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  • Milagre de Fátima
    Iniciado por joao lourenco
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Respondendo a uma senhora que me dizia N.S.de Fátima ser mãe de todos, a qual  respondi com certo respeito pelas convições,

- Este caso revela-nos um entidade de luz como outras na mediunidade. Revela-se desta forma ou de outra conforme a entidade queira. Se realmente era mãe de todos especialmente das três crianças, então que tipo de mãe era esta,  todos sabemos que uma criança nem via nem ouvia, outra só ouvia e outra via e ouvia, conforme está escrito nos relatos.
Se a senhora em causa ler o que escrevo, quero-lhe dizer que o faço desta forma apenas com o intuito de abrir a mente para muitos outros casos idênticos e cheios de religiosidade, que muitos se aproveitam para facturar, mas nada de especial acrescentam ao conhecimento humano, apenas o aproveitamento de mentes fáceis de controlar.

Citação de: joao lourenco em 17 janeiro, 2016, 18:03
- Este caso revela-nos um entidade de luz como outras na mediunidade. Revela-se desta forma ou de outra conforme a entidade queira.

Se realmente era mãe de todos especialmente das três crianças, então que tipo de mãe era esta,  todos sabemos que uma criança nem via nem ouvia, outra só ouvia e outra via e ouvia, conforme está escrito nos relatos.

Conheces muitas entidades de Luz no "patamar" de Maria que se tenham manifestado um pouco por todo o mundo?

Porquê Mãe especialmente das três crianças?


Quero responder dentro das possibilidades e do tempo disponivel para este assunto
.
Quanto ao que diz, claro que não terei espaço por escrito para essa sua pergunta.

- Primeiro terá que analisar quem foi a entidade, poderemos fazer em reunião acerca disso, no entanto como vejo que percebe, reservo para si essa pesquisa espiritual.

- De seguida poderei adiantar apenas como forma de conhecimento e de trabalho, que durante muitos anos nesta área  fizemos reuniões especificas sobre esse e outros assuntos de quem foi vivo e partiu há muito ou pouco tempo, dentro da nossa perspectiva humana. No espírito dessas pessoas  encontramos algumas respostas, sobre a materialização nesta vida mais densa e os aparecimentos espirituais.

- Por ser um assunto muito extenso de abordar, já convidei alguns médiuns para nos juntarmos e fazer-mos uma reunião em conjunto, nunca até hoje obtive resposta de qualquer um, e a qual mantenho.

- Para ultimar, Marias em espirito tenho encontrado muitas, apenas como exemplo tenho a minha avó Maria que é um espirito de luz dentro do seu tempo, e está num sitio maravilhoso (forma de nós humanos entender).

- Para finalizar e dar uma pequena ajuda, não existe mais a minha avó Maria nem outra Marias depois de o corpo morrer!......

cumprimentos e espero não ter ferido convicções Marianas.

Citação de: joao lourenco em 18 janeiro, 2016, 10:22
Quero responder dentro das possibilidades e do tempo disponivel para este assunto
.
Quanto ao que diz, claro que não terei espaço por escrito para essa sua pergunta.

Fiz duas perguntas concretas. Fiquei sem resposta.

Se é como dizes - indisponibilidade de tempo e espaço - porque abriste o tópico?

Citação de: Malik_ em 18 janeiro, 2016, 10:53
Fiz duas perguntas concretas. Fiquei sem resposta.

Se é como dizes - indisponibilidade de tempo e espaço - porque abriste o tópico?

As perguntar vão ficar sem resposta concreta...
A falta de tempo e espaço também é comum pelo que o melhor mesmo é virar a pagina e seguir pra outra.
Não é o primeiro tópico nestes moldes pelo que nada de novo há nesta falta de tempo para explicações...e se continuar a questionar lá vem o típico: não há tempo para explicar a quem não é da área nem tem evolução suficiente.
Não me trates por VOCÊ!!!
Respeito mais tratando-te por TU do que tu a tratares-me por VOCÊ!

     O tópico para mim é "muitíssimo" interessante, mas não para ser estudado com evasivas e meias palavras. Aprofundá-lo leva-nos por caminhos que escapam à maioria das pessoas, pois a Aparição em Fátima não é só o milagre em si (milagre?), mas também o envio de uma mensagem profética, o convite ao sofrimento por parte das 3 crianças, além da exigência da construção de uma capela em honra do espírito que se manifestou e se disse "mãe de Jesus".

     Pode-se chegar a conclusões que incomodem a mente de muito boa gente se se esmiuçar este tema. Haja interessados e eu contribuo com o que já estudei e "julgo saber" sobre o tema.

    F.Leite

Eu tive  o o prazer de passar uma tarde a conversar com este Padre, autor do Livro "Fátima Nunca mais"

Aqui vai um apontamento que encontrei na Internet:

Fátima nunca mais!

