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  • Mediúnidade é dom divino?
    Iniciado por F.Leite
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     Ouço sempre dizerem que a mediúnidade é dom divino, sendo portanto algo que só pode possuir aquele que dele recebeu de deus o "milagre" de ter as características mentais necessárias para ser médium.

    Os preceitos necessários para que tal aconteça não andam portanto por aí ao deus dará à espera que qualquer um se apodere deles e faça da mediúnidade o uso que quiser. Ver ou ouvir entidades e até sentir "energias" são considerados mediúnidade e por conseguinte dons mediúnicos.

    Um "dom divino" - à excepção do vinho que também tem esse nome - não pode ser algo que os homens possam reproduzir de livre vontade nem tão-pouco por obra do acaso. Se os homens reproduzissem essa capacidade ela deixaria de ser dom divino ou então os homens simplesmente teriam conseguido igualar-se a deus ao fazê-lo.

    Vem isto a propósito das gravações em vídeo e áudio da atividade espiritual e de alguns aparelhos que medem a presença de "energias" espirituais. Aparecem amiúde gravações desses chamados fenómenos que quase sempre são aproveitados para atestar da verdade da vida espiritual.

    Como pode um aparelho, seja ele electrónico ou não, fazer o mesmo que para os humanos conseguirem fazer, tiveram que ter neles a intervenção de deus e das suas divinas capacidades?

     -Deus deu a alguns humanos a capacidade de ver espíritos e os homens fizeram máquinas que os filmam e fotografam.

     -Deus deu a alguns humanos a capacidade de ouvir espíritos e os humanos fizeram gravadores que lhes gravam a voz.

     -Deus pôs-nos no corpo forma de lhes sentir a presença e os homens criaram aparelhos com sensores que os sentem e medem até a intensidade da sua energia.

    Se o que os aparelhos captam, são na realidade espíritos, então a mediúnidade nada tem de dom divino pois nesse caso seria algo impossível a um humano de reproduzir.

    As hipóteses que restam são:

- A possibilidade de os aparelhos não captarem espíritos mas sim imagens e sons electrónicos enviadas propositadamente para serem captadas por esses aparelhos e isto daria muito para pensar e discutir.

- A mediúnidade ser algo inerente aos humanos (e a alguns outros animais) e nada ter de intervenção divina e muito menos com um fim que tenha especificamente a ver com evolução espiritual.

- Se os humanos (alguns) conseguiram igualar as capacidades de deus (isto se o que gravam são mesmo espíritos), seria bom repensar muito bem quem é deus afinal, pois se o que ele faz de divino os homens copiam onde lhe pára a divindade?

    Por certo nunca tinham pensado a coisa desta forma, mas eu sou assim, não me fico pela beleza ou feiúra das coisas, gosto sim é de saber o como e o porquê das coisas serem como são.

Os humanos que se afirmam mediúns não são os mesmos que procuram detectar espíritos através de meios tecnológicos, e os humanos que procuram respostas e não têm capacidades mediúnicas apenas querem acreditar que algo existe.

Médium que se preze, nunca afirma ter um dom sagrado ou divino. Pelo contrário, deve manter-se humilde e discreto e perceber porque possui esse dom. Muitos mediúns não o escolheram sê-lo, e outros nem compreendem porque o são. O "espectacular" não faz parte da personalidade de um médium. Aliás, as casas espíritas deveriam rever a forma como abordam este tema e como utilizam os "mediúns" que as frequentam. Demasiado "teatral".
DeepGirl

Citação de: DeepGirl em 06 janeiro, 2018, 11:54
Os humanos que se afirmam mediúns não são os mesmos que procuram detectar espíritos através de meios tecnológicos, e os humanos que procuram respostas e não têm capacidades mediúnicas apenas querem acreditar que algo existe.

     Não é bom generalizar nestas coisas pois há médiuns que não se conformam com o que lhes dizem e procuram formas de provar ou refutar essas mesmas afirmações.

     Os que não têm mediúnidade e procuram respostas não será somente porque se querem acreditar, mas talvez porque queiram saber se na realidade é como dizem ser, o que é uma atitude bastante mais saudável.

     Eu, por exemplo, sou médium e procuro respostas concretas pois não me conformo com muito do que me contam e isto porque a minha intuição me diz que são mentiras. Vou por isso desacreditar de tudo ou optar pela fé e correr o risco de ser mais uma ovelha no rebanho? Prefiro procurar respostas, coisa que dá trabalho e ocupa muito do meu tempo.

