A Lei do Retorno

Se o meu vizinho souber que eu vou ao Porto não devo ir?

EDIT

Porque é que não tenho livre-arbítrio? Eu é que tomo as minhas decisões, não é Deus que as toma por mim!

Porque não podias escolher nada diferente do que ele já sabia, portanto não é uma escolha tua. Não podes escolher verdadeiramente se o teu caminho já está traçado antes de nasceres.

Porque não podias escolher nada diferente do que ele já sabia, portanto não é uma escolha tua. Não podes escolher verdadeiramente se o teu caminho já está traçado antes de nasceres.

O que é que Deus quer que tu faças amanhã, sábado?

O que é que Deus quer que tu faças amanhã, sábado?

Eu não sei obviamente, mas o que quer que faça ele já sabe, portanto não é uma decisão minha.

Atenção que eu estou a ver isto pelo prisma do Cristianismo, porque eu sou agnóstico e não sigo nenhuma religião.

Eu não sei obviamente, mas o que quer que faça ele já sabe, portanto não é uma decisão minha.

Atenção que eu estou a ver isto pelo prisma do Cristianismo, porque eu sou agnóstico e não sigo nenhuma religião.

Então se a decisão não é tua como é que sabes o que vais fazer?

Então se a decisão não é tua como é que sabes o que vais fazer?

Porque tens a ilusão de escolha. Tu não sabes qual e o teu destino, não sabes se vais ter um acidente amanha, não sabes como e quando vais morrer, não sabes se vais cometer algum crime, mas Deus sabe isso tudo antes de nasceres. Tudo o que decides fazer já ele sabe, portanto como é que pode ser uma escolha tua? Na tua cabeça é uma escolha tua, mas na verdade não é pois o teu caminho já estava previsto antes de o caminhares. E por isto que os Calvinistas acreditam na Predestinação, porque de facto não é possível conciliares a Clarividência de Deus com o Livre-arbítrio, um exclui o outro. Se o Cristianismo defender o Livre-Arbitrio dos Humanos, então tem que acabar com a Clarividência de Deus.

Não sei se já reparaste que o que escrevo aqui não é em função disto ou daquilo, tão só o que eu penso.

Pois bem, acho que vai aí alguma confusão entre destino, clarividência e livre-arbítrio.

Antes de incorporar o espírito propõe-se realizar determinadas tarefas e atingir certos objectivos na sua vida terrena. Imagina que nasceste em Lisboa e o teu destino final é Faro. Usando o teu livre-arbítrio, podes sair de Lisboa rumando a Madrid, regressar ao Porto, ir à serra da estrela e finalmente chegar a Faro. Ou, podes ir directo de Lisboa a Faro. Ou qualquer outro itinerário.

Independentemente do caminho que a cada momento escolhes ao longo da vida, irás realizando as tarefas e atingir os objectivos a que te propuseste, sendo que o destino final será sempre Faro.

A clarividência de Deus, é outra coisa. Ele sabe se vais ou não cumprir as tarefas e os objectivos a que te propuseste.

1. Correcto. A perfeição existe. As ferramentas existem para quem ainda não a atingiu.

2. Os espíritos "acabadinhos de sair do forno" não são grosseiros.

3. Santíssima Trindade. Pai, Filho e Espírito Santo. A Trindade é Una. Assim é desde o princípio.

4. A criação de Deus é perfeita. A imperfeição veio depois.

5. Não. Somos filhos de Deus. Temos uma parte em ligação com Ele. Por parte integrante pretendo dizer fusão integral. E sim, segundo o meu entender seremos parte indivisível de Deus.

Forbidden,

Deus está a todo o tempo em cada um de nós.

Deus não mandou o seu Filho para ser morto.

O perfeito não se torna imperfeito. Se não, não é perfeito em primeiro lugar. Segundo os livros dos espíritos que aí.. quando um espirito nasce, nasce selvagem (se nascem espíritos já todos é uma novidade para mim).. A santíssima Trindade justifica muita coisa, mas peço lhe que me desenvolva isso porque realmente cada um tem o seu entendimento (reza a lenda que é mais fácil meter a água toda do oceano num buraco que entender isso... Entretanto cada um vai mandando a sua visão) . Se seremos parte integrante, seremos todos deus. #seremostodosdeus.

Das melhores "discussões" que vi por aqui nos últimos tempos.

Das melhores "discussões" que vi por aqui nos últimos tempos.

É verdade, mas esta discussão lembra-me a história do ovo e da galinha, quem nasceu primeiro? Ou seja, não se chega a conclusão nenhuma...cada um tem os seus pontos fortes...mas isso não irá influênciar a opinião do outro.

A conclusão é que tudo pode ter mais que um ponto de vista. E que ambos podem ser válidos. Tudo reside na boa argumentação. Mais que convencer o outro, importa abrir a mente a todas as possibilidades. Acho eu...

