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  • O livre arbítrio não existe
    Iniciado por F.Leite
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Citação de: credatis em 10 abril, 2018, 01:10
O livre arbítrio existe, apenas é fortemente condicionado. A forma mais eficaz de minimizar o condicionamento é através da educação e instrução correctas. Enquanto ninguém resolver o problema do "gato de schrodinger" somos livres desde a consciência à partícula subatomica.

     A partir do momento em que algo está sujeito a condicionantes cessa a liberdade. A nossa mente foi criada para assumir posturas e mantê-las ao longo da vida elaborando para isso como que uma matriz de comportamentos. É esse algoritmo gerado pela experimentação de algo e pelos resultados alcançados pela experiência que ficam gravados no subconsciente e serão reproduzidos no futuro aquando de experiências idênticas.

     Grande parte dos nossos medos advêm desses algoritmos assimilados como verdades. Se em criança uma aranha passeou pelo meu berço e o meu instinto de sobrevivência accionou o medo como necessidade de fuga ao desconhecido. Na impossibilidade de fugir fez-me gritar na ânsia de assustar e assim afastar a aranha da minha beira. Sobrevivi a esse encontro imediato de 1º grau com uma aranha e o meu subconsciente regista que gritando se sobrevive à presença de aranhas. O que vai acontecer é que no futuro e sempre que eu vir uma aranha, o meu subconsciente vai-me fazer sentir de novo esse medo por forma a fazer-me gritar na intenção de que a aranha se afaste. Pode a vergonha fazer-me conter na extrapolação desse medo e simplesmente paralisar-me os movimentos, mas isso também depende do valor que o subconsciente atribui à vergonha e à forma como criou o algoritmo com que protege o corpo nas situações regidas por esse sentimento.

     Eu até posso saber que a aranha é um animal inofensivo e ter vergonha da minha reação, mas não sou eu que mando quando as vejo, é o meu subconsciente que assume o controle e lá se vai o meu livre arbítrio. Felizmente comigo não acontece mas não faltam pessoas que se queixam deste tipo de medos dos quais desconhecem a origem.

     Não fosse esta forma da nossa mente funcionar, nós mudaríamos de ideias e de comportamentos todos os dias e não andaríamos por aqui a queixar-nos de que a vida não nos corre de feição, mas a forma como a mente se hipnotiza numa forma especifica de agir perante as situações faz com que, embora a mente queira a mudança, o subconsciente continue a impôr a acção que sempre assumiu como acertada.

     Eu queria tanto ser diferente, Eu queria tanto ser capaz, Eu queria tanto alcançar os meus objetivos. Sim, eu queria, mas se não é isso que o meu subconsciente tem armazenado como capacidade ou qualidade que gere o meu corpo, irá ele mesmo boicotar todas as tentativas que de forma consciente eu fizer para tentar concretizar os meus desejos.

     Nem a consciência tem livre arbítrio pois o subconsciente boicota as suas tentativas, nem o subconsciente tem livre arbítrio pois funciona de acordo com algoritmos que podem ter sido armazenados baseados em suposições plenas de sentimentos mas privadas de lógica.

#16
Retire-se a capacidade intelectual ao ser humano e ficamos com um animal patético com poucas mais-valias que lhe garantam a sobrevivência na natureza selvagem.

Tal como outros animais sem tamanho, força, mecanismos de defesa ou armas naturais que lhe permitam defender-se e/ou passar despercebido dos grandes predadores, o futuro ser humano só podia contar com a força do grupo para sobreviver.
Viver em grupo tem a vantagem de aumentar as hipóteses de sobrevivência, mas para ganhar essa vantagem é preciso abdicar de outras coisas. Nomeadamente, da possibilidade de ser diferente. Um grupo mantém-se forte na medida em que os seus membros vivem e agem de acordo com um conjunto de regras. Para uma zebra é bom que todas as zebras sejam muito parecidas, porque diz que as riscas dificultam a vida ao predador na hora de escolher e perseguir um delas. Para uma sardinha, pertencer a um cardume e agir como uma entidade de um só pensamento é bom, porque também aumenta as probabilidades de sobreviver a um ataque de um predador quando comparado à hipótese de ser abocanhado se estiver sozinho no oceano.

Tal como para as zebras e as sardinhas, estas verdades da natureza também pertencem ao nosso património biológico. Assim, também nos grupos humanos se preza a conformidade, a bem da força e sobrevivência de todos.

