A Tristeza como Meditação

A Tristeza como Meditação

A tristeza pode se tornar uma experiência muito enriquecedora. Você precisa trabalhar nela.


É fácil fugir de sua tristeza — e todos os relacionamentos são geralmente fugas: a gente simplesmente prossegue evitando-a. E ela está sempre oculta lá... a corrente continua.

Mesmo no relacionamento ela irrompe muitas vezes. Assim a gente tende a lançar a responsabilidade sobre o outro, mas isso não é a coisa real. É a sua solidão, sua própria tristeza. Você ainda não atentou para isso, desse modo ela irá surgir de novo e novamente.

Você pode fugir no trabalho. Você pode escapar com alguma ocupação, no relacionamento e na sociedade, nisso e naquilo, viajando, mas ela não irá embora, porque ela é parte do seu ser.

Todo homem nasce sozinho — no mundo, mas sozinho; vem através dos pais, mas sozinho. E todo homem morre sozinho, novamente deixa o mundo sozinho. E entre essas duas solidões prosseguimos iludindo e enganando a nós mesmos.

É bom criar coragem e mergulhar em nossa solidão. Embora isso possa parecer duro e difícil no princípio, vale muito a pena. Uma vez que você se arranja com isso, uma vez que você começa a desfrutar disso, uma vez que você sente isso não mais como tristeza, mas como silêncio, uma vez que você compreende que não há como escapar disso, você relaxa.

Nada pode ser feito sobre isso, então por que não desfrutá-la? Por que não penetrar profundamente e sentir o sabor dela, ver o que ela é? Por que ficar desnecessariamente assustado? Se ela vai estar lá presente e se é um fato, existencial, não acidental; então por que não chegar a um acordo com ela? Por que não chegar nela e ver o que ela é?

Quando você se sentir triste, sente-se silenciosamente e permita a tristeza chegar; não tente escapar dela. Torne-se tão triste quanto possível. Não a evite — essa é uma coisa para lembrar. Grite, chore... sinta todo o sabor disso. Grite muito... se jogue no chão... role — e deixe isso prosseguir por si mesmo. Não o force; isso irá, porque ninguém pode ficar num humor permanente.

Quando ela se vai você se sentirá descarregado, absolutamente aliviado, como se toda a gravidade tivesse desaparecido e você pudesse voar, leve. Esse é o momento para penetrar em si mesmo.

Primeiro traga a tristeza. A tendência geral é não permitir isso, encontrar algum jeito e meios para que você possa olhar para outra coisa — ir para um restaurante, para uma piscina, encontrar os amigos, ler um livro ou ir para o cinema, tocar uma guitarra; fazer algo, a fim de que você possa estar ocupado e possa desviar sua atenção para alguma outra coisa.

Isso é para ser relembrado — quando você estiver se sentindo triste, não perca a oportunidade. Feche as portas, sente-se e sinta-se tão triste quanto possa, como se o mundo inteiro fosse um inferno. Vá fundo nisso... mergulhe nisso. Deixe que todo pensamento triste penetre em você, que cada emoção triste lhe agite. E grite e chore e diga coisas, e as diga bem alto, não há nada com que se preocupar.

Portanto, primeiro viva a tristeza por alguns dias, e quando o momentum da tristeza se for, você irá se sentir muito calmo, em paz — como a gente sente após uma tempestade. Nesse momento sente-se silenciosamente e desfrute do silêncio que está chegando por si mesmo. Você não o trouxe; você estava trazendo tristeza. Quando a tristeza se vai, na vigília, o silêncio se assenta.

Escute esse silêncio. Feche seus olhos. Sinta-o... sinta a própria textura dele... a fragrância. E se você se sente feliz, cante, dance.





Osho, em "Be Realistic: Plan for a Miracle"

A tristeza também serve para expurgar o que está mal nas nossas vidas. Depois, poderemos vivenciar situações mais reconfortantes.

