Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Suícidio na Visão Espírita
    Iniciado por nuno
    Lido 6.158 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
#15
A visão espírita sobre os suicídio segundo Allan Kardec é bastante clara...

944. O homem tem o direito de dispor da sua própria vida?

— Não; somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma  transgressão dessa lei.
     

946. Que pensar do suicida que tem por fim escapar às misérias e às decepções deste mundo?

— Pobres Espíritos que não tiveram a coragem de suportar as misérias  da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos que não têm força nem coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Infelizes, ao contrário, os que esperam uma saída nisso que, na sua impiedade, chamam de sorte ou acaso! A sorte ou acaso, para me servir de sua linguagem, podem de fato favorecê-los por um instante, mas somente para lhes fazer sentir mais tarde, e de maneira mais cruel, o vazio de suas palavras.

Na minha opinião será a resposta mais acertada à tua pergunta, nuno. Recomendo a leitura do livro, Livro dos Espíritos de Allan Kardec.

Deixo ainda o link para um site onde o livro está escrito.
https://livrodosespiritos.wordpress.com/

E o link para a parte que te interessa.
https://livrodosespiritos.wordpress.com/esperancas-e-consolacoes/cap-i-penas-e-gozos-terrenos/vi-desgosto-pela-vida-suicidio/

(não me recordo se é proibído postar links, se é, peço que corrijam o meu erro).
Espero ter ajudado.

#16
Fingarfan, se o espirito se suicidou em outras vidas, Deus pode sim permitir que espiritos obsessores o tentem para ver se realmente ele vai cumprir o que estipulou no mundo espiritual, mas nunca virá como missão de suicidio. Se o suicida, não pudesse usar o seu livre arbitrio Deus não permitia que ele se suicida-se. Mas é um aprendizado para o espirito, porque vai sofrer e o sofrimento é uma forma de não voltar a cometer os mesmos erros do passado. Se poes o dedo no fogão e queimas-te não vais voltar a fazer o mesmo, pois sabes que vais sofrer as dores da queimadura, mas como ainda somos crianças como espiritos cometemos o mesmo erro varias vezes. Não é Deus que castiga, mas a nossa propria consciencia, pois do outro lado vemos que a vida não cessa e que o sofrimento só se agravou.
Memorias de um suicida conta a historia de Camilo Candido Botelho pseudonimo de Camilo Castelo Branco, escritor Portugues que se suicidou por volta dos 50/60 anos de idade. Perdeu a visão e como vivia dos livros e em quase falencia em desespero suicidou se e esteve muitos anos no mundo espiritual em sofrimento. É a ideia do livro é mesmo essa, chocar as pessoas para verem o que ele passou, não resolveu nada e ainda aumentou o sofrimento. Foi permitida essa revelação para que evite suicidios. Depois voltou para passar pela mesma prova, voltou a ficar cego pela mesma idade, e na ruina, mas depois de todo o sofrimento anterior não sucumbio e completou a prova.

Eu proprio se não conhece-se esta Doutrina tão consoladora, teria me suicidado a uns 3anos atrás. Graças a Doutrina Espirita, com todo o conhecimento que nos trás e nos diz que a lei de causa e efeito funciona, nos alerta e nos explica as consequencias dos nossos atos provavelmente não estaria aqui a escrever isto.
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

Pois este tema continua a ser muito controverso, no entanto o tópico em aberto pretende abordar o espiritismo segundo a visão espírita e é com base nela que faço os meus comentários.

Entendo que o suicídio é uma decisão pessoal, como qualquer outra decisão (por exemplo: escolher caminho A e não o B, matar, fumar, tomar drogas, etc...).

A minha questão prende-se precisamente com essa decisão, que ao que parece no espiritismo é algo decorrente do próprio livre arbítrio. Supostamente, na dimensão espiritual, o espírito faz um plano sobre a sua futura reencarnação. Se assim é, eu gostaria de compreender se essas escolhas (na qual incluo o suicídio) não poderão fazer parte do plano que o próprio espírito determinou para a sua futura vida.