Mário de Oliveira

Porto (Portugal)

Este texto é um extrato do livro do mesmo título, que foi publicado em Portugal em abril de 1999, pela Editora Campo das letras (campo.letras@mail.telepac.pt), e consiguiu oito edições em 12 meses. Suas argumentações são melhor compreendidas desde a leitura completa da obra. O livro pode ser solicitado a: Jornal Fraternizar (fraternizar@mail.telepac.pt)

I. Deuses contra Deus

Em Fátima, como em qualquer outro santuário ou templo, não basta invocar Deus, para se concluir que estamos perante uma manifestação de Fé. Pelo menos de Fé cristã. Quando muito, estamos perante uma manifestação religiosa. O que não é a mesma coisa. De resto, o cristianismo, no início, nem sequer quis aparecer como uma religião. Os textos fundantes do Novo Testamento, do que falam, não é duma nova religião, mas duma via ou caminho. Via ou caminho que nos há-de levar, não a Deus, sem mais, mas ao outro, aos outros, aos que não são da nossa carne e sangue, e até aos que temos como "inimigos". Para que entre nós e eles, entre todos e todas, se estabeleça, progressivamente, uma relação de fraternidade/sororidade. Pois só quando esta relação de fraternidade/sororidade se torna efectiva, é que o Deus de Jesus é honrado e cultuado. E a Fé cristã verdadeiramente acontece. "Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7, 21). O Evangelho e assim. Não admite fugas, porventura, muito religiosas, mas também muito alienantes, desumanizadoras e desfraternizadoras.

Em Fátima, como em qualquer outro santuário ou templo, é preciso inquirir, com humildade e a toda a hora, que Deus é que lá está a ser invocado e cultuado. Que Deus é que atrai as pessoas e as faz movimentar. Porque, ao contrário do que, habitualmente, se pensa, não há apenas um único Deus. Sempre houve, através dos tempos, muitos deuses. E a dificuldade em poder discernir, entre tantos deuses, qual o verdadeiro, aquele que progressivamente nos humaniza e fraterniza (e só um Deus que nos humaniza e fraterniza é que é Boa Notícia para os humanos), sempre foi muito grande. E, hoje, parece ser ainda maior do que no passado. Porque os deuses são muitos e qual deles o mais atraente e sedutor.

Sabemos que Caim, por exemplo, já nos alvores da Humanidade - é a primeira Carta de João que o lembra, nos alvores do Cristianismo - e segundo reza o mito bíblico do Génesis (4, 1-16), também invocava Deus, cumpria com todos os ritos religiosos, frequentava, regularmente, a liturgia da época. Isso, porém, não o impediu de, na maior das calmas, e com a mais sossegada das consciências, matar o irmão Abel. O Deus que invocava e cultuava e ao qual, generosamente, oferecia as primícias das suas colheitas, não era incompatível com uma acção fratricida. Pelo contrário, até lha terá sugerido ou inspirado. No momento do culto.

A narrativa foi escrita, não como um conto para nos distrair, mas para nos edificar. Para nos alertar. Para nos ajudar a discernir. Para nos revelar que não basta admitir a existência de Deus, ser deísta, ser religioso, frequentar actos de culto, a horas certas e em locais tidos como sagrados, para sermos, automaticamente, homens e mulheres humanos, humanizados, fraternos, numa palavra, cristãos. Podemos fazer tudo isso e muito mais, por exemplo, contribuir com chorudas ofertas para a construção de templos e santuários, fazer difíceis e dolorosas promessas, e cumpri-las escrupulosamente, manter até um bom entendimento com os sacerdotes de alguma das múltiplas religiões que por aí existem e, ao mesmo tempo, alimentar sentimentos de ódio e vingança, de ciúme e de morte contra o outro e os outros. Pior ainda, podemos até passar a vias de facto e matar o outro, matar os outros, os "inimigos", os que não pensam como nós, os que não são da nossa religião, nem aceitam fazer o nosso jogo. E tudo isto, sem chegarmos a perder a tranquilidade de consciência. Pelo contrário, com todo o ar de quem cumpre um dever, de quem pensa que, assim, é que está a ser religioso.

Escrever e dizer estas coisas, pode ser eventualmente chocante para muitos e muitas, crentes em Deus ou ateus, mas não devia sê-lo, pelo menos, para os cristãos e cristãs e respectivas Igrejas. O cristianismo que, no início, nunca quis ser uma religião mais, entre as múltiplas existentes no Império romano, mas apenas uma via ou caminho que, teimosamente, nos há-de levar ao outro, aos outros, mesmo aos que uma certa educação cívica e religiosa nos aponta como "inimigos" nossos, para com todos e todas fazermos a descoberta e a experiência da fraternização/sororidade e da comunhão cada vez maior, nasceu, como se sabe, desta revelação definitiva, a mais radicalmente libertadora da Humanidade e também a mais humanizadora e fraternizadora.