Citação de: DeepGirl em 06 janeiro, 2018, 11:54
Médium que se preze, nunca afirma ter um dom sagrado ou divino. Pelo contrário, deve manter-se humilde e discreto e perceber porque possui esse dom. Muitos mediúns não o escolheram sê-lo, e outros nem compreendem porque o são. O "espectacular" não faz parte da personalidade de um médium. Aliás, as casas espíritas deveriam rever a forma como abordam este tema e como utilizam os "mediúns" que as frequentam. Demasiado "teatral".

     Ora aí está o ponto quente da questão. Para se perceber porque se possui um dom é necessário saber o que, ou quem o originou. Não basta que nos digam quem foi e que os indícios que põem em causa essas afirmações fiquem por esclarecer.

     Se mediúnidade for um dom divino é uma coisa e terá uma finalidade especifica, mas se não for, tudo o que tem a ver com mediúnidade será outra coisa bem diferente com motivos e fins totalmente diversos daqueles que lhe são atribuídos. A situação é esta, preto no branco.

     O problema da espiritualidade é ser toda ela teatral, seja num centro espirita ou noutro local qualquer e isso é devido à carga sobrenatural e divina com que a impregnam.

     Já pensou se por acaso não andaremos todos a ser enganados e a sermos usados?

Eu também sou médium e também me coloco imensas questões e sempre coloquei. Há uns anos, distanciei-me de tudo o que sabia e acreditava e comecei a interessar-me por outras religiões, filosofias, dogmas. A verdade é que acredito que existe algo energéticamente superior a mim. Pois já vivenciei fisicamente e psicologicamente, se é que assim possamos chamar, eventos que não pude controlar e senti-me literalmente incapacitada, frágil e fraca perante tamanhas entidades luminosas. Se é superior aos outros humanos, ou se realmente é detectável através da tecnologia, não faço idéia.

Penso que faz muito bem em refutar tudo e todos. É assim que evoluímos.
DeepGirl

Citação de: F.Leite em 06 janeiro, 2018, 10:42
     As hipóteses que restam são:

- ...

- A mediúnidade ser algo inerente aos humanos (e a alguns outros animais) e nada ter de intervenção divina e muito menos com um fim que tenha especificamente a ver com evolução espiritual.

- ...

Já pensou dissociar os conceitos de evolução e de divindade?

Na minha opinião, a mediunidade não tem nada a ver com divindade e tem tudo a ver com evolução da consciência.




Eu cá acho que a mediunidade é uma característica humana como outra qualquer. A diferença reside no facto que em alguns seres humanos se apresenta mais desenvolvida que em outros.
Quanto a ser Divina ou não, acho que depende da visão e da religiosidade de cada um.

Citação de: Lancelot em 06 janeiro, 2018, 18:25
Eu cá acho que a mediunidade é uma característica humana como outra qualquer. A diferença reside no facto que em alguns seres humanos se apresenta mais desenvolvida que em outros.
Ou seja, tem tudo a ver com evolução.

CitaçãoQuanto a ser Divina ou não, acho que depende da visão e da religiosidade de cada um.
Quando discutimos um assunto, discutimos opiniões, é certo, mas estamos à procura das verdadeiras respostas. Na minha opinião, a mediunidade não tem natureza divina e na opinião de outra pessoa, tem. São simples opiniões e ninguém sabe a verdade. No entanto, a verdadeira natureza da mediunidade não depende das crenças de ninguém. Concorda?


#7
Citação de: xion em 06 janeiro, 2018, 18:51
No entanto, a verdadeira natureza da mediunidade não depende das crenças de ninguém. Concorda?



Sim e não. Acho que depende do ponto de vista de cada um.

Eu assisti a "dois tipos de mediunidade".
A) indivíduos em que a mediunidade surge naturalmente. E deste ponto de vista concordo.

B) indivíduos que a conseguem através de treino, estudo, etc. E deste ponto de vista não concordo. E não concordo porque nest caso os indivíduos ligaram-se de forma consciente a uma crença onde a pudessem estudar, treinar, etc.

Citação de: Lancelot em 06 janeiro, 2018, 19:02
Sim e não. Acho que depende do ponto de vista de cada um.