Por acaso isto do livre-arbítrio deixa muito a desejar e faz-me imensa confusão!
Vejo-me muito nas palavras do Forbidden. Consigo perceber o ponto de vista dele.

Nós podemos tomar as "decisões", mas elas, de uma certa forma, já estão tomadas e vistas por Deus. Então deixa de ser uma mera decisão nossa. Talvez lhe chamasse influências, sei lá eu.

É como termos 2 caminhos para escolher, por exemplo. A decisão é "nossa", mas Deus já sabe o que irei fazer antes de fazer...e as consequências que pode trazer. Pois em ambos os caminhos, há sempre algo à nossa espera.

Mas não acho que seja só uma força nossa...somos sempre influenciados pelo destino.

E ele sim, existe.

Mas quero pôr na minha mente que temos o poder de decidir as nossas ações e escolher os nossos caminhos sem que nada nem ninguém os impeça. Mas não consigo totalmente acreditar nisso.

O perfeito não se torna imperfeito. Se não, não é perfeito em primeiro lugar. Segundo os livros dos espíritos que aí.. quando um espirito nasce, nasce selvagem (se nascem espíritos já todos é uma novidade para mim).. A santíssima Trindade justifica muita coisa, mas peço lhe que me desenvolva isso porque realmente cada um tem o seu entendimento (reza a lenda que é mais fácil meter a água toda do oceano num buraco que entender isso... Entretanto cada um vai mandando a sua visão) . Se seremos parte integrante, seremos todos deus. #seremostodosdeus.

Antes do mais, volto a referir que o que aqui escrevo só reflecte o meu entender. E, só o meu pensamento vincula.

Sendo certo que o "debate" até aqui incidiu sobre questões "intermédias", não é menos certo que estamos a entrar na fase mais complexa, ou seja, a procura do início e do fim.

Cada religião, doutrina ou pensamento, após nuns casos séculos noutros décadas, apresentam a sua visão das coisas. Recorreram a profetas, livros, historiadores, teólogos, espíritos "superiores", médiuns e a tudo o mais que não me ocorre agora.

Não sei, apenas porque não procurei, se alguma dessas religiões/doutrinas abordam uma "coisa" que eu chamo de "os mistérios". O que chamo de mistérios são factos, coisas e procedimentos cuja acessibilidade está vedada ao homem. Presumo que pelo facto de o homem se encontrar no patamar em que se encontra. Há uns anos atrás, em várias conversas com um "amigo", quando se colocavam questões mais avançadas, a meu ver pertinentes do decurso do diálogo, esbarrei diversas vezes na resposta "faz parte dos mistérios".

Dito isto, vamos lá ver se sai algo de jeito.

"O perfeito não se torna imperfeito. Se não, não é perfeito em primeiro lugar."

É, por princípio, verdade. Porém, o que é perfeito, Deus, pode criar o que bem entender. É certo que numa visão simplista diríamos que Deus, na Sua perfeição, tenderia a criar apenas "coisas" perfeitas. Constata-se, porém, que assim não se passou.

"Segundo os livros dos espíritos que aí.. quando um espirito nasce, nasce selvagem (se nascem espíritos já todos é uma novidade para mim)..."

Os livros foram escritos por homens, com colaborações por vezes "externas". Não sei se as mensagens foram bem interpretadas e não posso confirmar sequer a origem delas, nem até que ponto quem as reduziu a escrito as não impregnou de conhecimento seu.
Qual seria o propósito do perfeito Criador ao criar espíritos impuros, "selvagens" mesmo? Ele que é Amor (não o entendo de outra forma) ia dar-se ao "trabalho" de criar imperfeição para depois, através do sofrimento, iniciarem uma caminhada de dor até à perfeição? Não acredito nisso. Não faz qualquer sentido!

"A santíssima Trindade justifica muita coisa, mas peço lhe que me desenvolva isso porque realmente cada um tem o seu entendimento (reza a lenda que é mais fácil meter a água toda do oceano num buraco que entender isso... Entretanto cada um vai mandando a sua visão)"

Só falei na Santíssima Trindade a propósito do que escreveste:

"Isso implica que o Espirito Santo, seja uma criação à parte do resto. Será? Ou será que o próprio Deus teve de obdecer a "regras de concepção"?"

De uma forma muito simples diria que Deus, no princípio, "delegou" competências. A meu ver, a Santíssima Trindade sendo Una mantém as três identidades. Sem misturas ou conflitos actuam como um só que são.

"Se seremos parte integrante, seremos todos deus. #seremostodosdeus."

Sim, é o meu entendimento. Se, nessa altura, não somos divisíveis d'Ele, seremos Deus com Ele.

Então não me fiz entender, porque eu também não acredito em infernos ou diabos . Não é isso que entendo por lei do retorno.

Então não me fiz entender, porque eu também não acredito em infernos ou diabos . Não é isso que entendo por lei do retorno.

Atena46, diriges-te a mim? Desculpa mas não percebi.

... porque eu também não acredito em infernos ou diabos

Se não é indiscrição no que acreditas então?