Jesus de Nazaré, reconhecido e proclamado pelos primeiros aderentes e seguidores como o Cristo, por força da Ressurreição que, inesperadamente, lhe aconteceu, havia sido, até então, o mais odiado dos homens, condenado à morte como blasfemo e subversivo, e executado na cruz. Ora, quem está por trás de todo este crime maior da História da humanidade, quem conduz todo o processo, até que seja consumado, são homens religiosos, profundamente crentes em Deus, postos à frente de instituições, as mais sagradas. Mais. Quando assim procedem, os príncipes dos sacerdotes e o Sinédrio, juntamente com os teólogos de serviço, fizeram-no na convicção de que, dessa maneira, davam glória a Deus, ao Deus cultuado e adorado, também por eles, no grandioso Templo de Jerusalém. Tanto assim que, mesmo depois de terem cometido tão horrendo crime, continuaram, de consciência tranquila, a frequentar o templo e a promover o culto em honra do seu Deus, em dias e horas certos.

Ora, o que se passou com Jesus de Nazaré, chamado o Cristo, tornou-se, pelo menos, para os cristãos e cristãs e respectivas Igrejas, no acontecimento mais revelador da História, a Luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo. O novo e definitivo Big-Bang da Criação da Humanidade e do Mundo. O Novo e definitivo Começo. Nele e com ele, a Humanidade nasceu de novo, nasceu definitivamente fraterna e solidária.

Sabemos, por isso, e de maneira definitiva, a partir de Jesus crucificado que o Pai ressuscitou, que, de facto, Deus não é, nunca foi, uma realidade unívoca. Há muitos deuses. Há Deus e deuses. E há até uma luta dos deuses contra Deus. Há deuses altamente perigosos, assassinos e opressores, que não estão bem sem vítimas inocentes, cujo sangue reclamam insaciavelmente. Deuses sádicos que devoram os seus adoradores, os escravizam e degradam. Numa palavra, os desumanizam e, finalmente, matam. E que assim como são, fazem ser os seus adoradores que, por isso, podem ser muito religiosos, como Caim, mas também assassinos. À imagem e semelhança dos deuses que invocam e cultuam.

E há o Deus das vítimas, Ele próprio vítima dos deuses todo poderosos e assassinos, que ressuscitou Jesus dos mortos. Este é o Deus de Jesus e dos homens e mulheres que prosseguem a sua Causa (cristãos e cristãs e outros de boa vontade), o Deus vivo que vive e faz viver, o Deus que não quer outro culto senão a promoção da vida e vida em abundância para todos, o Deus que não só não quer nem faz vítimas, como trabalha sempre para as tirar da Cruz, o Deus que está presente e se manifesta no olhar e no corpo das vítimas da História, a partir das quais lança aquela mais perturbante e desafiadora pergunta, também a mais potencialmente criadora de fraternidade, dirigida a todos os que O invocam como Caim, mas que, como ele, matam os irmãos: "Onde está o teu irmão? Que fizeste do teu irmão?" ou esta outra, actualizadora daquela: "Por que me persegues?" (At 9, 4).

II. Do Deus de Fátima, livra-nos, Senhor!

Duas crianças que morrem e uma terceira que sobrevive, mas é retirada da sua terra e para sempre impedida de levar uma vida em tudo semelhante à das outras pessoas (primeiro, internaram-na, secretamente, no Asilo de Vilar, no Porto, e, depois, mandaram-na para Espanha e fizeram dela freira de clausura para o resto da vida, situação que, 76 anos após os acontecimentos de 1917, ainda se mantém!), eis o principal balanço das chamadas Aparições de Fátima. Provavelmente, nunca ninguém da Igreja católica ousou olhar as aparições sob este ângulo. Jornal FRATERNIZAR, porém, embora corra o risco de perder alguns dos seus assinantes, não pode deixar de o fazer, nesta edição de Maio-93.

Não pensem que o fazemos, para alinhar com os chamados "inimigos" de Fátima. O que nos move é a fidelidade ao Evangelho e ao Deus de Jesus que Maria de Nazaré, melhor do que ninguém cantou, como libertador e salvador da Humanidade, particularmente, dos pobres e excluídos.

A leitura que fizemos do livro mais importante sobre Fátima, "Memórias da Irmã Lúcia", a isso nos obriga. É que o Deus que aí é anunciado e revelado, não tem nada a ver com o Deus revelado em Jesus de Nazaré. Tem tudo a ver com um Deus sanguinário, que se compraz no sofrimento de inocentes, um Deus criador de infernos para castigar aqueles que deixam de ir à missa aos domingos, ou dizem palavras feias, um Deus ainda pior do que algumas das suas criaturas.

Aos leitores e leitoras, pedimos que, em vez de se escandalizarem, experimentem ler também o livro da Irmã Lúcia. Porque, se o fizerem, mas à luz do Evangelho de Jesus, acabarão, provavelmente, a rezar também connosco, "Do Deus de Fátima, livra-nos, Senhor!".