Teremos evoluído desde então, tornámo-nos conscientes, racionais. À medida que as sociedades foram ficando mais sofisticadas, a simplicidade da lei da selva modificou o seu aspecto, mas no essencial manteve-se igual. Deixámos de ter a pressão dos grandes predadores da selva mas passámos a ter a pressão dos grandes predadores dentro da nossa espécie para nos mantermos conformistas. Os líderes dos grupos, a política e a religião, vendo os benefícios de ter um grupo alargado de pessoas conformistas e obedientes, tornaram-se os grandes predadores.

Ao longo da História são mais que muitos os exemplos de pessoas que foram ostracizadas, perseguidas e executadas por serem diferentes e/ou por se oporem às regras estabelecidas. Mesmo que não estivessem contra nada nem ninguém, a simples possibilidade de poderem contaminar os restantes membros com essa coisa da "diferença" e assim destabilizar o grupo, era suficiente para serem perseguidos de alguma forma.

E ainda hoje é assim, as pessoas querem "pertencer" e de todos os lados nos dizem como deveríamos ser, como deveríamos pensar, como nos deveríamos parecer para pertencermos ao grupo. A família, a escola, os amigos, e claro, todos os meios de comunicação, tão disponíveis hoje em dia, nos impingem formas de ser e de estar. Estamos sujeitos a isso desde o nascimento.

Os comportamentos que temos, maus ou bons para nós, não se mantêm porque sim. Se sobrevivem e se repetem é porque há uma qualquer vantagem que a pessoa retira de manter o dito comportamento. E muitas vezes, a pessoa persiste no erro porque é instigada a isso pelos outros, de forma mais ou menos aberta. O grupo pressiona, a pessoa submete-se. É apenas a lei da selva.

É assim tão estranho que as pessoas sejam hipnotizadas com relativa facilidade? Programas de televisão à parte, é possível hipnotizar dezenas de pessoas ao mesmo tempo, basta que elas estejam disponíveis para isso.

Portanto, onde está o livre arbítrio? A liberdade é uma ilusão, a liberdade de ser e de pensar é algo que se conquista, não é uma prenda que nos é dada quando nascemos ou quando se atinge a maioridade. A verdade é que a maioria das pessoas não é livre, não verdadeiramente. Nem tem aspirações a sê-lo, porque prefere o conforto da aceitação do grupo do que a incerteza de pensar por si e estar só.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Cassandra ao teu post respondo-te com a Lei da Thelema:

"Faz o que tu quiseres, será o todo da Lei,
Amor é a Lei, amor sob Vontade"

Aiwass a Aleister Crowley
"Faz o que tu quiseres
Amor é a Lei,amor sob Vontade"

Deuses ditando a Aleister Crowley

#18
Citação de: F.Leite em 10 abril, 2018, 11:16
    A partir do momento em que algo está sujeito a condicionantes cessa a liberdade. A nossa mente foi criada para assumir posturas e mantê-las ao longo da vida elaborando para isso como que uma matriz de comportamentos. É esse algoritmo gerado pela experimentação de algo e pelos resultados alcançados pela experiência que ficam gravados no subconsciente e serão reproduzidos no futuro aquando de experiências idênticas.

    Grande parte dos nossos medos advêm desses algoritmos assimilados como verdades. Se em criança uma aranha passeou pelo meu berço e o meu instinto de sobrevivência accionou o medo como necessidade de fuga ao desconhecido. Na impossibilidade de fugir fez-me gritar na ânsia de assustar e assim afastar a aranha da minha beira. Sobrevivi a esse encontro imediato de 1º grau com uma aranha e o meu subconsciente regista que gritando se sobrevive à presença de aranhas. O que vai acontecer é que no futuro e sempre que eu vir uma aranha, o meu subconsciente vai-me fazer sentir de novo esse medo por forma a fazer-me gritar na intenção de que a aranha se afaste. Pode a vergonha fazer-me conter na extrapolação desse medo e simplesmente paralisar-me os movimentos, mas isso também depende do valor que o subconsciente atribui à vergonha e à forma como criou o algoritmo com que protege o corpo nas situações regidas por esse sentimento.

    Eu até posso saber que a aranha é um animal inofensivo e ter vergonha da minha reação, mas não sou eu que mando quando as vejo, é o meu subconsciente que assume o controle e lá se vai o meu livre arbítrio. Felizmente comigo não acontece mas não faltam pessoas que se queixam deste tipo de medos dos quais desconhecem a origem.

    Não fosse esta forma da nossa mente funcionar, nós mudaríamos de ideias e de comportamentos todos os dias e não andaríamos por aqui a queixar-nos de que a vida não nos corre de feição, mas a forma como a mente se hipnotiza numa forma especifica de agir perante as situações faz com que, embora a mente queira a mudança, o subconsciente continue a impôr a acção que sempre assumiu como acertada.