Na tristeza e na dor aprendemos mais sobre nós,  crescemos, amadurecemos e descobrimos os nossos verdadeiros sentimentos.  Toda a tristeza é necessária para encerrar um capítulo,  ou simplesmente para um início verdadeiro.

A Tristeza como Meditação

A tristeza pode se tornar uma experiência muito enriquecedora. Você precisa trabalhar nela.


É fácil fugir de sua tristeza — e todos os relacionamentos são geralmente fugas: a gente simplesmente prossegue evitando-a. E ela está sempre oculta lá... a corrente continua.

Mesmo no relacionamento ela irrompe muitas vezes. Assim a gente tende a lançar a responsabilidade sobre o outro, mas isso não é a coisa real. É a sua solidão, sua própria tristeza. Você ainda não atentou para isso, desse modo ela irá surgir de novo e novamente.

Você pode fugir no trabalho. Você pode escapar com alguma ocupação, no relacionamento e na sociedade, nisso e naquilo, viajando, mas ela não irá embora, porque ela é parte do seu ser.

Todo homem nasce sozinho — no mundo, mas sozinho; vem através dos pais, mas sozinho. E todo homem morre sozinho, novamente deixa o mundo sozinho. E entre essas duas solidões prosseguimos iludindo e enganando a nós mesmos.

É bom criar coragem e mergulhar em nossa solidão. Embora isso possa parecer duro e difícil no princípio, vale muito a pena. Uma vez que você se arranja com isso, uma vez que você começa a desfrutar disso, uma vez que você sente isso não mais como tristeza, mas como silêncio, uma vez que você compreende que não há como escapar disso, você relaxa.

Nada pode ser feito sobre isso, então por que não desfrutá-la? Por que não penetrar profundamente e sentir o sabor dela, ver o que ela é? Por que ficar desnecessariamente assustado? Se ela vai estar lá presente e se é um fato, existencial, não acidental; então por que não chegar a um acordo com ela? Por que não chegar nela e ver o que ela é?

Quando você se sentir triste, sente-se silenciosamente e permita a tristeza chegar; não tente escapar dela. Torne-se tão triste quanto possível. Não a evite — essa é uma coisa para lembrar. Grite, chore... sinta todo o sabor disso. Grite muito... se jogue no chão... role — e deixe isso prosseguir por si mesmo. Não o force; isso irá, porque ninguém pode ficar num humor permanente.

Quando ela se vai você se sentirá descarregado, absolutamente aliviado, como se toda a gravidade tivesse desaparecido e você pudesse voar, leve. Esse é o momento para penetrar em si mesmo.

Primeiro traga a tristeza. A tendência geral é não permitir isso, encontrar algum jeito e meios para que você possa olhar para outra coisa — ir para um restaurante, para uma piscina, encontrar os amigos, ler um livro ou ir para o cinema, tocar uma guitarra; fazer algo, a fim de que você possa estar ocupado e possa desviar sua atenção para alguma outra coisa.

Isso é para ser relembrado — quando você estiver se sentindo triste, não perca a oportunidade. Feche as portas, sente-se e sinta-se tão triste quanto possa, como se o mundo inteiro fosse um inferno. Vá fundo nisso... mergulhe nisso. Deixe que todo pensamento triste penetre em você, que cada emoção triste lhe agite. E grite e chore e diga coisas, e as diga bem alto, não há nada com que se preocupar.

Portanto, primeiro viva a tristeza por alguns dias, e quando o momentum da tristeza se for, você irá se sentir muito calmo, em paz — como a gente sente após uma tempestade. Nesse momento sente-se silenciosamente e desfrute do silêncio que está chegando por si mesmo. Você não o trouxe; você estava trazendo tristeza. Quando a tristeza se vai, na vigília, o silêncio se assenta.

Escute esse silêncio. Feche seus olhos. Sinta-o... sinta a própria textura dele... a fragrância. E se você se sente feliz, cante, dance.