Se por um lado aceito que o suicídio possa fazer parte do plano desse espírito, por outro não vejo grande lógica pois o objetivo é conseguir cumprir com o plano, mesmo que este seja muito mau. Aliás, a doutrina espírita ao contar estas histórias (como o Roqueiro do Além, Memórias de um suicida, etc...) pretende demover o sujeito do suicídio e eu compreendo isso e aceito.
Mas reparem, se o suicídio surge na vida de alguém é porque essa possibilidade faz parte das escolhas dessa pessoa, ou seja do seu plano, não acham? Por isso há pessoas que pensam no suicídio e outras nunca o fizeram. Que vos parece?
O livro que aqui se falou é Memórias de um Suicida que podem encontrar na internet pois não posso deixar aqui o link. É um livro que fala de uma pessoa (Camilo Cândido Botelho) que se suicida após ter ficado cego e depara-se com o cenário do após morte. Nesse tempo (10 anos de sofrimento) ele sente todas as dores da bala que atingiu o seu ouvido e cérebro e ele vê a decomposição do seu próprio corpo, no vale dos suicidas onde se encontra e onde estão outros seres que cometeram suicídio. É um livro muito interessante, mas muito denso, sob o ponto de vista descritivo. Um outro igualmente interessante é o Roqueiro do Além, para quem tiver interesse em dar uma espreitadela. Ambos encontram-se na net gratuitamente.

Bem-hajam.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

#18
Citação de: Faty Lee em 15 setembro, 2015, 15:05
Agora vou fazer uma questão que me suscita curiosidade... não será o suicídio um caminho marcado para determinados seres?? Ou seja, haverá alguma hipótese de o espírito ter definido que se suicidaria por algum motivo particular?  

Olá Faty,

  Não existe nenhum de nós que tenha a partida desta ou qualquer uma das nossas variadas vivências, uma partida por suicídio. Uns de nós, passaremos por certas expiações que nos possa levar a questionar tal opção. Mas a solução nunca é essa, a do suicídio. O suicídio é contra-natura. E terás dificuldade em encontrar algum depoimento, algum livro mediunico,  a afirmar que a sua partida daqui estaria designada por suicidio.

Abraço,  

Citação de: Faty Lee em 16 setembro, 2015, 10:00

A minha questão prende-se precisamente com essa decisão, que ao que parece no espiritismo é algo decorrente do próprio livre arbítrio. Supostamente, na dimensão espiritual, o espírito faz um plano sobre a sua futura reencarnação. Se assim é, eu gostaria de compreender se essas escolhas (na qual incluo o suicídio) não poderão fazer parte do plano que o próprio espírito determinou para a sua futura vida.


   Pode-se fazer certas escolhas sim, mas jamais coisas que não possamos aguentar, e muito menos coisas anti-naturas, como o suicidio. Não, nenhum de nós pode escolher na espiritualidade que na proxima reencarnação, o seu desencarne seja como suicidio. As nossas escolhas possiveis na espiritualidade na nossa proxima encarnação é regida, pela capacidade, das nossas capacidades intelecto-morais. O suicidio como desencarne, nem sequer é realizável, pois é contra o bom-senso de um ser inteligente conhecedor das existência continua. Pode fazer-lhe sentido numa visão de uma existência unica, mas jamais, numa pluralidade de existências. ;)

Abraço,

João Paulo Soares obrigada pela clarificação. Também acredito que a "involução" não possa fazer parte do desenvolvimento do ser e o suicídio é, para mim, involução ou na pior da hipóteses estagnação. Também não sei qual o intuito do ser escolher o suicídio na sua reencarnação, pois ele aporta inúmeras consequências já anteriormente debatidas.

Com isto, significa que o suicídio é uma escolha de um encarnado que se esqueceu de quem realmente era...   

Bem-haja!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Concordo com as opiniões expressas.
Pessoalmente, prefiro não "condenar" a pessoa que escolhe o suicídio, porque não estou a viver a situação dela. Não quer isto dizer, que concorde com o ato em si.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Bushido... O caminho do guerreiro.
Suicídio é uma morte honrosa no ideal samurai. Esta tão presente que ainda hoje o Japão tem altas taxas de suicídio

O facto de algumas sociedades tradicionalmente aceitarem o suicídio, e até o dignificarem, não quer dizer que seja uma prática aceitável hoje em dia. Isso aplica-se a diversos hábitos históricos e tradicionais que com o tempo vamos compreendendo que não fazem sentido e devem ser abandonados.

O livro "Memórias de um Suicída" é de facto notável. A médium que o escreveu, Ivone do Amaral Pereira, também se suicidou em várias encarnações anteriores e muito sofreu por isso. Algumas dessas dolorosas experiências estão relatadas em outros livros seus, nomeadamente "O Drama da Bretanha", "Nas Voragens do Pecado" e "O Cavaleiro de Numiers" (disponíveis na internet ou à venda nos centros espíritas). Nestes três livros conseguimos compreender os problemas são gerados com o acto do suicídio e as suas consequências e reparações necessárias nas encarnações posteriores.