    Eu queria tanto ser diferente, Eu queria tanto ser capaz, Eu queria tanto alcançar os meus objetivos. Sim, eu queria, mas se não é isso que o meu subconsciente tem armazenado como capacidade ou qualidade que gere o meu corpo, irá ele mesmo boicotar todas as tentativas que de forma consciente eu fizer para tentar concretizar os meus desejos.

    Nem a consciência tem livre arbítrio pois o subconsciente boicota as suas tentativas, nem o subconsciente tem livre arbítrio pois funciona de acordo com algoritmos que podem ter sido armazenados baseados em suposições plenas de sentimentos mas privadas de lógica.

Você escolheu essa opinião, a qual já partilhei. Para a ter, teve de pensar sobre tudo... foi condicionado, mas escolheu o seu caminho. O mundo da ciência faz-se com avanços que entram em disrupção com o mainstream.A ciência faz-se de actos  de reflexão e meditação continuada:  o cientista escolhe o seu caminho (o fluxo dos seus estudos), mediante conhecimento prévio...vivências prévias. Assim como artista faz o mesmo. Ciência, arte...condicionadas pela realidade, mas actos conscientes e livres (ainda que influenciados).

 A verdade é que a verdadeira prisão está na nossa mente, se sentirmos que somos livres é porque temos liberdade.
Se alguém prende a nossa mente, de onde origina o estado de liberdade, a uma mentira(A qual nos impede de vermos a real liberdade) que influencia o nosso estado de liberdade, nós somos na mesma livres se o sentirmos(Sinceramente).

A verdade é que somos livres nas nossas escolha, embora possam ser escolhas limitadas e não ilimitadas foram as escolhas anteriores que nos levaram a essa. A o que deu origem as escolhas foi a nossa existência, o nosso nascimento, o nosso nascimento foi uma das nossas escolhas pois fomos único(em vários casos) espermatozoide que conseguiu sobreviver e lutamos todos pela vida, quem criou o nosso espermatozoide foi um conjunto de factores não concretos ou Deus.
Mas lá está, Deus criou-nos e nós não tivemos opinião porque somos parte dele(Somos parte de Deus) a partir daqui se torna profundo cheio de paradoxos, na minha opinião é necessário compreender Deus na pratica e não teoricamente.

A verdadeira Liberdade está na nossa mente, somos livres se o acharmos. A Liberdade e felicidade estão de mão dadas, que é livre é feliz por isso. A felicidade está em fazermos o que nos faz feliz.

A vanguarda na Neurociência estuda métodos milenares para libertar a mente ao atingir o seu verdadeiro potencial. Tenho um livre intitulado de '' COMO SE TORNAR SOBRE-HUMANO'' de Dr. Joe Dispenza   que nos fala da pseudo-ciência cientificamente estudada através da neurologia, a desmistificação do misticismo, e fala da reação no cérebro(positiva) a chakras, mantras, etc que nos ajuda a descobrir o nosso verdadeiro potencial.

Bem Haja

#20
Subscrevo o post e um tema que eu me questiono muito se ha ou nao ha, na maior parte do tempo aquilo que eu sinto e que nao ha livre arbitrio a vida simplesmente acontece ,assim como muitas vezes nao tenho controlo sobre os meus pensamentos e sentimentos e percebo que seja dificil para as pessoas dizerem lhes que nao teem escolha alguma.Mas na verdade eu acho que a escolha so existe quando passamos por varias dificuldades e sofrimento na vida para aprendermos acho que talvez o nosso espirito tenha escolhido este percurso de vida mas o nosso ego/mente nao gosta
Esta e a minha visao

Eu acho que tambem depende da dimensao se estiver numa dimensao puramente fisica mental a pessoa nao tem livre arbitrio mas se estiver noutra dimensao como a espiritual secalhar ja existe livre arbitrio
Portanto tanto existe como nao existe livre arbitrio

Meus amigos, a maior parte das nossas decisoes sao formatadas por influencias externas. Nos somos influenciados pelos astros, reparem, Urano esteve em Carneiro ate ha pouco tempo, dai a exaltacao do Trump, Le Pen, Nigel Farage, presidente das Filipinas, Assad, etc., pois Urano em Carneiro favorece lideres tiranicos, totalitarios, de extrema-direita ou de extrema-esquerda. Nos somos influenciados pelo nosso mapa astral. Pelos pensamentos da nossa mae e da nossa familia, e dos nossos amigos. Pela cultura do pais onde vivemos. Quando comecamos a fazer trabalho mistico, oculto, religioso, a nossa mente comeca aos poucos a acordar, acreditem e um choque enorme, muita gente desiste, o nosso mundo, aquilo que nos disseram acaba por ruir. Nos somos levados a decidir de uma de outra forma, mas nao somos normalmente livres. Somos maquinas, nao somos homens, como disse ha 100 anos um grande ocultista.
C'est dans l'air.