Osho, em "Be Realistic: Plan for a Miracle"

Percebo onde se quer chegar com este artigo mas não acredito que a tristeza faça algo de bom por alguem  porque até acredito que a tristeza seja uma das responsáveis pela apatia em que o ser humano vive. Tudo o que é negativo faz parte de um processo de aprendizagem apenas, para mim a meditação serve como forma de me soltar dessa mesma camisa de forças que a vida me impôs mas lá está, são pontos de vista diferentes

Excelente tópico.

A tristeza é um mal necessário.
Mal que antecede um estado de felicidade.
Muitas vezes precisamos provocar tristeza em nossa vida ou na vida de outro, para nos libertarmos, crescermos e sermos feliz.

A tristeza é um estado passageiro da alma, pois por mais infeliz que a pessoa possa ficar, ela sempre estará em busca da felicidade... e a boa notícia é que ela vai encontrar!

Percebo onde se quer chegar com este artigo mas não acredito que a tristeza faça algo de bom por alguem  porque até acredito que a tristeza seja uma das responsáveis pela apatia em que o ser humano vive. Tudo o que é negativo faz parte de um processo de aprendizagem apenas, para mim a meditação serve como forma de me soltar dessa mesma camisa de forças que a vida me impôs mas lá está, são pontos de vista diferentes

É algo do qual eu penso da mesma forma, eu não acredito no sofrimento como aprendizagem, aliás penso que é mais o contrario. Mas é um bom topico.

É algo do qual eu penso da mesma forma, eu não acredito no sofrimento como aprendizagem, aliás penso que é mais o contrario. Mas é um bom topico.

Por acaso, foi precisamente pela dor , no meu caso, que desbravei MUITO caminho até hoje.... mas fiquei sem duvida muito mais livre depois de ter amado a dor.

E só quem vai ao seu intimo é que a encontra... a verdadeira dor e a verdadeira liberdade.

mas apenas falo pela minha experiencia de vida.

Por acaso, foi precisamente pela dor , no meu caso, que desbravei MUITO caminho até hoje.... mas fiquei sem duvida muito mais livre depois de ter amado a dor.

E só quem vai ao seu intimo é que a encontra... a verdadeira dor e a verdadeira liberdade.

mas apenas falo pela minha experiencia de vida.

La está, compreendo o teu ponto de vista, mas repara se isso fosse positivo, como é que os portugueses ainda não se levantaram? Porque andam completamente apaticos? O sofrimento e as dificuldades, supostamente deveriam ser vistos como algo positivo, no entanto vê-se exatamente o oposto.

La está, compreendo o teu ponto de vista, mas repara se isso fosse positivo, como é que os portugueses ainda não se levantaram? Porque andam completamente apaticos? O sofrimento e as dificuldades, supostamente deveriam ser vistos como algo positivo, no entanto vê-se exatamente o oposto.

Os portugueses não gostam de por as mãos na "m...a" .... não gostam de ir ao fundo da sua vida.... as entranhas..

quem diz os portugueses diz a Ser humano ... é muito mais facil andar a pular de alegria na ilusão e por os problemas para trás das costas ou invés de os enfrentar.

Os portugueses não gostam de por as mãos na "m...a" .... não gostam de ir ao fundo da sua vida.... as entranhas..

quem diz os portugueses diz a Ser humano ... é muito mais facil andar a pular de alegria na ilusão e por os problemas para trás das costas ou invés de os enfrentar.

Mas á 40 anos reinvindicavam os seus direitos, havia o prec, as pessoas eram mais interventivas,porque acreditavam que as coisas iam melhorar...mas não, foi sempre a cair...supostamente as pessoas deviam reagir ao contrario certo?

La está, compreendo o teu ponto de vista, mas repara se isso fosse positivo, como é que os portugueses ainda não se levantaram? Porque andam completamente apaticos? O sofrimento e as dificuldades, supostamente deveriam ser vistos como algo positivo, no entanto vê-se exatamente o oposto.