Para aqueles que se interessarem sobre este tema e sobre o livro "Memórias de um Suicída", e estejam pelo centro/norte do país, vai ser realizado um seminário no dia 26 de Setembro no Museu Marítimo de Ílhavo que vai falar sobre a vida e obra de Ivone do Amaral Pereira. A entrada é gratuita.

Vou simplificar meu pensamento: Yahweh(Nome escrito de Deus[não gosto de uasar "Deus" pois remete  apenas como se Yahweh fosse do sex masculino, e eu penso que Yahweh não tem sexo{nos falta substantivos unissex :( }])deu a vida. Quem somos nos para decidir se a tiramos ou não? Creio ser um insulto á Yahweh....

Exacto, mas na realidade nós não temos a possibilidade de terminar com a vida. Conseguimos apenas destruir o envoltório carnal que nos foi dado por Deus/Yahweh, o que não deixa também de ser um insulto.

(realmente os substantivos unissex fazem falta :-)

Qual é a diferença entre um suicídio de ponte ou de forca. Com uma missão suicida como os marinheiro portugueses tiveram a desbravar mar desconhecido, ou as várias missões do Apolo?
Qual é a diferença entre o suicídio? E o aceitar da morte?
Podia dar me na telha. Vou a pé até ao Tibete. Mas tenho a noção que pelos sítios que percorro posso muito bem bater a bota sozinho. Qual é a diferença entre aceitar a morte pela jornada,  Ou em caso de depressão premir o gatilho na Cabeça? Em ambos os casos a morte já está na cabeça. A diferença é que numa situação podemos escapar. Será que fazer acções "estúpidas" não será um mini suicídio?

Não defendo o suicídio. Mas esta questão merece Ressalva.

Existem muitos "tipos" de suicídio. Fazer uma acção "estúpida" ou correr um risco desnecessário são exemplos disso e terão consequências espirituais semelhantes a suicídio.

A literatura espírita fala mesmo no suicídio indirecto. Ou seja, quando deliberadamente não cuidamos do corpo e da saúde e dessa forma comprometemos a missão que deveríamos desempenhar.

Por exemplo, se um indivíduo trazia uma programação para viver até aos 80 anos mas devido aos seus comportamentos de risco foi debilitando a sua saúde, acabando por morrer aos 70 anos, é considerado um suicida indirecto.

Um exemplo famoso é o de André Luís, o espírito que escreveu diversos livros através de Chico Xavier, que também foi um suicida indirecto, como está relatado no livro "Nosso Lar".

Caramba. Cada vez tenho de me render mais. Quando penso em alguma coisa ela aparece sempre escrita em algum lado da colectânea espírita.. :-P

Também penso assim muitas vezes. Nos ensinamentos do espiritismo é tudo bastante lógico e objectivo. E sempre adequado às nossas necessidades.

Não há dogmas, nem obrigações e muito menos rituais difíceis de explicar/justificar. As coisas fazem sentido. :-)

"Com uma missão suicida como os marinheiro portugueses tiveram a desbravar mar desconhecido, ou as várias missões do Apolo? Qual é a diferença entre o suicídio? E o aceitar da morte? Podia dar me na telha. Vou a pé até ao Tibete. Mas tenho a noção que pelos sítios que percorro posso muito bem bater a bota sozinho. Qual é a diferença entre aceitar a morte pela jornada, Ou em caso de depressão premir o gatilho na Cabeça?"


Do meu ponto de vista, são coisas diferente enfiar uma faca ao peito que desbravar o mar... pois quando enfia a faca ao peito não fazes por bem maior(pelo bem de ninguem, penso eu) e qundo desbrava o mar o fazes... tambem quando desbravas o mar, não se tem a inteção de morrer... ja ao enfiar a faca... outra coisa: temos que aceitar sempre a morte ao caminho, pois uma hora ela chega, mesmo que não estejamos no caminho... aceitar a morte é diferente de querer que ela venha te buscar... mesmo ao passear na rua podes morrer com um tiro ou com uma tartaruga que uma aguia deixa cair sem querer e cai na sua cabeça(por mais insano que pareça, isso ja ocorreu, e realmente matou um homem)... então ao passear na rua tambem aceita a morte e sabe que ela pode vir... mesmo em casa podes morrer(e de velhice, espero eu :( )...
Lembrando que não estou tentando impor nada, apenas explicando meu ponto de vista :)