#22
Olá

O termo neuroplasticidade é recente e não estava presente no começo dos diagnósticos de psique.
Antigamente acreditava-se que o cérebro que se tenha formado de miúdo a adulto seria permanente, a psiquiatria foi feita com esse crença. Hoje em dia sabe-se que é possível reconstruir as ligações cerebrais, que ela mudam e também se sabe que o nosso corpo de 7 em 7 anos é completamente diferente a nível celular.

Observando isto digo:
Existem doenças que são criadas por efeito placebo e que são curadas por efeito placebo também, mas qual é a probabilidade de elas se agravarem por ''auto-hipnose''?
Se formos a ver todos os pacientes submetidos a tratamento, são submetidos a interiorizar essa ideia, ao mesmo tempo pessoas que fazem isso a certa gente são chamadas de sombra e podem ser punidas.
Mas no ponto de vista da neuro ciência, essa contraria essa permanência, então os pacientes não deveriam ser tratados desse jeito, não como muito são, rotulados com doenças mentais.
Estudos de epigenética contrariam que as doenças mentais sejam transmissíveis de geração em geração, podem despertar na mesma linhagem mas que não é dos genes.


Assim sendo, nós até temos livre abritrio em criar as nossas influências mas lá esta, a vida é extremamente organizada.
Nós pertencemos à teia da vida e nosso lugar e destino já esta ditado. Logo do começo as nossa escolhas são limitadas à nossa existência, ao nosso corpo, à nossa lingua, aos nosso sentidos... por isso é que a liberdade é mental, um estado de espirito ou o sentimento de ser livre.

É um paradoxo, eu sou livre, tenho livre arbítrio, mas todas as minha decisões são limitadas à minha existência.
Creio que o sentimento de liberdade será um sentimento de satisfação permanente, liberdade da insatisfação. Chamam-lhe o Nirvana que é sinonimo de libertação.
A libertação do ciclo de encarnações é uma meta no Budismo e Hinduismo.


Bem haja,
Roavk

Quanto ao tema do tópico: "O livre arbítrio não existe"... é simplesmente mentira.

A pessoa têm sempre direito a livre resolução, mas muitos parecem querer esquecer-se que todas as decisões que o espírito toma têm SEMPRE consequências, ainda nesta ou numa próxima vida... sempre... sem excepções. A Justiça Divina que jamais se deixa desviar, enganar ou corromper garante-o... e a pessoa terá sempre a recompensa ou o castigo pela decisão que tomou livremente.

Muitos sobrecarregam-se de tal maneira com decisões livremente tomadas mas no sentido errado que aquilo que têm de colher é tão mau que por vezes por bastante tempo de alguma forma parece que o livre arbítrio não existe.

Por algum motivo decidiu o criador do tópico misturar a hipnose no tema...
... a hipnose é de facto um crime espiritual, e o hipnotizador ficará agarrado a cada um daqueles que hipnotizar até os ajudar a libertar dos erros a que ele(a) levou a cometerem.
E sim, muita gente pode ser hipnotizada mesmo sem quererem ser hipnotizadas, e sim algumas pessoas não podem ser hipnotizadas.
O conselho é que trabalhem em si mesmas para deixarem vir ao de cima a sua intuição espiritual que nunca falha (não confundir com sentimento) e levarem sempre a sério as advertências porque os outros não podem esconder o que são do vosso espírito, é lhes impossível isso, logo o vosso espírito saberá imediatamente se estão perante alguém correcto ou errado e irá advertir-vos de tal... se derem ouvidos à advertência interior e agirem imediatamente poderão evitar muitas situações desagradáveis algumas delas potencialmente fatais.
Os que pensam ajudar os hipnotizados apenas estão a prejudicá-los, mesmo que aparentemente ocorram melhorias, já que só o próprio é que pode mudar-se de forma definitiva e têm de o fazer por vontade e livre decisão própria... enquanto o fizer por pressão exterior de um terceiro tal não se tratará de algo próprio e por esse motivo o que acontece é que estagna espiritualmente e eventualmente entra em queda espiritual por não conseguir prosseguir com as experiências que necessita aqui na Terra para colmatar as suas falhas e erros.
Os hipnotizadores, pelo menos os supostamente bem intencionados, pensam ajudar mas estão a atirar-lhes "pedregulhos" para cima, a dificultar e de que maneira a verdadeira vida às suas vítimas.