Eu assisti a "dois tipos de mediunidade".
A) indivíduos em que a mediunidade surge naturalmente. E deste ponto de vista concordo.

B) indivíduos que a conseguem através de treino, estudo, etc. E deste ponto de vista não concordo. E não concordo porque nest caso os indivíduos ligaram-se de forma consciente a uma crença onde a pudessem estudar, treinar, etc.

A mediúnidade não pode ser do tipo A ou do tipo B nem depender de pontos de vista. Simplesmente ou é coisa da mente por processo evolutivo ou é coisa divina e portanto só acessível aqueles a quem ele decidiu conceder esse dom. Divagar nas respostas só complica mais ainda o assunto que é demasiado importante, pois a mediúnidade não só complica como destrói a vida de muita gente. Inclusive houve milhares que foram assassinados (e alguns ainda o são neste planeta) por serem médiuns. Basta também ler alguns tópicos deste forum para concluir sobre os danos que causa, para chegar à conclusão que é um tema que deve ser bem estudado.

     A mediúnidade é algo que surge como que naturalmente mas que se desenvolve com a prática. Se a prática a desenvolve é porque é coisa da mente, do subconsciente. Algo que fosse divino não necessitaria de treino para funcionar correctamente ou então deus anda por aí a dar a mediúnidade a muitos que não tem condições para a usar e que sofrem com isso. Partindo do principio que deus é alguém inteligente decerto não o faria se fosse coisa dele.

     O problema é dizerem em algumas doutrinas que é um dom divino. Até já aqui li, escrito por alguns membros, que por ser divino não se deve cobrar pelo seu uso. A questão é que se não é coisa divina porque nos têm andado a enganar dizendo que é? Onde fica a moral desses espíritos de luz que o dizem?

#9
Olá FLeite. Como lhe disse num tópico atras, as minhas respostas e opiniões baseiam se nos meus estudos e nas minhas experiências de vida. E decerto que aquilo que eu defendia à 10 anos atras não é o mesmo de hoje. Além do mais nós vimos de tradicoes diferentes. Do espiritismo posso dizer que só estudei e nunca experienciei. Já da Umbanda eu estudei e experienciei durante uns bons anos. E se formos ver com calma apesar das semelhanças existem muitas diferenças.
Esta pequena introdução não é para defender nada nem ninguém, mas sim para demonstrar de onde vêm as minhas opiniões e experiências.
Para a sua pergunta a minha resposta é simples e directa. A mediunidade é puramente mental, tal como a religiosidade e outras coisas mais. Mas o facto de eu hoje responder assim, não me impede de me colocar dentro de mim mesmo 20 anos atras. Não impede de me colocar na mente de outros e de enxergar outros pontos de vista.
E em minha opinião existe dois tipos de mediunidade.
A- aquela que é latente e surgiu naturalmente.
B- aquela que está adormecida e foi despertada por um determinado culto.

Não é nada raro na Umbanda ver mediunidades adormecidas serem despertadas. E não é muito difícil que tal aconteça. Assim sendo e como tal foi despertada num culto, nada mais normal, que no êxtase de tal acontecimento que se direcione a mediunidade para uma origem Divina ou dádiva Divina. Não foi uma nem duas vezes que eu vi isto acontecer. Nestes casos a mediunidade acaba por ser enxergada como dádiva e não como um castigo. Escusado será de dizer que quando a mediunidade é despertada dificilmente ela se descontrola. Ao contrário de quem a tem latente e de forma natural. Que é difícil de controlar e que até certo ponto se torna rebelde. Acabando estes médiuns por encarar a mediunidade como castigo.

Com o devido respeito, para mim a mediunidade trouxe me mais benefícios que malefícios.
Essa destruição de que falas deve se a falta de formação e de informação. Bem como ao jogo de interesses religiosos.


          Lancelot, eu compreendo o seu ponto de vista e a minha intenção não é criticar mas procurar esclarecimento. E este aspecto da mediúnidade deveria ser esclarecido para passarmos a saber daquilo de que aqui falamos.

     Você fala de formação e de informação mas a mediúnidade remota a tempos em que nada disso existia e mesmo nos dias de hoje deve fugir ao ambiente da cidade e visualizar o mundo real da desinformação e da ignorância para se aperceber do que acontece com quem tem mediúnidade e vive nesses locais.