Ambiente de terror

O livro de Lúcia faz-nos recuar no tempo e mergulhar no ambiente religioso e eclesiástico em que também as crianças de Fátima tiveram de viver, por volta de 1917. Eram os tempos da Primeira Grande guerra. Mas o terror que se respirava, nomeadamente, nos meios populares e rurais, não vinha apenas daí. A catequese familiar e paroquial, mais as pregações dominicais e outras, então, muito requentes, constituíam um género de terror não menos intenso e, também, não menos nefasto e assassino. Porque incidia sobre a consciência das pessoas, especialmente, das crianças, pequeninos seres indefesos e carregados de sensibilidade, prontos a acreditar em tudo quanto lhes dissessem os adultos, pais e mães, e ainda mais, bispos e párocos, cuja palavra era, miticamente, escutada e seguida, como se fosse a própria vontade de Deus, presente no meio do povo. (O livro de Lúcia mostra, à saciedade, que ela própria, ainda hoje, tantos anos depois, se mantém nesta visão mítica da realidade, também da realidade eclesial, embora uma tal visão seja completamente estranha à libertadora mensagem do Evangelho).

Jacinta e Francisco, mai-la Lúcia, respiram um ambiente assim. O livro não deixa dúvidas a quem o souber ler nas entrelinhas, criticamente, sem se deixar envolver no misticismo religioso, quase doentio, em que ele nos aparece escrito.

Percebe-se bem que o terror é uma constante nas vidas destas três crianças. Vivem apavoradas com o pecado, com o inferno e com os pecadores que vão, aos magotes, para o inferno. Tudo para elas é pecado. Até dar um beijo a outra criança, no jogo das prendinhas.

Dar um beijo, para a Jacinta, por exemplo, só se for a Nosso Senhor, na imagem do crucificado. Como se uma outra criança, companheira de brincadeira, não fosse muito mais imagem dele, mas apenas e só ocasião de pecado. (Quem despertou uma visão tão moralista, na pequenina e angelical Jacinta? Que satânica catequese lhe distorceu tão gravemente o olhar? Quem lhe tirou, tão precocemente, a naturalidade?).

Depois, tudo pode levar ao inferno. Deus, aos olhos destas crianças, está já tão cansado com os pecados das suas humanas criaturas, que a sua ira está a ponto de atingir os limites. E só não o fará, se elas aceitarem sofrer-sofrer-sofrer, fazer toda a espécie de sacrifícios por amor dEle e pela conversão dos pecadores e, ao mesmo tempo, rezarem muitos terços.

Ora, como não podia deixar de ser, as crianças que recebem toda esta informação - sensíveis e indefesas como só elas são - sofrem, choram, têm pena de Nosso Senhor. E começam a pensar em assumir-se como vítimas, até à morte, para desagravarem a Deus e, de alguma maneira, forçarem-nO a perdoar aos pecadores. Ficam completamente possuídas por uma mística da morte, uma mística sacrificial, que diz bem com um Deus que se alimenta de gente, em vez duma mística de vida, a única que o Deus de Jesus pode inspirar aos seus filhos e filhas, já que Ele próprio é um Deus que trabalha continuamente para que todos tenhamos vida e vida em abundância.

Verdadeira tortura

Viver, num clima de religiosidade assim, tornou-se uma verdadeira tortura. Pelo menos, para estas três crianças aterrorizadas, que sempre levam tudo tão a sério. Tornou-se também um terrível risco. O risco de vir a ser condenado ao inferno. Bastava fazer algum pecado. E o pecado, para elas, era, por exemplo, dizer palavras feias, ou cometer pequenas traquinices. O bastante para poder ser condenado ao inferno, descrito por elas próprias em imagens, as mais terríficas. Nunca mais, então, estas crianças puderam sentir vontade e disposição de fazer sacrifícios pelos pecadores. O inferno era, afinal, a grande ameaça para todos. E o que, com mais probabilidade, poderia acontecer a qualquer um. E, para os pecadores, mais do que ameaça, era já uma certeza.

Num clima assim, de religiosidade verdadeiramente esvaziada de Evangelho, pior, contra o Evangelho, não é de estranhar que o desejo maior destas rês crianças fosse ir para o céu. Porque essa seria a única maneira de não chegarem a cair no inferno, onde quem lá caísse ficaria, para sempre, a arder na imensa fornalha de fogo que ele era, e na companhia de animais, os mais asquerosos e horrendos.

Pelo que conta Lúcia, neste seu livro, os dois irmãos, Jacinta e Francisco, viviam aterrorizados com o inferno. Outra coisa nem era de esperar. A mãe, nas frequentes catequeses familiares que lhes ministrava, carregava bem nas cores do terror. E os pregadores de missões paroquiais que seguiam, com fidelidade, o livro "Missão Abreviada", não lhe ficavam atrás.

Por isso é que, num ambiente assim, de verdadeiro terror teológico, o que mais espanta e escandaliza a quem, hoje, procura ser discípulo de Jesus e deixar-se fazer pelos valores do seu Evangelho libertador, é que aquela Senhora que as crianças dizem ver e ouvir, aos dias 13 dos meses de Maio a Outubro de 1917, apesar de se dizer vinda do céu, isto é, de Deus, não tenha aparecido para as libertar do medo e convidá-las à alegria de viver. Pelo contrário, começa por lhes anunciar, às duas mais novinhas e também mais aterrorizadas, que brevemente as vai levar para o céu, maneira eufemista de dizer que elas vão morrer antes do tempo.

