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  • Compromisso
    Iniciado por KALKI
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Falar sobre compromissos no mundo de vocês é delicado, porque vocês vivem em função do tempo e de regras sociais que lhes vem sendo impostas há milênios, com a finalidade exclusiva de controlá-los.

Vocês possuem noções errôneas sobre lealdade e moralidade e se controlam mutuamente, são seus próprios carcereiros. Todas estas regras são baseadas no chacra raiz, que é onde sua sociedade está focada. Todas elas visam apenas a posse e o domínio.

Falar em compromisso com base em posse, domínio e controle é exatamente o que você fazem, escravizam-se mutuamente. Querem ter a certeza de que o compromisso será mantido no tempo, por meses e anos a fio. Vocês apenas produzem escravos.

O compromisso real não é este, ele deve vir do coração. O compromisso não deve ser nem com o outro nem com você mesmo, com seu ego. O compromisso deve ser sempre com o seu coração, com o seu Eu interior. Vocês são amor puro e devem ser livres. Não podem se acorrentar a estes compromissos sociais.

Certamente já estão pensando: "mas como vou viver, como será a sociedade se ninguém se compromissar a fazer as coisas que precisa no futuro ?". Acredite que isto é possível, e este é o futuro da sua sociedade.

Se você quer um escravo lhe servindo, assuma isto de vez, faça seus escravos e pague o preço.

Mas se você quer viver com pessoas que amem o que fazem, ter uma atmosfera de amor à sua volta, não cobre e não siga este tipo de compromisso.

Seus compromissos são apenas um apego material, vocês procuram garantir favores e posses para o futuro, criando escravos à sua volta e também vivendo como escravos. Isto lhe traz apenas angústia e ansiedade. Mais uma vez você está querendo garantir o futuro, e agora através dos outros.

Quando vocês vão entender que precisam viver o agora, celebrar cada momento, pois o agora é a única coisa que possuem ?

Vocês podem ter intenções, mas não devem celebrar compromissos que não podem garantir. Vocês não podem garantir algo que não possuem, e o futuro não é de vocês.

Celebrem suas intenções no agora, manifestem seu amor agora. Isto é o que realmente importa. Viver a plenitude do amor neste instante, sem medo e sem a ansiedade do futuro.

Vivam a verdade e entreguem-se ao presente, que é a única coisa que possuem. Doe o seu presente a quem você ama, seja inteiro agora e se doe completamente agora. E isto só é possível se você estiver no agora.

Quando você tentar doar o seu futuro estará mentindo e não será mais completo. Você não está no futuro !

Você não é dono do seu amor amanhã !
Celebre e viva o amor agora em toda a sua plenitude.
O amanha não é seu !

através de Prama Shanti, em 08/03/2016

A verdade doi, mas liberta

Excelente!

Se bem que, se virmos bem, aprender a honrar compromissos é benéfico para nós, para o nosso carácter.

Para mim esta frase é fortissima e verdadeira !


"Vivam a verdade e entreguem-se ao presente, que é a única coisa que possuem. Doe o seu presente a quem você ama"

A verdade doi, mas liberta

Nao percebi este texto. Por exemplo, numa relação amorosa se me trairem devo aceitar isso, é algo aceitável?! Já que os compromissos não existem... não percebo onde querem chegar com este texto  :-\

Pelo que percebo, os compromissos existem, mas não como estamos habituados a pensar sobre eles.
A maioria dos compromissos que existe não tem por base ideais, valores ou um amor verdadeiro que sintas por outra pessoa.
A maioria dos compromissos são assumidos porque as pessoas sentem uma necessidade de controlarem o outro, de se precaverem em relação ao que pode acontecer no futuro.

Pegando no exemplo da traição, uma coisa é não traíres porque namoras ou és casado, outra é não traíres porque o que sentes pela pessoa com quem estás basta-te, não precisas de procurar mais nada em lado nenhum.

No primeiro caso, não fazes o que te apetece por causa de um compromisso, que neste caso é uma prisão. Estás a enganar a pessoa com quem estás, porque se a amasses verdadeiramente, não terias o impulso de "saltar a cerca", e estás a enganar-te a ti mesmo, porque te manténs numa relação em que não sentes verdadeiro amor e queres estar com outras pessoas.

No segundo caso, não trais porque isso não te faz sentido, porque não sentes essa vontade. Quando assim é, o compromisso que tens não serve para controlar, nem a ti nem o outro. Quando o compromisso é assumido com base no amor, num verdadeiro amor, não há controlo por parte de ninguém.
És livre e escolhes estar com aquela pessoa. O que vos liga não é um compromisso de "não podes". O que vos liga é um compromisso de escolha livre, de amor.

Vá, anda, diz-me que isto é tudo uma lamechice...  :P
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

#5
Citação de: Cassandra em 08 março, 2016, 18:30
Pelo que percebo, os compromissos existem, mas não como estamos habituados a pensar sobre eles.
A maioria dos compromissos que existe não tem por base ideais, valores ou um amor verdadeiro que sintas por outra pessoa.
A maioria dos compromissos são assumidos porque as pessoas sentem uma necessidade de controlarem o outro, de se precaverem em relação ao que pode acontecer no futuro.

