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  • Os anjos segundo o Espiritismo
    Iniciado por DeepGirl
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#15
Tanta crise existencial e tantas personalidades sensíveis...

Citação de: xion em 09 janeiro, 2018, 21:11
A minha pergunta não foi mal intencionada. Foi intencionalmente  provocatória. A minha intenção foi desafiar a Cassandra a contar-nos o que aparentava saber sobre a criação dos corpos fisicos, quando dissertava sobre este assunto contestando veementemente as teorias de outros membros com abundância de termos e expressões irónicas.
Já não é a primeira vez que o modo como alguns utilizadores se expressam te incomoda. Isto é um local de debate e cada pessoa tem a sua personalidade.
Contestei veementemente as teorias de outros membros? E os outros membros não contestam veementemente as minhas teorias?!
Caramba, espero que sim!, espero que os debates sejam interessantes e vivos, que se é para andarmos aqui a falar de coisa nenhuma ou cada um a falar sozinho, sem interagir com os outros utilizadores e sem contrapôr argumentos, então o fórum não serve para nada.

Não sejam demasiado sensíveis, nem se sintam ofendidos por alguém defender uma opinião contrária à vossa - não são ataques pessoais.
E já que estamos nesta, Xion agradeço que não tornes as coisas pessoais e que não sugiras que eu sou dada a desconsiderar ou ofender os colegas de fórum. Quem me "conhece", quem já entrou em debates comigo sabe que eu não sou assim.

Voltando ao que interessa, que é o tópico, DeepGirl, acredito que existem energias diferentes, superiores. Os humanos vão dando nomes diferentes às mesmas coisas, atribuições diferentes, origens diferentes. Se importa saber como tudo aconteceu? Depende daquilo que cada um procura. Mas concordo é importante o impacto que os conhecimentos que vamos armazenando têm na nossa vida, na nossa forma de estar e de ser. É importante que as teorias sirvam para qualquer coisa.

Xion, sobre a questão das evoluções espirituais, eu não consigo dizer com certeza se sou um espírito em evolução ou se estou a descobrir aquilo que realmente sou e que está escondido debaixo de várias camadas de defeitos e de erros (que, de certa forma, é também evolução).
Com o passar dos anos passei da primeira perspectiva para a segunda. Parece-me que é dificil aprender a ser virtuoso, mas é muito fácil adquirir defeitos e errar ou manter certos comportamentos que nos são prejudiciais.

A questão do corpo encaixa aqui porque, como explicitou o FLeite, o mundo está longe de ser um lugar fofinho e bonito e as adversidades levam os seres a fazerem o que têm de fazer para sobreviver. E o termo "sobreviver" deve ser visto para lá da questão física. Sobrevivência do corpo, do status, do modo de vida, das crenças, do ego. As pessoas fazem tudo pela sobrevivência do que consideram ser seu, muitas vezes à conta de prejudicar um "outro". É a lei da natureza que está inscrita nos genes que carregamos, sobrevive o mais forte.

Citação de: F.Leite em 09 janeiro, 2018, 22:44
       Se formos a ver a história da humanidade não se consegue divisar essa dita evolução nestes milhares de anos em que habitamos a terra. Parece que deus quer dos homens o impossível.
O espírito precisa de ir numa direcção, o corpo leva-nos para outra. Onde está a unidade?
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#16
Citação de: Cassandra em 10 janeiro, 2018, 11:17
Tanta crise existencial e tantas personalidades sensíveis...
Já não é a primeira vez que o modo como alguns utilizadores se expressam te incomoda. Isto é um local de debate e cada pessoa tem a sua personalidade.
Contestei veementemente as teorias de outros membros? E os outros membros não contestam veementemente as minhas teorias?!
Caramba, espero que sim!, espero que os debates sejam interessantes e vivos, que se é para andarmos aqui a falar de coisa nenhuma ou cada um a falar sozinho, sem interagir com os outros utilizadores e sem contrapôr argumentos, então o fórum não serve para nada.

Não sejam demasiado sensíveis, nem se sintam ofendidos por alguém defender uma opinião contrária à vossa - não são ataques pessoais.
E já que estamos nesta, Xion agradeço que não tornes as coisas pessoais e que não sugiras que eu sou dada a desconsiderar ou ofender os colegas de fórum. Quem me "conhece", quem já entrou em debates comigo sabe que eu não sou assim.

Voltando ao que interessa, que é o tópico, DeepGirl, acredito que existem energias diferentes, superiores. Os humanos vão dando nomes diferentes às mesmas coisas, atribuições diferentes, origens diferentes. Se importa saber como tudo aconteceu? Depende daquilo que cada um procura. Mas concordo é importante o impacto que os conhecimentos que vamos armazenando têm na nossa vida, na nossa forma de estar e de ser. É importante que as teorias sirvam para qualquer coisa.

