Igreja católica da Idade Média realizava uma espécie de casamento homossexual

Vocês sabiam que a Igreja Católica já realizou uma espécie de celebração entre pessoas do mesmo sexo? Alguns textos escritos entre os séculos VIII e XIV compravam essa afirmação, apesar de a união não se chamar "casamento", mas sim "fraternidade".
Mesmo o nome sendo diferente, na prática era quase o mesmo que um casório. Dois homens se prostravam em frente a um altar, diante de um padre, para jurar que iriam compartilhar o pão, o vinho e as riquezas para o resto da vida. Os dois ainda colocavam a mão sobre o Evangelho para fazer seus votos e terminavam a cerimónia com um beijo. Quer amor maior do que isso?
Os textos sempre se referem a casamentos masculinos, então não dá para ter certeza se as mulheres também tinham esse direito. É importante lembrar que elas não eram muito valorizadas naquela época, por isso relatar uma união entre mulheres poderia ter sido pensado como algo dispensável.


Apenas relatos de uniões masculinos resistiram ao tempo.

Casamento ou apenas contracto?

Agora, qual era a real finalidade dessas uniões ainda é uma incógnita para os pesquisadores. Alguns acreditam que elas eram apenas uma forma de mostrar comprometimento perante Deus em questões menos afetivas, como dois irmãos que jurassem compartilhar uma herança de maneira justa, por exemplo.
Outros historiadores defendem que essa união estável era, sim, aquilo que consideramos o casamento gay nos dias de hoje. Para sustentar essa teoria, frases como "Uniram-se não pela natureza, mas pela fé" e "Irão se amar alegremente sem ferir o outro ou se odiar, todos os dias de suas vidas", presentes nos textos, reforçam a ideia de que a tal "fraternidade" era muito mais do que um sentimento apenas de carinho.
Claro que alguns homens com parentesco fizeram essa cerimónia e possuem os seus nomes registados nos textos que sobreviveram ao tempo, provavelmente usando a celebração realmente como forma de um contracto de irmandade. Porém, a grande maioria dos casos era de homens solteiros sem nenhuma relação sanguínea.


Homens dividiam a vida com promessas de amor e benção da igreja.

Por que acabou?

Acredita-se que a Igreja Católica tenha diminuído e posteriormente parado com essas cerimónias a partir do final do século 13. São Tomás de Aquino (1225-1274) foi um dos que criticava duramente as relações homossexuais, dizendo que o casamento deveria ser apenas entre um casal formado por homem e mulher que tinham o intuito de criar filhos.
É importante lembrar que o catolicismo também sofreu fortes mudanças na Idade Média, então é possível que tenha sido redefinido nessa época o que deveria ser considerado casamento. E se a tal fraternidade era de facto um casamento gay, a Igreja Católica enterrou as provas num lugar muito profundo de onde dificilmente deverá ressurgir.

Ou será que volta algum dia?


São Tomás de Aquino condenava as relação homoafetivas.


Fonte:megacurioso

O que vai contra o conservadorismo "normal" de qualquer coisa, a igreja ou outra religião qualquer tenta esconder. Penso que seja devido aos líderes que lá andam, que já têm uma certa idade e ficaram presos no tempo. Mas claro, é a minha opinião.

Desconhecia isto, muito interessante.



A igreja colocava sempre as mulheres de lado ...


"
Jesus disse aos fariseus no templo : "Hipócritas !!! Não entram no Reino e não permitem que outros entrem"


O Reino é de todos .. Felizmente este Papa tem algo que outros não tiveram tanto ou mesmo"nada": A Verdade e a Consciência no coração


"O Vaticano, muitas vezes criticado pela sub-representação do sexo feminino, apresentou um novo órgão consultivo que será composto exclusivamente por mulheres, de várias nacionalidades e de confissões religiosas diferentes.

O anúncio aconteceu na véspera do Dia Internacional da Mulher, assinalado esta quarta-feira 08 de março.

O cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, anunciou no Vaticano que este novo órgão vai integrar um grupo de 37 mulheres, de diferentes nacionalidades e confissões religiosas."
http://www.tsf.pt/internacional/interior/vaticano-tera-novo-orgao-consultivo-so-composto-por-mulheres-5710978.html



Um passo à frente dentro do Vaticano ...

Tenho enormes dúvidas que isso fosse um casamento propriamente dito.

Provavelmente era um contrato que de alguma forma trazia benefícios para quem o celebrasse - é preciso não esquecer que durante muitos séculos a igreja tinha um enorme poder sobre os mais variados aspectos da vida, o modo como as pessoas viviam e se relacionavam, fosse em sociedade fosse em privado, era ditado pela igreja - até os reis tinham de ter a benção do Papa para poderem reinar mais ou menos em paz.

Havia beijo no fim? Ao longo dos milénios os beijos fizeram parte de diversos rituais. Naturalmente, não eram beijos de amor.

A exclusão das mulheres não é de estranhar, as mulheres não tinham direitos, ponto!
Eram vistas como propriedade dos homens e as mulheres livres eram uma minoria e não tinham a vida facilitada pois geralmente eram ostracizadas pelo resto da sociedade.

"O Vaticano, muitas vezes criticado pela sub-representação do sexo feminino, apresentou um novo órgão consultivo que será composto exclusivamente por mulheres, de várias nacionalidades e de confissões religiosas diferentes."

Quando a esmola é demais, o santo desconfia.
E desconfia bem, que bem vistas as coisas, trata-se de um "órgão consultivo" cujo objectivo é, nas palavras da coordenadora:
"A nossa ambição é falar sobre os temas universais a partir da perspetiva das mulheres" (...)"

Ah, ainda bem que não é marketing... 

Não tinha conhecimento disto, realmente interessante