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  • Seja novamente uma criança
    Iniciado por Marta149
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Há momentos raros, únicos, mas ainda assim há momentos em que você chega mais perto da melodia da existência. As circunstâncias podem ser diferentes, mas a melodia é a mesma.

Uma criança corre atrás de uma borboleta, uma criança colhe flores no jardim, uma criança simplesmente deita sobre a grama, sente certa harmonia na existência sente certa melodia. Nesse momento, deitada ali sobre a grama relaxada, ou correndo – correndo atrás da borboleta, ou correndo para colher flores – ou não fazendo nada: apenas brincando com seixos na praia – nesse momento, a criança está totalmente unida à existência. Não há nenhuma tristeza ou pesar, nenhuma negatividade.

Uma criança aceita a existência como ela é e é aceita pela existência.

Quando você aceita a existência, a existência o aceita. Quando você rejeita, é rejeitado. A existência é um eco do que você faz. Tudo o que fizer com ela será feito com você.

A criança aceita. Para a criança não existe passado, nem futuro. O momento presente é suficiente. A criança existe aqui-agora. Então ela sente uma certa harmonia, uma melodia é sentida.

É por isso que mais tarde, quando você fica muito velho, você continua a se recordar de sua infância, vive dizendo que a infância era um paraíso. Por quê? Porque houve muitos momentos nos quais você aceitava tudo totalmente. E uma criança é aceita totalmente. No instante  que a criança começa a rejeitar, deixa de ser criança. A infância é perdida, o paraíso é perdido.

Recorde alguns momentos de sua infância nos quais você teve o sentimento de que a vida era uma bem-aventurança, de que simplesmente ser era um êxtase. Simplesmente ser, respirar, era o bastante. Você não precisava de mais nada para ser feliz. Seja o que for que você fosse, era o suficiente para ser feliz.

Reúna esses momentos. Recorde-os, reviva-os. De vez em quando esqueça sua idade. Feche os olhos e retorne, retroceda, seja novamente uma criança. Não se recorde apenas, mas reviva. Seja novamente uma criança. Em sua memória corra como uma criança, cante, brinque e obterá uma nova luz, um novo despertar. Uma nova energia vital correrá através de você. E você se tornará mais receptivo.

Mas olhe para a mente humana. Ela coleciona misérias, coleciona sofrimento, coleciona amarguras. Jamais coleciona momentos felizes. Vive colecionando miséria após miséria. Então a vida se torna um inferno. Essa é a sua coleção: é o seu modo de olhar para as coisas.

Você sempre diz que a felicidade é apenas momentânea. Mas ninguém diz que o sofrimento é momentâneo, ninguém diz que a angústia é momentânea. Você continua a sentir que a angústia é permanente, que o sofrimento é permanente e que a felicidade é momentânea. Está errado. No final das contas o contrário é verdadeiro. O sofrimento é momentâneo e a bem-aventurança revela-se eterna.

Mas você continua a colecionar sofrimento, logo ele parece permanente; você nunca coleciona, nunca nutre os momentos felizes e alegres, logo, eles dão a impressão de serem momentâneos.

É você que escolhe assim. Mude sua escolha – porque, com tanto sofrimento reunido, você acumulará mais sofrimento. O sofrimento aumentará; você está colaborando para que ele aumente. Desse modo, chegará o momento em que você estará tão coberto de sofrimento que não poderá vislumbrar qualquer possibilidade de bem-aventurança. Então você se tornará totalmente negativo.

Faça exatamente o contrário. Somente isso será de ajuda à sua meditação. Sempre que o sofrimento se manifesta, não o guarde. Deixe-o manifestar-se, mas não o alimente. Lembre-se de uma das leis: se você der muita atenção a uma coisa, seja o que for, ela crescerá."

Osho

Quem me dera ser criança.... :-P
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

Adorei, principalmente o último parágrafo: deixar manifestar o sofrimento mas sem o alimentar.

Boa partilha :)

Eu entendo a intenção, mas não digam para voltar a ser criança a uma pessoa que teve uma infância de porcaria.  ;D

Para mim a beleza deste post é incentivar as pessoas a viverem no agora, apreciando a beleza que as rodeia com simplicidade e pureza.