Catequese terrorista Em lugar da boa notícia libertadora de que Deus quer que elas vivam e vivam em abundância, anuncia-lhes que vão morrer brevemente. No fundo, limita-se a reproduzir e a autenticar a catequese terrorista e negadora do Evangelho que as crianças constantemente ouviam em casa e no templo paroquial.

Mas o mais chocante estava ainda para acontecer. É a própria aparição que, em Julho, durante a conversa que mantém com elas, mostra às três crianças o inferno. E a impressão que lhes causa é tal, sobretudo, à Jacinta e ao Francisco, que bem se pode dizer que os dois irmaozinhos, de tenra idade e de saúde manifestamente debilitada, nunca mais se recompuseram desta visão terrífica e acabam por morrer de susto. Também da fraqueza que, entretanto, se apoderou irreversivelmente dos seus corpos, uma vez que tanto ela como ele, desde então, nunca mais conseguiram ser crianças como as outras, nunca mais conseguiram brincaram descontraídas, nunca mais conseguiram encarar a vida como crianças saudáveis (o Francisco, por exemplo, até deixou de ir à escola; em vez disso, preferia esconder-se na igreja, a rezar pelos pecadores!), e nunca mais se alimentaram convenientemente.

Em todos os momentos, a partir daquele dia, a visão do inferno persegue as duas crianças, aterroriza-as, obriga-as a rezar pelos pecadores, e força-as a fazer sacrifícios pela conversão dos pecadores. O livro das "Memórias" de Lúcia testemunha que os dois irmaozinhos eram capazes de passar dias inteiros sem comer, davam a merenda às ovelhas, não bebiam ponta de água, mesmo em pleno mês de Agosto, andavam todo o dia, e mesmo durante o sono da noite, com uma corda permanentemente amarrada à cinta, até fazerem sangue.

Masoquismo religioso

Com estas atitudes, carregadas de masoquismo religioso e sacrificial, pretendiam, numa ingenuidade e inocência que confrange, e de que, pessoalmente, não são responsáveis mas vítimas, consolar Nosso Senhor e o Papa (as preocupações pelo Papa surgem, depois que em certa ocasião, um sacerdote lhes terá falado dele e informado de que ele estava a ser muito perseguido pelos "inimigos" da Igreja).

Chegou-se, assim, à total inversão da Boa Notícia que é a Revelação de Deus na História da Humanidade e que culminou em Jesus de Nazaré, a maior e mais libertadora Boa Notícia que os empobrecidos do mundo e todos os que, oficialmente, são tidos como pecadores, alguma vez puderam ouvir.

Nesta caso de Fátima, em vez de Deus ser aquele que vem, como companheiro e pai com coração de mãe, consolar as crianças e libertá-las do terror e do sofrimento em que uma catequese sacrificial e sádica as condenou a viver, são as crianças que O consolam a Ele e se imolam para conseguir que Ele, à vista do sofrimento delas, vítimas inocentes, contenha a sua ira e desista de dar cabo das humanas e pecadoras criaturas. Ou seja, reduzem-se, para que Ele cresça. Numa liturgia tipicamente sacrificial, mas também verdadeiramente repugnante que, quando acontece, é sempre um insulto ao Deus de Jesus e, simultaneamente, uma das principais causas que explicam o desenvolvimento do ateísmo no mundo.

Urge evangelizar Fátima

Pode, pois, dizer-se que o livro "As memórias da Irmã Lúcia", onde ela escreve tudo o que recorda dos seus tempos de criança, em Fátima, e o faz por obediência a alguns homens da Igreja que, estranhamente, se arrogam de uma tal autoridade sobre ela, até lhe darem ordens dessas irrecusáveis, contém e veicula uma teologia (reflexão sobre Deus) nos antípodas da teologia cristã.

Trata-se duma teologia sobre um Deus que ainda continua aí como o Deus de muita gente, mas que tem tudo a ver com um ídolo devorador de pobres, bem pior do que algumas das suas criaturas, um Deus à imagem e semelhança dos verdugos que só sossega a sua ira castigadora e destruidora, diante do sangue, muito sangue, de vítimas inocentes, um Deus justiceiro, verdugo, sanguinário, um Deus contra o homem/mulher e sem entranhas de misericórdia, tirano e déspota, um Deus intrinsecamente perverso, a quem é preciso apaziguar e cujo braço justiceiro está aí pronto a cair sobre a Humanidade, o que só não aconteceu ainda, porque, felizmente, temos junto dEle uma criatura, a mais santa de todas e, ao que parece, mais misericordiosa do que Ele, a Senhora do Rosário, de seu nome, que tem conseguido sustê-lo.

Mas ela própria está a ponto de não poder aguentar mais a fúria e o ódio dEle contra a Humanidade pecadora e, por isso, decidiu sair do céu até á terra, mais concretamente, a Portugal, onde alguns anos antes, por coincidência, se instaurou uma República maçónica e ateia, para pedir a três inocentes crianças que a ajudem nesta ingente tarefa.

"Quereis - disse-lhes, logo na primeira aparição que lhes fez - oferecer-vos a Deus, para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?"

