendo entre os macacos na floresta. Sua vida foi divulgada num documentário em 1999.


Depois de observá-lo com os macacos, a Dra. Cox e o Dr. Candland contrataram John como guarda, que aproveitará assim seu conhecimento sobre os animais, que não o temem.

Pelo fato de John ter aprendido a falar antes de ter fugido para a selva, ele é a primeira criança selvagem capaz de esclarecer a sua experiência para cientistas independentes. É a prova viva de que um humano pode sobreviver com outra espécie. Mas o fato mais notável do seu percurso é que, ao contrário de outros casos, ele conseguiu crescer como uma criança feliz e integrada.
Fonte:Mistérios na Web