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  • A decisão de Trump que está a abalar o mundo
    Iniciado por Paraphenomenal
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Obama e Biden, dois dos responsáveis pelo acordo, temem uma guerra e dizem que decisão enfraquece a segurança dos Estados Unidos. Irão faz apelo aos aliados. França, Reino Unido e Alemanha pedem contenção. Israel congratula-se. UE quer manter tudo



Rouhani fala em "guerra psicológica", Obama diz que é "um erro grave", John Kerry fala em "isolamento" face aos aliados europeus e Netanyahu congratula-se pela "decisão valente". A decisão de Donald Trump de rasgar o acordo nuclear com o Irão, um entendimento que remonta a julho de 2015 (Administração Obama), continua a fazer correr muita tinta.

A decisão do Presidente norte-americano, anunciada no final da tarde de terça-feira, quebrou o acordo mas Trump admite voltar à mesa das negociações. "Vamos trabalhar com os nossos aliados para chegar a uma solução real, abrangente e duradoura para a ameaça nuclear iraniana." O líder dos EUA defende que o acordo vigente não impediu o Irão de continuar a enriquecer urânio e que aquele país não estará muito longe de estar apto a montar as peças de uma bomba nuclear.

Pouco depois de Trump falar ao país e ao mundo, o Presidente iraniano fez o mesmo, pedindo uma ação dos aliados para o acordo "sobreviver". Hassan Rouhani considera que os Estados Unidos "desprezam os compromissos internacionais" e vai mais longe: "Isto é uma guerra psicológica. Não vamos permitir que Trump vença".

Reino Unido, França e Alemanha entraram em ação, alguns minutos depois, num comunicado conjunto. Merkel, May e Macron mostraram-se "preocupados" e apelaram à "responsabilidade" dos outros países que estão incluídos no acordo. Mais: garantiram que o povo iraniano "manterá os benefícios económicos que resultam do acordo", pois tem cumprido o estipulado no pacto aprovado por unanimidade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo confirmado pela Agência Internacional de Energia Atómica. Por isto, Merkel, May e Macron pedem "contenção" ao Irão.

O primeiro-ministro de Israel era, esta terça-feira, um homem feliz. "O Presidente Trump tomou uma decisão valente." Benjamin Netanyahu agradeceu ainda em nome do povo israelita aos Estados Unidos por "travar a atitude agressiva do Irão".

Barack Obama, ex-presidente norte-americano e o principal responsável pelo acordo, diz que a decisão do seu sucessor "é um erro grave", conta o Politico. "Todos sabemos os perigos de o Irão obter a arma nuclear. Se se perderem os constrangimentos ao programa nuclear do Irão sob o Plano de Ação Conjunto Global, podemos estar a acelerar o dia em que nos vamos deparar com a escolha entre viver com essa ameaça ou avançar para a guerra para preveni-la." Obama insiste que o acordo estava a resultar, uma visão partilhada, segundo o próprio, pelos aliados europeus, especialistas independentes e o atual secretário da Defesa norte-americano, James Mattis.

Joe Biden, o número dois da Administração Obama, assina por baixo. "O presidente Trump fabricou uma crise para os seus interesses políticos que nos coloca numa rota de colisão não só com o adversário mas também com os nossos parceiros mais próximos." Biden, ex-vice-presidente norte-americano, disse ainda que o tiro pode sair pelo lado errado da pistola. "Vai permitir ao Irão conseguir simpatia internacional enquanto nada faz para reduzir as suas atividades danosas no Médio Oriente." E sentencia: "O anúncio de hoje [terça-feira] enfraquece a nossa segurança, quebra a palavra dos Estados Unidos, isola-nos dos nossos aliados europeus, coloca Israel em maior perigo, fortalece o Irão e reduz o nosso espaço de manobra para tratar o mau comportamento de Teerão".

Biden colocou a bola do lado dos europeus e deseja que estes encontrem a firmeza para manterem o acordo intacto. Federica Mogherini, a alta representante da União Europeia para a Política Externa e vice-presidente da UE, partilha da mesma opinião e pede à comunidade internacional para preservar o acordo com o Irão. "A União Europeia vai manter-se comprometida com a completa e eficaz concretização do acordo nuclear. Confiamos totalmente no trabalho, competência e autonomia da Agência Internacional da Energia Nuclear, que publicou dez relatórios que certificam que o Irão está a respeitar o compromisso."

Mogherini diz ainda que o levantamento das sanções àquele país representava uma "parte essencial" do acordo. "Os Estados Unidos sublinharam repetidamente que o levantamento das sanções relacionadas com o nuclear tem um impacto positivo não só nas relações económicas e comerciais com o Irão mas também traz benefícios cruciais para o povo iraniano."

Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/trump/%e2%80%9cguerra-psicol%c3%b3gica%e2%80%9d-%e2%80%9cerro-grave%e2%80%9d-%e2%80%9cisolamento%e2%80%9d-e-%e2%80%9cdecis%c3%a3o-valente%e2%80%9d-as-rea%c3%a7%c3%b5es-%c3%a0-decis%c3%a3o-de-trump-de-rasgar-acordo-nuclear-com-ir%c3%a3o/ar-AAx0jX7?ocid=iehp
ILYM

Trump quer fazer dos Estados Unidos uma supremacia.... Valorizar o valor comercial do Dólar. A que custo, isso, é outra questão.
DeepGirl