As crianças, educadas numa catequese sacrificial e terrorista, disseram que sim. E, como elas, ainda hoje muita gente continua a dizer o mesmo a um Deus assim. Só quem não queira ver, é que pode ignorar que, em Fátima, o Deus que mais é procurado pelas pessoas que sofrem doenças e aflições de toda a ordem, é um Deus assim. Um Deus que nos apavora, nos inspira medo, nos castiga, nos dá e tira a vida, conforme o humor de momento. Um Deus que exige sacrifícios humanos, que todo se compraz em ver os pobres autoflagelarem-se, numa imolação que pode ir até ao limite das forças e da vida. Um Deus à revelia do Evangelho, com mais de demónio do que de Deus, que, desde os alvores da Humanidade, tem habitado o nosso inconsciente colectivo e onde, manifestamente, ainda não chegou a boa nova libertadora de todo o medo, que é o Evangelho de Jesus.

A Igreja católica que, desde a primeira hora, tem gerido Fátima, ainda não foi capaz de evangelizar Fátima. A valer. Pelo contrário, tem parecido mais interessada em aproveitar-se sacrilegamente do fenómeno. Talvez porque ele, como diz a publicidade do totoloto, é fácil, é barato, dá milhões. E garante elevadas estatísticas, na hora de contabilizar os católicos portugueses, o que dá muito mais poder reivindicativo à respectiva hierarquia, frente ao poder instituído.

Entendemos que é chegada a hora de mudar. Desde raiz. É arriscado? Sem dúvida. Mas é também imperioso e urgente. Está em causa o Nome de Deus, do eus revelado em Jesus de Nazaré. Está em causa a Fé cristã. E, sobretudo, está em causa a Humanidade, particularmente, a maioria empobrecida e oprimida, também em nome de um certo Deus que, em Fátima, continua a ditar, impunemente, a sua sacrificial lei.

Os teólogos cristãos têm, pois, uma palavra a dizer. Com lucidez e coragem. Com discernimento. Na luta de deuses em que vive a Humanidade, a palavra dos teólogos cristãos é insubstituível. Pode ser, para alguns, martirial, como tem sido para outros companheiros nossos, na América Latina. Mas não podem os teólogos deixar de a dizer. Assim como as comunidades cristãs onde eles se inserem. Pactuar, nem que seja com o silêncio, é um pecado contra os pobres e contra o Espírito Santo.

É que Deus, o Deus de Jesus, em vez de criar infernos para os pecadores (e quem não o é?), acolhe-os e come com eles. Por pura graça. Em vez de fazer vítimas, tira-as da cruz. E está empenhado, como criador que é, em fazer desta terra, ainda com muito de inferno, uma nova terra, onde Ele viva connosco e entre nós, para sempre, como Emanuel. E Maria, a mãe de Jesus, longe de andar por aí a pedir sacrifícios e a reza de muitos terços pela conversão dos pecadores, é a maior poeta deste Deus totalmente ocupado na libertação e salvação da Humanidade e apostado em levar ao seu termo a criação do mundo, iniciada há muitos milhões de anos. Uma criação demorada, porque Ele não a quer fazer sem nós, mas connosco. E também porque respeita infinitamente a nossa liberdade. Sem jamais perder a paciência, apesar dos inúmeros disparates que cometemos contra nós próprios, contra os outros e contra a Natureza que nos serve de berço. E isto, porque nos ama infinitamente. Pois nem pode fazer outra coisa.




  Portal Koinonía


Citação de: F.Leite em 18 janeiro, 2016, 12:31
   
  Pode-se chegar a conclusões que incomodem a mente de muito boa gente se se esmiuçar este tema. Haja interessados e eu contribuo com o que já estudei e "julgo saber" sobre o tema.

    F.Leite

Quem apareceu nada tinha a ver com Maria... Mas falando por uma bela dose de pessoas aqui, estou curioso sobre essas conclusões!
"To have faith is to trust yourself to the water. When you swim you don't grab hold of the water, because if you do you will sink and drown. Instead you relax, and float." - Alan Watts

MrM
Acho interessante haver tanta diferença de opiniões.
Gostaria apenas de lançar algumas questões.

De que forma grupos de estudo espiritas, ou reuniões de médiuns são mais valiosas do que as reuniões de milhares de mediuns (sim, todos somos) aquando das supostas aparições?
Qual é o valor daquilo que vemos?
Qual é a importância do que sentimos?

Atenção, não estou a falar, nem quero falar da "história" dos "factos de Fátima".
Este é o primeiro ponto.

Segundo ponto.

Quem vai a Fátima agora, ou quem for, como interpreta o que vê e/ou sente no lugar?

O texto, em si, pouco ou nada esclarece sobre a verdade de Fátima. E era bom que o fizesse pois trata-se de algo que interessa a muita gente, eu incluído.

Sendo o autor padre, gostava de saber que género de relação tem ou mantém com a Igreja católica.

Na sequência do seu pensamento sobre o assunto, conhecido e coerente diga-se, depois de lido este excerto fica-se com uma ideia da obra.