     Para mim, tanto a mediúnidade como os trabalhos que se fazem com ela, dependem exclusivamente da capacidade mental do individuo. Tanto de quem consulta como de quem é consultado. Tudo depende da forma como mentalmente é aceite o visto e o previsto pelo médium, assim como o médium entende o que recebe de acordo com o que mentalmente interiorizou como verdade de um acontecimento.

     Como vê, tudo depende do conhecimento e crença do médium e do consulente. Portanto tudo se baseia na mente e no seu funcionamento. Ninguém se trata se não acreditar no tratamento.

     Agora que venham espíritos dizer que é um dom e que se deve dar uso a esse dom segundo as premissas que eles mesmos estabelecem é algo bem diferente. Eles criam um caminho que querem à viva força que nós trilhemos sem que na verdade tenhamos a certeza onde nos leva esse caminho.

     E se ao andarmos aqui a falar de coisas que os espíritos ensinaram estivermos a divulgar mentiras contribuindo assim para que esses espíritos concretizem intenções dúbias e desonestas? Não será nossa obrigação ter a certeza em primeiro lugar, ou no mínimo questionar seriamente as probabilidades de não ser como eles dizem?

     Não é a fé que transforma a mentira numa verdade, por mais forte e ilimitada que seja essa fé. Porém com essa fé, se for uma fé errada, podemos destruir a vida de quem nos confia a sua vida ao pedir ajuda ou conselhos.

Meu caro, você sabe que tirando uma vírgula ou outra eu concordo consigo. Só quis mostrar o que se costuma pensar nos casos que falei.

Quanto ao resto, acho que não é por acaso o meu afastamento "desses caminhos". E só aqui continuo a vir porque faço questão de manter a informação fluida e corrente.

Citação de: F.Leite em 06 janeiro, 2018, 22:35
         
     Não é a fé que transforma a mentira numa verdade, por mais forte e ilimitada que seja essa fé. Porém com essa fé, (...) podemos destruir a vida de quem nos confia a sua vida ao pedir ajuda ou conselhos.

Aplausos.

Pergunto-me se a mediunidade e o electromagnetismo estarão interligados, é a eletricidade que nos dá vida, daí que quando se reanima alguém, por norma é utilizada a eletricidade, aliás até na literatura isso é mencionado por exemplo no livro "Frankenstein" onde o monstro ganha vida através de raios que advêm de uma tempestade. E tambem é interessante observar que o fenómeno poltergeist ou RSPK tem a ver com o electromagnetismo, o que explica muitas vezes os relatos das casas assombradas (ruidos, pancadas, objectos que se movem, etc,) nada tem a ver com fantasmas mas com o próprio vivo que faz isso de forma inconsciente, principalmente em momentos de tensão e/ou raiva. Claro que isto sou só eu a divagar...
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Citação de: Lancelot em 06 janeiro, 2018, 22:43
Meu caro, você sabe que tirando uma vírgula ou outra eu concordo consigo. Só quis mostrar o que se costuma pensar nos casos que falei.

Quanto ao resto, acho que não é por acaso o meu afastamento "desses caminhos". E só aqui continuo a vir porque faço questão de manter a informação fluida e corrente.

Lancelot, fiquei curiosa. Porque te afastaste? Esclarece-me apenas se assim o entenderes, eu compreenderei.
DeepGirl

Citação de: DeepGirl em 07 janeiro, 2018, 09:24


Lancelot, fiquei curiosa. Porque te afastaste? Esclarece-me apenas se assim o entenderes, eu compreenderei.

Não tenho problema algum em partilhar o meu percurso e as minhas escolhas.
Vou tentar resumir.

Durante anos fui um fiel discípulo e um dedicado aluno. Como nesse tempo a informação era escassa e muito dúbia, assumi como verdades os ensinamentos que recebi. Fiz cursos e formações umas atrás das outras, devorei livros e ainda tinha 3 a 4 dias por semana o chamado trabalho social de ajuda aos outros. Como podes ver o meu tempo social e familiar era muito pouco. E honestamente eu acreditava que o que eu fazia era mais pela minha família do que por mim.
O certo é que o meu sentido crítico acordou. Cheguei a um ponto em que as coisas tinham que fazer sentido. Então começaram os questionamentos da minha parte. Embora eu recebesse resposta dos meus "amigos espirituais" eu sempre fiz questão de as obter também dos meus mestres terrestres. Eram questões existenciais, doutrinarias, teológicas, etc.
Enquanto eu fiz estes questionamentos em particular, a coisa foi indo, o problema foi quando partilhei minhas questões e observações com os meus colegas. Em pouco tempo as portas da saída foram me abertas delicadamente. Eu optei por sair e ir em busca das minhas questões em outros sítios. E assim andei até me sentir satisfeito. E nessa hora eu poderia regressar, pois vários foram os convites. Mas declinei. Minha razão de hoje, diz me que assim me devo manter. Minha família foi por mim negligenciada durante muitos anos.