Xion, sobre a questão das evoluções espirituais, eu não consigo dizer com certeza se sou um espírito em evolução ou se estou a descobrir aquilo que realmente sou e que está escondido debaixo de várias camadas de defeitos e de erros (que, de certa forma, é também evolução).
Com o passar dos anos passei da primeira perspectiva para a segunda. Parece-me que é dificil aprender a ser virtuoso, mas é muito fácil adquirir defeitos e errar ou manter certos comportamentos que nos são prejudiciais.

A questão do corpo encaixa aqui porque, como explicitou o FLeite, o mundo está longe de ser um lugar fofinho e bonito e as adversidades levam os seres a fazerem o que têm de fazer para sobreviver. E o termo "sobreviver" deve ser visto para lá da questão física. Sobrevivência do corpo, do status, do modo de vida, das crenças, do ego. As pessoas fazem tudo pela sobrevivência do que consideram ser seu, muitas vezes à conta de prejudicar um "outro". É a lei da natureza que está inscrita nos genes que carregamos, sobrevive o mais forte.
O espírito precisa de ir numa direcção, o corpo leva-nos para outra. Onde está a unidade?

Ah catano! Quem fala assim não é gago!! ;)
Eh pah, fiquei tua fã Cassandra :)
Adorei o teu comentário, é tão isto, porque há pessoas que se sentem tão picadas com comentários opostos aos delas? Não entendo, um fórum não é isso mesmo?! Debater opiniões diferentes(sem faltar ao respeito, óbvio). Por estas e por outras é que me dá menos vontade de vir cá, e é uma pena, porque eu adorava cá vir, mas assim...
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Citação de: moonchild em 10 janeiro, 2018, 12:05
Ah catano! Quem fala assim não é gago!! ;)
Eh pah, fiquei tua fã Cassandra :)
Quê? Só agora és minha fã? Estou triste...  :P   ;)


Não desistas do fórum, é normal haver alguns mal-entendidos. Se já é difícil as pessoas entenderem-se quando falam cara a cara, por aqui é inevitável haver uma ou outra coisa.


Vai aparecendo, sim?
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#18
Não sei como chegámos a este ponto na sociedade, mas de facto a susceptibilidade das pessoas tem-se tornado um grande problema. No trabalho, no dia-a-dia, se se contradiz alguém, é o maior melodrama. Depressões, Burn-outs, tentativas de suicídio... As principais doenças psíquicas dos nossos jovens.

O que será desta juventude ?

Obrigada a todos por tudo o que aqui partilharam. Aprendi imenso com todos vocês.

E moonchild... Não saltes fora do barco... Tens um lugar aqui, connosco 😊
DeepGirl

Se lerem o que escrevi podem verificar que quando referi que a Cassandra refutava veementemente as opiniões dos outros não me referia a nada que eu tivesse escrito e nem sequer me referia a nenhuma ideia que eu defendesse, bem pelo contrário. Referia-me às várias intervenções da Cassandra neste tópico de natureza espírita, linha de pensamento com que eu não tenho afinidade. Não estou ofendida com nada (porque estaria se a minha teoria ainda nem foi contestada?) nem quero calar ninguém.

Quando digo "contesta veementemente" estou a elogiar o modo como se expressa. Exactamente porque gosto de ler o que escreve, esperava uma resposta veemente na defesa de um ponto de vista - como a Cassandra sabe muito bem fazer - para enriquecimento da discussão. Não foi o que recebi, mas não importa. Nem sempre encontramos o que desejamos ou o que esperamos. Prossiga a discussão do tema, que é para isso que aqui estamos.


Citação de: Cassandra em 10 janeiro, 2018, 11:17
Xion, sobre a questão das evoluções espirituais, eu não consigo dizer com certeza se sou um espírito em evolução ou se estou a descobrir aquilo que realmente sou e que está escondido debaixo de várias camadas de defeitos e de erros (que, de certa forma, é também evolução).
Com o passar dos anos passei da primeira perspectiva para a segunda. Parece-me que é dificil aprender a ser virtuoso, mas é muito fácil adquirir defeitos e errar ou manter certos comportamentos que nos são prejudiciais.
Não vejo nada de antagónico no facto de um espírito em evolução estar a descobrir o que realmente é, analisando os seus erros e os seus acertos (porque estes também existem). A evolução não se faz em linha recta. É mais uma espiral na qual percorremos um longo caminho de repetições de experiências e análise de erros e de acertos pelas respectivas consequências, até aprendermos alguma coisa, o que nos impulsiona um pouco mais na escalada. Concordo que a aprendizagem é difícil mas o esforço compensa.