O texto, a meu ver, demonstra o aproveitamento e a manipulação que a Igreja fez do "fenómeno" naquela altura. Fez, e continua a fazer. Aliás, sinceramente não acredito que o livro de Lúcia não tenha sido escrito com a generosa ajuda da mesma Igreja. Escrito, supervisionado e devidamente censurado caso se justificasse. Nada que me admire.

Fátima, como outras questões, é estritamente fé. Não é doutrina, religião ou catequese. Não é templo nem romaria. É Fé.


#10
Eu recomendaria aos interessados a leitura deste livro. Também são importantes para os interessados as opiniões de Joaquim Fernandes e Fina da Armada. Por isso também recomendo a leitura de:


- Fátima: nos bastidores dos segredos Joaquim Fernandes e Fina da Armada


Ver excerto do Jornal Público


Não é difícil aceitar que de 13 de Maio a 13 de Outubro de 1917, Jacinta, Francisco e Lúcia presenciaram a aparição de uma figura feminina na Cova da Iria, em Fátima. Contudo, as divergências começam quando se discute a natureza do ser que comunicou com os três pastorinhos.

Para a Igreja Católica não há dúvidas: a Nossa Senhora foi a figura das aparições. Já para Fina d'Armada e Joaquim Fernandes, os autores das obras "Intervenção extraterrestre em Fátima", "As aparições de Fátima e o fenómeno OVNI" e "Fátima: nos Bastidores do Segredo", "a mulherzinha com uma idade aproximada de 15 anos, com 1,10m de altura e emitindo sons como zumbido de abelha" não representa qualquer figura religiosa. Em suma, acreditam os autores, docentes de História e de Ciências Sociais e Humanas, respectivamente, o fenómeno poderá inscrever-se nas páginas da ovnilogia.

A hipótese pode parecer difícil de aceitar quando analisada à luz da realidade actual. Mas suponha que vive num tempo e numa civilização futura, onde se consegue obter o domínio pleno do teletransporte e graças ao controlo do envelhecimento das células ou a terapias genéticas revolucionárias se torna vulgar dobrar um século de vida. Não choca que façam parte deste mundo meios de transportes ultra-rápidos capazes de realizar viagens de enormes distâncias, nem é difícil imaginar que a curiosidade humana acabaria rapidamente por encontrar outros planetas e novas formas de vida, possivelmente inteligentes, com as quais desejaria entrar em contacto.

Perante este cenário, impõe-se a pergunta: o que seria indispensável à concretização de uma operação encarregue de planificar minuciosamente o contacto com outros seres planetários? Para Fina d'Armada e Joaquim Fernandes - criador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência da Universidade Fernando Pessoa, no Porto -, o anúncio da "Operação Fátima" seria uma das fases essenciais do contacto. Talvez o surpreenda, mas as aparições na Cova da Iria foram realmente anunciadas. A 7 de Fevereiro de 1917, Carlos Calderon, um "médium" famoso na época, recebeu uma mensagem sob a forma de escrita automática. Ficou registado na acta da reunião que "um dos assistentes pediu papel e lápis e automaticamente escreveu da direita para a esquerda uma comunicação que não se pôde ler senão com o emprego de um espelho". O conteúdo da mensagem referia que "a data de 13 de Maio será de grande alegria para os bons espíritas de todo o mundo". Outro pré-anúncio foi divulgado nas páginas da imprensa diária portuguesa no próprio dia 13. "O Primeiro de Janeiro", o "Jornal de Notícias" e o "Liberdade" publicaram um texto, datado da antevéspera, subscrito por um espírita de nome António, procedente do Porto. O postal enviado dizia: "Dia 13 do corrente vai dar-se um facto a respeito da guerra que impressionará fortemente toda a gente".

O milagre da multiplicação

Agora imagine que está encarregado de continuar a operação. Com certeza teria um especial cuidado na escolha e na preparação dos interlocutores desta experiência "visionária". Fina d'Armada e Joaquim Fernandes concluíram no seu livro "Fátima: nos Bastidores do Segredo" que esta preparação existiu. As pré-aparições foram descritas na época por pessoas que conviveram com Lúcia e mais tarde foram relatadas pela própria vidente. Os interrogatório oficiais de 1923 registaram as declarações da mãe de Lúcia: "No ano anterior ao das aparições ouviu a filha e a outras dizerem que tinham visto noutro lugar uma pessoa embrulhada num lençol". Há ainda mais três testemunhos que corroboram o mesmo. As conclusões dos autores apontam para a existência de quatro pré-aparições em 1916: duas com a dita Nossa Senhora e outras duas com vultos embrulhados num lençol.