#24
     João Azul, por vezes afasto-me do forum por uns tempos e algumas respostas acabam por me escapar à leitura. Ontem uma apreciação de um membro levou-me a reler tudo e a sua mensagem mereceu especial atenção. Tendo em atenção a forma direta e sem rodei-os com que respondeu julgo eu que também gosta que as respostas que lhe dão sejam diretas e desprovidas de rodeios e de hipócrisias.

    Vamos por partes.

    Dizer que dizer que "o livre arbítrio não existe" é simplesmente mentira e defender essa ideia somente com ideias baseadas na fé e no que os livros da especialidade dizem, demonstra o que eu até aqui falei no desenvolvimento do tema. Você está de tal forma hipnotizado nas ideias espíritas que bloqueia em si mesmo a capacidade de tentar ver o ponto de vista dos outros. É uma constatação, não uma crítica.

    Do meu ponto de vista ( e é disso que eu pretendo alertar com o tópico) nós podemos estar a ser mentalmente manipulados para crer e acreditar em coisas e em princípios que podem ser mentiras criadas para nos tornar mais ainda dependentes dessas mesmas crenças. Exponho as minhas ideias depois de muito matutar sobre elas e de chegar à conclusão que têm um mínimo de bases para serem credíveis. Faço-o não para satisfazer o meu ego, mas porque me dói ver tanta gente a recorrer ao fórum com problemas causados por tantas crendices que só os destroem no corpo e na alma.

    Agrada-me dar conta que as minhas ideias são partilhadas por alguns membros, seria hipócrita se dissesse o contrário mas também tenho pena por haver pessoas que conseguem ler livros espíritas e ficarem doutores no assunto, mas não serem capazes de ler o que outro tipo escreve e esforçarem-se um mínimo para compreenderem o seu ponto de vista. Não dá para entender como é que conseguiram compreender o que os livros diziam.

    Eu não misturei a hipnose no tema, eu simplesmente tento explicar que na minha modesta maneira de entender e baseado nos conhecimentos sobre a forma como funciona a mente humana, a hipnose e mais concretamente a auto-hipnose podem-nos colocar em modo automático e dessa forma impedir-nos de fazer o que realente queremos, isso sim, que seria o livre arbítrio.

    Desculpe que diga que tudo o que fala sobre o espírito não corresponde à verdade do dia a dia. Se assim fosse as pessoas não estariam constantemente a cair em engodos e esparrelas engendradas por terceiros. Essa da intuição alertar contra terceirs de uma forma fiável tem muito que se lhe diga. Esquece-se que são os sentimentos de cada um que geram a confiança ou a repulsa com terceiros e não a alma.

    A seu ver e pelo que diz, curar alguém de uma doença ou de algum tipo de trauma que lhe bloqueia o comportamento social e que dessa forma o torna infeliz, é um crime cometido contra o espírito da pessoa. Então ajudar uma pessoa a alcançar os seus objetivos de ser feliz é um crime?

    Qual é então a função do espiritismo nisto tudo? Da maneira que se exprime dá a entender que é a função é mentalizar as pessoas que sofrem de que são uns miseráveis criminosos do passado e que devem agora sofrer por mal dos seus pecados? Iludi-los com a ideia de que dessa forma num futuro longínquo (e que ninguém sabe se existirá), irão ser anjos e ter asas?

    Já reparou que o que o espiritismo e as religiões em geral fazem é gerar uma crença na mente das pessoas (criam uma auto-hipnose no crente) que lhes passa a condicionar o comportamento, levando-as a viver mentalmente o que poderá ser uma ilusão que terceiros lhes querem impôr impedindo-os de usar livremente o livre arbítrio?

    Bem vistas as coisas as crenças espíritas podem estar a atirar pedregulhos para cima dos seus crentes e a dificultar e de que maneira, a vida às suas vitimas, usando técnicas de auto-hipnóse induzida. Sei o que digo, pois é a técnica que uso. Levo a pessoa a criar uma imagem mental do que anseia conquistar de forma a que o subconsciente aceite essa imagem como possível de alcançar. A partir daí a pessoa vai-se sentir impelida a obter esse futuro que imaginou para si mesma lutando contra os medos e a insegurança que antes a controlavam até alcançar o seu objetivo.

    Tão simples mas eficaz.