Em resumo, o meu afastamento, deve se ao meu sentido crítico e aos meus questionamentos.

Citação de: moonchild em 07 janeiro, 2018, 00:17
E tambem é interessante observar que o fenómeno poltergeist ou RSPK tem a ver com o electromagnetismo, o que explica muitas vezes os relatos das casas assombradas (ruidos, pancadas, objectos que se movem, etc,) nada tem a ver com fantasmas mas com o próprio vivo que faz isso de forma inconsciente, principalmente em momentos de tensão e/ou raiva. Claro que isto sou só eu a divagar...

Não me parece que seja assim tão línear, sim pode ter algum fundo de verdade quanto a alguns fenómenos poderem ser explicados dessa forma outros nem tanto, até porque já presenciei e por mais explicações que tente encontrar não seguem essas regras. Será que o nosso cérebro que presencia um vulto atrás de um vidro do tipo ártico é capaz de recriar as leis da fisica quanto à questão do sombreamento sobre o mesmo de forma exímia.

Diria que a mediunidade é uma característica que em algumas pessoas está desbloqueada, noutras pessoas não está.

O ser humano é capaz de fazer muitas coisas interessantes, só que já se esqueceu disso. À custa de enganos e ilusões, aquilo que é a mediunidade tem sido remetida para planos "mágicos" ou "divinos", o que joga muito com os egos de quem a tem mais ou menos desbloqueada. E se há coisa fácil de enganar é um ego, é só dizerem-lhe que é especial ou que tem uma missão especial a desempenhar no mundo que ele fica logo rendido e segue quem lhe diz estas coisas. Centra-se no acessório, não procura o essencial.

A mediunidade devia ser uma ferramenta de investigação e desenvolvimento pessoal, uma vez que nos permite aceder a outras dimensões do real e compreender o mundo de outra forma.

Em vez disso é usada da forma que se vê. Andamos a usar um Sol para acender uma vela.

No meio disto tudo, a contradição é dizerem-nos que é um dom divino e depois usarem esse dom contra nós e impedirem-nos de desenvolver totalmente o nosso potencial. Enrolam-nos em teorias "explicativas" que só servem para pormos travões e bloqueios nas nossas mentes maleáveis, e ocupam-nos o tempo e o espírito com "tarefas" que temos a obrigação de desempenhar.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Citação de: Cassandra em 07 janeiro, 2018, 14:21
Andamos a usar um Sol para acender uma vela.

No meio disto tudo, a contradição é dizerem-nos que é um dom divino e depois usarem esse dom contra nós e impedirem-nos de desenvolver totalmente o nosso potencial. Enrolam-nos em teorias "explicativas" que só servem para pormos travões e bloqueios nas nossas mentes maleáveis, e ocupam-nos o tempo e o espírito com "tarefas" que temos a obrigação de desempenhar.

    E o potencial enorme que a mediunidade permite é esbanjado por força da crença.

    A mediunidade é como um rádio ou uma televisão que nos permitiria ver e ouvir o mundo se a soubéssemos sintonizar da maneira adequada. Mas seria preciso mudar muito as mentalidades e bloquear os sinais que nos são transmitidos afim de nos impedirem de o fazer. Confundem-nos a mente e alteram a nossa percepção levando o nosso subconsciente a entender como espíritos as vozes que traduzem os sentimentos gerados pelos pensamentos alheios.

    Uma vez por outra lá aparecem os ditos anjos ou espíritos de luz para dar mais realidade a tudo isso, levando o subconsciente a generalizar e a entender como espíritos tudo o que sente, vê e ouve. O golpe é perfeito porque foi bem pensado por quem sabe como funciona a mente e o subconsciente dos humanos.