Já sabemos que a "Operação Fátima" foi anunciada e os interlocutores previamente preparados. Mas como terá sido possível a comunicação entre seres de naturezas distintas? Carl Sagan, na obra "Contacto", propõe a matemática como linguagem universal destes contactos, mas no caso de Fátima não foi este o processo utilizado. Nos registos dos relatos de Lúcia com a Virgem Maria, a vidente refere que a ouviu falar, mas "uma luz interior lhe fazia compreender o sentido das palavras". No documento-chave do Processo Canónico de 1930 ficou redigido que "Lúcia durante o tempo da aparição parecia alheia a tudo quanto a rodeava, não tendo consciência do que lhe diziam e faziam ao pé dela, achando-se fora de si". Os historiadores concluíram que o processo aparicional de Fátima deverá ter passado por uma alteração do estado de consciência dos pequenos pastores, e que não existiu produção vocal ordinária, mas sim uma espécie de tradução simultânea e directa no cérebro dos videntes, um fenómeno já referenciado em alguns contactos alienígenas.

Mas o que deu a Fátima uma dimensão internacional, perpetuando o fenómeno até aos nossos dias? Se os portugueses não duvidam que "o segredo é a alma do negócio", Fina d'Armada e Joaquim Fernandes têm a certeza que o segredo foi a alma de Fátima. A estratégia deveria garantir o sucesso futuro do contacto. O que poderá ter surgido inesperado aos visitantes foi o desinteresse da ciência em analisar o fenómeno e o aproveitamento feito pela Igreja Católica. Em 1917 falava-se apenas de "umas palavrinhas", que em 1927 se transformaram em dois segredos e em 1942 em três. "Deu-se o milagre da multiplicação", ironizam. A esta evolução não terá sido indiferente a actuação do bispo de Leiria que, em 1921, tomou as rédeas das aparições e colocou a única vidente viva em quarentena, desterrando-a da sua terra e silenciando-a. Fina d'Armada e Joaquim Fernandes acreditam que os videntes nunca souberam qual era o segredo: "A ideia não era sabê-lo, mas transmitirem-no".

Apesar de reconhecerem que a hipótese "ovni" ainda não está comprovada, Fina d'Armada e Joaquim Fernandes não podem deixar de lembrar: "É tão absurdo conceber um campo de trigo com uma única espiga, como um mundo único no vasto Universo".

Lembro-me de quando me ofereceram o livro sobre os pastorinhos de fatima ( teria cerca de 7-8 anos) e de naquela altura me fazer confusão, o sofrimento que eles passaram de propósito por causa dos pecadores, não sei, achava tudo aquilo um pouco demais para crianças tão pequenas. Á medida que fui crescendo percebi, que talvez, nem tudo o que fora apregoado sobre fátima fosse verdade, porque se fosse verdade, qual a necessidade de enfiar lucia (a unica sobrevivente) num convento, para ficar isolada do mundo? Porque de tão secretismo acerca dos segredos de fátima? No fundo á muitas perguntas...mas respostas concretas...O mais engraçado foi a "conveniencia" destes acontecimentos para a igreja naquela época (primeira republica,novas ideias que poderiam originar o fim do poderio da igreja,e logo surge isto), na minha opinião, parte do que sucedeu em fatima poderá ser verdade, mas acho que a igreja forjou muita coisa.
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

#12
Ola, agradeço e respondo como iniciei, alguem que não revelei, por achar que não devia, e me respondeu particularmente. Postei este caso, para poder contribuir e esclarecer no que me toca neste campo.

Claro que fizemos uma pesquisa em relação ao acontecimento, da parte espiritual, e não se trata de nenhuma nossa senhora como a igreja define. Fenómenos destes fazem parte do nosso trabalho, acontecem; este caso foi um espirito de luz. Ainda há pouco tive uma pessoa de familia que via dois seres de luz ao lado do sacrário, fomos verificar era dois familiares desta minha prima, uma era a minha tia e a outra a minha avò,apareceram onde quiseram e como quiseram, mais nada de especial.

Não estou dentro da história posterior aos acontecimentos, descritos pela igreja católica. Creio que a mais velha teria 12 anos os outros menos.Portanto para nós já é complicado, faço ideia para as crianças, terem de assumir que era nossa senhora ou quem quer que fosse. A própria aura das pessoas emite esse tipo de luz, como já vimos, portanto muito haveria para descobrir, mas como foi na altura conduzido em secretismo, e por pessoas sem conhecimento de espiritismo é natural ter seguido esse caminho, ficarei por aqui.
cumprimentos, espero tenha contribuído.



como disse só uma viu e ouviu e depois só fazendo um a reunião com tempo para chamar os espiritos da lucia e irmãos para se tentar saber mais sobre o assunto. tudo isto tem o seu tempo e o seu interesse. mas devido a outras situações nem sempre temos tempo para tudo. Quanto a este caso

Quero só acrescentar ao que escreve e muito bem, gostei, mas temos acompanhado algum fenómeno ovni, que é de origem espiritual, e como médiuns que somos conseguimos comunicar e não passa tambem de espiritos ou entidades, que se demonstram de outra forma, apenas resumo o facto pois teria muito para falar sobre isto.
cumprimentos e gostei do que li.

Só referir que Joaquim Fernandes é há décadas um estudioso e acérrimo defensor do fenómeno OVNI.

eu sou de comum acordo com o autor de Fátima nunca mais Mário de Oliveira,não acredito em tais "milagres" ,sendo a zona muito dada a aparições e fenomenos poderia ter sido algo relacionado com metereologia ou ovnis .