Porque o que o KALKI escreveu não se aplica a maioria das pessoas.
Crescemos desde pequenos a dizerem nos que a dor é má,  que a devemos evitar. Desde bebés que somos.protegidos pelos nossos pais da dor, da magoa, da derrota... Ninguém nos ensina a encarar a dor como algo natural,  ninguém nos prepara para o negativo.  Daí  a sociedade estar como está e a culpa acaba por ser de ninguém.
Algumas.pessoas com o tempo aprendem a lidar com a dor de uma forma positiva,  conseguem reter alguma coisa dessa experiência menos boa, infelizmente nem toda a gente tem essa capacidade e daí vem as depressões a apatia o deixa andar.  Não crítico muito pelo contrário sou a primeira a estender a mão e tentar ajudar a dar a volta a situação,  até porque eu própria demorei algum tempo a encontrar me

Mas á 40 anos reinvindicavam os seus direitos, havia o prec, as pessoas eram mais interventivas,porque acreditavam que as coisas iam melhorar...mas não, foi sempre a cair...supostamente as pessoas deviam reagir ao contrario certo?

Moonchild... o que estou a falar é mesmo do que vive dentro de nós e não uma conjuntura externa .

é Ir ao fundo de nós ... encontrar coisas que nem sabiamos que tinhamos ...

O mundo está como está porque as pessoas não se conhecem ... Se se conhecessem no seu intimo não precisavam de ter e mais ter e mais ter..... porque já se tinham a elas proprias....

Mas a égregora está criada e alimentada.... então a solução é mesmo encontrar essa dor no interior para por dentro sermos libertos.

Mas que salada-russa... os sentimentos têm este problema, são difíceis de definir. Há coisas que parecem a mesma coisa, mas não é bem assim.

Suspeitarmos que nascemos, vivemos e morremos sós não gera tristeza. Gera angústia existencial. Também dói, mas é outra coisa.
Aceitarmos esta inevitabilidade da nossa condição humana, que estamos sós, é de facto, um bom mote para reflexão, e pode ser libertador, no sentido em que as angústias desaparecem e podemos começar a ocupar esse espaço com outra coisa mais produtiva.

Solidão não é tristeza. É útil meditar sobre a solidão. Será útil meditar sobre a tristeza?

O problema da tristeza é que lá porque percebemos os quês e os porquês, isso não nos faz sentir melhor. Quando muito, ficamos resignados. Resignação – cá está outra coisa que costuma ser frequentemente confundida com felicidade.

Há muitas confusões com esta coisa dos sentimentos... rotula-se muita coisa como "tristeza" só porque não se conhecem outros nomes. Frustração – ora aí está um conceito que explica a maior parte das "tristezas" que andam por aí.

Sim, é muito libertador chorar, berrar, mandar tudo cá para fora. Sim, meditar sobre a tristeza já me revelou muito sobre mim. Mas devo estar a fazer qualquer coisa mal, já que após esses episódios não consigo sentir-me leve e com vontade de cantar e não sei quê. Não, geralmente fica só o vazio. Ou então, estamos a falar de coisas diferentes.

Vejamos, quando o problema é a tal da frustração, aí sim, depois de sair tudo cá para fora fico levezinha e feliz como um passarinho.

A tristeza é outra coisa. Tem substância, tem peso, faz parte de nós. Ou de mim, já que esta é só a minha opinião. Para mim, só existe verdadeira tristeza quando sabendo que estou só nesta vida, estendo a mão para outro ser para fazermos o caminho juntos, e por algum motivo, essa ligação perde-se.

Isto não se cura com gritar e chorar. Isso são só paliativos, isso apenas alivia a frustração. A tristeza que fica quando nos livramos da frustração não vai assim. A tristeza cura-se como qualquer outra ferida. É preciso dar tempo e deixar o tecido emocional cicatrizar. Porque fica o tal vazio, fica um buraco. O buraco onde deixámos o outro ser se aninhar em nós.

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