Citação
A questão do corpo encaixa aqui porque, como explicitou o FLeite, o mundo está longe de ser um lugar fofinho e bonito e as adversidades levam os seres a fazerem o que têm de fazer para sobreviver. E o termo "sobreviver" deve ser visto para lá da questão física. Sobrevivência do corpo, do status, do modo de vida, das crenças, do ego. As pessoas fazem tudo pela sobrevivência do que consideram ser seu, muitas vezes à conta de prejudicar um "outro". É a lei da natureza que está inscrita nos genes que carregamos, sobrevive o mais forte.
O espírito precisa de ir numa direcção, o corpo leva-nos para outra. Onde está a unidade?
Discordo um pouco deste ponto de vista. Nem sempre sobrevivem os mais fortes. Em muitas circunstâncias, sobrevivem os que mais cooperam. O interesse continuado pelo bem estar do grupo vai burilando no nosso ser (espírito, consciência, ...) e aumentando a inteligência e aguçando a lucidez, ao longo de muitas vidas. Eu encaro a experiência intrafísica como um exame em que o aluno, por um lado, tem que colocar em prática, no relacionamento com os outros, o que já aprendeu em outras vidas e por outro lado, tem que fazer novas aquisições de competências que pouco a pouco o vão depurando dos defeitos e enriquecendo de "virtudes", até que não precise mais do corpo físico. Não reconheço unidade entre corpo e espírito. O corpo é da Terra e é apenas o veículo de manifestação neste planeta. Na minha opinião, não somos o corpo nem estamos na nossa casa.




Hum... vou só dizer que a questão não estava na contestação veemente. Lá diz o povo, e com razão, o diabo está nos detalhes.

Mas adiante. Quanto à resposta que procuravas com o comentário inicial sobre o corpo, deixei o link para o tópico onde essa questão está mais aprofundada.

Citação de: xion em 10 janeiro, 2018, 19:17
Não vejo nada de antagónico no facto de um espírito em evolução estar a descobrir o que realmente é, analisando os seus erros e os seus acertos (porque estes também existem). A evolução não se faz em linha recta. É mais uma espiral na qual percorremos um longo caminho de repetições de experiências e análise de erros e de acertos pelas respectivas consequências, até aprendermos alguma coisa, o que nos impulsiona um pouco mais na escalada. Concordo que a aprendizagem é difícil mas o esforço compensa.
Não será antagónico, mas tem implicações diferentes sermos uma coisa ou outra, em termos psicológicos e sociológicos. Este é um ponto que considero importante, as repercussões que as crenças têm em nós, na nossa psique, no modo como encaramos a vida, o mundo e os outros.
Qual é o impacto que tem pensarmos em nós como almas semi brutas e em evolução, com pagamentos a fazer? Qual o impacto se pensarmos que já somos o que devíamos, mas estamos cegos e presos nos muitos defeitos que temos e nos tais erros que cometemos repetidamente? É igual?

Por exemplo, não se fala do complexo de culpa judaico-cristão na sociedade ocidental à custa de nada. E bem sabemos o quanto as histórias sobre pecados e culpas tem servido o propósito de controlar e amedrontar as massas, ao longo dos séculos.

Pode parecer uma questão de menor importância compreender as origens e o porquê de as coisas serem como são, porque como já cá estamos, se calhar o melhor era ocuparmo-nos com finalizar o processo e não com coisas que aconteceram sabe-se lá quando. Será que aquilo em que acreditamos ser, faz diferença no modo como encaramos o trabalho que ainda temos de fazer e o caminho que temos ou deveríamos percorrer?

Citação de: xion em 10 janeiro, 2018, 19:17
A evolução não se faz em linha recta. É mais uma espiral na qual percorremos um longo caminho de repetições de experiências e análise de erros e de acertos pelas respectivas consequências, até aprendermos alguma coisa, o que nos impulsiona um pouco mais na escalada. Concordo que a aprendizagem é difícil mas o esforço compensa.
Concordo, e queria sublinhar esta questão da espiral. Há muita fuga para a frente com o pensamento que o passado fica lá atrás. "Já esqueci", "já estou bem", "foi mau, não volto a fazer". Há muita dificuldade em compreender que se cometemos um erro hoje e não pensamos seriamente sobre os quês e os porquês que levaram a essa situação, é muito provável que voltemos a fazer a mesma coisa no futuro.

