Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Sensação de toque durante a missa de aniversário da morte da minha Avó
    Iniciado por Shibui
    Lido 2.164 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Olá a todos :)

Muito poucas partilhas faço neste nosso fórum, mas, hoje, gostava de vir partilhar uma situação que se sucedeu, no passado dia 13 de agosto.

Há 28 anos, nesse dia, a minha Avó faleceu de cancro na mama, após alguns anos de luta. Eu tinha 4 meses de idade e, portanto, não me lembro dela. No entanto, sempre tive e mantenho uma grande ligação com ela, como se a tivesse conhecido, como se, de alguma forma, ela me acompanhasse. Sou, igualmente, ligada ao meu Avô (ainda vivo), com quem tenho uma cumplicidade e uma óptima relação. São, assim, duas pessoas muito especiais, na minha vida, ainda que eu não possa dizer que conheci a minha Avó... Talvez ajude o facto de ouvir falar nela, que era uma excelente pessoa, muito carinhosa, etc... As fotografias dela transmitem-me uma paz enorme, o olhar dela é dos mais meigos que vi... Quando falo nela, emociono-me (tal e qual como neste momento, em que escrevo acerca dela :))

(Bom, desculpem-me pelo texto algo extenso, mas adoro-a e adoro falar dela.)

O que é que aconteceu, então, que me fez pensar em vir ao fórum relatar-vos esta pequena situação?

No dia 13, deste mês, celebrou-se uma missa em memória da minha Avó. Durante a missa, sem conseguir precisar em que momento foi, senti (sem qualquer sombra de dúvida) algo a tocar-me na omoplata esquerda. Algo como se fosse alguém com a palma da mão a fazer-me uma festa. Foi uma sensação que durou um segundo, mas senti algo. Agora, o quê? Apenas uma senhora estava atrás de mim, no banco. Olhei para trás, a pensar que me pudesse estar a sacudir algo da blusa, por exemplo, mas a senhora estava a orar, com as mãos à frente do peito, palma com palma e não teve nenhuma reacção como se me tivesse tocado. Do meu lado esquerdo tinha o meu Pai (filho da minha Avó) e do meu lado direito a minha irmã. Nenhum me tocou.

Foi alguma sensação aleatória? Foi a minha Avó a mostrar-me que estava ali? Claro que ninguém vai conseguir responder-me... :) Apenas quis partilhar convosco esta breve situação, que me trouxe emoção.

Noutras alturas da minha vida, senti-a, e sinto, muito presente. A minha Mãe também me contou um episódio, após a minha Avó falecer. Se quiserem conhecer, tenho todo o gosto em partilhar.


Obrigada por estarem desse lado... :)

Boa partilha , bem hajas :)


Muito provavelmente foi a tua avó que te tocou no ombro.
E ela mesmo está emocionada concerteza com o teu relato de amor e carinho por ela.

Normalmente quando sentimos, muito pouco azo dá a erros e se sentiste que era a tua avó , quem somos para dizer o contrário.

Acredita que ela está presente na tua vida, ajudando e dando o seu Amor. Lembra-te também que as pessoas REALmente boas partem cedo.

Deus esteja com ela.


Venha lá essas partilhas :)
A verdade doi, mas liberta

Parabéns pelo relato. É emocionante.
A minha avó materna também já partiu há alguns anos e eu sinto-a a proteger-me constantemente.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Que bonito! Obrigada pela partilha. :)

A relação entre avós e netos é deliciosa, e deves sentir-te bem feliz por teres esta relação com a tua avó, apesar de não te recordares dela.

Se quiseres contar mais episódios, teremos todo o gosto em lê-los... ;)
"Onde está Deus?" - perguntei à minha sobrinha de três anos.
"O que é Deus?" - indagou ela. "Deus é Amor." - respondi-lhe.
"Está aqui!" - disse ela, envolvendo-me no abraço mais delicioso do mundo!

Obrigada pelo vosso feedback! :)

Vou então contar outros pequenos episódios, mas que me dizem tanto.