Pegando no exemplo da traição, uma coisa é não traíres porque namoras ou és casado, outra é não traíres porque o que sentes pela pessoa com quem estás basta-te, não precisas de procurar mais nada em lado nenhum.

No primeiro caso, não fazes o que te apetece por causa de um compromisso, que neste caso é uma prisão. Estás a enganar a pessoa com quem estás, porque se a amasses verdadeiramente, não terias o impulso de "saltar a cerca", e estás a enganar-te a ti mesmo, porque te manténs numa relação em que não sentes verdadeiro amor e queres estar com outras pessoas.

No segundo caso, não trais porque isso não te faz sentido, porque não sentes essa vontade. Quando assim é, o compromisso que tens não serve para controlar, nem a ti nem o outro. Quando o compromisso é assumido com base no amor, num verdadeiro amor, não há controlo por parte de ninguém.
És livre e escolhes estar com aquela pessoa. O que vos liga não é um compromisso de "não podes". O que vos liga é um compromisso de escolha livre, de amor.

Vá, anda, diz-me que isto é tudo uma lamechice...  :P

Não é lamechice, mas não concordo (ou talvez seja apenas semântica, porque as nossas ideias vão dar quase ao mesmo). Acho que o compromisso do namoro ou do casamento é importante e deve ser respeitado (ainda assim, nem toda a gente que namora tem relações monogâmicas, isso depois cada casal é que sabe de si e discute esses assuntos).

Não acho que isso do "se for amor verdadeiro basta" funcione dessa forma conosco. Somos seres humanos e a carne é fraca. Somos seres sujeitos a tentações de todos os tipos, e os "compromissos" que fazemos ajudam-nos a manter as relações com as outras pessoas.

Outro exemplo: alguém pede para tu guardares um segredo, e tu contas esse segredo a outra pessoa. Quebraste o compromisso da amizade com essa pessoa, e isso é mau. Portanto os compromissos são importantes, quer sejam explícitos ou não. É a falar que a gente se entende, se o outro não disser o que espera de mim e quais são as coisas que não quer que eu faça (porque lhe ofende), como vou eu saber?! Não é uma prisão, é uma questão de respeitar a outra pessoa, porque pra ser respeitado tenho que respeitar os outros. Além do mais, eu só mantenho essa relação se quiser (quer seja romance, amizade ou outra coisa qualquer), mas não preciso de trair a confiança dessa pessoa pra acabar a relação que tivermos... por exemplo nunca percebi porque e que alguém antes de trair a outra pessoa não acaba a relação primeiro.

Citação de: Forbidden em 08 março, 2016, 19:16
Não acho que isso do "se for amor verdadeiro basta" funcione dessa forma conosco. Somos seres humanos e a carne é fraca. Somos seres sujeitos a tentações de todos os tipos, e os "compromissos" que fazemos ajudam-nos a manter as relações com as outras pessoas.
Lá está, esse é o problema, é as pessoas centrarem-se nas questões da carne, e é também isso que o autor do texto aponta: devemos procurar algo que nos preencha não os sentidos, mas o espírito, a alma, o que lhe quiserem chamar.

O que a vida me mostrou é que quando te ligares a alguém, quando te ligares mesmo a outra pessoa, a tua carne não vai mais ter essas vontades por outros alguéns. Tu vais-te sentir comprometido com aquilo que sentes, não vais precisar de assumir "compromissos" formais, fazer juras, assinar papéis. O que sentes é real, preenche-te, basta-te. Não precisas de andar à procura no outro lado da cerca.

Citação de: Forbidden em 08 março, 2016, 19:16
Outro exemplo: alguém pede para tu guardares um segredo, e tu contas esse segredo a outra pessoa. Quebraste o compromisso da amizade com essa pessoa, e isso é mau. Portanto os compromissos são importantes, quer sejam explícitos ou não. É a falar que a gente se entende, se o outro não disser o que espera de mim e quais são as coisas que não quer que eu faça (porque lhe ofende), como vou eu saber?! Não é uma prisão, é uma questão de respeitar a outra pessoa, porque pra ser respeitado tenho que respeitar os outros.
Eu penso que as relações humanas seriam muito mais simples se as pessoas vivessem segundo o bom senso do lema "não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti". Viver segundo esse lema resolveria grande parte dos problemas das relações humanas.

Pegando no exemplo da amizade, amigo meu que andasse por aí a espalhar coisas que contei em confidência é para riscar da lista, não é para sentar e conversar sobre o que significa "segredo" ou "confidência". Se não é capaz de perceber isso, que é uma coisa tão simples, claramente essa pessoa não tem muito a ver comigo e não vale a pena estar a tentar fazer essa amizade funcionar, porque isso não vai acontecer.

Se espalha o segredo, não me respeita. Não tenho de lhe impôr uma noção de compromisso, de lhe pedir respeito, pois o respeito não se exige. Ou há ou não há, conforme aquilo que a pessoa sentir por mim. Quem gosta de mim há-de me respeitar, não precisa que eu lhe diga que tem de o fazer. Se não o faz, para quê investir nessa relação e falar dos compromissos que é suposto existirem?

O tempo é o bem mais precioso que temos, há-que dispendê-lo com cuidado e com quem merece.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)