Citação de: xion em 10 janeiro, 2018, 19:17
Discordo um pouco deste ponto de vista. Nem sempre sobrevivem os mais fortes. Em muitas circunstâncias, sobrevivem os que mais cooperam. O interesse continuado pelo bem estar do grupo vai burilando no nosso ser (espírito, consciência, ...) e aumentando a inteligência e aguçando a lucidez, ao longo de muitas vidas. Eu encaro a experiência intrafísica como um exame em que o aluno, por um lado, tem que colocar em prática, no relacionamento com os outros, o que já aprendeu em outras vidas e por outro lado, tem que fazer novas aquisições de competências que pouco a pouco o vão depurando dos defeitos e enriquecendo de "virtudes", até que não precise mais do corpo físico. Não reconheço unidade entre corpo e espírito. O corpo é da Terra e é apenas o veículo de manifestação neste planeta. Na minha opinião, não somos o corpo nem estamos na nossa casa.
Também sou da opinião que a nossa essência, espírito, ser, não precisa do corpo para grande coisa. Mas lá está, estamos enfiados nestes fatos por algum motivo.

Se o corpo é só um veículo, não podiam ter arranjado uma coisinha que ajudasse mais? Ele é comer, dormir, vestir, proteger... o tempo que passamos a cuidar do corpo distrai bastante, não? Quase que parece propositado.

Por fim, concordo que a cooperação é preferível. Quando as pessoas se entreajudam vão mais longe. Mas o que se vê é que a sociedade está cada vez mais individualista e os estímulos para que isso aconteça são mais sedutores e em maior número.

Isto também se torna difícil de conjugar, já que seria suposto as pessoas estarem mais evoluídas, mais conscientes, enfim, acompanhar a evolução tecnológica com evolução espiritual. Mas o mundo não está um lugar melhor. Está mais confortável, isso sem dúvida, mas não está um lugar melhor.
Na dialéctica corpo-espírito, o corpo vence. É com ele que as pessoas se preocupam, com o veículo e não com o condutor.

... é que parece mesmo uma coisa propositada!
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Citação de: Cassandra em 10 janeiro, 2018, 20:45
Também sou da opinião que a nossa essência, espírito, ser, não precisa do corpo para grande coisa. Mas lá está, estamos enfiados nestes fatos por algum motivo.

Se o corpo é só um veículo, não podiam ter arranjado uma coisinha que ajudasse mais? Ele é comer, dormir, vestir, proteger... o tempo que passamos a cuidar do corpo distrai bastante, não? Quase que parece propositado.

Por fim, concordo que a cooperação é preferível. Quando as pessoas se entreajudam vão mais longe. Mas o que se vê é que a sociedade está cada vez mais individualista e os estímulos para que isso aconteça são mais sedutores e em maior número.

Isto também se torna difícil de conjugar, já que seria suposto as pessoas estarem mais evoluídas, mais conscientes, enfim, acompanhar a evolução tecnológica com evolução espiritual. Mas o mundo não está um lugar melhor. Está mais confortável, isso sem dúvida, mas não está um lugar melhor.
Na dialéctica corpo-espírito, o corpo vence. É com ele que as pessoas se preocupam, com o veículo e não com o condutor.

... é que parece mesmo uma coisa propositada!

Para mim faz sentido que todos nós sejamos produto de milhões de anos de evolução em numerosas existências.

Considerando esta hipótese, começámos por ser uma consciência rudimentar que se foi ampliando numa longa série de vidas consecutivas até ser a consciência que cada um de nós é hoje. À medida que a consciência evolui, vai necessitando de corpos sucessivamente mais sofisticados para se manifestar. Tendo por exemplo uma série de seres da linha evolutiva em termos biológicos, tais como um vegetal, uma bactéria, um insecto, um camarão, um roedor, um símio e um humano, eles representam também a linha evolutiva da consciência.

Segundo esta perspectiva, o corpo físico já nos consumiu uma percentagem maior da nossa atenção do que nos consome hoje. Basta ver que houve um tempo em que nem nos percebíamos como indivíduos. Hoje, neste planeta, embora a maioria viva ainda para satisfazer o próprio ego, discutem-se questões existenciais. Seguindo a mesma linha de raciocínio, chegará o dia em que, nós que ainda por cá andamos, seremos capazes de nos manifestar no universo como consciência livre da matéria, tal como outros já fizeram.

Se era suposto que as pessoas estivessem mais conscientes... Cada um de nós, entre os que tiram esta conclusão pela observação dos comportamentos das massas, tem por obrigação fazer a diferença. Se não for por outra razão, que seja ao menos por uma questão de coerência para consigo próprio.