Quando eu era pequena (talvez 6 anos, por aí), havia períodos em que a minha mãe tinha de ausentar-se de casa, para ir fazer algum recado, por exemplo, e eu ficava sozinha. Na altura, detestava ficar sozinha em casa, tinha medo, chegava a chorar. Da mesma forma, tinha medo de dormir à noite com a porta do quarto um pouco mais fechada que fosse. Só dormia com a porta do quarto totalmente aberta, a receber alguma claridade, e de preferência a ouvir os meus pais na sala a conversar e o barulho da televisão. Hoje em dia, sou totalmente o oposto :p Aprecio estar sozinha, gosto de dormir de porta encostada e até durmo de tampões nos ouvidos, com o quarto completamente às escuras. Mas, bom, isso são contas de outro rosário :D

O que ia a dizer é que nessas alturas, em pequena, em que calhava ficar algum período de tempo sozinha em casa, eu comecei a falar para a minha avó, como se ela me ouvisse. Isto porque em resposta às perguntas normais de uma criança, sobre a morte, me diziam que a minha avó tinha ido para o céu, mas que me via e ouvia, se eu quisesse falar com ela. Então, lembro-me de tagarelar e tagarelar e tagarelar, para a minha avó, a contar as minhas coisas de criança pequena, do dia a dia, eheh. Entretanto, a minha mãe chegou a casa e a primeira coisa que lhe disse, toda contente, foi: "vês, mãe?, hoje não chorei! estive a falar com a avó", enquanto lhe mostrava os olhos totalmente secos :) E, de facto, não chorei, não tive medo e não me lembro de alguma vez mais ter tido medo de ficar sozinha em casa. Lembro-me nitidamente, essa foi a primeira vez que falei para a minha avó, imaginando que ela estava ao meu lado. Posso dizer que falar com ela ajudou-me a ultrapassar um medo e ainda hoje gosto de conversar com ela...

Um outro episódio, que a minha mãe não sabe explicar, sucedeu logo após o falecimento da minha avó, quando eu era um bebé de meses. A minha mãe estava em casa, de noite. O telefone tocou, atendeu, e diz que ouviu a minha avó a falar. Não me recordo se a minha mãe me disse que tinha percebido o que era, mas posso perguntar-lhe. Quando a minha mãe me contou este episódio, eu fui em busca de uma hipótese mais plausível e perguntei-lhe se não teria sido sugestão, uma vez que estava a passar por um processo de luto. A minha mãe afiançou, sem qualquer sombra de dúvida,  e com um sorriso tranquilo, que era a voz da minha avó. A tal chamada acho que se desligou sozinha. A minha mãe e a minha avó eram nora e sogra, mas tinham uma relação atípica, diferente do costume entre noras e sogras: a minha mãe adorava-a, tratava-a por "mãe". Claro que nunca saberemos o que, de facto, aconteceu, mas é um episódio que a minha mãe guarda com carinho, pois entendeu-o como uma última despedida.

Os meus avós sempre tiveram uma senhora que os ajudava a cuidar da casa, a qual é, portanto, como se fosse da família. Antes de falecer, a minha avó pediu a essa senhora para que continuasse a cuidar do meu avô. O que ainda hoje acontece (trata da lida da casa e da alimentação). O meu avô, com 86 anos, ainda é uma pessoa válida, autónoma, que viaja, apesar das maleitas própias da idade. É ele que mantém, também, a minha avó muito presente. Perdeu-a aos 58 anos, mas mantém os guarda-jóias da minha avó, no toucador do quarto, em frente à cama, mais uma fotografia dos dois, rodeada por fotografias das netas. Mantem algumas roupas e acessórios dela nos armários, tal como antes. Mantém a touca que a minha avó usava para dormir, guardada na mesa de cabeceira dela. Mantém as flores que a minha avó plantou nos canteiros a toda a volta de uma das casas deles. Há 28 anos que manda rezar uma missa por ela e há 28 anos que, por opção própria, passa as passagens de ano, sozinho, em casa, em sua memória.

Bom, obrigada pela oportunidade de partilhar convosco sobre a minha Avó :)

Um grande bem-haja a todos!